Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Fala aí gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo fresquinho pra vocês.

Boa leitura...



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Maria Joaquina narrando

Estava tão péssima que nem quando escutei minha mãe bater na porta umas duzentas vezes me chamando, não tive forçar pra pelo menos destrancar a porta. Imagino que Marcelina também esteja assim ou talvez até pior, do jeito que ela é sensível.

–Filha? O que aconteceu?- perguntou minha mãe se sentando na beira da cama e me surpreendendo.

–Mãe? Como entrou aqui?- perguntei, assustada.

–Esqueceu que eu tenho a cópia de todas as chaves daqui de casa, inclusive a do seu quarto?

–Eu não sabia disso.- enxuguei minhas lágrimas.

–Mas vamos falar disso depois. Primeiro me conta o que está acontecendo com você. Faz três dias que não sai desse quarto, não levanta da cama e ainda está ficando anêmica. Se abra comigo, por favor!

Respirei fundo e decidi deixar meu orgulho de adolescente de lado pra desabafar com ela.

–É o Daniel mãe. Ele me fez de idiota assim como o Mário, irmão dele, fez com a Marcelina.

–Me conta logo filha, o que ele fez?

Contei tudo pra ela, segurando o choro pois já soluçava bastante, seria muito difícil contar tudo pra ela entre soluços, chorando então seria pior, ela não entenderia nada. Quando terminei de contar tudo, minha mãe ficou tão chocada que arregalou os olhos e colocou a mão na boca, assim como eu também fiz quando vi a matéria no jornal.

–Eu não acredito nisso filha!- ela disse.

–Nem eu acreditei mãe. Mas é verdade, depois que eu mostrei o jornal pra ele, os dois confessaram tudo.- e voltei a chorar mais.

Minha mãe também ficou triste e me abraçou, tentando me confortar, ficamos ali naquela posição por muito tempo até que ela parou, mas eu não consegui parar.

–Filha, você já está se entregando à depressão faz três dias. Pode deixar esse sentimento de lado só por um tempo e recomeçar sua vida?- ela sugeriu.

–Posso tentar, mas não te prometo nada.- eu já havia parado de chorar.

–Então vá se arrumar, vamos ao cinema para nos distrair.

–Boa ideia mãe.- eu disse, me levantando sorrindo mas sem muita rapidez. Ela saiu do quarto pra me deixar escolher a roupa mais tranquilamente. Depois de escolher a roupa, passo uma maquiagem leve apenas para cobrir o inchaço no rosto e desço, quando chego à porta, minha mãe está no carro com a porta do carona aberto pra eu entrar. Sorrio e entro.

Marcelina narrando

Naquela manhã, acordei com uma baita dor de cabeça depois de chorar a noite toda. Já faz três dias que não tenho forças pra levantar da cama, quando eu levanto e tento chegar na porta acabo caindo de joelhos de tão moles que minhas pernas estão, assim, eu acabo desistindo. Hoje, a mesma coisa, deixei a porta do quarto aberta para o caso de alguém querer entrar no meu quarto, meus pais já sabem o que aconteceu comigo e Maria Joaquina, eu não queria ter contado para não deixá-los preocupados, mas eles insistiram tanto que eu acabei falando. Não sei se eles foram falar com os pais dos meninos, mas eu sei que eles ficaram furiosos quando souberam.

Hoje, quando acordo, minha mãe entra no quarto:

–Filha, já acordou?

–Já sim mãe. Só essa luz do sol está me incomodando.

–Tudo bem filha, eu fecho as cortinas. - ela fechou e se sentou na beira da minha cama- Filha, hoje eu tenho uma novidade pra te contar.

–O quê?- perguntei sem muito ânimo, mas eu estava sim muito curiosa.

–Lembra do seu irmão? O Paulo? Que passou uma temporada estudando nos Estados Unidos?

–Lembro sim. E sinto muita saudade dele.

–Pois você irá matar a saudade hoje. Ele já está a caminho e daqui a pouco chegará aqui.

–Jura? Ai, que bom mãe!- eu a abracei, finalmente consegui sorrir depois de três dias de pura depressão.

–Bom, agora que você já está melhor, por quê não aproveita e vai dar uma volta por aí? É bom pra esfriar a cabeça.

–Acho que vou lá nos fundos tomar um banho de piscina.

–Vai sim filha, mergulhos fazem bem.- ela sorriu.

Levanto, pego uma roupa de banho qualquer e vou andando em direção à piscina. É uma piscina de chão que não é muito funda, mas pra eu chegar na parte funda preciso ficar na ponta dos pés. Deixo a toalha pendurada no varal e coloco meus pés na água pra ver se ela não está tão gelada, mas até que está numa temperatura boa, pois já é de tarde e a noite poderá chegar em pouco tempo, talvez daqui a uma hora o céu vai escurecer.

Depois de uma hora nadando pra lá e pra cá naquela água refrescante da piscina, estava relaxando o corpo boiando na água quando escuto o barulho de uma buzina, saio da piscina, coloco a toalha e vou para a sala. É o Paulo, meu irmão mais velho. Puxa, como ele cresceu, nem parece aquele moleque travesso que sempre foi nas outras escolas. Agora está diferente, o cabelo está maior, ele está mais alto e agora está com uma leve barba.

–Marcelina!- ele diz indo em minha direção.

–Oi Paulo!!- não consigo resistir e o abraço também.

–Sentiu saudades?- ele pergunta.

–Muita, e você?- pergunto.

–Não.- ele responde sério e meu sorriso desaparece.

–Brincadeira, hahaha. Senti sim, muita saudade.- ele volta a sorrir e eu lhe dou a língua.

–Palhaço.- digo, ainda rindo. Só mesmo o Paulo para me fazer rir em uma hora dessas.

Paulo agora é um adolescente bem mais maduro do que era, meus pais resolveram mandá-lo para um colégio interno em Nova York quando ele tinha 13 anos, agora está com 17, só para que ele aprendesse a não ser travesso e se comportasse como gente, parece que deu certo, mas pelo menos o seu lado brincalhão ainda está lá, ainda bem.

Depois que Paulo entra no quarto e desfaz as malas dele, aproveito para entrar no banheiro, pois meu quarto não tem banheiro e tomo um banho rápido porque eu sei que ele também está querendo tomar um banho. Quando termino o banho pra tirar o cloro do meu corpo, vou para meu quarto e coloco uma roupa mais suave, depois, tento ler um livro para me distrair. Assim que li três páginas, alguém bate na minha porta:

–Entre.- respondo.

Quando a porta se abre, é Paulo.

–Oi Marcelina. Desculpa atrapalhar sua leitura, é que meus pais contaram que você está meio triste com algo, então queria saber o que é. Se você não se importar em me contar tudo bem, mas eu queria muito saber. Quem sabe eu possa ajudar?- ele disse, me surpreendendo.

–Bom. Se você realmente quer saber, senta aí que eu conto. A história é triste e longa.- brinquei e ele riu.

Sentamos frente um pro outro e eu comecei a contar tudo, ele ficou calado o tempo todo, mordendo o lábio de vez em quando, quando acabo de contar, não consigo deixar uma lágrima escapar e ele muda de expressão e me surpreende com um abraço.

–Não fique assim irmãzinha. Vai passar.- ele diz, não consigo me conter e o abraço mais forte.

Quando me sinto melhor, ele me solta e eu acabo dormindo, feliz porque meu irmão voltou muito diferente do que era e ainda tenho mais ele pra me apoiar nesse momento tão difícil. Mas e a Maria Joaquina? Não falo com ela há três dias, preciso dar um jeito de falar com ela. Já sei, vou falar amanhã, do jeito que ela ainda deve estar arrasada, talvez esteja dormindo, é melhor esperar até amanhã pra falar com ela.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje gente, o próximo é com o Matheus, até.



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