Em Algum Lugar Além Da Dor escrita por Vicky


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal
Bom, hj eu não tenho nada a escrever para vcs...Então boa leitura



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Pov peeta

Em todos os locais em que passava, em qualquer boca em que se falava, em qualquer ser vivo que conseguisse pronunciar pelo menos alguma palavra, o único assunto do dia e que já estava em conhecimento de todas as pessoas dessa pequena população, era a novidade de ter mais um infeliz cidadão morando nessa simples cidade disfarçada de vilarejo.

Parecia um lugar normal dos olhos de algum inocente sujeito, entretanto qualquer coisa que acontecia ali era uma alegria para uma nova roda de conversas entre vizinhas fofoqueiras... Lembro que eu fui o assunto por pelo menos um ano nesse lugar, mas acho que a novidade desse mês não vai durar nem uma semana.
E a sortuda dessa vez foi a neta da bondosa senhora everdeen. Dizem alguns que a garota veio morar aqui, pois foi expulsa da própria casa, mas outros,mais radicais, fofocam que ela poderia estar grávida. Ninguém sabe o motivo ao certo.
Por outro lado, já fiquei sabendo que ela estará na minha classe e que tem exatamente dezessete anos, pelo menos não é mais uma nova adolescente que está irritada com a vida, ou zangada com os pais e que irá aprontar todas pois não aguenta ficar nesse lugar e quer a qualquer custo voltar para a sua vida de luxo na cidade. Bom, porque isso já aconteceu aqui...muitas vezes
Olho para star e faço carinho entre as suas orelhas
– De qualquer forma garotão isso não vai fazer diferença na minha vida, pois também sei que quando ela pôr os pés naquela escola já iram avisa-la sobre mim e a garota estará a salvo de não ter a mim como companhia ou o perigo que nos tornássemos amigos.
Pego a ração que estava ao meu lado e coloco na vasilha para que star tenha o que comer enquanto fico esse tempo na escola
– Pelo menos tenho você e agradeço a cada dia por isso- falo com sinceridade e dou um leve sorriso para o cão deitado no sofá enquanto eu abria a porta e a trancava novamente...Seria um novo e último ano escolar.
***
Tentava manter os meus pensamentos longes, e meus pés firmes para conseguir pegar o ônibus da escola. Hoje quando o dia amanheceu me senti de alguma forma,mais triste que o normal .
Minha casa parecia já estar muito velha, assim como o meu cachorro. Lembro do dia em que eu o encontrei doente perto de uma árvore. Além de estar também cheio de carrapatos em seus pêlos dourados tinha, pelo o que me assustou, várias marcas de maltratos e de cigarros. Tive que economizar cada centavo que conseguia para comprar os remédios se eu quizesse que ele sobrevivesse.
Assim que ele ficou melhor o batizei de star, pois o dia em que eu o encontrei o céu estava maravilhosamente cheio de estrelas.
Ele é a minha única estrela aqui, aquela que apesar de o dia estar claro, fazia meu coração brilhar de alegria.
E sei que prim também é a minha primeira estrela, mas que agora ilumina o céu.
Penso que de alguma forma ela tenha me perdoado, por eu não ter a protegido, mas me culpo a cada hora, por não ter sido o anjo que ela queria que eu fosse.
Olhando ao redor, vejo o quanto minha vida mudou desde a sua morte. Sei que o meu coração já estar cicatrizado, mas ainda sinto a dor de sua perda.
Nao devia ter pensado nisso pois ouço meu coração bater mais rápido e meus pulmões ficarem sem ar, minha pernas estavam mais pesadas,como chumbos em meu corpo e minha visão se tornou mais escura. Tento me acalmar, eu não podia ter mais um desses ataques em pleno dia e logo nos olhares de várias pessoas.

Conto o mais rápido que posso os números que estão na minha cabeça e sinto a mim mesmo se acalmando. Controlo os meus sentidos e ouço um pouco ao longe uma criança rindo e o cheiro da fumaça do ônibus se aproximando.
Consigo dar alguns passos até que o motorista possa ver a minha silhueta, e fico mais tranquilo quando o automóvel para a poucos centímetros da calçada onde as pessoas ficam. Corro o mais rápido possível para chegar na porta já aberta e entro no ônibus observando vários assentos vazios. Muitos poucos estudantes pegavam o ônibus, a maioria dos adolescentes já tinha seus carros, e algumas crianças ocupavam alguns lugares, pois na maioria das vezes os pais não podiam deixa-las na escola, já que estavam trabalhando. E tinha eu ...
Sento em um dos últimos bancos, para não ser motivo de cochichos. Pego um livro de história e o abro em qualquer página. Ainda faltava alguns minutos para chegar no Panem high school e eu precisava me manter ocupado com alguma coisa. Mas nada disso me ajudava, por isso fiquei atento enquanto observava uma garota com longos cabelos negros sentando no banco em minha frente, não consegui ver seu rosto, então não me dei o trabalho de descobrir quem é.
Sinto o tempo passar enquanto eu olhava as palavras, sem ter o trabalho de ler suas letras. Estava me sentindo incomodado com aquela menina. Não era exatamente sua presença que me deixava irritado, mas a forma de não se importar pelas pessoas ali estarem falando justamente dela.
Algumas garotas adolescentes davam risadinhas, enquanto ouvia a novata ficar cantando notas aleatória a cada segundo. Sua voz era doce e contagiante, porém ela escolhera o momento errado de mostra-la. Nunca a tinha a ouvido...E logo algo me veio em mente.
Mas como eu podia ser tão desatento?! Era óbvio que devia ser a neta da senhora everdeen.
Olho para cima e vejo apenas as suas costas. Ela era diferente, não usava mini-saias e nem blusas brilhantes e chamativas. Vestia apenas um vestido laranja, sorrio por um segundo. Eu gostava dessa cor, entretanto não chegava a ser como o do pôr do sol, ou do novo amanhecer, mas me agradou observa-lo por alguns instantes.
A garota ainda continuava cantando baixinho e sei que o motorista irá apertar o botão pois já estávamos chegando ao colégio.
Ouco o apito soar, avisando que já poderíamos sair.
Os alunos levantavam empurrando uns aos outros, sem ao menos ter alguma educação de pedir licença. Então apenas espero todos sairem até poder me levantar também.
A menina de cabelo negros também estava em pé, mas olhava de um lado para o outro parecendo atordoada. Continuo caminhando até a saída quando eu sinto uma mão pousar delicadamente no meu ombro.
–Espere!Você pode me ajudar?...-vejo seus olhos acinzentados demonstrarem nervosismo, enquanto franzia a testa esperando uma resposta da minha parte. Uma lado meu estava relutante quando eu a respondi sem me dar conta da palavra que mudaria minha vida a partir desse momento.
– Posso. ..-murmuro e a vejo sorrir. Muitas dúvidas rondaram a minha cabeça naquele instante, mas quando ela sorriu, de uma coisa eu tinha certeza. Ela era realmente uma garota linda.


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Notas finais do capítulo

O q acharam?



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