A Ordem de Drugstrein escrita por Kamui Black


Capítulo 75
Assunto de Família - Parte Única


Notas iniciais do capítulo

Kayan finalmente decide encarar seu tio Radamanthys de frente. Como será que esse novo encontro entre os dois últimos Atreius irá terminar?



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Capítulo 074

Assunto de Família (Parte Única)

No segundo dia após retornar para Drugstrein, Kayan subiu a torre dos granmestre até a sala de Spaak Firyn. Assim que chegou em frente à porta a abriu e o que viu dentro da sala surpreendeu-o completamente.

Aghata estava sentada sobre a grande mesa de madeira do centro da sala, entre suas pernas estava Spaak. Os dois estavam abraçados e se beijavam.

Assim que percebeu o que estava interrompendo, Kayan afastou-se e fechou a porta da maneira mais silenciosa que conseguiu. Obviamente os mestres perceberam que havia alguém ali, mas não interromperam o beijo apenas por causa disso.

— Só espero que não tenha sido nenhum granmestre, senão vou ouvir um monte – disse Spaak.

— Não me culpe por isso – respondeu-lhe a Willis enquanto ele se afastava e ela descia da mesa. – Apenas vim entregar-lhe alguns relatórios, foi você quem me agarrou aqui.

— Eu não resisti, você ficou em missão durante os últimos cinco dias.

— Agora que matamos um pouco das saudades devo me retirar. Venha para meus aposentos mais à noite que terminamos com o que começamos aqui.

Ela piscou para o outro mestre enquanto caminhava em direção à porta. Quando ela saiu da sala, percebeu que o Atreius estava recostado na parede ao lado da entrada para a sala.

— Boa tarde, Kayan. O Spaak ficará feliz em te ver, principalmente porque não terá que ouvir bronca de nenhum granmestre.

— Boa tarde, Aghata. Não foi minha intenção interromper nada – desculpou-se o rapaz.

— Está tudo bem. Não faríamos nada além de nos beijarmos aqui mesmo. Ao menos não hoje – respondeu-lhe ela, rindo.

— Informações demais para mim, vou fingir que não ouvi isso. A partir de hoje passarei a bater na porta antes de entrar nesta sala.

Quando Aghata começou a descer as escadas rindo, o jovem Atreius entrou na sala do mestre de elite. Spaak já estava sentado na cadeira atrás de sua mesa. Sobre a mesa, vários pergaminhos e cartas. No canto, uma jarra de hidromel.

— Você sabia que as portas possuem fechadura?

— Aquilo não foi planejado. Fazia tempo que não via a Aghata e acabamos nos empolgando.

— Tudo bem, acho que essas coisas acontecem.

— E a que devo a sua visita?

— Vim apenas para conversar. Sei que você adora escapar do trabalho de vez em quando.

— Nem me fale. O trabalho como mestre de elite pode ser bem chato às vezes.

Enquanto falava, Spaak preenchia dois cálices de prata com a bebida que estava sobre sua mesa. Tomou um pouco da sua e ofereceu a outra para Kayan.

— Aquela história que você me contou há um tempo, sobre aquela garota pela qual você se apaixonou quando tinha quatorze anos.

— Sim, a Allina.

— Quanto tempo você levou para superar a perda dela?

— Não sei direito, duas luas, três talvez. Não é algo que acontece de repente, é algo gradual. Se bem que acho que superar mesmo foi apenas quando comecei a perceber que sentia algo especial pela Aghata. Se eu tivesse me envolvido com ela antes, talvez tivesse superado esse... trauma, por assim dizer, antes. Mas por que a pergunta?

Kayan tomou um gole de sua bebida antes de responder.

— Aconteceram algumas coisas e eu estou um pouco confuso.

— Que coisas?

— Você tem que me prometer que não vai contar pra ninguém. Nem pra Aghata e principalmente para o Sakuro.

— Você está me assustando com essa precaução toda.

Kayan bebeu mais um pouco para continuar com aquele assunto.

— A Thays e eu... nós... nós fizemos o que você ia fazer com a Aghata aqui nessa sala se eu não tivesse entrado.

— Você dormiu com a Thays!

— Fale baixo! Sim, nós ficamos juntos. Ela me deu um pouco de uma poção que o Mathen chamou de poção do amor e aí eu não consegui resistir e acabamos fazendo sexo. Um monte de vezes na mesma noite.

Spaak recostou-se na cadeira enquanto brincava com o cálice de bebida, girando-o nas mãos.

— Já ouvi falar dessa poção. Pelo que sei, o que vocês fizeram não foi contra a vontade. Pode até ter sido um desejo reprimido, mas os dois queriam fazer aquilo.

— Eu sei disso. Eu não sei o que fazer, Spaak. Gosto da companhia da Thays, mas, ao mesmo tempo, sinto falta da Sarah. Ficar com a Thays me parece tão errado agora, mas eu também não quero afastá-la.

— Entendo porque veio falar comigo sobre isso, mas nossas experiências não são as mesmas. Você tinha um relacionamento bem mais profundo com a Sarah do que eu tinha com a Allina. Além disso, naquela época não havia nenhuma outra garota da qual eu fosse tão próximo como você é da Thays. A única coisa que posso te dizer é que, se você achar que a Thays pode te fazer feliz, não deixe essa oportunidade escapar.

Aquelas palavras de Spaak fizeram com que Kayan começasse a refletir. Ele não precisava se decidir naquele momento, não era como se Thays fosse se afastar dele, uma vez que a própria garota havia lhe dito que queria ficar por perto quando ele estivesse pronto para se relacionar novamente.

— Acho que a melhor coisa a fazer é não fazer nada – concluiu ele.

— Não entendi o que você quis dizer, mas se acha que é a coisa certa a se fazer.

— Na verdade eu ainda não me decidi, Spaak, mas conversar com você sobre esse assunto me fez bem mesmo assim. Eu gosto da companhia da Thays e não é como se ela estivesse sofrendo com essa minha indecisão, já que ela não é obrigada a me ver com um monte de garotas diferentes por aí. Na verdade acho que ela aproveita os momentos que temos juntos tanto quanto eu.

— Senti que essa parte de com um monte de garotas foi uma indireta para mim.

Kayan apenas pode rir quando o amigo captou a mensagem.

— Alias, já conversou com o Sakuro?

— Sim. Parece que a família Cyren irá aumentar.

— Fiquei muito feliz com a notícia. E a família Firyn? Você é o único que pode dar continuidade à ela.

— Quem sabe daqui a uns anos. A Aghata e eu já conversamos sobre isso.

Os dois, então, terminaram de tomar suas bebidas silenciosamente.

— Foi muito bom conversar com você. Agora irei até o Arthuro para que ele me leve até a sala do granmestre Radamanthys.

— Você tem assuntos a tratar com seu tio?

— Por incrível que pareça, sim. Assuntos de família.

— Desejo-lhe boa sorte então.

Após sair da sala de Spaak, Kayan subiu mais dois andares da torre para chegar no terceiro e último conjunto de salas dos mestres de elite. Daquela vez tomou a precaução de bater na porta antes de entrar na sala. Quando ouviu que poderia entrar o fez.

— Boa tarde, Arthuro.

— Boa tarde, Kayan. Fiquei sabendo que a missão que meu sobrinho liderou foi um sucesso. Conversei com ele ontem e ele está bem impressionado com você.

— Acho que nos tornamos amigos depois do que passamos lá. Espero que ele não tenha ficado chateado por um mago mais novo como eu ser mais forte que ele.

— Ele até tenta esconder, mas aquilo feriu seu ego um pouco. Mas acho que ele não se importará tanto por se tratar de um Atreius. A parte boa é que isso o motivou a estudar e praticar mais.

— Isso é bom. Posso ter um talento natural, mas só cheguei onde estou porque pratico minha magia todos os dias.

— Você não vai se sentar?

— Não. Pretendo ser breve. Apenas vim pedir um favor. Quero conversar com o granmestre Radamanthys, mas não quero ter que marcar um horário.

— Então quer que eu o convença a te receber agora.

— Mais ou menos isso – respondeu dando de ombros.

— Então vamos.

O mestre de elite levantou-se, vestiu seu sobretudo e caminhou em direção à porta. Mesmo nervoso, Kayan acompanhou-o. Eles subiram até os últimos andares da torre, onde ficavam as salas dos granmestres.

Kayan sentia o coração descompassado enquanto Arthuro abria a porta da sala do Atreius.

— Radamanthys, poderia dispensar uma hora do seu dia para conversar com alguém que deseja vê-lo?

— Depende de quem for, mas não é como se eu estivesse com assuntos atrasados ou urgentes para serem resolvidos hoje.

Kayan, ainda do lado de fora da sala, ouviu a voz severa do tio respondendo para Arthuro. Apesar da austeridade, a maneira com a qual ele falava com o Magnum era um pouco mais casual. Era possível que Arthuro fosse um dos poucos que Radamanthys considerasse como um amigo.

— Entre, Kayan – pediu-lhe o mestre de elite.

O Atreius mais jovem sentiu seu coração dar um pulo no peito. Seria mesmo aquele o dia em que poderia conversar com o único membro de sua família ainda vivo?

— Boa tarde, granmestre Radamanthys – disse timidamente.

— Boa tarde, mestre Kayan. Entre e sente-se.

— Vou deixar vocês dois conversarem.

Após dizer aquilo, Arthuro retirou-se da sala.

— Antes de mais nada, gostaria de parabenizá-lo pelo resultado de sua última missão. Pelo que li no relatório do mestre Gorgar, você venceu Kil-el-mih sozinho em um duelo. Acredito que em Wesmeroth menos de cem dentre nossos mestres poderiam repetir um feito destes.

Há muito tempo Kayan havia decidido que não queria mais o reconhecimento do tio ou elogios vindo dele. Então por que aquela congratulação o deixava tão feliz? Ele não sabia a resposta para aquela pergunta. Tanto que aquela confusão fez com que ficasse alguns segundos olhando para o tio com cara de bobo.

— O-obrigado, granmestre. Mas ainda não me acho assim tão forte.

— Ganancioso, você. Mas isso é normal, já que é um Atreius.

Kayan poderia ficar apenas feliz com aquilo, mas havia uma dúvida martelando em sua cabeça, então, sem pensar duas vezes, fez a pergunta que lhe surgiu.

— Por que agora? Depois de todos esses anos, por que só agora me reconhece como um Atreius?

Apesar do tom de voz um pouco exaltado de Kayan, Radamanthys continuou a conversa normalmente.

— Sim, eu estava errado quanto a você, mas se está esperando um pedido de desculpas, pode sair desta sala e não precisa mais voltar.

— Não preciso de um pedido de desculpas seu. Apenas quero te entender. Eu sou um Atreius. Sou filho de Kattus Atreius e tenho muito orgulho disso. Mas a verdade é que eu não sei quase nada sobre nossa família. E é por isso que eu quero te entender, granmestre Radamanthys. Porque você é o único Atreius vivo além de mim.

— Não sou uma pessoa fácil de entender, mas tentarei lhe explicar. Desde o primeiro dia em que te vi, sabia que você era o filho de Kattus. Mas isso não garantia que você fosse um Atreius. Nunca antes houve uma união entre nossa família e um humano comum. E existem casos em que o poder mágico pode se diluir em uma união como esta. Então é compreensível que eu apenas tenha te reconhecido como um verdadeiro Atreius quando você provou sua força.

Ainda que não achasse válido os pensamentos do tio, Kayan conseguia compreende-lo. Talvez eles nunca se dessem bem, já que Radamanthys e Kattus nunca foram grandes amigos, mas poder conviver com o tio normalmente já era o suficiente para Kayan.

— De qualquer maneira, esse não é o motivo pelo qual vim até aqui. Recentemente descobri que Zeffirs também era de nossa família. Quero saber mais sobre isso, já que também sou um mago negro e um Atreius.

— Se é isso que quer saber, posso lhe contar o que sei, mas já lhe adianto que eu tinha apenas um ano quando Zeffirs renegou nosso nome e abandonou esta ordem, então nunca cheguei a conviver com ele. O único contato que tivemos foi durante algumas batalhas.

— Isso eu já imaginava, mas você deve saber o motivo pelo qual ele se tornou o que era.

— Até onde sei, ao contrário do que todos dizem, Zeffirs não queria dominar as outras ordens, ele simplesmente queria destruir todas as ordens.

— Isso não faz muito sentido. Se ele fizesse isso a raça humana ficaria desprotegida contra os povos bárbaros, sraths e elfos negros.

— Esse foi o ponto que fez com que todas as ordens se unissem contra ele. Na visão dele, apenas os fortes deveriam sobreviver e, contanto que você tivesse poder suficiente poderia viver onde quisesse e como quisesse.

— Não entendo, como ele conseguiu tantos seguidores?

— Não eram tantos. A Rebelião Negra contou com menos de cem magos. O problema foi o poder desses magos, já que eles estavam entre os mais poderosos em Wesmeroth. Você conheceu Selenne Rovkraz e ouviu falar de Rantred Eisen. Imagine uns dez magos desse nível reunidos.

O que o tio dizia fazia sentido. Era a mesma coisa que reunir os mais fortes granmestres de todas as ordens. Mas isso ainda não explicava o porquê deles compartilharem os ideais de Zeffirs. Antes que Kayan fizesse tal pergunta, porém, seu tio continuou.

— Antes de você nascer a quantidade de magos negros em Wesmeroth era pelo menos umas quatro vezes maior do que é atualmente. Todos sabem como os magos negros são poderosos e muitos deles compartilhavam ideais semelhantes aos de Zeffirs. Além disso, havia magos renegados de várias esferas, ou que simplesmente decidiram trair suas ordens e apoiá-lo. A verdade é que a maioria deles pretendia aproveitar o caos que Zeffirs causaria para estabelecer uma nova ordem na sociedade da magia. Se a Rebelião Negra tivesse tido sucesso, Zeffirs certamente seria traído pelos seus próprios seguidores que tinham os próprios objetivos.

— Então, basicamente, Zeffirs e alguns de seus seguidores, como Sellene e Rantred eram insanos.

— Sellene sim, Rantred talvez fosse um dos que o trairia.

— Sellene Rovkraz é completamente louca, isso posso afirmar. Mas Zeffirs sempre foi assim?

— Nem sempre. A culpa foi da mãe dele, minha tia. Raella Atreius sempre foi uma mulher rígida. Ela era a irmã mais velha do seu avô. Na época em que Zeffirs nasceu não havia tanto preconceito contra magos negros aqui em Drugstrein quanto o qual você mesmo sofreu um pouco. Apesar disso, os Atreius sempre foram da esfera da eletricidade, embora hora ou outra um mago negro surgisse. Raella não aceitava que seu único filho fosse de uma esfera diferente.

— E foi essa rejeição que o deixou do jeito que ele era?

— Se fosse apenas isso não teria tanto problema. O problema é que Zeffirs era fraco com qualquer outra esfera que não a sua própria. Sua mãe o atormentava e o forçava a praticar por horas a fio, além de proibi-lo de usar sua verdadeira esfera. Ouvi dizer que ela por vezes usava castigos físicos quando o filho não conseguia resultados satisfatórios.

— Que cruel.

— Minha tia Raella era uma péssima pessoa. Seu pai a odiava e eu também a evitava quando podia.

Enquanto ouvia aquelas palavras Kayan passava a considerar Radamanthys como um tio descente. Ele podia ser extremamente sério e nada amável, mas ao menos era justo.

— Um ano após se tornar mago, Zeffirs começou a melhorar em todas as esferas, mas a esse ponto ele já era instável mentalmente. Ao reler relatórios antigos quando me tornei granmestre percebi vários mestre que eram lideres de equipes que ele participou relatarem o quanto ele era cruel contra seus inimigos, fazendo-os sofrerem sempre que podia. Ele também usava muito da esfera da destruição em todas as missões. Raella nunca ficou sabendo disso, pelo que sei.

— E nada foi feito quanto a isso?

— Pelo que conversei com o granmestre Grendolow, ele era repreendido e questionado, mas sempre respondia as questões com calma. Ele dizia que os fracos só tinham o direito de sofrer nas mãos dos mais fortes se não obedecessem a suas vontades. Suas tendências doentias se intensificaram quando ele prestou seu exame para mestre aos dezesseis anos. Naquele ano, cinco magos foram mortos pelas mãos de Zeffirs.

— Cinco magos! – exclamou Kayan, surpreso. – E nada foi feito para conter Zeffirs?

— A pena por assassinato de magos por feiticeiros é a morte, mas Zeffirs era um mago de Drugstrein e um Atreius. Ele ficou preso em nosso castelo por três luas enquanto decidiam o que fazer com ele. Raella, naquela época, era uma granmestre e recusava-se a permitir que o filho fosse executado. Foi Sellene Rovkraz e seu irmão mais velho que libertaram Zeffirs do castelo. Depois disso, eles sumiram durante anos.

— Como ninguém sabe de tudo isso?

— Poucos sabem porque Raella destruiu alguns documentos e forjou outros. Inclusive, quando a Rebelião Negra começou, ela fez tudo o que podia para esconder que Zeffirs era um Atreius. Por isso apenas os mais antigos ou influentes se lembram e, como ele renegou este nome, muitos nem o consideram como um Atreius de verdade.

— E o que houve com a granmestre Raella Atreius?

— Morta em combate. Pelo próprio Zeffirs. Meu pai também, mas por outro mago, um que anteriormente foi granmestre na ordem de Zeneth. Seu avô era um de nossos mestres de elite na época.

— Parece que nossa família tem uma história complicada.

— Realmente. Resta a você restaurar nosso nome e fazer com que nossa família continue ainda por muitos séculos.

Aquelas palavras foram estranhas de se ouvir. Tanto que Kayan resolveu questionar o tio.

— Você também pode fazer isso.

Aquelas palavras de Kayan fizeram com que Radamanthys demonstrasse um meio sorriso.

— Eu não sou o mais indicado para isso. Ninguém menciona isso na minha frente, mas muitos mestres de elite dizem que eu sou incapaz de amar. Talvez seja verdade.

Aquelas palavras eram um tanto quanto perturbadoras, mas Kayan considerou que não deveria dizer nada sobre o assunto. Radamanthys continuou, apesar disso.

— É verdade que já me deitei com várias mulheres, mas sempre apenas pelo prazer e não pelo amor. Eu poderia gerar um filho, mas que tipo de pai eu seria? Um pai terrível, certamente. Eu te invejo neste aspecto, Kayan, pois apenas posso imaginar o quanto você amava aquela maga branca que morreu durante a invasão de Drugstrein. Espero que você ainda tenha esta capacidade dentro de você e que encontre alguém para substituí-la.

Aquelas palavras de Radamanthys não faziam sentido. Ninguém poderia substituir Sarah. Kayan realmente estava resoluto de que poderia amar outra mulher no futuro, mas um amor não substitui o outro. Apesar disso, não quis questionar o tio, visto que ele realmente não parecia entender muito sobre este sentimento.

— Lhe agradeço por esta conversa, granmestre Radamanthys. Foi bem esclarecedora.

— Pode me procurar outras vezes se precisar, mas não sou uma boa companhia, devo avisá-lo. Se desejar algum afeto, então procure por Sakuro, pois ele parece gostar muito de você. Acho que ele seria um tio bem melhor do que eu. Agora que nosso assunto se encerrou tenho algum trabalho a fazer.

Kayan deixou a sala de Radamanthys muito pensativo. Admirava-o como mago, mas quase o desprezava como pessoa. Sabia que nunca poderia contar com ele como tio, mas sabia que ele era seu aliado e sempre buscaria seu bem. Aqueles eram sentimentos ambíguos, mas era o máximo de relação que ele teria com o último Atreius vivo além dele próprio.


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Notas finais do capítulo

E finalmente aconteceu o que muitos esperavam. Kayan e Radamanthys ficaram frente a frente e conversaram longamente. Um pouco mais da história dos Atreius também foi revelada, assim como o passado de Zeffirs, espero que não tenham se decepcionado.

O próximo mini arco terá 3 capítulos e se chamará Novos Horizontes. Muitas coisas interessantes irão acontecer e encerraremos o que eu considero como primeira parte da história. Então nos vemos mês que vem.



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