Once Upon a Time: The New Cinderela escrita por Keilla de Amigo


Capítulo 11
"Don't Forget About Me"


Notas iniciais do capítulo

Cause baby, now we've got bad blood
You know it used to be mad love
So take a look what you've done
Cause baby, now we've got bad blood, hey!

Essa música da D-I-V-A da Taylor vai para a Falsiane que roubou meu celular. Espero fundo do meu coração que o Karma funcione bonito com você por conta de todo sofrimento que me fez passar e pelas vezes que se fingiu de minha "amiga".

Finalmente eu consegui!
Demorou pra arrumar tempo pra terminar de escrever, mas aí esta!
Obrigado pelos comentários suas lindas!!!



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POV Kim

– Donna, você tem certeza que estão todas aqui?

– Kimmberly, se eu disse que estão é porque estão! - Donna gritou do banheiro de seu quarto.

Olhei novamente para as diversas pilhas de roupas em cima da cama. Eu já havia arrumado aquele quarto mais vezes do que poderia contar, ouso até mesmo dizer que o conhecia melhor do que sua dona. Já havia tirado e botado de volta todas as roupas que já entraram naquele closet. E por esse mesmo motivo eu sabia que só podia estar havendo um engano.

Há aquela velha história de que garotas nunca estão satisfeitas com a quantidade de roupas, sapatos e maquiagem que tinham. Cheguei acreditar durante um bom tempo que isso era apenas frescura, até que Grace, na época que ainda eramos amigas, me fez compreender essa linha de raciocínio. As garotas veem a sua roupa e os garotos veem como você fica nelas. Mas Donna tinha tantas roupas que seria necessário mais que um dia pra experimentar todas elas.

Talvez eu esteja exagerando, mas é quase isso.

A questão é que, como eu já disse, já havia arrumado todas aquelas roupas para saber que estavam faltando várias delas nas pilhas de roupas.

– Você deve ter percebido que estão faltando algumas delas, não é? - ela perguntou saindo do banheiro com um roupão. - Pensei sobre o que eu lhe disse ontem e cheguei a uma conclusão. Seria muito desperdício me livrar de roupas que usei apenas umas três vezes ou das que ainda estão com etiqueta.

Ela disse mesmos isso?

– Então eu fui selecionando as que ficariam e as que iriam embora - Donna disse entrando no closet - Algumas das que quero que fiquem já estão aqui e as outras - ela saiu voltou para o quarto vestida e parou ao lado da cama - estão aqui.

Seria pedir muito que ela arrumasse as próprias coisas?

– No lado esquerdo da cama estão as roupas que vão ficar e do direito são as que vão embora. - ela disse - Entendeu?

– Esquerda ficam e direita vão. - respondi.

– Isso. - Donna disse saindo do quarto e logo depois gritando no corredor - E não confunda uma coisa com a outra. Volto ás 19:00 pm.

Pus as mãos na cintura e soltei o ar. Eu tinha cinco horas para organizar aquilo tudo e depois ainda havia o resto da casa.

– Ela já foi?

Cade estava na porta com apenas a cabeça metade do corpo visível.

– Acabou de sair agora.

– Quer ajuda? - ele perguntou entrando.

– Querer eu até quero - respondi - mas tenho certeza que Donna vai por minha cabeça em um outdoor só pra mostrar o que acontece com quem não faz as coisas da maneira que ela quer caso alguma dessas peças de roupas vá parar no lugar errado.

Ele pegou um suéter cor rosa.

– Pilha esquerda fica e pilha esquerda vai? - Cade perguntou e eu assenti - A melhor coisa que tenho a fazer agora é jogar vídeo-game e acho que você passar seu tempo livre enfiada em um quarto que não é seu não parece nada certo.

– Eu já disse que você é meu irmão favorito?

– Sou seu único irmão.

Depois que minha mãe morreu eu tinha apenas 3 anos. Não me lembraria ela era se não fossem pelas fotos. Meu pai sofreu muito com a perda dela, mas conseguiu seguir adiante. Eu me considerava a garota mais sortuda do mundo por ter Chuck Crawford como pai e por ter os melhores amigos que alguém poderia pedir. Mas infelizmente meu pai achava que faltava mais alguma coisa. E foi ai que Katherine entrou na história.

Quase dois anos após a morte de minha mãe, papai me apresentou sua namorada e suas duas filhas. Por algum motivo, que até hoje eu desconheço, ela o fazia feliz e meses depois eles se casaram. No começo estava tudo ótimo, eu me dava bem com Donna e Lorie e Katherine era só sorrisos. Até que no meio da noite dois policias bateram na porta de casa e disseram que papai havia sofrido um acidente com o carro e veio a falecer antes mesmo que a ambulância chegasse ao local.

Katherine pareceu ter ficado arrasada com a noticia e se trancou no quarto durante incontáveis semanas. Eu me lembro de sentir como se tudo estivesse acontecendo outra vez, mas demorei anos pra conseguir assimilar que ele não voltaria mais.

O tempo passou e Katherine teve Cade, meu único meio-irmão de sangue, que só descobri que ela estava esperando quando a mesma nos contou que ela e papai queriam fazer uma surpresa. E dali em diante as coisas foram piorando cada vez mais, até chegarem ao estado em que estão hoje.

– Mais um motivo pra eu te amar tanto. - eu disse o abraçando - Agora que tal ir pondo alguns vestidos de grife nos cabides?

POV PJ

Grace abriu a porta.

– O que faz aqui?

– Trabalho de História do Sr. Evan.

– Ah sim! Você e Jack foram postos juntos. - ela disse batendo na própria testa - Durante a última aula não foi? Depois que você fugiu.

Lembrei da conversa que tive com as garotas ontem e o que Mika havia dito.

– Grace falou que você fugiu apenas pra provocar Donna. - ela disse - Pra ver se ela diria alguma coisa ou se alguém o faria e se iniciasse uma discussão.

Assim como Mika não perdia a chance de provocar Grace, essa fazia o mesmo em relação a Donna. Em parte ela podia ter dito aquilo para atiçar a Cabelos de Fogo, mas agora pude confirmar minhas suspeitas. Ela também disse aquilo para me provocar.

Em minha defesa não sou uma pessoa madura e uma coisa é fazer provocação na minha frente, outra coisa é me insultar pelas costas. Duas podem jogar esse jogo

– Eu até quis ficar, mas sabe como são as amigas. Sempre querendo o melhor pra você. - disse - Não são todas garotas que tem um spar dentro do armário como a Donna. A garota conseguiu remover a tinta com mais rapidez que um .Eu troquei as roupas sujas de tinta e consegui limpar o rosto, mas o meu cabelo estava quase duro e as roupas que a Kim me emprestou já foram da Donna. Imagine se achassem que eu estava fazendo cosplay da sua cunhada?

– Jack e eu somos primos. - ela disse entre os dentes.

Bufei.

– Primos, irmãos, é tudo família, mesmo sangue, não tem diferença.

– Você provavelmente é filha única, não é mesmo? - Grace perguntou - Se não saberia que há diferenças. Posso até considere-lo um irmão, mas isso não faz da Palito de Fosforo ambulante minha cunhada.

– Na verdade eu tenho uma tia-irmã, mas não convivi com ela desde o começo, então talvez você esteja certa.

– Não entendi metade das coisas que você acabou de dizer, mas também não espero compreender. - Ela se virou de costas e gritou - Jack!

Sua parceira de trabalho esta aqui!

Alguém gritou de dentro da casa, mas fui capaz de identificar oque.

Grace virou novamente pra frente.

– Vem comigo. - ela abriu a porta. - Ele esta lá em cima.

...

...

...

oOo

...

...

...

O som de Don't Forget About Me foi ouvido.

Tirei o celular do bolso e assim que vi o número, rejeitei a ligação.

– Sei que estamos resolvendo assuntos da escola, mas você poderia ter atendido.

Guardei o celular.

– Seria desnecessário.

– Então você curte Simple Minds? - ele perguntou

– Felizmente o meu bom gosto musical esta no sangue. - respondi

– Já assistiu O Clube dos Cinco?

Dei uma risada.

– É um dos melhores filmes já feitos.

– Quem diria que 5 jovens em um dia de detenção daria uma história tão incrível? - ele disse - Mas acho que a trilha sonora também ajudou muito.

O olhei abismada.

– Acredito que tanto o filme, quanto o Simple Minds continuariam sendo incríveis sem um ao outro. - disse - É sempre bom unir o util ao agradável.

– Mas tem que confessar que são melhores juntos.

Ta legal. O cara gosta do Simple Minds e de O Clube dos Cinco! Já são 2 pontos a favor dele.

– Claro!

– Queen? - Jack perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Você pode até não ser fã, mas no mínimo duas músicas deles tem que ter algum significado pra você.

Ele assentiu e caminhou até um canto do quarto onde haviam várias prateleiras com discos antigos.

– Eu duvido que você conheça esse. - Jack me entregou um album muito conhecido por mim.

– Happy Together. - eu disse - O quarto album de estúdio do grupo The Turtles. Você até que tem bom gosto, Brewer.

Ele sorriu.

– Digo o mesmo, Jones. - Ele pôs o album de volta no lugar. - O que me diz de Nirvana.

– Não sou muito chegada, mas admito ter um tombo por Smells Like Team Spirit. - respondi - Fall Out Boy?

– Hum... Já ouvi falar, mas nunca ouvi nenhuma música.

A sacanagem começa quando Fall Out Boy é minha banda favorita!

– Você me da enjoo. - disse - Evanescence? Glenn Miller? Aerosmith?

– As músicas são boas, mas não fazem meu tipo. Glenn Miller é coisa do tempo da minha mãe! - ele se sentou na cama outra vez - Não existem palavras para definirem Aerosmith.

– Vou levar em consideração o que disse sobre Aerosmith e esquecer do resto. - me sentei em uma poltrona a sua frente - Mas como assim não faz seu tipo? Não é como se você fosse ter um relacionamento sério com a música.

– Na verdade eu gosto de pensar que sim. - Jack respondeu - Gosto de músicas que digam alguma coisa, algo que faça sentido.

Só pra constar o quarto tinha as paredes repletas de posters e se não fosse pelo canto da porta, eu jamais saberia que a decoração original do quarto era azul.

– Concordo com essa questão de que a música tem que ter um significado e não sejam apenas várias palavras desconexas cantadas. - comecei - Mas qual é a sua? Você gosta do Kung Fu Ligthning! O que as músicas deles significam pra você?!

( N/A: Alguém aí lembra daquele episódio em que o Jack e o Jerry se tornam Guarda-Costas do vocalista da banca favorita deles? )

Ele revirou os olhos.

– Parece até a Grace falando.

– Que tipo de mensagem as músicas do Izzy Gunnar passam pra você? - perguntei - Quer saber? Nem fala! Essa coisa de discutir com fã é uma droga e eu vim pra fazermos o trabalho. Tem alguma ideia?

– Atentado as Torres Gêmeas?

– Eu estava pesando nos bombardeamentos atômicos das cidades de Hiroshima e Nagasakinota.

...

...

...

oOo

...

...

...

– Mika estou chegando aí em 20 minutos. - disse - Tenho novidades pra você.

...

...

...

oOo

...

...

...

– E então? - ela perguntou se sentando na minha frente - Ele passou no teste? Digo, na "Missão de Reconhecimento".

– Digamos que eu fiz uma especie de gráfico na minha mente. - expliquei - E acho que 8.5 são bons números.

Ela sorriu batendo palmas.

– Esta bem, esta bem, agora sejamos realistas - Mika dizia tentando controlar a respiração - E como faremos para... você sabe...juntar os dois?

– Lembra o que eu disse hoje de manhã quando contávamos sobre a Operação Kikc pra Julie? - perguntei

Mika fez uma cara confusa e logo depois abriu um sorriso malicioso.

– Aquilo que estávamos falando antes de Brody te interromper?
Bufei.

– Mika, concentração! Vamos focar no assunto aqui.

– Não esta mais aqui quem falou. - ela levantou as mãos em sinal de rendição - Julie disse algo sobre Donna não se deixar enganar com facilidade e você disse que havia escultado algumas coisas quando chegou ao colégio hoje cedo. Não esta tramando algo para separa-los, não é mesmo?

– Mas é claro que não! - exclamei - Eu não faria uma coisa dessas nem se fosse pra mim, imagine se faria pela Kim que aliás nem queria que eu me metesse. Ou melhor, não quer.

– Então...

– Como a própria Julie disse mais cedo "As paredes tem ouvidos", mas quem disse que isso pode ser usado apenas ao favor de Donna? - disse - Não é segredo pra ninguém que ela o trai e ele faz o mesmo. Acho que só fingem não ver pra manter a pose de casal perfeito. A relação deles esta por um fio.

"Ninguém sabe ainda, mas eu já descobri quem ajudou uma das irmãs malvadas da Cinderella a me dar um banho de tinta ontem. Truman e Donna armaram o esquema todo e pelo que eu ouvi não acaba por aí. Ser a garota mais popular do colégio te mantem em foco constantemente, te impedindo de tentar fazer muitas coisas as escuras. Mas a questão aqui é que a relação deles esta ameaçada agora que Jack "sabe" sobre o que Donna vem fazendo.

Ouvi Lindsay e Kelsey conversando sobre isso hoje cedo assim que cheguei. As duas estavam paradas nos armários e pro meu azar, e sorte naquele momento, o de Lindsay fica no mesmo corredor que o meu. Eu as ouvi falando sobre muitas coisas e uma delas foi que Truman arquitetou a "vingança" de Donna. A outra é que não terei que fazer nada para separa-los já que eles mesmos farão isso por mim."

Mika me olhou espantada.

– Acha que eles vão terminar?

– Acho que não passam dessa semana. - dei de ombros - Também fiquei sabendo que rolou uma pequena discussão entre os dois e a Grace. Sinceramente Donna deveria encontrar pessoas melhores para guardarem seus podres.

– E o que faremos depois? - ela perguntou de forma insegura.

Olhei para as vitrines do Phalafel do Phil onde era possível ver a praça de alimentação e o Dojo. Eddie, Milton e Jerry estavam treinado, ou tentando fazer algo do tipo, e agradeci mentalmente por Mika estar sentada de costas para a entrada.

– Enquanto eles ainda estiverem juntos, nada. - disse - Mas o importante é que até agora ele se mostrou digno e com o tempo as coisas irão se ajeitando.

– Não será nada fácil. - Mika disse

– Eu não disse que seria - rebati - Mas só porque algo é difícil, não significa que é impossível. Kim terá seu final feliz de uma vez por todas, ou meu sobrenome não é Jones.


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Notas finais do capítulo

Mais Keill como assim? É só isso?

Na verdade era pra ter um "POV Jack" narrando a coisa toda uns 3 dias depois, mas como vai rolar duas cenas que eu estava ansiando que ocorresse logo, decidi por só no próximo! Vou dizer que uma delas é que no próximo capítulo a coisa toda de Cinderella se inicia!!!

Essa questão das músicas foram bem pessoais então amei o capítulo! E é melhor ninguém falar mal da Fall Out Boy, por que se não a casa caí!

Gostaram do capítulo?
Favoritem e recomendem!
Sejam educados e deem um oi para a autora.