Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 61
Capitulo 61


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, sou eu Matheus novamente e estou postando mais esse capitulo, boa leitura!



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Maria Joaquina narrando

Depois de vários minutos, finalmente a Marcelina conseguiu parar de chorar, então ela se levantou, lavou o rosto por muito tempo porque a maquiagem borrou muito, além de que o rosto dela estava muito inchado, depois eu a levei pra casa.

–Cadê o Mário?- perguntei ao Daniel.

–Tá lá no quarto dele.- respondeu ele.

–Tá bom. Eu vou levar a Marcelina pra casa tá? Do jeito que ela está, não tem condições de continuar aqui.

–Tá bom amor, e muito obrigado por essa festa viu? Gostei demais.

–De nada amor.- eu disse e o beijei.

Depois, chegamos na casa dela onde eu liguei pra minha mãe e contei o que aconteceu:

–Nossa minha filha, deve ter sido horrível para a Marcelina ter visto aquilo.- disse ela.

–Sim mãe, ela chorou tanto que deu até vontade de chorar junto. Que dó que deu.

–Tudo bem, pode ficar aí na casa dela que eu deixo.

–Tá bom mãe, até amanhã.

–Até filha, beijos.

Então, eu acabei dormindo na casa da Marcelina naquela noite, quando fomos jantar, ela nem conseguiu comer direito, eu acabei tendo que ajudá-la com tudo, já que ela estava segurando o choro ainda. Marcelina podia até ser forte por fora, mas era muito frágil por dentro. Por fim, dormimos, mas no dia seguinte, eu resolvi que consertaria aquela história de uma vez por todas.

Cheguei na escola com Marcelina e encontrei Daniel parado no corredor da nossa sala, pedi que Marcelina entrasse e fui falar com ele.

–Oi amor.- ele disse me puxando pra um beijo.

–Oi. como o Mário está?

–Péssimo.

–Jura?

–Juro. Ele está ardendo em febre desde ontem à noite, tanto que nem veio pra escola hoje.

–Poxa Daniel, a gente bem que podia aproveitar que sabemos a verdade e falar com a Clementina.

–Bom, ela ainda não chegou, mas podemos falar com ela assim que ela chegar. E pode ter certeza que como nós vimos tudo, ela não vai insistir em esconder.

–É verdade. Então vamos, a aula já vai começar.

Demos as mãos e entramos na sala, Daniel se sentou no seu lugar e eu no meu. O estranho era que Marcelina não parecia estar feliz em estar na escola, porque ela estava com os braços cruzados na mesa e o corpo inclinado pra frente, com o olhar na mesa da professora. Depois de alguns segundos, Clementina entrou na sala com uma cara de tédio e a professora entrou logo em seguida. Olhei para Marcelina e juro que tive a impressão que ela fuzilou Clementina só com o olhar, devia estar morrendo de vontade de dar uma surra naquela garota e se não fosse pela professora, teria mesmo ido até lá e brigado com ela, pelo menos eu acho que sim.

No recreio, eu e Daniel deixamos Marcelina com Paulo e fomos até Clementina, que estava sozinha em um canto, lanchando, então fomso até lá:

–Clementina. Precisamos conversar.- disse Daniel, calmamente.

–Hã... sobre o quê?- ela disfarçou, ou tentou.

–Sobre ontem.- eu disse.

–Ah, então esquece, não quero falar sobre isso.

–Mas nós queremos. Você tem uma ideia do quanto o meu irmão ficou mal por isso? Ele até faltou aula hoje por sua causa.

–Faltou? Eu nem tinha percebido.

–Mas faltou sim. Ele está com febre alta e depressão por sua causa.

–Ai gente, mil perdões, mas é que...- ela ia dizer algo, mas a interrompi.

–Mas é que nada, você vai agora mesmo ali embaixo e contar a verdade pra Marcelina.

–Não, ela vai me bater!

–Não vai não, a Marcelina é uma garota sensível e não gosta de brigar, sempre foi contra a violência.- disse Daniel.

–É, mas só por precaução a gente vai segurá-la.- brinquei.

–Então tá bom.

Enfim, ela respirou fundo e foi com a gente até o lugar onde estavam Paulo e Marcelina.

–Segura ela.- disse Daniel para Paulo e o mesmo logo compreendeu, porque numa agilidade incrível, segurou os ombros da irmã.

–Olha Marcelina. Eu vim te pedir desculpas pelo que aconteceu ontem. Te confesso que o Mário não te traiu, fui eu quem puxei ele, mas ele não quis aquele beijo, ele não correspondeu e não gostou nem um pouco, até tentou me empurrar. Mas agora eu estou aqui, te pedindo desculpas e que você dê uma chance pra ele se explicar.- ela disse enquanto Marcelina ouvia tudo calada.

–Viu amiga? Eu disse que ele não teve culpa.- abracei-a.

–Marcelina, o Mário está muito mal. Ele ficou com quase quarenta graus de febre ontem e hoje por causa daquela confusão. Vê se hoje, depois da aula, você vai lá falar com ele pra ver se ele melhora com a sua visita.- disse Daniel.

A Marcelina não disse nada, apenas assentiu com a cabeça que sim e nós voltamos aliviados pra sala. Eu fiquei me perguntando o tempo todo se ela estava achando que nós obrigamos a Clementina a falar aquilo só pra que eles voltassem, mas acho que era só paranoia minha, por causa da confusão toda.

As aulas seguintes foram entendiantes, devido à minha ansiedade de que ela fosse à casa do Mário pra se desculpar com ele, o tempo passou devagar, mas acabou que por fim, o último sinal tocou e nós fomos até a saída.

–Tchau gente.- disse Paulo, pegando seu skate.

–Ué, você não vai pra casa Paulo?- perguntou Daniel.

–Não, hoje a Alícia me convidou para almoçar na casa dela e eu vou.

–Então tá. Valeu cara.

Então fomos eu, Daniel e Marcelina até a casa dele, primeiro nós fomos almoçar em casa porque não sabíamos quanto tempo aquilo duraria, então, depois do almoço, fomos até a casa do Mário e o Daniel atendeu a porta.

–Cadê o Mário?- perguntou Marcelina.

–No quarto. Pode entrar.- disse Daniel, abrindo a porta.- Mário, tem visita pra você.

E então, Marcelina entrou e caminhou devagar até ele.

Mário narrando

Estava deitado na cama, lendo um livro, pelo menos eu ainda posso ler ou fazer coisas sem precisar sair da cama, até que ouço Daniel dizer:

–Mário, tem visita pra você.

–Pode mandar entrar.- respondi sem muito ânimo, mas quando vi a pessoa que apareceu na porta, meu coração disparou, meus olhos se arregalaram e eu encontrei forças para sentar na cama. Era Marcelina, mas como?

–Oi Marcelina.- eu disse.

–Oi Mário. Olha, eu sei que você deve estar achando estranho eu estar aqui depois de tudo que aconteceu ontem, as palavras que eu disse, mas é que hoje, a Clementina me contou tudo.- ela disse.

–Na maior cara dura?

–Não, o Daniel e a Maria Joaquina botaram uma pressão nela e ela acabou contando tudo, mas garantiu que é verdade.

–Puxa, que bom que eles conseguiram. Eu achava que seria difícil já que a Clementina é bem teimosa e durona.- eu ri.

–É verdade. Mas na verdade, tem outra coisa que eu queria falar.

Ela veio se aproximando devagar, colocou a mão dela sobre a minha e olhou no fundo dos meus olhos:

–Mário, você me desculpa? Por ter duvidado de você? Eu prometo que nunca mais vou fazer uma coisa dessas de novo, se eu te ver beijando outra garota, vou confiar em você independente das circunstâncias.

–Mesmo se nossos amigos não estiverem por perto?

–Exato.

–Claro que eu te perdoo. Eu também te prometo que vou tomar mais cuidado nessas horas. Se isso acontecer de novo, vou sair de perto.- nós dois rimos.

–E tomara que ela não vá atrás.

Enfim, depois da promessa que fizemos um pro outro, ela me beijou e eu retribui. Nossa, foi muita sorte o Daniel e a Maria Joaquina terem visto a Clementina me beijar à força, senão aí mesmo que eu não teria conseguido isso. A sorte parece estar voltando à minha vida, espero que com o Daniel não aconteça o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e postaremos mais logo, um ótimo domingo pra todos e até semana que vem!



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