Minha Última Fantasia... Até Recomeçar escrita por Wina Hayate


Capítulo 10
Capítulo 9 - Não faça isso comigo


Notas iniciais do capítulo

Lá vai mais um capítulo =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590101/chapter/10

– Marry – ele a chamava tentando despertá-la.

– Mother... Eu tenho que encontrar a Mother.

Seus olhos estavam fixos no céu, dentre as estrelas podia-se ver as finas linhas verdes dançantes, o Lifestream. A rua estava deserta a essa hora da madrugada, havia apenas ele e ela ali.

– Você não tem que ir para o Lifestream, fique aqui comigo – ele a abraçava tentando impedi-la.

Tudo o que ela sussurrava ela “mother”, que precisava voltar para ela, que precisava renascer. O coração dele batia rapidamente com medo de perdê-la, o abraço foi ficando mais apertado e seu rosto encostava no dela, o calor que irradiava da moça o esquentava naquela noite fria. Strife já tinha perdido gente que amava demais e prometeu a si mesmo que não iria perdê-la, ainda mais para Sephiroth.

Suas mãos deslizaram do ombro dela até a cintura da moça, ela ainda sussurrava as mesmas palavras, seus olhos continuavam os mesmos. Os olhos azuis vasculhavam alguma mudança no rosto da moça, mas ela continuava com a mesma feição passiva, com uma de suas mãos enluvadas ele acariciava o rosto da moça, como se ela fosse feita de porcelana, as pontas dos dedos faziam um caminho da bochecha aos lábios dela e seus olhos acompanhavam esse caminho.

Os lábios rosados do loiro se aproximavam dos dela, não conseguia trazê-la de volta, tinha que testar algo novo. Em seu estômago pode sentir as famosas borboletas voando, ele sentia algo por Marry sem a menor dúvida. Foi aí que ele finalmente uniu seus lábios ao dela, na foi um beijo fervoroso, foi apenas um encostar de lábios, mas apenas com esse encostar de lábios ele sentiu como eram macios os lábios dela. Posso dizer que ele ia separar os lábios, porém foi nesse exato momento que escutou um gemido baixo dela e os braços da moça contornarem seu pescoço.

Marry pressionava seus lábios contra o dele, não sabia o que estava fazendo ali fora e nem quando chegou ali, mas estava sendo beijada pelo loiro que mexia consigo, sabia que era ele, aquele cheiro inconfundível era dele. Ele não pediu passagem e nem ela, era apenas um tocar de lábios. Sentiu ele se afastar um pouco e olhar em seus olhos, aqueles olhos que ela se perdia na imensidade azul esverdeada.

Por qual motivo ou razão Cloud não aprofundou o beijo?! Você deve estar se perguntando. Vou tentar fazer você entender, Cloud pensava da seguinte forma: ela estava fora de si, não iria querer parecer indelicado e nem que ela pensasse que estava se aproveitando dela, foi por isso que ele não o fez.

Quando se afastou dela para olhá-la, viu que o tom lilás havia voltado e um suspiro de alívio foi solto por parte dele para logo depois surgir um sorriso, aquele ato tinha feito o sangue de Marry subir para as bochechas, principalmente pela proximidade.

– Não faça isso comigo – Cloud a beijava na testa como um ato de carinho.

– O que aconteceu? – ela tentava não olhá-lo, estava com vergonha pelo beijo.

– Vamos entrar, aí eu te explico.

O rapaz havia acomodado a moça numa cadeira de frente para o balcão enquanto fazia duas xícaras de chocolate quente.

– Do que você lembra?

– De que dormir e bem... – ela pegava a xícara bebendo um pouco.

– Seus olhos estavam verdes, como os do Sephiroth, você ficava falando que queria voltar para a Mother.

– Mother? – ela o olhava confusa.

–Mother... Mãe. É como Sephiroth e os experimentos chamavam a essência, as Mako Stone ou o líquido. – ele olhava para a xícara.

– Cloud... Qual é a sua relação com o Sephiroth? – ela perguntava temendo a resposta.

– É complicado, está tarde. Amanhã a gente senta e conversa – Cloud terminava seu chocolate quente e levantava subindo a escada.

– Cloud ... Você é um experimento? – ele parava na escada

– Não, sou um acidente.

Marry esperou ele subir as escadas e foi atrás dele. Viu o rapaz deitado na cama, tentando dormir e foi até o outro lado sentando-se.

– Desculpa ter sido grosso, só não quero contar de noite, pode fazer você ter pesadelos – ele abria os olhos olhando para as costas dela.

– Eu tenho pesadelos todas as noites – ela brincava com os dedos- todas as noites eu sonho que mato alguém, é terrível.

– Vem cá – Cloud a puxava pelo braço fazendo-a deitar – Não precisa ter medo, eu estou aqui.

As mãos, agora sem luvas, tocavam os cabelos dela fazendo carinho, ela se encolhia com o ato. Aquele calor lembrava da sua família, ninguém nunca a tocara assim, a não sua família. Aquela relaxante carícia embalou ela nos sonhos e naquela noite não houve pesadelos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Última Fantasia... Até Recomeçar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.