A Protegida escrita por Rosa Negra


Capítulo 7
Capítulo Sete - Decisão de Castiel


Notas iniciais do capítulo

Bem eu sei que postei rápido demais dessa vez. O motivo é: Não sei exatamente quando terei tempo para postar novamente, talvez em breve, por isso já tendo mais um capítulo pequeno mais FUNDAMENTAL, resolvi postar. Ele vai esclarecer certas coisas.



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Um problemão internacional, onde espiões e agentes da máfia mexicana estavam envolvidos, era isso o que o senhor se referia quando proferiu:

– Você precisa protegê-la; o pai dela está envolvido nisso até o pescoço e ela pode ser uma ótima ferramenta de troca. – Pôs o charuto na boca e acendeu com um isqueiro prateado. – Você está ciente... Todos nós estamos cientes. Ela tem o sangue e é o especial, o que nós estudamos durante décadas para conseguirmos e quando eles finalmente acharam, o tomam e usam o DNA para projetar aquelas armas contra nós, que os ajudamos tanto...

Castiel suspirou ainda com uma das pernas doloridas por conta da recente fratura, embora esta já tivesse tido seus devidos cuidados. Olhou de relance e disfarçadamente para as muletas desejando sair da casa luxuosa e enfiar-se debaixo dos lençóis de sua cama assim que pudesse.

O velho levantou-se e caminhou até a janela abrindo um pouco da cortina para espiar o lado de fora enquanto seu filho de olhos castanho-rosados batia o pé impaciente no chão, esperando que seu pai dissesse logo o que esperava: a grande oportunidade para prova-lo que era mais merecedor e que devia ser imediatamente reconhecido, ao invés daquele pirralho que achava que poderia fazer todo o trabalho arrastando aquele hacker de cabelos platinados para todo o lado, este que agora também era mais precioso aos olhos de seu pai, do que ele mesmo. Ele sentia inveja em cada poro que tinha em seu corpo. Queria, além de profissional, ter uma habilidade a qual se encachasse perfeitamente, como se fosse um dom, como aqueles dois fedelhos possuíam.

Sabiam todos que aquela garota era, sem duvidas, uma arma ambulante; que se caísse em mão erradas, poderia ser usada par fazer processar a mais poderosa tecnologia; ela poderia com o seu próprio DNA, modificar o de outra pessoa que tivesse o tipo sanguíneo compatível, fazendo da pessoa algum tipo de super-humano, ou sabe-se lá o que mais se tivesse seu sangue misturado a aquele soro azul desenvolvido para...

Castiel forçou a garganta atraindo novamente a atenção do senhor que se virou e caminhou novamente sentando-se a frente de todos, numa bela poltrona estofada.

“Insolente” pensou o homem ao lado estalando os dedos e cerrando os olhos para o rapaz mais jovem, sem ser percebido.

– O que o presidente acha disso?

– Sabemos que se nada for resolvido e continuarmos recebendo esses atentados, daria para nós resistirmos. Porém, se isso por a vida de pessoas em risco seria melhor acabar com o problema. – As sobrancelhas de Lysandre se juntaram, contudo entendera perfeitamente. – Certamente coletariam amostras do DNA e tudo mais e... Eles matariam. Talvez até congelassem a garota ainda viva, sabem... Para manter...

Castiel foi tirado de suas lembranças ao ouvir as risadas contagiosas da garota lhe falando asneiras – que mal ouvia. Compartilhou o sorriso certo de que mais uma vida havia sido perdida e que a garota, mesmo sendo, era a menos culpada, não podia ser; tão pura mesmo tão dolorida internamente, em seu coração, ainda conseguia alegra-lo, mesmo que ele não demonstrasse.

Queria toca-la e faze-la esquecer de suas dores, queria apresenta-la a pessoas legais que fossem ajuda-la a fazer amigos. Queria que ela fosse feliz, isto era certo. Mas não podia negar que estava se envolvendo demais com algo que era apenas para ser o auge, obviamente o mais difícil trabalho que já tivera; já quase morrera por ela e ela nem imaginava que após a discursão que tiveram muitas e muitas semanas antes, ele a salvara sem que ela visse, enquanto voltava da biblioteca carregando para casa uma caixa de livros para por na lista e carimbar – suspeitava de que isto não fosse permitido, contudo a admirava por ter tanto gosto pela leitura. Ela era tão inteligente e estudiosa quanto seu pai – o verdadeiro – e tão curiosa quanto o mesmo.

Agora que a conhecia melhor, não queria que medidas drásticas tivessem de serem tomadas. Ele havia se apegado a menina e aos seus olhos verdes, ou castanhos, já que não sabia distinguir.

Viu quando seu cachorro subiu no sofá e deitou a cabeça sobre as cochas da garota; ele também havia se apegado a ela, afinal.

Suspirou ao ver o relógio em seu próprio pulso e levantou-se se dirigindo a cozinha para logo encher um copo de água. Levantou o olhar e mirou-a: vestia um short preto de pano mole e uma camiseta da Hello Kitty. Gargalhou auto, mas logo parou ao perceber que o copo transbordava, assim como a sua decisão de não deixaria nada acontecer a ela. Fosse lá o que sentisse naquele momento de completa loucura, mentiria mais para a garota se fosse necessário, mesmo que ela o odiasse.

– O que foi? - Perguntou a ele ainda acalentando o cachorro.

– Sabe, amenos que quira sair com esta camisa, é melhor se trocar. - Sorriu ao vê-la corar e levantar-se para andar rumo ao seu quarto.


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Notas finais do capítulo

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