Outra História Sobre Nós escrita por Frozen Heart


Capítulo 6
Cap. 5 - Pequeno Gesto


Notas iniciais do capítulo

feliz aniversário para mim 12.03.1997



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Eu vivi muito tempo, mais ou menos dezessete anos, me sentindo uma intrusa em minha própria casa. E quanto mais me sentia assim, mais vazia me tornava, não havia nada em mim, nada de valioso, eu não era amada por ninguém, e, ninguém conseguia fazer o mesmo comigo.

O celular despertou para que levantasse e começasse mais um dia da minha miséria, agora estava crendo em morrer, me matar ou coisas do gênero, porque não tinha um motivo pra viver então porque eu continuava aqui? Isso é tão deprimente. Esta me deprimido estar deprimida.

Puxei as cobertas sobre meu corpo e senti um peso sobre mim inexplicável. Viver na insatisfação estava me deixando frustrada, os dias se tornavam mais longos e as noites curtas demais. Não queria ver o Danillo e nem o Guto, queria apenas ficar sozinha e com medo de me apegar às pessoas.

Joseph parecia outra pessoa quando estava comigo, como se tivesse descoberto o lado real da história, o lado em que todos têm que me odiar para ser feliz.

Tomei banho e vesti a roupa de ir ao serviço, lá eu já tinha o carisma de algumas pessoas, eles adoravam minha companhia e gostavam das histórias que eu contava, eles me ajudaram a fazer meu trabalho, como se estivessem ali só pra mim. Eu gostava deles, mas me recusava a me aproximar, percebi tardiamente que eu estava danificada, sem alma, sem vida eu era um nada e isso já estava me matando.

Meu padrasto viajou para algum lugar que eu não lembro o nome, tudo mundo ficou contente, parece que a única coisa que eu tinha em comum com todo mundo. Era algum projeto para a construção de casas para pessoas carentes, quem disse que eu acreditava nessa ladainha dele de que era um viajem para ajudar os pobres, apostava todas as minhas fichas que ele só estava arrumando um jeito de sair com a amante e ganhar aquele dinheiro sujo.

Como hoje era segunda, era pra ir para o curso, eu estava devastada para ir a qualquer lugar e conhecer novas pessoas, como era obrigação eu apenas caminhei lentamente para a o ponto de ônibus. Em casa, eu percebia as saídas de Paulo na madrugada e percebia a chegada de um carro preto depois que ele saia ‘àquilo’ era muito nojento. Minha mãe ficava com o tal Tyler quase todos os dias, no dia seguinte ela agia como se estivesse preocupada com o que o Paulo tinha feito em suas "reuniões", ela o fazia se sentir culpado quando de começo nenhum dos dois eram limpos.

Na ida para o curso, peguei um ônibus diferente, cheguei cinco minutos atrasada. Estavam todos dentro de um auditório fazendo alguma oração para iniciarmos o dia, achei superinteressante porque ninguém que conhecia levava a religião a sério e eu era uma delas. Sentei e esperei eles darem os avisos, mesmo olhando para a instrutora, a minha mente estava desligada e se recusava a ser iniciada. Ao terminarem perguntei onde eu ficaria e me disseram que era na segunda sala. Na sala fui a terceira a entrar, fiquei sentada perto da porta.

Algumas outras pessoas entraram e começaram uma conversa calorosa. Enquanto continuava sozinha, foi assim a manhã inteira. Todos reclamavam do salário, da vida infernal que levavam e sobre futebol. Apenas me limitei a sorrir quando os outros garotos começaram a caçoar o Gabriel por já ter ido preso, eu também já tinha ido presa, mas aposto que minha mãe tinha pagado para manter minha ficha criminal limpa. Entendia o Gabriel, a vida nem sempre é boa pra todo mundo.

Congelei quando a instrutora me chamou até a frente me obrigando a me apresentar.

– Bem, meu nome é Emily. Tenho 17 anos, moro com meus pais e irmãos. - eu não precisava detalhar que só minha mãe era minha mãe. - Trabalho no Palácio verde.

– Já foi presa? - algum deles perguntou.

– Não. - Não queria detalhar minha vida para aqueles que não se importa.

– Emily porque está aqui? - dessa vez foi a instrutora a perguntar.

– Oportunidade senhora! - gesticulei com as mãos. - Sei que é muito concorrido entrar, eu agradeço por ter sido escolhida.

Grande parte era mentira, mas quem precisava saber, só porque minha família tinha alguma influência sobre outras pessoas que eu iria fazer o mesmo que eles. Eu mal conseguiria dormir sabendo que usei o nome da minha família para o meu próprio interesse, eles se quisessem que eles mesmos o fizessem.

– Mas alguma pergunta? - ela olhou pra turma.

– Tem namorado? - Gabriel perguntou, eu sorri e balancei a cabeça minimamente.

Os outros começaram a gritar e insinuar malícia, sem dar tempo do pobre Gabriel saber o que tinha perguntado, quando a instrutora pediu para que fizessem silêncio para que eu pudesse responder a pergunta do Gabriel.

– Respondendo a sua pergunta Gabriel, não, eu não tenho namorado.

Pude então voltar para o meu lugar e a instrutora passou uma atividade para que nós praticássemos em nossas respectivas empresas. Por fim ela nos liberou 15 mim mais cedo do que o meio dia.

Na volta pra casa o ônibus veio praticamente lotado e demorou 40 mim. O sol quente me deixava levemente suada, devido a blusa de frio grossa eu estava quase tendo um ataque cardíaco, mas de jeito nenhum iria tirar a blusa, as pessoas até ficavam me encarando, achando que eu era louca, e eu estava começando a crê nisso. Eu era louca.

Peguei meu celular do bolso e fiquei encarando o grupo no whatsapp que continha apenas eu e minhas duas amigas. Fazia quase dois meses que não entrávamos em contato. Quando cliquei no grupo, uma mensagem de um amigo que morava em outro estado chegou. Criei coragem e mandei um Oi no grupo das garotas, e logo fui ver a mensagem do Oliver.

Oliver era um amigo virtual, que conheci no antigo MSN devido a um grupo de anime, nos tornamos amigos instantaneamente, só que de uns tempos pra cá não havíamos nos falado muito. Ele todo fim de ano vinha visitar a família da sua parte materna que morava na mesma cidade que eu, ele então aproveitava pra me visitar.

Oliver: My star, quanto tempo.

Era comum ele me chamar de estrela, eu nunca entendi o motivo, ele era exatamente o que eu precisava na hora que eu precisava, mas nunca era o suficiente, eu o via como um melhor, melhor amigo. E eu adorava essa nossa amizade.

– Meu Deus quem diria! - resmunguei pra mim mesma.

Eu: Hey, como está?

Oliver: Normal. Como fome e calor.

Eu ri internamente, porque não importa a hora que você pergunte pra ele se você está bem. A resposta sempre é a mesma. Os velhos tempos.

Continuamos conversando sobre "The Vampire Diaries" que era uma das séries que eu assistia e ele também, apesar dele gostar mais de animes e jogos. Estávamos comentando sobre algum episódio da segunda temporada em que a Katherine fica presa dentro da tumba onde ela deveria ter ficado por 145 anos, Elijah a tinha colocado lá dentro com compulsão, e ela como era sádica usou Damon para empalar o Elijah para que ela conseguisse sair. Sorte que foi o Ric quem conseguiu empalar o vampiro Original para que o Damon não morresse.

Fiquei tão entretida que quando desci do ônibus no ponto de casa, como os fones na maior altura, escutando "Perfect" do "Simple Plan". De repente ouço algo além da música, rapidamente tiro o fone.

– SAI DA FRENTE SUA MALUCA - o cara do jipe gritou para chamar minha atenção. - QUER MORRER?

– SE QUERO MORRER NÃO É DA SUA CONTA! - levantei a mão e mostrei o dedo do meio e fiz uma careta mostrando a língua. - PALHAÇO.

– MAL EDUCADA! - ele ameaçou jogar aquele jipe maldito pra cima de mim.

– IDIOTA! - gritei de volta, saindo do meio da rua, certo. Eu estava errada, mas não iria admitir para aquele filho da mãe.

Quando ele passou por mim na calçada ainda gritou.

– GAROTA MIMADA. - ele acelerou o jipe e saiu contando pneus, sem dar chances para repelir.

Quem aquele desgraçado estava achando que era pelo que me lembro de que eu ainda estava em um bairro nobre. Onde ainda as pessoas eram civilizadas.

Entrei em casa eufórica, minha mente estava pirando, a raiva que estava sentindo daquele verme do jipe verde era incontrolável, ele ainda me paga por me chamar de mimada. Coloquei a mochila na mesa e fiquei me corroendo de raiva. Comecei a fazer alguns rolinhos de presunto e mussarela e comi.

– Comendo porcaria logo na hora do almoço? - Joseph entrou na cozinha com uma caixa nas mãos.

– Ah Oi. - ele nem deu importância para minhas poucas palavras.

– Porque esta com essa cara de que alguém roubou sua Nutella? - ele me observou. - Espero conseguir desmanchar essa sua carinha emburrada.

Eu fiquei quieta, vendo os olhos dele percorrer a cozinha até encontrar a faca. Quando ele pegou a faca, começou a tirar a fita da caixa para abri-la. Ele puxou a aba para o lado, ele saiu de perto e fez um gesto para que eu olhasse dentro da caixa.

Meio hesitante fui até a caixa, meu queixo caiu, e meus olhos deveriam estar brilhando ou tendo um orgasmo nesse instante. Nem quis ver o conteúdo todo, me joguei nos braços dele e o beijei na bochecha, tantas e tantas vezes.

– Acho que isso significa que me perdoou? - ele me afastou

– Está tentando me comprar? - ele me olhou óbvio. – E... Você conseguiu.

O deixei plantado e fui ver quais foram as beldades que ele comprou pra mim, aquele bocado de livro me manteria ocupada por bastante tempo. Tinha vários títulos lá, alguns até mesmo que eu desconhecia, mas dois em especial me chamou atenção. Não sabia dizer o que tinha neles que me prenderam tão rápido neles, já tinha escolhido os primeiros.

– Se você chegasse aqui há uns 10 minutos antes tinha estragado a surpresa. - Joseph apontou. - O entregador se confundiu com o endereço, o rapaz também tinha um monte de entregas dentro daquela caminhonete verde.

Parei de mexer nos livros e levantei a cabeça, porque diabos eu tinha feito isso? Aquele maluco que me chamou de minada veio na minha casa?

– Adolescentes... Sempre desatentos. - Joseph concluiu. - Alguma coisa errada com os exemplares?

– Não, nenhuma... - tentei disfarçar minha repulsa em falar daquele idiota do jipe ou caminhonete verde. - Me ajuda a levar lá pra meu quarto?

Joseph de prontidão me ajudou a levar tudo para meu quarto, abri a porta para ele passar, logo em seguida ele me entregou a lista de tudo que tinha dentro da caixa. Descemos juntos até a cozinha novamente.

– Se estiver faltando alguma coisa é só você ir nesse endereço do papel, já deixei avisado que se você fosse era pra eles te ajudar. - ele conferiu o relógio e respirou fundo em seguida. - Pegue a mochila da mesa, não quero Eleonor brava com você.

– Obrigado! - o abracei mais uma vez. - Vou tirar a mochila da mesa.

Ele beijou minha testa e saiu apressado. Deveria ter alguma audiência no fórum ou no ministério público. Ele era sem dúvida a única pessoa que eu admirava, mesmo quando ele me feria eu era dele. Eu admirava tudo o que ele era.

Voltei para o quarto afim de arrumar tudo nas minhas prateleiras, mas quando os olhei dentro da caixa senti uma preguiça tão grande. Uma vontade de jogar a caixa para o lado e deitar na cama e morrer. Eu estava feliz por Joseph ter-me trago vários livros, mas eu ainda sentia a minha vida sem sentido, a felicidade tinha passado em segundos e comecei a me sentir deprimida de novo.

Empurrei a caixa para o chão e tirei o celular do bolso, tinha quatro mensagens do Oliver comentando sobre a parte em que o Klaus hipnotiza a Katherine a ficar se cortando até ele voltar, aquilo foi engraçado, até coloquei um "Kkkk é verdade", mas eu não estava rindo nenhum pouco.

Encostei a cabeça na cama e fiquei quieta, acordei com gritos e barulhos lá em baixo. Pulei da cama imaginando o que diabos estava acontecendo, desci apressada querendo que nada demais fosse o motivo. Pelo contrário duas garotas que pareciam garotos estavam empurrando minha irmã Raiely contra a parede.

– Ei o que está havendo? - cheguei próximo a elas ficando no meio.

– Cala a boca garota mimada! - duas vezes em um dia, tava demais, será que isso estava escrito na minha cara? Ou era só porque eu morava naquela casa enorme? - Ela nos deve dinheiro!

Arqueei a sobrancelha surpresa, me virando pra ela. Ela nem ligou, deu os ombros.

– Quem é você pra me julgar! - ela ironizou me olhando.

– Certo. - me afastei o suficiente para as duas garotas voltarem a pressioná-la.

Fiquei olhando para as duas grandes garotas e fiz o impensado quando vi que uma delas iria bater de verdade na minha irmã. Entrei na frente e levei o soco na boca do estômago. Aquilo doía pro inferno. Elas pareciam cegas enquanto davam socos e chutes aleatórios no meu corpo, eu provavelmente estava no chão quando param, uma delas viu que não era a minha irmã que estava levando a surra, se assustaram imediatamente, mas não recuaram.

– Está avisada, nos pague! - uma delas puxou a outra pela camisa murmurando algo que minha mente não conseguia processar.

Porque eu estava vendo estrelas? E porque tinha um gosto bem amargo dentro da minha boca. Meu estômago estava pegando fogo. Juntei coragem e enfiei a mão no bolso joguei o dinheiro para que minha irmã pegasse.

– Pague elas. Droga. - ela não esperou segunda ordem. Pegou o dinheiro e saiu correndo.

Arrastei o que sobrou de mim pra dentro do quarto. Não poderia deixar que ninguém me visse assim, vulnerável. Já dentro do quarto, segurando nos móveis para não cair levantei a blusa e vi o roxo perto do estômago, e embaixo das costelas parecia que a carne foi pisoteada. A sorte era que meu rosto estava intacto, e agradeci por isso. Como garotas, elas batiam forte pra caralho.

Deitei na cama e não vi o tempo passar, não estava dormindo porque a dor era insuportável, só voltei a mim quando ouvi alguns gritos escandalosos da Eleonor. Droga, eu poderia apostar que era minha mochila em cima da mesa.

Cerca de dois minutos depois ela entrou no quarto segurando minha mochila em uma das mãos com total descrença. Eu levantei cambaleante, mas sem a deixar perceber. Ela levantou a mochila e jogou para que eu pegasse. Reprimi um gemido de dor enquanto segurava a mochila sorridente.

– Já disse sua idiota pra não deixar suas coisas espalhadas. - ela sorriu, parecendo saber da minha dor. - A janta está na mesa em 15 mim.

Ela saiu e dei graças a Deus, com dor ou não tinha que ir jantar, já não tinha comido o dia inteiro. Coloquei a mochila no chão e fui tomar banho, o que melhorou um pouco. Quando cheguei na cozinha para procurar algum remédio de dor, Eleonor me barrou.

– Ei esquisita, tem gelo ali. - acho que esse foi o ato mais altruísta dela pra mim. - Se abrir a boca sobre mais cedo, não vai ser só esses hematomas que precisará esconder.

Lá se foi o gesto altruísta. E porque diabos parecia que ela sabia muito mais do que realmente mostrava, só que eu não era a pessoas que ela mais gostava no mundo pra ela me contar o que estava acontecendo.

Eu me juntei a elas na mesa com desconforto, mas senti Raiely me entregar algumas pílulas por debaixo da mesa, deveriam ser pra dor, então tomei assim que vi a água perto de mim. Não sei o que tinha naquelas pílulas, mas depois que começaram a fazer afeito eu sabia que tinha sido drogada.

Eu fumava cigarros e bebia vodca, mas drogas? Eu nunca usei, a não ser hoje pela minha irmã mais nova. O legal de estar drogada era que eu não sentia meu corpo, só que tudo ficava confuso. Acho que tentei pelo menos duas vezes enfiar a cabeça no prato.

Eu estava me perguntando será que ninguém estava vendo meu estado? Estava sóbria, em partes, mas ficar rodando o garfo na mão que nem uma louca? Eu via tudo o que eu tava fazendo, mas eu não tinha controle. Era frustrante.

Todos tinham comido e eu continuava tentando comer o prato ao invés da comida. Eleonor esperou nossa mãe se retirar para tentar me ajudar.

– Porque esta sendo boazinha comigo? - murmurei, ou tentei. - Vocês me odeiam.

– Ela não deveria ter tomado às três... - acho que foi Raiely quem disse, eu não tinha certeza porque as vozes delas se confundiam e minha cabeça. - Vai durar mais ou menos cinco horas pra passar.

Elas calaram, e praticamente me arrastaram pela escada, no quarto eu ria igual uma palhaça, parecia que minha alma estava desprendendo do meu corpo. Mesmo que elas quisessem que eu dormisse eu estava tão desperta.

– Eu vou trazer alguma coisa pra corta o efeito. - alguém falou já saindo do quarto.

– Eu acho que sou uma droga... Sabia que quase fui atropelada hoje... Joseph trouxe em monte de livros que tá aí no chão, cuidado pra não pisar. Vocês de alguma forma foram abduzidas e agora estão me ajudando, algo esta acontecendo?

– Meu Deus! Eu prefiro você calada. - Eleonor me sacudiu. - Para de falar alto.

Eu não me lembro de ter calado, alguém me fez engoli alguma coisa bastante amarga e ruim. Aos poucos fiquei zonza e não me lembro de mais nada.

Ao acordar a dor da surra começou a me incomodar, abri os olhos e a claridade do quarto quase me cegou. O sol estava tão forte que eu suspeitei ser mais de meio dia. Meu corpo estava banhado de suor, porque tinham desligado o ar condicionado? Peguei o celular e coloquei a senha.

Algumas mensagens de um grupo de séries, duas do Danillo, uma do Guto, uma da Danny, três do Oliver e no grupo das minhas amigas tinha cinco. Eu sorri e abri o delas primeiro.

Serena: Meu Deus, vocês estão bem?

Lauren: Vocês que somem. Sim estou ótima.

Serena: A Emily não está respondendo, deve estar sem Internet.

Lauren: Hahaha essa ai se ficar sem Internet, provavelmente terá um ataque cardíaco. :D

Serena: Verdade. xD

Eu: Não estou tendo um ataque cardíaco. - até porque tenho Internet :p

Danillo dizia que precisava falar comigo urgente, Guto mandou uma foto mostrando o que ele tinha conseguido na noite anterior, Oliver falava sobre o novo trabalho que ele tinha arrumado e a da Danny falava que estava tudo bem eu faltar, e torceu pra que eu melhorasse.

Larguei o celular na cama e levantei, a casa parecia vazia, e quando andei por toda ela, percebi que não tinha ninguém, mas o que eu estava esperando? Eu ajudei, e elas tinham me ajudado, não tinha porque delas gostarem de mim, voltaríamos a ser estranhas, e não irmãs.

Fui na cozinha arrumar alguma coisa pra comer, optei pelos cereais com leite e coloquei na tigela, abri a gaveta e peguei a colher. Quando ia passando pela sala para ir pro quarto alguém bateu na porta. Podemos dizer que fiquei tentada a continuar andando para o quarto e deixasse quem tivesse lá, morrer de tanto bater. Fiquei parada, olhando pra porta e esperando que quem estivesse lá fora fosse embora. Bateu, bateu até que parou, sorri pra porta e comecei a subir as escadas, eu não sei o que aconteceu com as minhas pernas porque quando coloquei o pé direito para subir o terceiro degraus elas se entrelaçaram me fazendo cai derrubando tudo. O barulho que fez foi ensurdecedor.

– Tem alguém aí? – eu quis socar quem estava lá agora...


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