Cursed escrita por Princesa Winchester


Capítulo 36
Chapter 36 - You left and took a piece of me.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!
Voltei mega rapidinho né?! Mereço até recomendações por isso...(indireta...)
Enfim, como sempre, eu gostaria de agradecer a todas que comentaram no último capítulo...amo vocês ♥
Capítulo tristinho demais, quase chorei escrevendo ele (sério gente eu quase me emocionei com ele).
Enfim, estamos entrando na reta final...buá...só faltam mais 14 capítulos :( e nosso casal vai passar por algumas provações...sem mais delongas...
Boa Leitura!



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Isabella

Dor.

Essa era a palavra certa que se encaixava perfeitamente em meu estado de espírito do momento. Eu queria muito acreditar que as coisas que ouvi tivessem sido apenas uma brincadeirinha boba, um tipo de trote, igual aqueles de faculdade, sabe?!

Mas não.

Aquele pesadelo era real. Aquela traição foi real e ainda ferve em minha cabeça como uma água em ebulição.

Damon era tudo para mim, ele era o meu porto seguro, era o tipo de pessoa que eu sabia que podia contar, ou pelo menos pensava que podia. Saber que todos que pensei que estavam me ajudando queriam na verdade a minha caveira me fez repensar em muitos princípios que eu estava convicta em reprimir.

Uma delas é o meu autocontrole. Eu poderia ter matado aquela vadia hoje, mas não o fiz. Uma parte de mim queria a todo custo tocar tudo pro foda-se e me acabar naquele sangue, igual um bêbado com sua dose de álcool. Se eu não tivesse esse lado humano demais, que se importa demais que é bobo demais, talvez eu não estivesse sofrendo tanto quanto estou agora.

Essa maldita humanidade...queria não ter essa coisa, queria simplesmente esquecer os meus problemas e focar no que realmente importa. Queria ser pelo menos por um momento o que todos falavam da minha mãe, uma egoísta que só enxergava o próprio umbigo e não se importava com nada e nem no que aquilo resultaria para as pessoas.

Eu estava acabando de montar meu novo quarto, dessa vez na casa dos meus pais. Sim, eles conseguiram comprar uma mansão para eles em um dia, poder de convencimento é tudo.

Enfim, nesse momento eu estava sentada em cima do pequeno baú que dava vista para o jardim da casa, completamente perdida em meus pensamento, até que meu tio Klaus surgiu ao meu lado me fazendo dar um pulo.

—Desculpe se te assustei. – Ele sorriu ingênuo.

Até parece!

—O que você está fazendo aqui? – Consegui perguntar com muita dificuldade, confesso.

—Achou mesmo que eu não estava a par dessa brincadeira de casinha que meu irmão está fazendo?! Fala sério minha querida sobrinha, sempre estarei um passo a frente de vocês. – Ele olhava para fora da janela.

—Devemos ter medo de você também?! Vai cometer o mesmo erro de antes pelo simples prazer de disseminar o caos? – O olhei de relance.

—Não. – Ele me olhou no fundo dos olhos e eu pude constatar que ele estava de fato sendo sincero.

—Então o que você veio fazer aqui? – Arqueei as sobrancelhas.

—Soube do que houve entre você e os Salvatores, não foi nada legal saber que minha mãe está respirando e ainda por cima perto da minha família, ela está atrás de você e eu não posso deixar que ela encoste um dedinho sequer em você. – Ele voltou a encarar o jardim.

—Você espera mesmo que eu acredite que você está querendo me proteger?! O mesmo homem que não hesitou em entregar minha família para uma bruxa, literalmente?! – Perguntei incrédula.

—Isabella, eu sei que errei, sei que nada justifica minhas atitudes, mas estou disposto a concertar meus erros, quero te fazer uma proposta. – Havia um brilho em seus olhos que eu não podia negar, eram de pura adrenalina.

—Uma proposta? – Falei em voz alta.

—Sim, quero te propor uma viajem, eu sei que seus pais estão planejando uma também, mas já conversei com eles e ambos concordaram que eu poderia te manter muito mais em segurança do que eles. – Meu tio foi falando e eu apenas ouvindo.

—E porque eu deveria confiar em você? – Eu continuava desconfiada.

—Porque se você vier comigo, darei o que você tanto quer no momento. – Ele tinha um sorriso vitorioso, o que me fez ter raiva dele, quem ele pensa que é?!

—Então o que eu quero tanto assim? – Desafiei.

—Não seria difícil saber que você, na sua atual situação, queira se desligar um pouco desses sentimentos, dessa dor, então estou disposto a desligar sua humanidade se você topar vim comigo, prometo que vou te proteger com a minha vida. – Ele mais uma vez transmitia sinceridade.

—E quando você me desligaria? – Eu estava realmente cogitando a hipótese de sair daquela zona de mágoa e partir para uma fase despreocupada.

—Quando você se sentir segura da sua decisão. – Deu de ombros. – E não me diga que você já tem certeza disso agora porque sei que não, da pra ver em seus olhos que você ainda tem um certo receio em dizer que quer isso para a sua vida.

Merda!

—Mas, se na nossa primeira parada você dizer para mim com sinceridade que está pronta, não hesitarei em fazer tal coisa. – Me garantiu. – E então?! Você topa?!

(...)

Uma semana depois

—Tem certeza que não quer desistir?! Isabella, tenho mais de cem anos, posso muito bem proteger você. – Minha mãe alisava meu cabelo de forma incessante.

—Mãe, eu preciso realmente ir, eu quero ter esse tempo para mim, preciso desse tempo, fora que meu tio me convenceu de suas intenções, vai ficar tudo bem, prometo. – Assegurei pela milésima vez.

—Você já falou com Damon, desde...bem, desde aquele dia? – Minha mãe tentou soar confortável com a pergunta.

Respirei fundo.

Desde aquele dia, Damon insistiu por dois dias seguidos tentar conversar comigo mas eu bati com a porta na cara dele todas as vezes. O restante da corja também tentou, mas a única pessoa que eu recebi foi Caroline, pois a mesma não estava nem sabendo do que estava acontecendo.

A verdade é que ele não sabia que eu estava de partida por tempo indeterminado, somente a loirinha que se intitulou como minha melhor amiga sabia para onde eu estava indo, e prometeu guardar segredo se eu mantivesse contatos diários com ela pelo telefone.

Aquilo não seria uma despedida, não mesmo, mas também não seria uma certeza de que eu voltaria bem. Afinal, as chances de que eu volte sem humanidade são grandes, não posso negar isso. No fundo, eu queria ficar, queria poder passar uma borracha nessa história toda e me jogar nos braços de Damon Salvatore, mas eu simplesmente não consigo, é demais para mim.

—Não, mãe. Agora realmente preciso ir, onde está meu pai? – Pigarreei e me levantei da cadeira.

—Está te esperando lá na sala. – Beijou minha testa.

Sorri e a abracei.

Com o pouco de tempo que eu tinha de conhecimento sobre Katherina Petrova, eu sabia que ela não era a pessoa ruim que todos diziam, ela tinha seu jeito mas eu não podia reclamar dela como mãe, pois ela se fez presente no pouco tempo que estivemos juntas como mãe e filha.

Sai do quarto com ela em meu encalço e segui para a sala onde meu pai me esperava com as minhas malas ao seu lado.

—Minha pequena Isabella...já estou sentindo sua falta. – Ele me abraçou e eu enterrei minha cabeça em seu ombro.

Porque aquilo parecia tanto com uma despedida?!

—Não sou tão pequena assim, vou voltar assim que os problemas com a Ester estiverem de fato resolvidos, vou me comunicar com vocês todos os dias, eu prometo. – Uma lágrima teimosa rolou em minha face.

—Acredito em você. – Ele beijou o topo da minha cabeça e secou a lágrima. – Seu tio já está te esperando lá fora, qualquer novidade sobre sua avó eu direi a vocês, vou caça-la minha filha, vou acabar com ela, e você vai poder voltar.

Assenti antes de seguir para a porta da frente e ir de encontro ao meu tio Klaus. O mesmo estava a minha espera com os braços cruzados e com um semblante despreocupado.

—Pronta? – Quis saber.

Apenas concordei entrando no carro e esperando que ele desse a partida, arrisquei dar uma última olhada no retrovisor do carro e para o meu desespero eu o vi.

Estava escondido mas ainda assim eu podia reconhecer aqueles olhos azuis, se eu não o conhecesse diria que Damon Salvatore estava chorando.

Damon

Então eu estava mesmo vivendo aquilo, eu estava mesmo perdendo a única pessoa que eu amei de verdade, e tudo isso por culpa de uma situação mal interpretada, um erro meu.

Quando ouvi Caroline conversando no telefone, dizendo algo sobre viagem e sobre mandar notícias sempre. Não precisei pensar muito para ligar os pontos e descobrir que ela estava falando com Bella.

Ao que tudo indicava, ela estava planejando uma viagem, e ela nem ao menos pretendia se despedir. Contudo, eu não estava totalmente convencido daquela informação, segui a loirinha por dias até que hoje eu tive a infelicidade de ir até Isabella novamente e vê-la entrando no carro de Niklaus com as malas feitas.

Resisti ao impulso de ir até lá e parar aquele carro, mas quando olhei naqueles olhos tão decididos eu não consegui me mover, tenho certeza que ela me viu, mas de alguma forma, aquilo não a comoveu, pois mesmo me vendo em um estado que nunca sequer pensei em estar ela voltou atrás.

E a medida que o carro ia se afastando uma parte de mim ia junto com aquela mulher, eu havia perdido Isabella.


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Notas finais do capítulo

CHOREI DEMAIS 3
E ai?! O que vocês acham que vai acontecer?!
Palpites são bem vindos