Recuerdos escrita por Cissey Senna


Capítulo 13
O testamento


Notas iniciais do capítulo

Jane se diverte com a nova família enquanto Jacque e as outras aguardam a leitura do testamento.



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–A então é você a famosa Jane?- diz alguém entrando em seguida.
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–Olá Kart!- diz o pequeno Max entrando em seguida.
–É eu sou a Jane!- diz a mulher levantando-se sorrindo meio que constrangida.
–Muito prazer Kart!- Diz a moça estendendo a mão para Jane.
A moça observa Jane de alto a baixo observando cada detalhe como se visse um ser alienígena. Já Jane por sua vez estava espantada com o comportamento rápido e descontraído de Kart.
–O prazer é meu!- sorri Jane assim que "desfaz" o aperto solene de mãos.
–Ela é linda, não é?- Diz Julie abraçando Jane.
–Ela é e os vestidos ficarão perfeitos, olha eu não sei por que eles trouxeram apenas vestidos!- sorri Kart enquanto coloca outras sacolas sobre a mesa.
–Não, eu escolhi algumas saias e blusas, aqui faz frio pequena Kart!- diz Mark ironizando a situação com pequenos gestos de "Oh, aqui faz frio demais".
–Não pense assim velho Mark, aqui "as vezes venta muito."- ri Kart.
–Que bom, amo o calor, não sou muito admiradora do inverno, embora é muito bem apreciável!- Diz Jane enquanto ajuda Julie com algumas sacolas.
Pelo que vemos, há muitas sacolas em nossa trama. O interessante é que a família estava toda empenhada em ajudar Jane e "aquecê-la" com o calor de seu bom e aconchegante bem vindo.
–Vou carregar essas coisas lá pra dentro Mark...- diz Kart levantando-se.
–Quer que eu te ajude?- diz Jane.
–Obrigada!- sorri Kart saindo seguida por uma Jane cheia de mais sacolas.
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–Max, a Taylor vai vir aqui hoje?- diz Mark preocupado.
–Sim pai, ela me disse hoje no colégio que viria.- diz o menino interessado mesmo vasculhar suas sacolas em busca de quem sabe, uma surpresa.
–Ela disse?- espanta-se Mark.
–Sim, ela disse...- continua o garoto.
–Max para! Que horas ela falou que vem?- diz Mark aflito.
– Daqui a pouco!- diz Max baixando a cabeça.
–Ok! Olha Max, eu ainda não disse nada para a Jane da Taylor e nem da Taylor para a Jane...- diz Mark tentando falar sem transparecer sua "agonia."
–E nem dava tempo papai!- acentua o garoto.
–Sim,é... você tem razão... Mas...- ia dizendo Mark.
–Pronto.- diz Kart aparecendo e o que você acha desse vestido? Não, eu tive que fazê-la vestir, está...
–Magnifica!- diz Mark levantando-se "de queixo caído" com o que via.
–Obrigada Mark!- sorri Jane envergonhada enquanto tenta se ajeitar dentro do belo vestido florido.
Poderíamos dizer que Kart era simplesmente uma genia, e podemos e podemos também dizer que Jane estava magnífica, e sim estava.
Para descontrair Kart tagarela com Jane as melhores formas de arrasar com o cabelo assim e assim enquanto é observada por um Mark boquiaberto.
–Fiu, fiu!- diz Max entrando e segurando a mão de Jane. Quer dar um passeio comigo? Sou um rapaz lindo...
Jane sorri e entra no clima da brincadeira, até acentua que se o garoto fosse mais jovem eles iriam na roda gigante na cadeira mais alta. Jane sentia uma coisa maravilhosa naquele clima de família e amor era mas era como se faltasse algo que ela não podia dizer, e nem ao menos sabia, por isso tentava ao máximo evitar transparecer esse aperto que passeava em seu coração.
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São Paulo
Lá estava Jacque, Violet, Matilda e até a mais envergonhada do seres humanos a fiel Guadalupe a trocarem farpas enquanto um paciente senhor vasculha uma mala em busca de uma última folha que faltava.
–Aqui, achei!- diz o homem triunfante levantando a folha ao alto.
–Que bom, então leia para nós!- diz Matilda.
–Sim, aqui diz...- vai dizendo ele.
E desenrola todo aquele conteúdo que eu também não sei dizer o que seja, nunca fiz um testamento mas acredito que seja bem esquisito; é como se a pessoa voltasse para dizer que sua bolsa maravilhosa que amava ficará para sua irmã mais bem avantajada do que para uma outra que nem se quer sabe onde se coloca. Claro! Aqui o assunto não é esse, trata-se de algo bem mais sério do que uma bolsa qualquer.
–Aqui diz: Para minha companheira de anos Guadalupe del Rio Moreno eu deixo a casa da fazenda, para que ela possa desfrutar lá bons momentos, como nós tivemos juntas por muitas vezes.
–Para mim? Mas eu não posso aceitar!- diz Guadalupe pondo-se de pé sem saber o que dizer.
–Pode sim!- diz Jacque puxando-a de volta ao seu estado anterior: sentada.
–Pode prosseguir...- diz Jacque voltando a atenção a leitura.
–Sim e há mais para a senhora dona Guadalupe, aqui diz: Penso que já está na hora de você receber o seu presente Lupe, eu deixo para você o pequeno carro.
–Ah, eu nem sei o que dizer!- gagueja a pobre senhora. Mas eu agradeço de coração!
–Você merece! Sabe dirigir!- ri Jacque.
–Eu acho que é desnecessário- diz Matilda para Violet sem ser percebida. Eu sempre estive aqui acompanhando até as baratas no caminho de suas tocas e nunca ganhei nada. Mas espere!
–Bom, e para a minha sobrinha Violet deixo... aquele carro que você sempre quis, e o valor de 50 mil reais ....
–Da conta?- diz Violet boquiaberta.
–Sim!- diz o senhor prosseguindo.
–Ai tia você não esqueceu né? obrigada!- diz Violet voltando-se Jacque. Obrigada mesmo.
–Para minha cunhada Matilda, deixo seu pagamento pelos trabalhos prestados já que sei que a minha companhia não te agradava nada mesmo... E para minha filha Jacqueline Lorenzo deixo nossa casa e todos os bens móveis e imóveis que me...
–O que?- berra Matilda levantando-se subitamente.


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Notas finais do capítulo

"O testamento é a enfermidade mais perigosa depois do médico. Quantos morreram porque fizeram testamento."
—Francisco Quevedo



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