Sombras de Cerejeira escrita por Mrs Flynn


Capítulo 14
Porque eu me apaixonei por você


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Primeiramente...
EU NÃO OS ABANDONEI, POR FAVOR NÃO ME ABANDONEM!!! UAHUAHAU
Apenas tive pequenos problemas e uma viagem para lugar sem net e não deu certo postar.
Mas está aqui o capítulo maravilhoso e recompensador para vocês. Bem grandão e com uma surpresa linda no final para quem lê-lo todo haha
Bjos, comentem please, seus lindos! :*



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Sakura olhou-se no espelho naquele fim de tarde, procurando fitar seus olhos de maneira que visse neles os de sua avó, como ela costumava ver toda vez. Porém havia algo diferente neles. Uma luz, um aspecto feliz que os das fotografias empoeiradas e amareladas da avó não tinham.

Ela sorriu um pouco, imaginando o porque de, estranhamente, no dia em que ia falar com o tio de Francis e talvez, sentia ela, descobrir algo sobre o passado de sua avó, justamente neste dia, seus olhos pareciam tão diferentes. Imaginou o que acontecia de diferente. Achou que não fosse nada.

Mas era algo. Ela só ficava feliz daquele modo quando ia ver o rosto de Francis. Porque aquele rosto tinha um olhar feliz que a inspirava a continuar todos os dias. Ele era exatamente como o sol. Sakura sempre havia comparado as pessoas a elementos da natureza. Algo bem clichê, mas que fazia parte de sua imaginação como artista. E Francis não era apenas luminoso, mas o próprio sol. Estar na presença dele iluminava, aos poucos os locais escuros e cheios de lodo e mofo da alma perturbada da mulher. Mas Sakura não percebia. Ela era envolvida pelo amor que Francis tinha ela, sem ao menos se tocar de que ele estava ali, como se o sol de repente deixasse de ser uma estrela para girar em torno de uma pobre e atormentada Vênus.

Ela apressou-se quando olho para o relógio de Cuco e já estava em cima da hora do seu encontro.

Seus dedos tremeram quando pegou o celular para escrever uma mensagem de texto para o marido.

“Volto a noite, o jantar está no forno, fiz seu spaghetti italiano preferido.

Um beijo, Sakura”

Ela piscou os olhos, um pouco aflita. Laurent iria certamente discutir com ela quando chegasse a casa. Mas ela precisava descobrir sobre a sua avó. Por um instante, Sakura percebeu que estava com medo de Laurent. Pois seu braço ainda estava levemente roxo e ela temia que Laurent ficasse nervoso outra vez. Não sabia se ele podia aguentar outro encontro com Francis. Ficou constrangida quando pensou em mentir para ele quando ele chegasse. Suspirou, resignada.

Ela balançou a cabeça e saiu de casa rapidamente como um raio ao perceber que chegaria atrasada, logo tirando Laurent completamente da mente. Sua avó era mais importante. Os seus pesadelos iam acabar. Ou... Começar. Ela não sabia, só sabia que, por mais profundo que o poço fosse, iria até o fim.

~

Fazia uma tarde amena na velha e linda Paris. O verão ainda reinava e o sol, quase se pondo, dava a cidade luz um ar romântico, mas também melancólico onde a tarde se acabava aos poucos.

E Sakura não chegava ao seu encontro.

Bernard Morel sentia uma coceira. Ele sempre sentia aquilo quando estava prestes a viver uma situação desagradável. Pigarreou enquanto bebia o seu café descafeinado. Café era uma bebida adorada pelos franceses e era algo de que Bernard nunca foi muito fã. Ele achava que dava falta de sono e mau hálito. Os hábitos nepalenses só tinham abominado de vez o café de sua vida.

O tio olhou o relógio, com a coceira que antes era suave, passando a ficar quase incomodativa. Olhou então para Francis, vendo que a sua amiga já estava atrasada.

–-- Ela já está bem atrasada, filho. –disse o homem de meia idade passando a mão nos cabelos até os ombros, brancos.

Francis estava um poço de nervos. Não entendia porque, mas seu coração ficava batendo apressadamente, como se ele estivesse prevendo algo ruim. Porque Sakura se atrasara? Ele lembrava bem da expressão em seu olhar naquela tarde passada. Ela jamais se atrasaria para o encontro com o tio dele. Francis tinha certeza de que ela estava ansiosa para saber notícias sobre a avó. Tinha esperado durante tantos anos de sua vida... Sakura o tinha dito que desde criança tinha um carma com a avó. Que sofria por não conseguir entender como a energia da avó a rondava e porque.

–-- Simplesmente não entendo. –murmurou ele, com um rosto desapontado olhando o chão.

O tio compadeceu-se e, ao invés de fazer a cara brava que estava prestes a fazer, achando que a vinda do Nepal tinha sido uma completa perda de tempo, apenas franziu as sobrancelhas, murchando sua raiva. Isso porque ele conhecia bem demais o sobrinho. Francis tinha em seu rosto pura melancolia e ele só tinha visto aquilo duas vezes no rosto do sobrinho. Quando Aubrey pegou sarampo e quase morreu e quando o pai contraiu a mesma doença depois dela e também quase morreu.

Ele entendeu que não era uma mulher qualquer. Quando Francis falava dela, seus olhos ficavam amistosos e tinham um brilho espetacular que dizia com todas as letras que a mulher era incrível. Mesmo antes de irem até o encontro, Bernard Morel constatou que o sobrinho amava aquela mulher.

E ele estava ansioso para conhecê-la. Porém, quando Sakura atrasou-se até aquele ponto, Bernard pensou que ela não vinha mais. Então ele pensou que o sobrinho estava caindo em uma vala funda e a mulher era uma idiota que o enganava. Ele já havia visto muitas mulheres depois da morte de sua amada. Quando tentou apagar a existência dela, ou mesmo viver sua vida com outra mulher, depois que ela morreu. Muitas mulheres queriam estar com ele. E algumas eram completas idiotas traiçoeiras. Então por um instante pensou que o sobrinho estivesse equivocado ao depositar tanta confiança naquela mulher.

Além do que, depois pensou que era um completo desperdício ter vindo de lá para ver uma mulher que não valia a pena para Francis. Mas o olhar do sobrinho de melancolia o entregou e Bernard Morel não pôde fazer nada a não ser suspirar.

Francis jamais ficaria triste daquele modo por uma mulher que não valia a pena. Ele amava demais Aubrey e Darden. E não compararia aquele amor a uma mulher idiota nem em um milhão de anos.

Por isso o tio achou que Francis estava preocupado com a mulher.

–-- Você acha que aconteceu alguma coisa com a mulher, filho?

Francis fitou o tio surpreso. Com aqueles olhos azuis infantis que sempre olhavam o tio daquela forma ao constatar que ele o conhecia bem. O tio o entendia de verdade. Soube até mesmo da preocupação que se passava em sua cabeça.

Bernard apenas sorriu, de modo singelo. Ele de repente teve uma lembrança da infância de Francis, quando ele viu a bicicleta nova que o tio comprara para ele. Tinha sido aquele mesmo olhar de afeto e conforto por ter um tio tão atencioso e amoroso.

O tio pensou que aquele dia estava tendo lembranças demais. Lembranças boas, da vida antes dele conhecer Marie, quando eles eram todos pobres camponeses, lutando para ter o seu pé de meia...

–-- Francis? –indagou o tio, percebendo que o sobrinho também estava envolto em pensamentos.

Mas Francis não respondeu. Porque ele olhava para a porta do restaurante, vendo que Sakura a atravessara como um raio.

O rosto dela contraiu-se num largo sorriso quando avistou o olhar aliviado e feliz de Francis.

O homem levantou-se de sua mesa de súbito e foi até a porta recebê-la. Como se seu leve coração não conseguisse sustentar-se na cadeira, tendo que ir respirar o ar de sua amada Sakura.

Francis estava preocupado que Laurent não a deixasse sair. Ele sabia muito bem o quanto o amigo podia ser irascível e possessivo com mulheres. Então tinha receio de que ele a prendesse em casa.

–-- Sakura... –disse o nome dela docemente.

Sakura deu um sorriso sem jeito e depois de olhar o chão ficou parada olhando para os olhos azuis do homem, que o traiam, deixando transparecer todo o deslumbre que guardavam para ela.

Sakura por um instante o fitou, procurando entender porque ele apenas a olhava. Então ele, percebendo que estava a contemplando, desviou o olhar e pigarreou.

–-- Me desculpe o atraso. –ela falou antes que ele falasse.

Francis balançou a cabeça gentilmente.

–-- Não quero ser indiscreto mas... O que aconteceu? –indagou ele com o olhar urgente.

Ela apavorou-se por um instante. Não sabia o que dizer. Mas preferiu mentir. Achou que Francis iria ficar preocupado. E ele não merecia ter que saber de todos os problemas idiotas da sua vida. Ela queria poupá-lo.

–-- Visita inesperada da minha mãe... Sabe como é não é? –indagou ela, com um sorriso ensaiado tão perfeito que Francis caiu.

Ele deu graças a Deus por não ter sido por culpa de Laurent.

Francis estava sempre lamentando ter deixado o amor de sua vida casar com seu amigo. E agora que ele imaginava que Laurent a proibia de respirar, quando via que o casamento dos dois não ia bem, suas mãos tremiam para não ir lá arrancar o amigo de dentro de casa e dar-lhe um soco.

–-- Venha, vou te apresentar ao meu tio.

Francis guiou-a até a mesa. Mas o tio estava levantado encarando os dois com um rosto deslumbrado que parecia triste. Tão triste como se uma chaga em seu peito tivesse sido aberta violentamente.

~

Quando Bernard Morel avistou a mulher de cabelos rosados e olhos verdes adentrando o restaurante, esforçou-se com todas as suas forças para pensar que ela não era a mulher que ele vira nas revistas durante os meses de dezembro e janeiro inteiros, vestida num longo vestido branco luxuoso, com o olhar idêntico ao de Marie Haruno.

Por tanto tempo que quase não conseguia mais distinguir, Bernard evitou a família remanescente de Marie. Ou seja, a sua filha, Annelise Haruno e a sua netinha, Sakura Haruno. Ele queria que as lembranças da sua amada em sua memória fossem apenas as dos dias felizes que viveu com ela. Achava que a família de Thomas Blanc havia amaldiçoado o sangue de Marie e que tudo que restasse daquela relação dolorosa traria sofrimento e dor, pelo resto das encarnações.

Portanto, só havia visto uma foto da neta de Marie na vida. Quando ela ainda era um lindo bebê e Annelise a carregou nos braços por Paris sendo flagrada pela primeira vez pelos papparazzi. Depois, Bernard foi para o Nepal e isolou-se de tudo o que fazia parte do mundo parisiense. Inclusive a vida de famosos.

Mas quando voltara de seu lar para passar alguns dias com os Morel, Bernard havia sido obrigado a encarar aqueles grandes e lindos olhos de gata nas revistas parisienses, em todas as bancas que apareciam em sua vista.

Ele se esforçava para não lembrar, mas completamente inútil. Os olhos dela eram tão parecidos com o da mulher falecida que chegavam a parecer iguais as vezes. Mas Marie tinha os olhos cor de âmbar. Os da neta tinham um tom verde petrificante, mais marmóreos, melancólicos e frios. Mas a energia e força que emanava daqueles olhos, que seriam os primeiros a ser notados em qualquer fotografia da neta de Marie, assim como eram notados nas fotos da mesma, eram totalmente iguais em avó e neta.

Então quando Sakura entrou no restaurante, Bernard sentiu-se apunhalado pelo passado triste. Imediatamente lágrimas salgadas desceram pelo seu rosto enquanto Sakura e Francis conversavam alegremente na porta do restaurante.

Bernard foi levado ao passado numa certa ocasião.

Marie sorriu com todos os dentes alvos e perfeitos naquele dia. Um sorriso puro e vitorioso de conquistadora. Naquele dia era o seu aniversário e ela tinha apostado com Bernard que ele não ia se atrever a lhe dar um presente na frente de Thomas Blanc.

Marie achava que estava apenas brincando com Bernard. Que ele não iria ter a coragem de fazer aquele tipo de roleta russa. Thomas era irascível, terrível, brutal.

Àquela altura, ela queria apenas se divertir uma pouco e beber algum saquê para se divertir com o homem que havia aprendido a amar. Pois viver com Thomas havia se tornado opressivo, degradante.

Seu coração belo como o de uma raposa liberta já não aguentava mais e entregara-se nos braços de Bernard, mesmo sabendo que era errado. Mas havia sido apenas uma vez. E pedir-lhe que lhe desse um presente era apenas o modo dela de relaxar se divertindo com aquela coragem que emanava dos olhos mordazes do homem.

–-- Eu vou lhe dar um presente tão bonito que você vai morrer na hora. –gargalhou Bernard, bêbado e feliz com a amada.

–-- Eu estou tão feliz. –disse ela. –Estou tão feliz que acho que amanhã ficarei triste, pois não posso mais estar com você. –disse ela, olhando nos olhos dele com aqueles olhos âmbar.

Bernard se contorceu na cama para fitá-la.

–-- Eu te protegerei, você vai se separar dele e tudo ficará bem.

Marie suspirou e deu um sorriso triste.

–-- Boa noite, Mon Amour. –disse, apagando o abajour.

No outro dia, o carro dela bateu numa árvore, explodiu e, em seguida, na iminência, caiu num precipício. Thomas Blanc também estava no carro.

Bernard pensou que ela foi punida por estar com ele. E Blanc, por ser um completo cafajeste com ela. E durante todos os seus dias ele pensara: “Porque eu também não fui punido?”

As vezes, ele achava que estar vivo era sua punição.

As lágrimas então, ao lembrar-se daquele momento de sua vida, vieram fáceis, dolorosas. Um homem certamente podia chorar como um bebê, pensou.

Francis e Sakura estavam parados na frente de Bernard, olhando-o, surpresos. Ele já não chorava mais quando viu o sobrinho e a mulher se aproximarem. Havia sido apenas um deja vu desastroso de um minuto, que arrancara suas lágrimas como um vendaval.

–-- Eu sinto muito, preciso ir embora. –de repente Bernard ficou raivoso.

Ele não queria ser arrancado do Nepal para olhar novamente para os olhos da sua falecida amada. Ainda mais para olhar para a neta do amigo que havia se tornado um estranho para ele e que havia arruinado a vida de Marie com sua arrogância, brutalidade e falta de caráter.

–-- O que? –indagou Francis, nervoso.

Sakura ficou em pé olhando para o homem abismada.

–-- Não vou falar com essa mulher. –disse rudemente o tio de Francis.

–-- Tio... –murmurou o homem com um olhar nada amistoso.

Bernard fazia com que Sakura ficasse cada vez mais deslocada e triste. Ela pensara que tinha estragado tudo. Que era um idiota por se atrasar para ver um homem que tinha vindo do Nepal para vê-la.

Afagou sem perceber o braço roxo, deixando a camisa mostrá-lo. Ela sempre alisava os braços e fitava o chão quando não sabia o que dizer. Principalmente quando estava irritada consigo mesma.

–-- Eu estou indo Francis. –disse, andando como um vulto apressado.

Francis não pôde impedi-lo. Sabia que o tio estava sério demais. Sério como nos tempos em que ele andava como um andarilho nas ruas, nos tempos em que seu coração parecia ser de papel e se molhado pela chuva, murchava todo e ficava envolvido em luto.

Francis nem a sua família sabiam o porquê daquilo. Ninguém além de Bernard, Marie e Thomas sabiam de suas histórias.

O tio saiu pela porta e Sakura ouviu o sininho badalar como se soasse: “Você estragou tudo”.

Ela deu um sorriso triste e Francis partiu o coração em dois.

–-- Tudo bem. –murmurou.

Ela sabia que Francis ia ficar triste porque tudo tinha sido em vão. Então tentou não deixar que o seu coração arrasado por terem sido tiradas suas esperanças falasse mais alto.

A perspectiva de saber sobre a avó a tinha deixado tão feliz e aliviada que, quando tirada, tinha sido como se algo dentro dela tivesse morrido.

–-- A culpa foi minha. –disse, olhando para Francis e dando novamente seu sorriso simplório. –Eu vou indo. Me desculpe mesmo... –disse, com a voz se esvaindo.

Seu coração murchava e ela saiu rapidamente pela porta do restaurante quase correndo pela rua que já ficava escurecida. O dia estava quente e a noite trazia com o ar abafado do verão, uma chuva fina. Sakura se molhava.

Ela não havia percebido, mas Francis Morel estava correndo atrás dela.

–-- Não me siga! –gritou quando olhou de perfil e o viu andar em sua direção.

Francis lembrou daquele fatídico dia quando ele havia tomado a decisão de deixá-la casar-se com Laurent. Ele via em seus olhos a mesma cena, só que com neve. Sakura se ia novamente e seu coração o dizia para ir até ela, tomá-la nos braços e abraçá-la, sem deixá-la ir. Mas naquele dia, ele não foi. Ele viu Laurent e simplesmente resolveu deixá-la em paz.

Mas ele então trincou os dentes e resolveu mudar o rumo naquela noite de verão. A chuva caía e ficava forte. A noite era escura e perigosa com aquela chuva deixando todos do lado de dentro de suas casas.

Correu e alcançou Sakura. Ela, atordoada, virou-se para ele, sem conseguir segurar as lágrimas.

–-- Eu sempre estrago tudo... E a minha vida... Está tão vazia quanto antes. Porque eu sou uma mulher tão idiota? –indagou ela à Francis.

Os olhos dela estavam cheios de lágrimas. Vermelhos, tristes. Seus cabelos estavam molhados e ela gesticulava na chuva e tentava fazer com que seu rosto não se contorcesse e ela desabasse ainda mais na frente dele.

Francis deu um sorriso doloroso e seus olhos azuis acenderam uma chama de raiva.

–-- Você não é idiota. –gritou ele, de repente, fazendo com que ela ficasse calada, fitando-o assustada.

Francis ficou tão perto que ela podia sentir sua respiração mesmo com a chuva. Sakura o olhou, ainda um pouco assustada e surpresa pela voz grossa dele ter irrompido o barulho da chuva com o grito.

Passou a mão nos cabelos e olhou para o lado consternado. Depois a fitou, expressivo.

–-- Porque eu me apaixonei por você... –disse ele, em meio a um sorriso tão bonito que quase fez com que a dor do coração de Sakura ao ouvir aquelas palavras ficasse insuportável.

Os olhos dela permaneciam arregalados, piscando sem parar e a dor em seu coração e tontura só aumentava. Como se ela tivesse medo do que vinha depois. Ela respirava ofegantemente, sem conseguir dizer palavra alguma, apenas olhando a paixão nos olhos daquele homem queimarem-na.

Ele não pensou. Simplesmente aproximou-se e beijou-a, ardentemente.

Sakura estava totalmente atordoada, triste e consternada. Aceitou o beijo como se dependesse dele. Mas sentiu a boca quente e cuidadosa de Francis beijá-la com tudo o que tinha. Sentiu-se amada, querida, sem defeitos. Era como Francis a via.

Ele levantou suas mãos e tocou o rosto dela cuidadosamente.

Foi quando Sakura percebeu o que estava fazendo. Ela saiu de perto dele com uma rapidez de uma lebre e o encarou furiosa.

–-- Nunca mais, Francis Morel. Nunca mais nos veremos! –gritou, irritada.

Andou em passos pesados pela chuva densa, sem que Francis a impedisse. Ela não pensava em nada. Apenas tinha a cabeça cheia demais para pensar numa só coisa.

Ele ficou parado, sem saber como sentir-se, por alguns segundos de êxtase. Olhou para o céu, perguntando se alguma outra vez se sentiria tão vivo de novo depois de ter experimentado os lábios paradisíacos de seu amor.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Comentem! (:



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