Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 13
Surpresa! Chocolate.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, eu to muito feliz com vocês comentando e adorando a história, viram a capa nova? Eu adorei a foto e resolvi mudar, enfim, boa leitura.



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Os olhos escuros de Cobra fixaram os meus, mas eu não consegui perceber a emoção que eles tinham. Ele estava com raiva, porém, eu sabia que muita. Por alguma razão me senti culpada, como se tivesse sido pegada sendo infiel, eu não conseguia dizer se Cobra estava mais zangado com Henrique ou comigo.

– Olá Jade. – Disse ele, uma vez que estava ciente da minha presença. A Sua saudação não tinha simpatia nenhuma. – Henrique... – Cobra disse, fazendo uma cara de nojo.

Ouvi Henrique engolir em seco quando Cobra falou com ele, e este parecia assustado.

– Meu segurança volta hoje? – Cobra continuou.

Henrique balançou a cabeça negativamente.

– Ainda está doente. – Ele engasgou.

– Bem, vamos ter outro passeio divertido até a minha cela, não é? – Cobra disse sarcástico, com o maxilar ainda cerrado e um sorriso brincalhão saindo de seus lábios.

Eu temi por Henrique quando percebi a tensão de ambos, ainda mais forte do que antes. Cobreloa tinha machucado Henrique ontem? Não havia evidências físicas no corpo de Henrique, então provavelmente não. Mas definitivamente, algo aconteceu pela sua versão a espiral. Eu teria de perguntar a Cobra sobre isto mais tarde.

Com os dois a minha frente eu me senti como uma mulher pecadora. Henrique parecia ser a minha fuga feliz, o amante, e o Cobra o marido possessivo deste cenário. Eu realmente não fiz nada de mal, mas, parecia mesmo que tinha feito. Temi que Henrique sentisse a ira da raiva de Cobra mais tarde, se eu não ficasse de olho neles.

Eu tinha que vigiá-los atentamente se queria ter a certeza de que Henrique não se machucaria. Ele parecia muito mais amigável e muito mais fácil de confiar do que Cobra. Henrique era gentil eu tinha um carinho convidativo por ele. O Seu sorriso era cativante e a sua risada era o dobro. Passar o tempo com Henrique foi sempre fácil e u adorei cada minuto que ocorreu no nosso namoro, claro, no passado, mas esse assunto já está morto e enterrado para mim.

Por fim, Mas Cobra era uma história diferente. Ele era um mistério emaranhando que seduzia por dentro, fazendo com que você queria mais para resolver o quebra-cabeça. Ele era um anjo negro. Era intimidante e inteligente, mas havia algo mais lá. Havia uma grande luz dentro dele que Cobra fazia questão de manter escondida, mas eu tinha vislumbres de algo brilhando lá através de suas cortinas escuras.

– Bem, é melhor irmos nos sentar antes que alguém fique com a nossa mesa. – Eu disse, quando percebi que nenhum de nós tinha se mexido e que a tensão e o silêncio permanecia.

Era uma desculpa idiota para sair dali, realmente, mas eu estava grata quando nenhum deles questionou.

Ambos compartilharam o último olhar, antes de Cobra voltar a sua atenção para mim.

– Depois de você. – Ele disse, apontando para eu andar a sua frente.

Dei um sorriso de desculpas a Henrique e atravessei a sala até a nossa mesa, sendo que, assim que me sentei, soltei um longo suspiro.

Cobra me seguiu e sentou-se um pouco tempo depois. Ele olhou por cima do ombro para se verificar ou certificar, provavelmente, se Henrique estaria afastado o suficiente para não nos ouvir.

– Que porra é que eu te disse Jade Gardel? Eu disse para ficar longe do Henrique e agora você vai á merda de uma feira com ele?

– Cobreloa te acalma e para de xingar palavrões. – Ordenei.

– Eu posso falar assim se eu quiser. – Respondeu Cobra, sem dúvida, apenas tentando me irritar.

– E eu posso passar mais tempo com Henrique se eu quiser. – Repliquei em tom de sarcasmo. Cobra abriu a boca para falar, mas eu levantei a minha mão para cala-lo. – E se você me deixar acabar, fique sabendo que é impossível Henrique ser o assassino, pois não há razões para eu me manter afastada dele.

As sobrancelhas de Cobra estavam juntas em confusão ou raiva, eu não sabia dizer qual.

– Por quê? – Perguntou ainda tenso.

– Por que ele não estava no país quando corpos foram mortos. Ele estava na América para festejar seu aniversário.

– E como é que sabe disso? – Cobra perguntou. Ele continuava sem confiar.

– O Sr. Gael me disse. – Respondi.

Ele parecia numa perda de palavras, tentando encaixar essa nova informação, eu quase podia ver e ouvir seus pensamentos, flutuando na sua mente, enquanto tentava encontrar maneiras de diminuir a minha teoria.

– Como é que sabe que isso não é só para encobrir? Ele pode ter dito á Sr. Gael que estava nos Estados Unidos, e, em seguida, escondeu os corpos enquanto Gael achava que ele tinha ido embora.

– Esse é um bom ponto de vista. – Eu concordei. – Mas estamos falando do Sr. Gael. Acho que antes de ele deixar alguém tirar uma semana de folga, ele iria olhar bem para o assunto. Além disso, se qualquer um dos funcionários o visse na semana de folga, saberiam que algo não estaria certo.

Cobra suspirou, olhando para o seu colo em derrota. Era quase como se ele quisesse que Henrique fosse o culpado de tudo, o assassino.

– Tem cuidado pelo menos. – Ele disse.

– Claro. – Dei de ombros. – Mas não há razão para isso.

Cobra olhou novamente para cima, e quando seus olhos encontraram os meus. Fiquei grata por estar sentada, aquela cor intensa que consumiu fez de certeza os meus joelhos fraquejarem.

– Jade, eu estou falando sério. Henrique pode não ser o assassino e você não pode entender isso agora mas, eu sei que ele está tramando alguma coisa. E seja o que for, eu preciso que você seja cuidadosa.

Havia uma familiaridade nesta conversa e, mais uma vez, o meu coração acelerou com a sua preocupação comigo. Com o seu olhar não desviando dos meus, fazendo com que a cor deles me deixassem sem ar, olhei para sua boca e senti vontade de beijá-lo, mas claro, não faria isso, e voltando para a sua conversa, eu assenti em resposta.

– Ótimo...

– Mas, Cobra? – Perguntei, encontrando finalmente a minha voz.

– Sim?

– Tenta não matá-lo, ok? – O meu pedido era sério, mas Cobra apenas riu.

Ele pegou um cigarro e prendeu-o entre os lábios, acendendo-o e depois, lentalmente, soprando o fumo de maneira sedutora como de costume.

– Então, o que está na agenda de hoje? – Ele perguntou.

Eu não estava muito confortada pela resposta de Cobra, mas senti que tocar novamente no assunto de Henrique só ia adicionar combustível ao fogo. Então, em vez disso, a minha mente cambaleou com os muitos jogos que poderíamos jogar para preencher o tempo. Poderíamos jogar cartas, embora o jogo perca o interesse rapidamente, ou Clue.

– Espera aqui, eu tenho que ir buscar uma coisa. – Eu disse e me levantei antes que ele pudesse dizer alguma coisa.

Em seguida, corri para o refeitório.

COBRA POV;

Me sentei lá, aguardando Jade voltar, imaginando o que ela poderia ter ido buscar. Fosse o que fosse, eu esperei que ela aparecesse porque as pessoas estavam começando a olhar. Ou talvez eles estivessem sempre olhando e eu nunca percebi. De qualquer maneira, eles estavam olhando para mim. Mas o meu olhar nunca iria embater noutro, porque assim eu olhei de volta e seus olhares desviaram-se. Os guardas fingiam que não estavam olhando, enquanto os outros pacientes ou doidos que estavam no local desviavam o olhar como se eu fosse meduso e eles não pudessem encontrar oos meus olhos, ou então iriam morrer.

Eles estavam com medo de mim, e é assim que tinha que ser. Havia apenas alguns que iriam me encarar se eu olhasse para eles. Esse, era provavelmente o grupo mais difícil, assim nenhum deles se aproximou de mim ou disse alguma palavra.

Mesmo que eu esteja contente de ser uma das mais temidas desta ala, eu não podia ajudar mas me pergunto por que. Por que eles tem medo de mim? Todas as pessoas estão convencidas de que tinham raciocínio lógico para os seus crimes. Isso foi o que os fez loucos, eles negam furiosamente o fato que era óbvio. Eles foram considerados loucos por não verem a verdade; por não verem que são monstros.

E É isso que me diferencia eu digo foda-se a isso; abrace a loucura. Se as pessoas já pensam em ti da menor maneira possível, o que tem a perder?

Meus pensamentos foram atrapalhados quando Jade chegou segurando alguma coisa pelas costas.

Pensei que ela iria me mostrar o item de imediato, mas ela estava apreensiva.

– O que tem aí? – Perguntei finalmente, quando ela não me disse.

– Advinha. – Ela disse. Dei de ombros sem ter ideia. – Advinha! – Ela exigiu de novo, me deixando irritada e feliz ao mesmo tempo.

Ela estava me mostrando o seu lado brincalhão e desisti e joguei com ela, enquanto a minha mente se inundava de ideia enquanto ao que poderia ser. Mas depois, me lembrei da nossa conversa de ontem e da aposta que fizemos.

– É uma barra de chocolate? – Perguntei.

O Seu sorriso cresceu e eu sabia que estava certo. O Meu coração batia cada vez mais rápido, enquanto ela retirava lentamente as mãos das suas costas. A Cada pedaço de papel escuro brilhante que eu via, mais vertiginoso eu me tornava.

Eu comecei a gritar pular e comecei a falar da comida lixo da instituição, eu estava tão feliz que ela se contagiou com a minha felicidade, rindo, seus olhos brilhavam, a gente ria juntos.

ANÔNIMO POV;

Passei pelas portas do refeitório para ir buscar algo noutra divisão, não pensando que nada estranho estaria acontecendo. Mas após olhar lá dentro de uma vez tive que olhar novamente. Por que lá estavam eles, um casal, a garota pálida de corpo com um delineado perfeito estava rindo junto com o homem moreno e forte, eles giravam juntos em circulos, envolvidos pelo som do riso.

Eu nunca tinha visto uma coisa assim; um paciente e uma empregada rindo juntos, como se fossem namorados. E eu não deveria ver nada parecido. Este tipo de coisas não costumam acontecer por alguma razão. E eu não poderia ter este problema causando danos na insituição. Por isso mesmo, eu tinha que destruir aquela relação. Eu tinha que me livrar de tudo aquilo que eles tinham um com o outro. E era exatamente isso que eu quero, e pretendia fazer.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? E esse anônimo em? Dica: Se a pessoa se importa muito com a instituição, deve ser alguém que se importa com o Muller, não acham? Beijos, comentem, favoritem e recomendem.



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