Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, é o Gabriel que está trazendo esse capítulo pra vocês, eu adorei escrevê-lo, sinceramente, espero que gostem dele tanto quanto eu.

Boa leitura!



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Mário narrando

Sinceramente, foi até bom desabafar com aqueles dois, eles ajudaram tanto a mim quanto ao Daniel a tirarmos um peso das costas, mas eles não contaram o que pretendiam fazer depois que ficassem sabendo da história? Será que eles vão nos ajudar e convencer as meninas a falar com a gente?

Minhas suspeitas são confirmadas quando vejo os dois entrarem com elas na sala. Foi tão bom ver as duas vindo em nossa direção que me deu vontade de abraçar a Marcelina e agradecer por ela ter aceitado me ouvir, mas eu não podia, a minha obrigação agora era ficar calmo e falar tudo que eu queria antes que o sinal batesse.

Chamei ela pra se sentar à minha frente em um canto da sala enquanto Daniel sentou no outro canto com Maria Joaquina, depois, os dois meninos saíram e deixaram a gente à sós.

–Sabe Marcelina. Eu vou falar bem rápido pra dar tempo de terminar antes do sinal tocar. Eu queria, te pedir perdão por todo o sofrimento que te fiz passar, eu não estou mais aguentando ficar sem ouvir sua voz, quero que tudo volte a ser como era antes.- disse, olhando nos olhos dela mas sem pegar suas mãos.

–Eu já entendi, aquele seu amigo, o Gabriel, me contou tudo.- ela disse friamente, cortando meu coração.

–Mas é verdade Marcelina, eu não estou falando isso pra acontecer tudo de novo. Dessa vez é pra valer, por favor, eu só quero ouvir um "Eu te perdoo" seu.

–Eu não sei...- suspirei com sua indecisão e decidi ir mais fundo.

–Ah por favor, eu sei que você pode.- insisti.

–Sim, eu já entendi.

–Então, o que me diz?

–Bom, é só amizade?

–Como assim "só amizade"?

–É só o que eu peço de você nesse momento.

Aquelas palavras me doeram, e muito. Eu estava lá, pedindo perdão pra ela e dizer que eu estava mesmo com vontade de tentar de novo e ela me oferece sua amizade? Pra que isso? Mas, até que ela tinha razão, depois de tudo que eu fiz, ser amigo dela pode ser uma boa brecha pra que eu possa aproveitar e começar a provar que eu quero mesmo que ela me perdoe. Então, se é assim, tudo bem.

–Está bem, só amigos, mas eu ainda não ouvi você dizer que me perdoou.

Ela revirou os olhos e respirou fundo, parecia estar se sentindo obrigada a dizer aquilo.

–Eu te perdoo. - ela finalmente disse.

Não resisti e lhe ofereci um abraço, ela relutou, mas depois aceitou e me abraçou. Era um abraço de reconciliação, um abraço de paz, daqueles que as pessoas dão quando fazem as pazes depois de uma briga.

Enquanto a abraçava, sorri, finalmente eu havia voltado a ganhar a confiança dela.

Daniel narrando

O Matheus e o Gabriel foram muito legais com a gente de quererem ajudar mesmo sem conhecer a gente, quando eu vi os dois entrando na sala com as meninas, logo uma sensação de felicidade e alívio tomou conta de mim, mas me contive, não podia dar bandeira tão fácil.

Sentei-me em um canto da sala com Maria Joaquina e Mário se sentou no outro com Marcelina enquanto os dois foram embora aproveitar o resto do recreio.

–Sabe Maria Joaquina, os dois já devem ter falado pra vocês o motivo de eu querer que você estivesse aqui. Sinceramente, eu não estou aguentando mais ficar sem ouvir sua voz, sinto saudade das nossas conversas, dos nossos passeios, dos nossos abraços, das risadas que dávamos quando fazíamos alguma piada. Resumindo: estou com saudade de você.- eu disse.

–Sim, eles me contaram, quer dizer, o Matheus me contou, mas isso não é uma coisa tão fácil que se resolve de uma hora pra outra, de um segundo pro outro.- ela disse.

–Eu sei, mas é que eu quero somente que você me perdoe por tudo que te fiz, por aquele dia constrangedor que você passou aqui na escola por causa do jornal. Você me mudou, eu não vejo mais graça em ficar com outras, só quero que você me perdoe, entende?

–Eu não sei se posso te perdoar...

A voz dela era quase um sussurro.

–Claro que pode.- eu quase gritei.

–Não. Eu não posso. Até alguns dias atrás era a Margarida que você amava e agora já esta dizendo que me quer. Como funciona isso?

–Você falou a coisa certa, "até alguns dias atrás", mas agora eu terminei com a Margarida justamente porque ela não me fazia bem, é você que me faz bem ao conversar, sair e bater um papo, será que é difícil de entender?- eu estava prestes a explodir.

–Eu entendi Daniel, mas você me magoou muito. Eu até posso te perdoar, mas voltar a ter algo sério com você é uma coisa bem difícil.

–E o que você sugere? Amizade colorida?

–Não. Podia ser, mas não.

–Então o quê?

Ficamos nos encarado em silêncio, enquanto sentia meu coração disparado como nunca esteve antes. Um silencio agonizante surgiu na sala por alguns segundos. Eu já estava à beira do desespero, precisava saber o que ela sentia.

–Diz alguma coisa, por favor! - implorei.

–Bom... só amigos, sim?

Amigos??? Bom, não é isso que eu queria, mas quem sabe sendo amigo dela eu posso aproveitar e provar que eu mudei, que o que eu quero mesmo é ficar com ela? É a oportunidade da minha vida, não posso desperdiçá-la.

–Está bem, amigos.- eu disse, estendendo a mão e ela apertou.

Poucos segundos depois, o sinal tocou, mas continuei encarando Maria Joaquina, que sorria timidamente. Depois o Gabriel e Matheus, os dois que nos ajudaram, apareceram na sala e pouco depois, a professora.

–E aí? Como foi?- Matheus perguntou pra mim.

–Bom, não foi como eu esperava, mas pelo menos ela me perdoou.- eu disse.

–Ótimo, já é um passo à mais, agora é só ir aos poucos, sem pressa...- ele sussurrava para não chamar atenção da professora, que não suportava ouvir conversas alheias a partir do momento que ela entrava na sala.

Mais tarde, o sinal de fim de aula tocou, arrumei todo o meu material e olhei para Maria Joaquina, que estava arrumando as dela, aproveitei e lhe fiz um convite:

–Maria Joaquina, hoje à tarde vamos ao shopping, quer ir?

–Claro. Vocês vão com quem?

–Vamos eu, Mário, Gabriel e Matheus, chame o Paulo.

–Acho melhor chamar a Alícia também.

–Por quê?

–Porque a Alícia está secretamente a fim do Paulo, mas ela pediu pra eu não contar para ninguém.

–Ok, chame ela sim.

Depois disso, cada um seguiu seu caminho. Paulo foi pra casa com Maria Joaquina e Marcelina enquanto Mário e eu fomos até a esquina com Gabriel e Matheus, porque nossas casas ficavam à caminho da casa deles, por isso, decidimos ir juntos.

Chegando em casa, estava cansado, mas com a maior felicidade do mundo no peito. Finalmente a Maria Joaquina falou comigo! Puxa, e eu não agradeci ao Gabriel e o Matheus, preciso agradecê-los quando formos ao shopping mais tarde. Almoçamos, escovamos os dentes e fomos dormir para ter bastante disposição para o passeio no shopping mais tarde.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, até o próximo.



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