Keep Holding On escrita por Tris Pond


Capítulo 10
Envelheço na cidade


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fofo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590204/chapter/10

Feliz aniversário

(Envelheço na cidade – Ira!)

Sorri quando eu acordava. Era o meu aniversário. O primeiro que eu passava junto a John. Pensava em como minha vida tinha mudado naquele ano que eu passei com ele. Ela se tornara muito mais leve do que antes.

Eu não tinha mais que me preocupar com monstros ou com todos os problemas do mundo. Eu não ouvia todo dia como a vida de alguém fora arruinada Eu conhecia várias pessoas que estavam felizes. Pessoas que não tinham nada a esconder. Eu estava entendendo o que significava ficar em um lugar por muito tempo. Eu agora começava a me sentir normal. Nada mais era questão de vida ou morte.

Eu podia simplesmente assistir um filme, dormir o dia todo ou pegar um turno extra no trabalho. Eu podia mudar o que quisesse na minha casa. Eu podia nem olhar o jornal. Não precisava mais procurar casos.

A principal diferença, contudo, era simplesmente que eu estava mais feliz, então qualquer coisa era menos irritante do que seria se fosse antes. Eu me sentia uma pessoa diferente. Sentia que todos os meus problemas tinham sumido.

E além disso, eu tinha John. Ele era o homem mais doce que eu já conhecera e sabia que podia contar ele para quase tudo. Sabia que ele me amava tanto quanto eu o amava.

Ouvi uma batida na porta e revirei os olhos, já sabendo quem era.

– Entre!

– Bom dia! - John entrou carregando uma bandeja de café da manhã cheia de coisa.

Olhei surpresa para ele. Ninguém nunca tinha feito nada assim para mim antes. Mas ele agia como se fosse totalmente normal.

– Ok, eu não cozinhei tudo isso. Eu comprei algumas coisas - confessou, entendendo errado meu choque.

Sorri para ele, não me preocupando em o corrigir. Ele não precisava saber que ele era o primeiro na minha vida a fazer algo assim.

Ele colocou a bandeja na cama, se sentou do meu lado, pegando minha mão. Como sempre, senti uma sensação gostosa passar pelo meu corpo. John me fazia sentir várias coisas com o menor toque.

Fiquei fazendo carinho na mão dele, me sentindo em paz estando ali.

– Feliz aniversário, Mary - sussurrou e me beijou calmamente. Senti todo o carinho que ele tinha por mim, que era o me matinha feliz.

– Obrigada - falei para ele. O dia mal tinha começado e já tinha sido meu melhor aniversário.

Ele sorriu.

– Você merece - e me puxou para um abraço.

Ficamos ali por um tempo, só abraçados na cama, e senti protegida como nunca tinha sentido. Era incrível; eu sempre fora a que protegera e não tinha ideia do quão bom era ser protegida. Até esquecemos a comida.

– O que você quer fazer? - perguntou agitado de repente.

– Nada - respondi calmamente. Com ele ali, não precisava de mais nada para um dia perfeito.

– Nada? - perguntou desapontado.

Quase ri da cena. Ele parecia uma criança que não tinha recebido permissão para sair (ou como eu imaginava que seria; sempre recebei permissão para sair e fazer muito mais coisas que as crianças da minha idade).

– Podemos sair... - falei - Ir ao cinema.

Ele balançou a cabeça.

– Não. Eu tenho uma ideia melhor.

Olhei para ele curiosa, mas ele se recusou a falar qualquer outra coisa. Só disse para eu comer e trocar de roupa.

Dando de ombros, fiz o que ele pediu, ficando pronta rapidamente (era acostumada a me preparar rápido) e fui para o carro com ele.

Ele dirigiu por um caminho desconhecido por mim.

– Você nunca foi a uma parque de diversões, certo? - perguntou e eu levantei a sobrancelha - Só responda, por favor.

– Nunca.

Era quase verdade. Eu já tinha ido, mas nunca sem ser em uma caso. Nunca pude me divertir de verdade assim. Nunca me incomodei muito com isso porque sempre tinha coisas mais importantes para fazer.

– Você vai conhecer um hoje - ele falou sorrindo.

O olhei surpresa. Ele tinha se lembrado que eu nunca tinha ido e quis consertar um pouco a minha infância (ele sabia que não era normal, mas não tinha ideia de como realmente foi. Não que tenha sido exatamente ruim). Significou muito para mim, mesmo que eu não precisasse ir a um parque de diversão. Mostrou o quanto ele queria que minha vida fosse um pouco melhor. Sorri.

Chegamos lá e admito que foi muito mais divertido do que tinha pensando (apesar de nenhum brinquedo assustar nada). Ri muito das pessoas medos que encontrávamos e percebi que John realmente gostou de passar o dia lá comigo.

– Você parece mais relaxada - observou.

Não podia falar nada sobre a razão de estresse (a minha antiga vida que nunca parecia me deixar), então simplesmente dei de ombros.

John recebeu uma ligação do trabalho e teve que atender.

– Eu vou ter que sair, amor - John me deu um sorriso triste, como se a ideia de se separar de mim no meu aniversário fosse horrível.

Dei de ombros. Eu gostava de aniversários, mas para mim era um dia quase normal e ele já fizera muito por mim.

– Só me deixe em casa antes - pedi.

– Claro - falou.

Voltando para casa, eu recebi algumas ligações de números desconhecidos, que eu sabia serem de caçadores (ninguém podia permanecer com o mesmo número por muito tempo), mas não atendi, porque estava perto de John, que nunca tinha ouvido falar de nenhum caçador.

Mas quando estava sozinha em casa, retornei as ligações e falei com os meus pais.

Estava relaxando quando eu ouvi a companhia. Não estava esperando ninguém.

Fui até a porta, com uma pequena arma escondida na minha mão, mas a larguei assim que abrir a porta.

– Tim! Camile! - sorri ao vê-los.

Abracei Camile, que era uma das pessoas que eu mais gostava no mundo, mesmo não conhecendo ela tão bem. Ela tinha feito meu amigo muito feliz.

– Verifiquei antes que John não estava aqui - Tim sussurrou para mim, enquanto me abraçava.

– Obrigada.

Tim entendia que eu não queria deixar John sabendo de nenhum amigo caçador, mesmo sendo ele, o meu amigo. Ele também não queria que eu conhecesse Camile, mas por um acaso acabamos a encontrando em um caso (antes de pararmos).

– Vamos entrar - convidei. Sabia que John ia demorar a chegar.

– Como foi seu aniversário? - perguntou Camile.

– Até agora foi ótimo - falei e contei a eles sobre o que John tinha feito por mim.

– Lindo - suspirou Camile.

– Agora eu vou ter que fazer algo melhor para ela - reclamou Tim, brincando.

– Vai mesmo! - confirmou ela.

Sorri enquanto continuávamos a conversar. Meu aniversário tinha sido perfeito. Eu tinha passado o dia com as pessoas que amavam (fora os meus pais) e pude perceber o quão sortuda eu era por tê-las na minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Keep Holding On" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.