Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 15
Incrível & Inocente.


Notas iniciais do capítulo

Oi, Amores, bom tenho uma novidade para vocês meus lindos.
TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=3ZwvpLMe3Io&feature=youtu.be
Vejam, não fui eu que fiz, mas eu amei.



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Entrei no refeitório da instituição com os pensamentos mais confusos do que o habitual. A minha mente estava uma confusão entre Henrique e Cobra. Passar tempo com Henrique tinha sido perfeito e por isso mesmo, nos beijamos. Então, por que apareceu a imagem dos lábios de Cobra na minha cabeça? Por que é que eu não posso estar com Henrique sem estar pensando nele constantemente? Todas estas questões estavam girando na minha pequena cabeça, e eu não podia sequer agarrar num pequeno pensamento do redemoinho. Uma batalha interna de pensamentos estavam ocupando lugares. Um lado meu queria estar bem e o outro parecia estar ao lado do diabo.

E de fato, a segunda opção estava me assustando muito. Mas Cobra realizava uma essência que turvava qualquer ponto de vista lógico e moral, uma vez que ele possuía e assumia todos os meus pensamentos. Ele era como uma infecção, se espalhava e se recusava a sair.

Falando no diabo, lá estava ele enquanto eu entrava no grande refeitório. Ele já estava sentado na nossa mesa, com o seu cabelos escuro num desorganizado monte jogados ao seu ombro esquerdo, deixando uma parte do cabelo cobrir metade da sua testa mas eu conseguia ver seus lábios cor de cerejas que agarravam um cigarro.

– Chegou cedo. – Cumprimentei-o, sentando-me do seu lado.

– Sim, nós saímos do nosso grupo de terapia de merda mais cedo do que o habitual porque Luiz teve um colapso e tentou estrangular um guarda. Foi muito divertido, embora. – Ele sorriu, soprando um anel de fumo para o ar.

– Estão todos bem? – Perguntei.

– Sim, infelizmente. É uma droga, eu gostaria de ver alguma ação por aqui.

Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir pelo seu humor cínico. Inconsciente olhei á volta para ver se alguns guarda habituais estavam desaparecidos devido ao incidente descrito por Cobra. Os guardas espalhados pelo refeitório pareciam estar bem. Incluindo Henrique, que cruzou olhares comigo. Ele me deu um adorável sorriso e eu retribui. Acenando-lhe antes dos meus olhos voltarem para Cobra, encontrei-o olhando para nós dois, com uma expressão quase humorista de nojo no rosto.

– Você sabe, Jade, eu sei que não posso controlar com quem você passa o tempo, mas pode por favor não fazer olhinhos com a pessoa que eu desprezo na minha frente?

– Despreza? Isso parece uma palavra um pouco forte, não? – Cobra apenas encolheu os ombros continuando irritado. – Você já sabe que Henrique é inocente. Se ele não assassinou ninguém por que odeia tanto ele?

– Apenas odeio. – Ele disse simplesmente, inclinando-se para trás na sua cadeira para remover o cigarro e expirar um sopro de fumo. – Enfim, vocês foram à feira ontem certo?

– Sim. – Lhe disse apreensiva, com medo da conversa que se seguia.

Eu senti, de repente, uma angustia quando me lembrei de ter beijado Henrique, mas mandei imediatamente esse sentimento embora. Eu podia beijar quem eu quisesse, não tinha nenhuma obrigação para com o Cobra.

– Com foi? – Ele perguntou, tentando soar casual.

– Bom. – Eu disse simplesmente.

– Jade, pode me contar. Eu estou só tentando conversar. – Ele disse, encolhendo os ombros novamente.

Ele estava tentando agir de maneira diferente para todo o caso, mas eu podia dizer que ele queria saber.

Assenti, percebendo que não iria fazer mal lhe contar os detalhes do nosso encontro. Eu talvez também devia lhe contar sobre o beijo. Eu temia sua reação, mas por alguma razão, senti que ele deveria saber. E parte de mim queria que ele soubesse.

– Bem, nós esculpimos abóboras. – Eu comecei.

– Divertido. – Cobra bufou, com um tom engraçado.

– Cala boca. – Eu ri. – Nós também fomos à roda gigante, jogamos vídeo game, E nós...uh...nos beijamos.

As palavras estavam difíceis de sair de onde não deviam ter saído. Olhei para cima, para Conra, para ver que o meu desejo tinha saído mais do que concedido, enquanto Cobra ficava tenso, com os olhos crescendo de forma mais escura do que antes.

– Oh. – Foi o que ele disse. – O Que mais ocorreu? – Ele perguntou olhando pra baixo, com uma forma de decepção.

– Nada. – Falei. – Bom, de qualquer forma achou mais uma prova de que Alan passou por um teste cerebral? – Perguntei, mudando de assunto.

– Não. – Ele falou, engolindo em seco.

Nesse momento, olhei para o lado e tinha uma mulher gritando “Me tirem daqui.” Não liguei para a sua reclamação, eu já estava, bem, acostumada com isso.

A mulher começou a gritar e falar mais rápido agora.

– Eu tenho que sair daqui!

Neste momento, Cobra também se apercebeu da mulher, olhando para ela desconfiado.

– Ela está bem? – Ele perguntou.

A Mulher logo se levantou.

– Tenho que sair daqui! – Ela gritou, virando a atenção de todos na sua direção. – Eu tenho que sair daqui! Me deixem sair!

A Sua voz era cheia de medo, enquanto ela apertava as suas mãos. Cobra se sentou mais à frente, em antecipação, prestes a ajudar ou prestes a assistir tudo, eu não sabia qual.

A garota mulher com a aparência abatida atirou a cadeira que estava sentada para o lado, fazendo com que todos que a rodeavam se assustassem.

– Me deixem sair! – Ela gritou, batendo com um punho na mesa e jogando o prato de comida para o chão e batendo o punho na mesa a cada palavra que dizia.

A Mesma subiu na mesa e chutou o copo de suco de outros pacientes. – Eu não aguento mais! – A mesma continuou gritando.

Percebi que ela tinha algo entre os seus dedos, mas não consegui decifrar o que era.

– Ela precisa ser segurada, ela pode machucar alguém. – Gritei para os guardas.

Eles não estavam muito preocupados, estavam sonolentos.

Resolvi eu ser a guarda da vez, agarrei-a enquanto ela se debatia e gritava.

– Alguém me ajude! – Exclamei e exigi sobre ela gritando, chamando qualquer um dos guardas que quisesse ouvir.

Mas, surpreendentemente, Cobra foi o primeiro a se colocar ao meu lado, agarrando os braços da mulher e a puxando-os pelas costas antes dela reagir. Ela empurrou cobra e agitou-se.

Retirei de imediato um pacote cheio de sedativos do meu bolso, que eu carregava sempre comigo mas raramente usava. Até com a ajuda de Cobra, ela continuava se mexendo demais para eu injetar o medicamento com segurança. Fiquei agradecida quando Henrique e o guarda, cujo nome não me lembrava, apareceram finalmente, tentando ajudar a situação.

E por fim, a mulher foi levada até Karina.

Cobra estava machucado pois a mulher bateu muito nele e usou o garfo para machuca-lo.

Pus algum desinfetante num toalhete e pressionei-o até a sua pele cheia de sangue. Ele prendeu numa respiração afiada, apertando os seus olhos.

– Desculpa, me desculpa, eu sei que arde. Me dá apenas uns segundos.

Ele assentiu e os seus olhos começaram a abrir, suspirando enquanto a dor ia gradualmente aliviando.

– Eu preciso de um cigarro. – Ele disse, procurando no seu uniforme e tirando o item.

Honestamente, eu não sabia se os pacientes e os enfermeiros estavam autorizados a fumar no edifício. Eu esfreguei o pano ao longo do corte e senti o seu peito se elevar constantemente, enquanto acendia o cigarro.

– Foi incrível o que você fez... – Cobra disse, me pegando de surpresa com a sua afirmação.

– Eu? – Perguntei. – Não foi nada. Mas obrigada

– Não quero dizer... Você não estava assustada e se saiu muito bem. Melhor do que o Henrique, aquele bosta.

– Hey! – Protestei, lhe batendo no braço da perna enquanto ele ria.

Tá ok. – Ele continuava a rir. – Ei, Jade, sobre eu ser o assassino, já faz mais de um mês, Jade, lembra que você teria um mês para decidir se você acha que eu sou o assassino ou inocente.

Minha cabeça rodou.

Sentada aqui agora, olhando para os seus cabelos, para os seus lábios rosados e para os seus olhos esmeralda os quais brilham como chamas. Eu vejo o habitual cigarro pendente nos seus lábios, enviando mechas de fumo pelo ar. Vejo também o seu habitual poder, olhos que possuem conhecimento e sabedoria grandes demais para uma pessoa como ela segurar na palma das mãos. Era escuro, sim, como se quisesse intimidar. Ele assustou até os piores dos pacientes, parecendo manipuladoramente e assustadoramente determinado. Cobra pode ter sido todas estas coisas, uma perigosa e tortuosa combinação.

Mas ele não era o assassino.

– Inocente. – Eu disse finalmente.

Assim que disse estas palavras, percebi que parte de mim já sabia disso desde quando ele chegou na instituição.


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Notas finais do capítulo

OLHEM O TRAILER DA FANFIC.
https://www.youtube.com/watch?v=3ZwvpLMe3Io&feature=youtu.be
Não foi eu que fiz, e o canal não é meu, mas eu amei e espero que vocês amem também.



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