A Ordem de Drugstrein escrita por Kamui Black


Capítulo 24
Guilda Smalter - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

A batalha começa, mas um fato desconhecido surpreende a todos os magos, tando da Guilda Smalter quanto aos da Ordem de Drugstrein.



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Capítulo 023

Guilda Smalter (Parte 2)

Os magos aguardaram a noite cair para agirem, pois, neste horário, a maioria das pessoas estavam dormindo. Kayan, então, explicou sua ideia aos demais magos.

– Sarah, Mathen, Ellien e Bren, vocês devem ficar cada qual em um ponto distinto desta rua larga. Eu irei até a taverna onde disseram-nos que os magos da Garforden estavam e os atrairei para cá. Thays, você ficará de prontidão para me ajudar na luta e os quatro manterão um aurus pinn para criar uma barreira de quatro lados para isolar a área. Podem fazer isso, não é?

Os quatro acenaram afirmativamente e Kayan começou a agir. Bren esperou que ele se afastasse para perguntar algo a Mathen.

– Ele é sempre assim tão mandão?

– Não, só quando estamos em missão. Devo dizer que isso me irrita às vezes – respondeu-lhe o Muscort.

– Ele é o líder da equipe, o que espera que ele faça?

– Ah! Me esqueci que a Sarah ama o Kayan e acha tudo o que ele faz perfeito.

A garota corou com o comentário de Mathen e tentou se justificar.

– Nã... não é nada disso...

– Parem de conversa vocês três e vão para seus lugares. Temos uma missão à cumprir – interrompeu-os a Cyren.

– A Thays também é bem mandona às vezes. Deve ser mal de líder de equipe.

Bren calou-se com o olhar fulminante da garota e dirigiu-se para seu lugar cabisbaixo. A maga, então, também colocou-se de prontidão.

* * *

O lugar era simples e aconchegante, pelo que Kayan observou ao caminhar pelo vilarejo. As maioria das ruas eram bem largas e carroças podiam ser vistas perto da maioria das casas, que eram feitas de madeira e muito humildes. Perto do centro havia uma praça com uma estátua de metal exibindo o brasão do senhor local e, ao lado daquilo havia a taverna, também construída de madeira e com algumas janelas que já estavam fechadas. O segundo andar devia servir de estalagem para os viajantes que eventualmente visitassem a vila.

Ele entrou pela porta e constatou que o local era um tanto quanto sujo. Com poças de lama seca em alguns cantos pouco usados, o local era fracamente iluminado por lampiões nos cantos. Kayan observou o grupo de quatro homens em uma mesa. Três deles pareciam estar na casa dos trinta e o outro já devia passar dos sessenta ao julgar a barba e cabelos brancos – meia idade para um mago e mais idade que a maioria dos humanos comuns poderia esperar alcançar.

Caminhou lentamente ao lado da mesa deles na esperança de ser notado, mas percebeu que eles estavam levemente embriagados com a cerveja. Sentou-se em um banco perto do balcão e pediu uma bebida qualquer, pagando com duas moedas de cobre. Esperou ser notado, mas, como isso não aconteceu, resolveu chamar a atenção.

– Ouvi dizer que uma tal de guilda porcaria tomou controle dessa vila. Mas parece que isso é mentira porque essa tal de Garforden é muito ruim. Os magos de Drugstrein limpariam o chão com eles.

O taverneiro sentiu um arrepio pelo seu corpo ao perceber que os magos haviam ouvido o que o rapaz havia dito em tão alto e bom tom. Quando viu que ele se levantaria para sair do recinto segurou-o pelo braço e advertiu-o:

– Meu jovem, os homens daquela mesa são da Garforden – disse ao mostrar discretamente a mesa em questão. – Assim que sair da taverna corra como nunca correu na vida. Eles irão atrás de você.

– Não se preocupe, velho. Eu também sou um mago e quero que eles me sigam.

Ele sorriu para o taverneiro e saiu tranquilamente do local, sendo seguido pelos magos adversários. Assim que abandonou o recinto, correu para o local designado, sendo seguido de perto pelos outros magos. Depois que virou a esquina, parou no meio da rua e aguardou.

– Seu ratinho de Drugstrein, não tem mais para onde fugir.

O mais velho dos quatro disse, mas Kayan sorriu, desdenhoso.

– Pelo contrário, foram vocês que caíram na ratoeira.

Enquanto a barreira transparente se erguia ao redor deles, Thays saltava de uma das casas para fechar a retaguarda dos quatro magos. A garota foi a primeira a atacar. Ela conjurou uma dezena de labaredas de fogo que convergiram de suas mãos estendidas juntas à frente do corpo e caíram sobre os magos como se fossem pequenos meteoritos.

Kayan, do outro lado, conjurou um escudo de energia para se proteger do ataque da amiga que enchia a área da barreira conjurada. Os inimigos tentaram a mesma manobra, mas foi um gesto inútil para dois deles, inclusive para o mais velho.

Os dois magos da Garforden que permaneceram em pé viraram-se contra Thays. Um deles conjurava uma esfera de fogo enquanto o outro começava a resfriar o ar para lançar gelo contra a maga de fogo. Kayan, entretanto, avançou contra eles e quando conseguiu ficar entre os dois, abriu ambos os braços. Ele lançou sua aura em forma do feitiço aurus magoon e isto arremessou ambos contra a barreira. Ao se chocarem com grande força, perderam a consciência e caíram no chão.

Tudo parecia que iria se acalmar e os responsáveis pela barreira a desfizeram. Segundos após isso, entretanto, uma potente rajada de fogo foi lançada contra Sarah vindo de cima de uma construção de dois andares ali perto. Mathen agiu prontamente e utilizou um feitiço clayn para elevar uma barreira para protegê-la.

Percebendo que a amiga estava bem, Kayan procurou a fonte do ataque e encontrou uma maga de cabelos loiros e curtos trajando um robe e uma jaqueta de couro fervido por cima deste. Ela saltou para o combate envolvendo o punho direito em chamas na intenção de nocautear o Atreius, que tentou imitar o movimento da maga adversária.

Aquela maneira de utilizar o crisis era novidade para o mago de Drugstrein e a maga de Garforden levou a melhor. Quando os dois punhos em chamas se chocaram houve uma explosão e o Atreius foi arremessado para trás sendo arrastado pelo chão de terra. Kayan apenas não se feriu pelo fato de ter se protegido com sua própria aura.

A maga atacante, então, se viu obrigada a recuar correndo pela rua ao ver a quantidade absurda de rajadas de fogo que Thays lançava contra ela. No entanto, em meio à sua fuga, Ellien bloqueou-a e lançou um ryado. A adversária saltou, impulsionada pela sua aura e passou perigosamente perto de uma das rajadas de fogo. Antes de atingir o telhado da construção novamente, Bren interceptou-o no ar com rajadas elétricas conjuradas com um tangrea.

A maga caiu no chão e rolou sobre si mesma para, então, levantar-se. Há muito já havia se arrependido de ter entrado naquela briga julgando serem apenas magos jovens e inexperientes. Antes de começar a correr novamente, porém, foi atingida por um tangrea fulminante que Thays conjurou contra ela e caiu desacordada.

– Feito. Todos foram abatidos – afirmou a Cyren.

Após isso, eles reuniram os magos caídos e os colocaram em um beco do vilarejo, amarrados e com os dispositivos inibidores de aura que Kayan e Thays traziam consigo. Eles eram uma espécie de coleira de aço presa em volta do pescoço e continha um encantamento que inibia a aura de magos mais fracos.

Tendo os inimigos fora do caminho, a equipe dirigiu-se para o ponto de encontro previamente acordado entre eles e Joseph.

* * *

O ponto de encontro combinado com Joseph era uma colina pouco acima da sede da guilda de Garforden que era uma fortaleza de pedra e com janelas altas e fechadas com barras de aço. Sua entrada era grande e fechada com uma porta dupla de madeira, mas uma outra entrada lateral menor podia ser visto dali. Entretanto, não havia sinal das outras equipes e sim um pergaminho colocado entre os galhos de uma árvore. Kayan aproximou-se, pegou o objeto, leu-o e explicou seu conteúdo.

– Neste pergaminho diz que este local está sendo vigiado por Joseph e ele já sabe que estamos aqui – olhou envolta tentando procurar os magos. Encontrou pelo menos dois pontos onde eles poderiam estar, mas não os viu.

– Então ele sugere um ataque pelos flancos da guilda inimiga? – sugeriu Thays.

– Sim. É exatamente o que diz aqui. A mensagem relata que eles obtiveram sucesso em sua empreitada e estão apenas nos aguardando para atacarmos em conjunto. Eles se unirão à nós assim que descermos a colina.

– E o que faremos? - perguntou Sarah.

– Atacamos – respondeu Bren prontamente.

– Acho que ninguém aqui tem experiência em um combate entre vários magos – afirmou Kayan. Agiremos em duplas, sendo um responsável em cobrir o outro. Sarah e eu. Thays e Ellien. Mathen e Bren. Para mim esta é a formação mais equilibrada.

– Você é um líder nato, não? Sempre o primeiro a tomar a iniciativa.

– Ah!, me desculpe, Thays, me esqueci que você também é líder de equipe. Qual sua opinião sobre o plano?

Ela sorriu para o rapaz, que pode reparar na insatisfação de Sarah ao presenciar a cena.

– Isso foi um elogio, não uma crítica. Concordo com você plenamente.

– Então vamos!

Ao comando do Atreius, os seis magos desceram a colina correndo e impulsionados cada qual por sua própria aura. Os magos da Garforden deviam estar aguardando aquele momento, pois todos saíram da fortaleza da guilda e avançaram contra os magos. Entretanto, os magos da Smalter foram os primeiros a entrar no embate.

Assim que se aproximou o suficiente, Kayan lançou um ryado para tentar congelar um dos magos adversários que tentava atacar Joseph. Thays também não perdeu tempo e conjurou três labaredas de fogo no formato de uma serpente-dragão com asas enormes; ela os controlava com maestria. Mathen concentrou-se em conjurar o maior golem que conseguiu e partiu com ele para o ataque enquanto Bren defendia-se de um dos adversários. Sarah e Ellien apressaram-se em curar um dos magos da equipe de Joseph que estava com o corpo parcialmente queimado.

A batalha tornara-se intensa e clarões luminosos, explosões e muita fumaça podia ser visto a centenas de metros dali. Garforden era mais numerosa, mas o lado da Smalter contava com magos mais habilidosos apesar de tão jovens. Os de Drugstrein foram subestimados pela idade e isto custou caro aos inimigos. Cinco magos da Garforden haviam caído em combate e apenas dois da Smalter. Ellien também foi abatida por um tangrea e apenas não se feriu gravemente graças a intervenção de Thays.

Joseph e Viktor lutavam lado a lado. Pai e filho formavam uma dupla formidável e utilizaram o jinn para criar um tornado capaz de elevar três magos adversários. Dois deles foram hábeis o suficiente para protegerem-se com sua aura, mas um terceiro caiu inconsciente quando a tormenta cessou.

– Onde estão os malditos Jaber e Valter? Aqueles dois sumiram de repente antes do início da luta – Joseph perguntou ao filho que deu de ombros. – Sabia que não devia ter trazido os dois. Aqueles garotos são novos na equipe e inexperientes.

– Devem ter ficado com medo. Devia ter me dado a liderança de uma equipe mais corajosa, pai.

A batalha seguiu seu curso e Mathen derrubou um dos adversários com seu golem, mas foi atingido por uma onda de terra que o pegou desprevenido, derrubando-o. Ele bateu a cabeça na queda e perdeu a consciência. Seu golem se desfez assim que não mais recebeu o fluxo de aura de seu conjurador. Bren foi o próximo a cair depois de ser atingido por um ryado. A maga que o atingiu não quis matá-lo, mas deixou-o parcialmente congelado.

Apesar de ter alguns de seus magos inconscientes a vantagem tinha se virado para a guilda Smalter, pois restava cinco magos contra quatro dos da Garforden, contando com seu mestre. No entanto, um revés deixou Joseph boquiaberto. Descendo a colina vinham os dois garotos que haviam sumido antes da batalha e, junto deles estavam todos os magos que haviam sido tirados fora do combate nos dois viralejos. Tanto Kayan quanto Joseph ligaram os fatos no mesmo instante: eles foram traídos por espiões dentro da guilda.

Daquele momento em diante o lado da guilda Smalter começou a enfrentar uma desvantagem de três para um. O primeiro a tombar foi Viktor, que foi atirado longe por um jinn muito potente desferido por três magos em conjunto. Ele caiu próximo ao local onde Kayan e Thays defendiam-se de quatro magos. De lá eles viram Joseph ser cercado por doze magos. Ele era um mestre extraordinário e conseguiu derrubar três deles, mas, no final, acabou sendo suprimido pela desvantagem numérica.

– Sarah crie luz suficiente para cegar os outros magos! Thays, feche os olhos e prepare-se para recuar e levar o Viktor conosco. Agora!

As garotas obedeceram imediatamente. Sarah transformou sua aura em luz com o feitiço brin que ela dominava tão bem. E então eles conseguiram escapar dos magos, que estavam mais preocupados com Joseph que com eles.

Correram para a floresta, em uma direção perpendicular do que tinham vindo. Seguiram em zigue-zague para despistar seus perseguidores. Thays e Kayan carregavam Viktor, pois este havia sido o único que eles conseguiram resgatar em meio a confusão. Depois de vários minutos eles pararam entre as árvores e deitaram o Smalter. Sarah recostou-se em uma árvore e deslizou até o chão onde ficou sentada e atordoada com a retirada repentina. Os dois outros magos mantiveram-se em guarda.

– Sarah, sei que está exausta, mas tente rastrear alguma aura. Você é a melhor nisso – pediu-lhe o Atreius.

– Tudo bem – respondeu, ofegante, enquanto se concentrava no ambiente ao seu redor. – Tem três deles vindo pelo norte. Não estão nem se dando ao trabalho de tentar esconder suas auras.

– Tanto melhor para nós. Estão nos subestimando completamente.

– Concordo, Thays. Sarah, descanse um pouco e depois cure o Viktor. Ele é insuportável, mas precisaremos dele para vencer a Garforden.

– Kayan, você ainda está pensando em...

– E o que você acha, Thays?! – disse irritado. – Não vou abandonar nossos amigos!

– Eu também não! Só acho que precisaremos de reforços.

– Eu acho que iremos resolver isso por nós mesmos.

– Pessoal, depois resolvemos isso. Eles estão vindo!

Sarah curava um corte profundo no braço esquerdo de Viktor enquanto dizia aquilo. Uma poderosa descarga elétrica se dirigiu para Thays vindo do tangrea do adversário. Kayan tocou o solo rapidamente e, com um clayn, elevou uma muralha de terra para proteger tanto a amiga que era o alvo quando Sarah e Viktor que estavam atrás deles.

O Atreius, então, saltou sobre a proteção que ele mesmo conjurou e utilizou o jinn para formar duas lâminas de ar, uma com cada braço, para derrubar dois dos magos adversários.

Thays, por sua vez, contornou a defesa e se engajou em um combate com a terceira maga, que era realmente poderosa. Ambas digladiavam-se com rajadas de fogo que se encontravam em pleno ar. A Cyren conseguia um número maior deles enquanto a adversária conseguia mais força e melhor controle na manipulação do fogo.

Thays, então, conjurou um ryado em forma de uma nevasca de gelo. Entretanto, tal feitiço não era muito poderoso e serviria apenas como distração. Seu real objetivo era uma lâmina de fogo que a adversária defendeu com um aurus pinn.. A Cyren, então, acelerou sua velocidade com sua aura e deu uma volta, contornando sua oponente. Seu próximo movimento foi um crisis katris poderoso suficiente para derrubar a maga inimiga.

– Tudo bem, Thays?

– Tudo certo, Kayan, mas esta aqui foi dureza, por um momento pensei que eu fosse cair.

Kayan verificou os três magos que os perseguira para ter a certeza de que estava realmente inconscientes.

– Pelo menos agora temos três inimigos a menos para nos preocuparmos.

– O que nos deixa com quinze deles.

Sarah levantou-se após terminar de curar Viktor. A garota estava visivelmente cansada, porém, sua respiração já voltara ao normal e ela estava recuperada de toda a atividade física intensa à qual fora submetida há pouco.

– Esta é uma visão otimista demais, Thays. Eles eram em um total de vinte e oito, sem contar o mestre da guilda que não apareceu no combate. Tirando esses três aqui eles ainda tinham mais dez magos desacordados. No entanto, pelo menos cinco deles sofreram apenas ferimentos leves e percebi que eles tinham um mago branco talentoso entre os membros da guilda.

– Então precisaremos de uma estratégia para libertar os nossos amigos que eles prenderam.

– O... onde estou? O que aconteceu?

Enquanto eles discutiam o que deveria ser feito, Viktor acordou e levantou-se. O rapaz massageava as têmporas, ainda desnorteado. A primeira pessoa que ele viu foi Kayan.

– Seu desgraçado, pra onde você me trouxe?! Eu tenho que voltar lá e ajudar meu pai.

– Calma aí. Nós salvamos sua pele e é assim que você agradece?

– Vocês apenas fugiram da batalha, pelo que posso ver. Irei voltar para lá.

O orgulho do Smalter era perceptível em sua voz e ele seguiu em direção de onde podia sentir um fraco vestígio de aura. Percebendo que ele realmente pretendia ir sozinho para a guilda Garforden, Kayan segurou-o pelo braço direito. Viktor, então, livrou-se com um movimento brusco.

– Se você for lá será apenas mais um prisioneiro – o mago negro tentou, em vão, colocar alguma razão na cabeça do outro rapaz.

– Seu covarde! Eu irei para lá nem que tenha que te derrubar primeiro para isto!

As mãos do rapaz começaram a emitir uma forte aura e a formar pequenas raios enquanto ele se preparava para conjurar um tangrea.

Aquilo era o que eles menos precisavam no momento: uma disputa dentro da própria equipe.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, a situação está bem critica para Kayan, Thays, Sarah e Viktor. Alguém acha que eles vão conseguir dar um jeito nisto? Ainda mais com o Kayan e o Viktor prestes a se pegarem na porrada? Deixem seus comentários aí embaixo e nos vemos no próximo.



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