Cursed escrita por Princesa Winchester


Capítulo 37
Chapter 37 - New Orleans, Mardi Gras and a Nearly Buried Past


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!
Demorei muito?! Acho que sim né?!
Me perdoem tudo bem?! Minha última semana foi pesadissima, quatro dias seguidos de avaliações não é brincadeira...mas o importante é que estou de volta o/
Gostaria de agradecer a todas que comentaram no último capítulo...amei os comentários sem exceção.
E como forma de agradecimento ai vai um capítulo GIGANTE para vocês...
Boa Leitura!



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Isabella

Viajar parecia ter sido a decisão mais sábia que eu já havia tomado na minha vida. A oportunidade de conhecer lugares diferentes e pessoas diferentes me animavam de um jeito que não havia palavras que pudessem explicar esse sentimento.

Meu tio estava dirigindo a horas, conversamos na boa parte do tempo, tentei a todo custo tentar tirar dele o local para a qual estamos indo mas ele nada me disse, queria fazer uma surpresa, o que aumentava ainda mais minha curiosidade.

—Ah qual é, tio. – Resmunguei pela quinta vez. – Pelo menos me dê uma dica sobre o lugar, isso é maldade.

Klaus apenas sorriu sem tirar os olhos da estrada, era noite e estava quente, incrivelmente quente, um calor agradável devo ressaltar.

—Apenas curta a viajem, minha pequena sweet, quanto mais você ficar forçando para descobrir, menos vou te falar sobre o lugar. – Se virou de relance para mim.

—E por acaso você falou alguma coisa? – Arqueei as sobrancelhas. – Que eu saiba só eu estou pedindo dicas aqui.

—Porque não da uma olhada nas placas? – Ele soltou um sorriso esticando o queixo para a rodovia.

Me ajeitei um pouco mais no banco do carona e forcei minha vista para enxergar uma placa quase que imperceptível a poucos metros a frente.

—Bem vindos a Nova Orleans. – Disse em voz alta. – Estamos em Nova Orleans?! – Falei surpresa.

—Ao que tudo indica, sim. – Não tirou os olhos da estrada.

—Porque estamos indo pra lá? – Questionei ignorando a resposta “malcriada” dele.

—Nova Orleans tem um significado muito importante para mim e para toda a nossa família, é como se fosse uma espécie de reino, onde eu sou o rei, aquele lugar é a minha, é a nossa casa, Isabella. – Me explicou com um brilho de excitação no olhar.

—Se você é o rei, isso me faria o que?! Uma princesa sobrinha?! – Ri descrente.

—Em partes. – Gargalhou alto.

O acompanhei logo em seguida.

—Vai ser bom conhecer esse lugar, pessoas novas...quero me distrair. – Voltei minha atenção para a estrada.

—Também acho que vai ser ótimo para você, vai te fazer bem, a propósito, vamos conhecer três lugares e ficaremos um mês em cada um, por isso, aproveite o que puder de cada um. – Sorriu de canto.

—Três meses, três lugares...me parece justo. – Dei de ombros. – Nem tentarei descobrir os outros dois locas pois sei que não vou ter sucesso.

—Aprendeu rápido, minha pequena sobrinha, gostei de ver. – Brincou tirando uma mão do volante para bagunçar meu cabelo.

Revirei os olhos.

Klaus começou a diminuir um pouco a velocidade e eu suspeitei que talvez estivéssemos próximos da entrada da cidade, e de fato, meu pensamento era verídico.

A cidade era incrivelmente agitada, ou melhor, estava incrivelmente agitada, as pessoas estavam todas fantasiadas, e inúmeras alegorias circulavam pelas ruas, foi então que eu me atinei, era o dia da festividade do Mardi Gras.

—Essa confusão toda me fez esquecer completamente das datas comemorativas americanas, parece que não temos tempo de nada, nunca! – Continuei olhando as pessoas pulando, brincando, rindo e se abraçando do lado de fora do carro.

—Não se preocupe com isso, pedi que a empregada providenciasse uma fantasia para nós dois, vamos aproveitar um pouco, você passou por momentos difíceis nos últimos tempos. – Klaus entrou em uma rua menos tumultuada e logo paramos em frente a uma mansão antiga e elegante.

Me vi saindo do carro com meu tio em meu encalço e parando em frente a porta principal, ainda meio abobada.

—Seja bem vinda a mansão da família Mikaelson. – Ele passou na minha frente e abriu a porta para mim gesticulando para que eu entrasse.

E assim eu fiz.

A casa era totalmente ornamentada com detalhes da época em que imperadores existiam, algo atípico para a sociedade americana, mas que ainda assim, não deixava de ser impecável.

Resumindo: Uma verdadeira mansão de um rei.

—Isso aqui é maravilhoso. – Me aproximei do pé da escada.

—Planejei cada detalhe deste lugar, demos festas fantásticas aqui, uma pena que a maioria terminou com um banho de sangue. – Klaus também olhava para o lugar com adoração. – Porque não sobe e vá até seu quarto, é a última porta a direita, tenho certeza que Marie comprou uma ótima fantasia para você.

Assenti depois de soltar um longo suspiro e segui para o meu quarto.

O corredor de acesso era imenso, por um momento pensei que jamais chegaria ao seu final, mas utilizando minha velocidade de vampira, logo me deparei com uma porta de madeira pura com detalhes esculpidos minuciosamente esculpidos por algum profissional. Abri devagar e admirei a visão.

O cômodo era composto por uma parede negra com um adesivo de parede de uma árvore enorme com suas folhas caindo até o rodapé, havia também um closet, um banheiro, uma escrivaninha, uma enorme janela e uma cama gigante (quando eu digo gigante, é gigante mesmo!).

Em cima da mesma, uma fantasia da princesa da Disney Mulan estava esticada e bem passada.

Sorri ao ver aquilo. Mulan era o tipo de heroína que me fascinava, principalmente depois do meu “coma”, eu me lembro bem de ter assistido esse filme diversas vezes durante minha recuperação milagrosa, e agora, cá estou eu me vestindo como a princesa inspiradora, irônico, não?!

Terminei de me arrumar e desci novamente para o saguão principal, onde um loiro vitoriano me esperava virado para um quadro imenso que eu não havia reparado na primeira vez.

—É bonito. – Comentei o fazendo virar para mim.

—Representa minha relação com meus inimigos, sabe como é...o dragão os representa, e os guerreiros representam minha família e eu. – Explicou perdido no quadro.

Sorri com pesar. Nossa família tinha muito poder, e também era muito caçada, o que tornava as coisas ainda mais complicadas.

—Podemos ir? – Quebrei o clima desconfortável.

—Claro, vamos! – Ele voltou a realidade.

Saímos e seguimos a pé para a rua principal, onde a animação das pessoas estava evidente.

—Você se lembra do caminho, certo?! – Klaus berrou com o intuito de disputar com o barulho a sua volta.

—Sim. – Berrei de volta.

—Então fique a vontade para andar por ai, qualquer coisa você me liga ou mata o ser humano, qualquer jeito funciona. – Falou sumindo de vista logo em seguida.

Ótimo!

Eu estava sozinha no meio de uma multidão, só conhecia o caminho para voltar para casa e meu tio maluco acaba de me “abandonar” no meio de uma festa. Não que eu não goste de curtir as vezes, mas a ideia de fazer tal coisa em uma cidade totalmente desconhecida ainda era novidade para mim.

No meio daquela confusão toda eu pude avistar um bar bastante convidativo, decidi que não havia melhor forma de começar uma festa do que bebendo o primeiro copo de vodka da noite.

Depois de levar uns empurrões, ou até mesmo de ser convidada para dançar loucamente ao ritmo da música, eu consegui chegar até o lugar. Entrei no mesmo e me vi observando detalhadamente cada cantinho daquele lugar, era aconchegante e parecia bem vintage, as pessoas conversavam animadamente, todas fantasiadas, devo dizer, resumindo, era um bar familiar, não tinha sinal algum de motoqueiros bombados e tatuados que se costuma ver nesses filmes americanos, apenas pessoas, pessoas normais com vidas normais (aparentemente).

Sentei-me em um dos banquinhos e esperei que alguém viesse me atender.

—O que deseja? – Uma mulher de cabelos loiros e olhos gentis chamou minha atenção.

—Uma dose de vodka com limão, por favor. – Pedi dando um sorriso amarelo.

Ela assentiu e sumiu voltando uns cinco minutos depois com a bebida em suas mãos. Agradeci com um aceno e dei minha primeira golada no liquido contido no copo.

Não demorou para que o mesmo descesse queimando minha garganta, e eu no ímpeto do momento, fechei os olhos com força, apenas esperando que aquela sensação passasse me trazendo um pouco de alivio depois.

—Não sabia que bebia. – Uma voz de veludo soou em meus ouvidos.

Aquela, voz de veludo.

Arrisquei abrir os olhos e me voltar para aquela figura pálida e gélida que me encarava com curiosidade e espanto.

—Você. – Suspirei e bebi mais um gole.

—Não está surpresa? – Ele me questionou.

—Ora, Edward, acha mesmo que depois desse tempo todo sua presença me afetaria de tal forma?! Diga que não pensou que eu pudesse ter continuado na mesmice de quando você me deixou de forma cruel e covarde. – Não olhei para ele, continuava com os olhos fixos no copo em minhas mãos.

—Em momento algum eu pensei nisso, Isabella, mas espero de coração que você não tenha se esquecido do sentimento que nutri por você, aquilo foi e é verdadeiro, nada pode mudar isso. – Ele não me olhava, melhor assim.

—Jura?! Você vai ser tão hipócrita em tentar me falar que tudo o que sentiu por mim foi real?! Quem ama, Cullen, cuida, protege, não foge dos problemas, e você, meu caro, fugiu junto com sua família perfeitinha porque viu que nada que você pensava sentir por mim era real, você é uma mentira, nós fomos uma mentira, e nada que você me diga vai mudar isso. – Cuspi com os punhos cerrados.

Eu estava visivelmente alterada, e não havia indicio algum que fizesse parecer que meu ódio fosse passar, pelo menos não naquele momento.

Edward apenas ouviu calado todas aquelas palavras duras que eu havia acabado de dirigir a ele, parecia querer encontrar o jeito certo de se explicar ou até mesmo de pedir sinceras desculpas pela covardia de meses atrás.

—Alice previu coisas, e achamos melhor te manter afastada disso, não queríamos que você se machucasse por nossa causa, nós nunca nos perdoaríamos caso isso acontecesse. – Soltou um longo suspiro.

Ao ouvir o nome de Alice, meu coração parecia ter virado mingau. Ela era o mais próximo de uma amizade verdadeira que eu conhecia, e o fato dela ter me deixado sem um motivo aparente me levava a crer que nossa ligação também foi uma mentira, e uma mentira feia.

—O que Alice viu? – Perguntei olhando em seus olhos cor de âmbar.

—É complicado, Bella. – Ele estava angustiado.

—Por favor, Edward, pelo menos uma vez na vida seja sincero comigo, eu duvido muito que você já não saiba sobre minha real natureza, então acho que posso aguentar qualquer coisa que sair dessa sua boca. – Cruzei os braços.

Edward enrijeceu, e eu só fui entender o porque quando senti minhas presas quererem saltar da minha boca.

Respirei fundo e tentei me controlar, aos poucos pude sentir minhas feições voltando ao normal.

—Eu sinto muito por isso. – Ele gesticulou para meu rosto.

Soltei uma risada.

—Isso foi um presente, Edward, sou mais poderosa do que pensa, mas o fato aqui não é sobre o que eu sou ou o que eu me tornei, eu quero que me diga, o que Alice viu de tão grave? – Voltei para o assunto inicial.

—Haviam caçadores, eles queriam caçar qualquer ser sobrenatural, achamos que se fossemos embora, talvez pudéssemos te proteger do nosso mundo. – Ele gaguejava.

O olhei incrédula. Era impressão minha, ou ele estava se referindo aos Winchester?!

—Dois caçadores...ficaria surpreso se eu te dissesse que eles bateram na minha porta dois dias depois que vocês partiram?! Vocês não estavam me protegendo, estavam se protegendo, desde o inicio as coisas eram comigo, Edward, eles me magoaram, mas nenhuma ferida se compara a que você e sua família abriram dentro de mim, então sugiro que você não tente me dar explicações falhas sobre a atitude de vocês, porque isso não existe, você deixou de existir no momento que peguei aquela carta ridícula em cima daquele piano na sua casa. – Eu podia sentir o gosto salgado das lágrimas que desciam de encontro aos meus lábios.

—Bella, droga! – Ele tentou se aproximar mas eu recuei. – Eu não queria ter te deixado, não queria, eu amo você, fizemos o que achamos que era bom para você.

—Correção, fizeram o que acharam que era bom para vocês mesmos, não se deram o trabalho de vim me procurar e saber o que eu achava dessa história toda, simplesmente tomaram a decisão por si mesmos como sempre fizeram, eu não quero te ver aqui Edward, nem aqui e nem em qualquer outro lugar que eu possa estar, eu enterrei você já tem uns seis meses, então faça-me o favor de continuar enterrado. – Me levantei e sai daquele bar um pouco exaltada.

A festa continuava a todo vapor, mas meu estado de espírito já me dizia que aquele não era o ambiente que eu precisava estar.

Lembrei-me de meu tio me falando sobre os humanos daquela cidade e no quão seria fácil sugar a vida dos mesmos.

Eu sabia que aquilo que eu estava pensando era uma ótima definição de que “Isabella Mikaelson acaba de assinar a sentença de loucura”. Mas eu estava nervosa, estava aflita, e com muita sede de sangue.

Vasculhei a rua em busca de alguma coisa que me desse motivos para dilacerar a garganta de algum individuo, e de fato eu achei.

Aproximei-me de um beco onde dois homens tentavam a todo custo abusar sexualmente de uma garota de no máximo quinze anos.

—O que vocês pensam que estão fazendo? – Parei próximo o suficiente para enxergá-los.

—Olha só Negan, chegou mais uma para a nossa festinha. – O grandalhão sorriu malicioso me olhando de cima a baixo.

Nojento.

O tal do Negan reagiu da mesma forma, porém ele partiu pra cima de mim cheio de vontade e me prensou na parede.

—Você não devia ter feito isso. – Balancei a cabeça em sinal de desaprovação.

O homem me olhou confuso, mas logo deixou com que o pânico assumisse em sua face.

Não hesitei um pouquinho sequer em inverter nossas posições e me saciar de seu sangue até a última gotinha do mesmo.

Joguei o corpo sem vida de Negan no chão e encarei o grandalhão que estava imóvel apenas olhando, ele ainda segurava a garota pelos braços, e ela chorava horrores.

—Viu o que aconteceu com seu amiguinho, certo?! – Perguntei limpando os cantos da minha boca e ele assentiu tremendo. – Como eu sou uma boa pessoa, vou te dar uma chance, você solta a menina, deixa ela ir embora, começa a correr e não olha para trás, e você fofinha, sugiro que esqueça o que aconteceu aqui, principalmente o meu rosto, pode fazer isso?!

Os dois assentiram. A garota foi embora e o cara saiu correndo.

Contei até dez.

1...2...3...4...5...6...7...8...9...10.

Terminada a contagem, fechei os olhos e usei meus dons de bruxaria para localizar o individuo, ri fraco ao constatar que ele não andou nem dois metros de distância.

Respirei fundo antes de começar a caçar e terminar o serviço, esses três meses seriam divertidos.


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Notas finais do capítulo

E então?! Olha quem apareceu...Edward Cullen, temos um "Xeroque Rolmes" aqui hahaha. Bella ta ficando bad girl sim ou claro?! Amaram ela assim?! Bem tenho uma perguntinha para vocês, serão três capitulos sobre os três lugares que a Bella vai, logo, os três meses, vocês querem que eu intercale com capítulos curtos do Damon ou que eu escreva todos os três da Bella e depois escreva tudo em um capítulo só do Damon?! Eu ficaria com a segunda opção, mas vocês decidem...Beijocas ♥