Minha Última Fantasia... Até Recomeçar escrita por Wina Hayate


Capítulo 5
Capítulo 4 - Presente


Notas iniciais do capítulo

Postei logo dois capítulos hoje, pois sei que escrevo pouco rsrs
Review? :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590101/chapter/5

Era um novo dia e ela agora já havia se vestido para o trabalho, agora era Mark. Com sua espada embainhada percorria as ruas em passos rápidos logo chegando ao seu destino, sede principal da Shinra Inc., havia recebido mensagem por seu novo telefone que a empresa forneceu pedindo para que comparecesse à sede.

A sala redonda do diretor era seu destino e para lá foi. Ao adentrar no recinto de tons negros e azuis com enormes janelas que dava para ver toda parte superior da cidade (já que existe a parte inferior), viu um ser encapuzado que ela achava ser o diretor.

– Sente-se – disse o homem encapuzado.

– Sim senhor – a mulher obedeceu parecendo um pouco tensa.

– Me contaram que o Sr. Moonlight foi o melhor de toda a turma, isso é verídico ? – o diretor virou-se de frente, porém mesmo assim não dava para ver seu rosto.

– Sim, senhor.

– Gostaria de oferecer um prêmio por ser o melhor, você aceita?

– Que tipo de prêmio seria senhor? – perguntou Marry lembrando-se do aviso da noite passada.

– O prêmio que só os mais fortes e mais esforçados ganham, ele dará mais força, mais habilidade em combate, mais confiança em si mesmo- o homem andava pela sala até ir na estante que havia ali e pegar uma pequena caixa prateada.

– Eu aceito, senhor.

– Me acompanhe.

Eu acharia ela louca se não possuísse o pensamento dela naquele exato instante, posso dizer que ela pensou algo como “se eu ficar mais forte, mais hábil e mais confiante poderei destruir mais rápido essa merda de lugar”. Acho que deu para entender o motivo de ter aceitado essa “generosa” oferta, mesmo que tenha ignorado o tal loiro, mas afinal quem era ele para dizer algo assim? E bem, tecnicamente não foi o laboratório que a ofereceu.

Não tinha opção agora que havia aceitado, sem fazer muito ruído, ela se levantou e seguiu o misterioso homem que a guiou até uma porta de metal que se abriu automaticamente.

– Esse aqui é o Dr. Yukimura ele irá lhe dar o presente, Soldier – após concluir sua frase ele se encaminhou para fora do recinto.

– Então você é o novo rapaz prodígio aqui? Sabe já tive dois, um moreno e um loiro – o tal Dr. Yukimura sorria de forma gentil.

Sua aparência era de um doutor, ora pois, você não sabe o que é a aparência de um doutor senil? Cabelos grisalhos, olhos verdes, pronto está aí o que você queria.

– Doutor o que ao certo é esse presente? Espera o senhor disse loiro? – a curiosidade era um mal que ela tinha, ela estava ciente disso.

– É isso aqui o presente – dentro de uma caixa prateada que antes estava na mãos do encapuzado havia um pequeno frasco com um líquido verde brilhante. – Sim, um loiro, porque?

– Nada, só curiosidade.

O médico limpou uma área do braço e injetou o líquido nela, tudo o que ela sentiu foi... Absolutamente nada.

– Hãm, Doutor, era para sentir algo?

– Não, ainda não rapaz, só com o tempo que irá fazer efeito. O diretor pediu para que fosse para a sala dele logo após a aplicação.- o frasco vazio agora era descartado no lixo mais próximo – Quando começar a sentir algo diferente venha aqui para te examinar.

Com apenas um aceno afirmativo de cabeça ela se encaminhou para fora do consultório e voltar para a sala redonda que estava quando chegou. Aquele homem não retirava o capuz por nada, era o que ela pensava.

– Senhor Moonlight, daqui há dois dias você terá sua primeira missão. Precisamos descobrir um esconderijo do grupo AVALANCHE, eles querem destruir nosso mundo e precisamos impedi-los. – Disse o homem calmamente, como se aquilo fosse uma verdade incorrompível.

– Sim meu senhor, mas como irei achar um esconderijo sem saber absolutamente nada?

– Pode ir para casa, dentre esses dois dias enviaremos diretamente para seu celular as informações necessárias e algumas das identidades que temos conosco, está dispensado.

Com uma reverência sutil Marry se retirava da sala, ainda não acreditando no que acontecera no dia de hoje. Vamos pular logo para quando nossa pequena heroína chegou em sua casa, o caminho não teve nada de interessante para contar a você. Marry odiava aquela peruca, a fazia parecer tanto com seu irmão mais velho por isso arrancava sempre que chegava em casa assim como aquela roupa que ela achava horrorosa em si. Enquanto caminhava até a cozinha Pepeta vinha ao seu encalce, sempre fazia companhia para a dona. Os dedos da menina passeavam por um calendário até pararem no dia de hoje que havia um circulo em vermelho.

– Ah meu Deus! Preciso ir ao orfanato hoje! –Marry se descabelava correndo para o segundo andar vestindo um vestido azul simples, nada que chamasse muita atenção.

Parou de frente ao espelho ajeitando a gola do vestido quando parou para se observar melhor, seus olhos não eram de um lilás tão claro assim, não mesmo, ela se conhecia muito bem para afirmar aquilo. Ao se aproximar do espelho ela pode ver que seu lilás começava a se desbotar de próximo a pupila dando lugar a um verde bem claro. Sim ela achou aquilo completamente estranho já que nunca ouvira falar de mudança de cor de olhos.

Infelizmente não pode pensar muito naquilo, estava atrasada e saiu correndo com sua bolsa. Enquanto Marry corria pelas ruas de Alta Midgar vou contar a você o que ela ia fazer no orfanato, até porque digo logo que sair da cidade alta para a baixa demora um pouco.

Uma vez ao mês ela ia até o orfanato que fora deixada pelo Soldier que nunca descobriu o nome, lembra-se apenas de seus cabelos negros como as penas de um corvo, seus olhos azuis acinzentados e sua enorme espada prateada, mas isso não vem ao caso agora. A senhorita Moonlight ia lá todos os meses para ler para as crianças, no tempo que passou lá uma senhora ia todos os dias ler ou contar algumas histórias, aquelas histórias que a envolvia em sua própria fantasia, ora querendo ser uma pirata... ora uma princesa... ora uma guerreira... ora um Soldier. Foi ali que começaram a surgir suas idéias e a entender o mundo em que vivia, então agora ,que já era uma mulher, fazia o mesmo que aquela senhora fazia.

Ela estava de frente para o orfanato agora, as crianças a chamavam por um apelido carinhoso: Hana. Elas diziam que ela tinha cheiro de flores silvestres por isso o apelido, não pense que o orfanato era um prédio bonito, não, não era. Estamos agora na cidade baixa, a chamada Baixa Midgar, aqui era próximo de Midgar Fantasma, era assim que todos chamavam a parte destruída da cidade onde muitas pessoas morreram por desastres tanto naturais quanto feito pelo homem. O prédio estava entrando em decadência, mas era um dos melhores da rua.

– Senhorita Hana o que vai contar para gente hoje? – perguntava uma menininha de cabelos claros que segurava a mão de Marry.

– Hoje vou contar a história de um herói, o herói que hoje está descansando em uma colina próxima a cidade. – o sorriso que estava nos lábios dela era algo completamente verdadeiro, ela amava aquelas crianças e principalmente essa história que ouviu recentemente pela rua.

– Eu quero ser um herói um dia!!! – dizia um pequeno menininho sorridente que se sentava ao lado dela.

– E você pode ser pequeno Will.

A tarde ali era sempre confortável, o sol em Alta Midgar já estava se pondo, já que o sol nunca batia em Baixa Midgar. Era hora de ir embora, sabia que as ruas lá de cima seriam perigosas após o crepúsculo. As crianças choravam e pediam para que ela voltasse ali para vê-los e Marry sempre prometia voltar deixando sorrisos naquele lugar.

As ruas ali de baixo eram escuras, os postes não faziam muita diferença o que a deixava sempre perdida. Hoje foi um dia em que ela se perdeu mais do que das outras vezes se é que era possível, acabou parando de frente para uma igreja em ruínas, lembrava-se daquele lugar agora, era onde ela brincava quando era menor. Assim que abriu a porta viu que o teto estava parcialmente quebrado e que flores nasciam ali no chão, fazia tempo que não via flores e saiu correndo para vê-las de perto.

– Gosta delas?

A moça deu um pulo e se posicionou para combate esquecendo-se completamente que não tinha sua espada ali consigo. Entretanto, aquela voz suave, doce e macia fluía pelo ar como se dissesse: Não precisa ter medo, confie em mim.

– Quem está aí? – respondeu ela em troca com uma voz cortante.

– Desculpa ter assustado – um loiro saia de trás de umas das pilastras que sustentavam a carcaça da igreja.

Marry o reconheceu, era o rapaz que estava na cerimônia e os olhos... Os olhos eram os mesmos que vira na rua a alertando para não aceitar. As feições dela foram do alívio para o desespero, ela sabia que ele não a conhecia e sim, Mark. Tinha que fingir que nunca o vira em toda sua vida.

– Tudo bem – ela acenava com a cabeça positivamente. – E sim, gosto de flores, essas aqui são lindas.

– Gosto delas também, como se chama? – aquela voz era música para os ouvidos dela, era quase irresistível, quando o olhava nos olhos era como se estivesse caindo em um mar límpido.

– Marry Moonlight –disse ela sem pensar.

– Moonlight? Já escutei esse nome em algum lugar – o rapaz a encarava a deixando nervosa.

– Creio que seja a música, é o mesmo nome da música – ela o cortava rapidamente vendo o erro que havia cometido.

– Pode ser – ele dava de ombros – Me chamo Cloud Strife, olha já está de noite, quer que eu a leve em casa? Pode ser perigoso andar por aí sozinha.

– Não! Obrigada, sei me cuidar.

Não podia ficar mais do que esse pequeno tempo ali, ele tinha razão, era perigoso. Marry deu meia volta indo em direção a porta da igreja.

– Tchau –dizia ele olhando ela caminhar recendo um “tchau” em resposta.

O relógio de pulso dela marcava 15 minutos para as nove da noite e ela ainda estava em Baixa Midgar, aquilo era um problemão. O canto dos pneus ecoaram pelo asfalto e a moto preta parou ao lado dela.

– Acho que você vai precisar disso aqui – Cloud oferecia a ela um capacete.

– Você estava me seguindo? – ela perguntava incrédula.

– Não senhorita Moonlight, eu estava indo para casa, mora em Alta Midgar?

– Moro e não me chame de senhorita Moonlight – o loiro ria do bico que ela fazia enquanto colocava o capacete.

– Eu também moro, vou te dar uma carona.

– Pare de rir de mim – ela subia na moto, mas não sabia ao certo onde se segurar acabando por agarrar parte do casaco dele.

– Parei. Segure-se direito ou vai cair – as mãos dele seguraram as dela fazendo-a abraçar sua cintura. – Como quer que eu te chame?

– Marry.

O rosto dela estava tão corado que eu diria que estaria febril, aquela foram as últimas palavras que eles trocaram até chegar na casa dela. Moonlight havia percebido que ele cantava pneu de propósito para atrair a atenção dela, assim como a outra vez, sua direção era firme e nada barulhenta, sua mente vagava enquanto Cloud tentava a todo custo atrair a atenção dela.

– É aqui?

– Hum? Ah! É sim, obrigada e desculpa dar trabalho – o capacete foi entregue a ele logo após que ela saiu da moto.

– Vejo você por aí Marry.

– Até mais Cloud.

A porta da casa da moça era fechada e assim Strife seguiu seu caminho para o outro lado da cidade, onde era sua residência. Definitivamente não era todos os dias que se encontrava um rapaz bonito que desse carona até sua casa, mas ela sabia que precisava tomar muito cuidado com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Última Fantasia... Até Recomeçar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.