You are all I need escrita por MoonEyes


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pessoas, mas to com uma doença horrível chamada procrastinação e ainda não encontrei a cura. Espero que me perdoem, e boa leitura.



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Oliver havia preparado um quarto em frente ao seu para que Felicity pudesse se acomodar e agora voltava à sala para buscá-la. Tinha certeza que Moira nunca faria nada de ruim contra sua convidada, o receio em seu peito devia-se apenas à curiosidade a respeito da conversa que as duas provavelmente estariam tendo naquele momento. O que seria? Será que estariam discutindo as possibilidades de vencerem a causa no tribunal? Ou talvez sua mãe quisesse apenas conhecê-la melhor e achasse que apenas uma presença feminina a ajudasse a se abrir? Ele realmente não fazia ideia. Continuou andando pela enorme mansão, agora pensando em fazer um tour pelo local com Felicity na manhã seguinte. Era bem possível que ela acabasse por se perder ali dentro.

Chegou à sala de estar e viu a loira sentada sozinha no sofá, parecia cansada, e nem ao menos notou sua presença. Ele a observou esfregar o rosto e olhar pela janela com uma expressão triste, o que provocou um aperto em seu coração. Ela não chorava, mas a tristeza estampada em sua face era quase pior que isso.

— Felicity? — Chamou sem querer assustá-la, mas ela se sobressaltou mesmo assim.

— Oliver! Sua mãe falou que viria me buscar...

— Sim, vou levar você até seu quarto, já está pronto.

Ela se levantou rapidamente para que pudesse se trancar logo em seu quarto. Tinha feito uma promessa a Moira e planejava cumpri-la.

— Obrigada. — Falou, evitando encontrar seus olhos.

Eles caminharam pela casa em silêncio, para o alívio de Felicity, mas não durou muito.

— Posso te perguntar uma coisa? — Oliver disse.

— Claro. — Respondeu apreensiva.

— O que minha mãe queria com você?

"É claro que ele tinha que perguntar isso.", pensou Felicity. Ela teria que ocultar boa parte da verdade pois sabia que Moira não ia querer que falasse sobre o que conversaram a seu filho.

— Coisas de mulher... — Respondeu com um sorriso, esperando que ele acreditasse, mas podia ver em seu rosto que fora uma tentativa fracassada. — Ela me contou porque tinha interesse em me ajudar e disse que posso ficar aqui até minha mãe voltar da viagem. — Não deixava de ser verdade.

— Hmm... Saiba que é bem-vinda para ficar o tempo que quiser, e pode se sentir em casa. — Ele falou esperando que isso a fizesse se sentir mais confortável. Não sabia o porquê daquilo, mas mesmo estando do seu lado a sentia distante.

— Obrigada. — Ela respondeu olhando para os pés. A gentileza dele a deixava tímida.

— Bom... Chegamos. — Ele parou ao lado da porta, sem abri-la. — Espero que goste, não estávamos exatamente esperando hóspedes esta noite. — Disse com um sorriso sem graça.

— Tenho certeza que é melhor que a minha casa. E eu gosto da minha casa, só quero dizer que a sua é bem melhor. Ah meu Deus, estou parecendo uma tonta. Você tem uma bela casa Sr. Queen, é só isso. — Oliver sorria para ela.

— Sr. Queen era meu pai.

— É, mas ele morreu. — Ela levou uma mão até a testa, batendo sem muita força. — Me perdoe, esqueça o que falei.

Oliver estranhou primeiramente. O pai era um assunto delicado para ele, e geralmente quando tocavam nele eram recebidas por uma carranca e poucas palavras, mas Felicity era diferente. Para sua surpresa o sorriso em seu rosto se alargou ainda mais.

— Está perdoada. Agora deixe-me mostrar seus aposentos reais minha nobre dama. — Fez um leve drama para que o breve momento estranho ficasse para trás. Abriu a porta do quarto e deixou que ela entrasse primeiro.

Felicity olhou para o cômodo que parecia maior que qualquer lugar no qual já havia morado. Havia uma cama gigante bem no meio com um sofá daqueles sem encosto aos seus pés. Atrás dela havia uma janela enorme com cortinas cor de pêssego. O tapete felpudo no chão parecia tão macio que ela teve vontade de dormir ali mesmo, não fosse por as cobertas parecerem tão confortáveis quanto. À direita da cama estava uma mesa com um vaso com uma linda orquídea dentro e duas poltronas no mesmo tom das cortinas. À esquerda podia-se ver um guarda-roupas de madeira clara e um espelho que ia do chão ao teto. Também deste lado ficava uma porta que provavelmente levava até o banheiro, e na parede em que estava a porta de entrada se localizava uma escrivaninha com muitos livros.

— É perfeito Oliver, obrigada.

— Imagine... Não é nada. Ah, pedi a Thea que encontrasse algumas roupas para você. Não me pergunte como ela fez isso, mas estão no armário e perecem exatamente do seu tamanho.

— Me lembre de agradecê-la amanhã.

— Pode deixar. Se precisar, ela também colocou todos os produtos de higiene imagináveis no banheiro, alguns eu nem mesmo sei para que servem. E há toalhas e remédios no armário da pia.

— Okay...

— Acho que isso é tudo. Qualquer coisa, meu quarto é este na frente do seu. Pode me chamar a hora que quiser. — Ele parecia nervoso, esfregando as mãos na calça cinza, a mesma que usava desde o início da noite.

— Está bem.

Eles se olharam por alguns instantes sem saber o que fazer. Oliver queria ao menos lhe dar um beijo na bochecha, mas não se sentia seguro o bastante para se aproximar, e Felicity se esforçava para não criar mais nenhuma intimidade com ele.

— Boa noite Oliver.

— Boa noite Felicity. — Ele saiu do quarto e ela o observou até que a porta do outro lado do corredor se fechasse.

Decidiu tomar um banho para se livrar de todas as lembranças de Ray a tocando, a beijando, e depois deitou na cama que parecia grande de mais apenas para ela. Seus cabelos molhados se espalhavam pelo travesseiro mas ela não se importava. A Lua em sua janela continuava linda e brilhante, como se não tivesse noção de que uma noite como aquela era sombria e não a merecia.

Apesar do cansaço o sono teimava em não vir, e ela se viu na tentação de bater na porta de Oliver e pedir... "Pedir o que Felicity? Companhia? Um colo? Por favor... Você já é uma mulher crescida.", pensou se auto-repreendendo. Virou para o lado e fechou os olhos com força. Ela não levantaria daquela cama antes que o sol nascesse, prometeu a si mesma.

Oliver, no outro lado do corredor, se encontrava na mesma situação. Queria ir atrás dela, entrar em seu quarto nem que fosse apenas para observá-la dormir, ver seu peito descendo e subindo em um ritmo regular e saber que estava segura. "Mas que ideia ridícula! Você tem que respeitar o espaço dela seu idiota!", pensou consigo mesmo. Ele teria que aprender a colocar-se em seu lugar, apesar de em seu íntimo sentir que seu lugar era ao lado dela. Esforçou-se para dormir até que o sono veio, embalando seus sonhos recheados pelo rosto que não saia da sua cabeça.


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