POV Winter

Hoje as selecionadas vão estar aqui em casa, meu pai ajustava seu terno, minha mãe terminava o penteado, e o meu irmão bem ele estava no banco onde nossos pais se conheceram não sei o porquê dessa atitude. Fiquei conversando com a Ivy, ela era a minha melhor amiga e a única naquele lugar com a minha idade, ela puxou o pai soldado Leger e a sua mãe sempre fiel vejo esse lado em Ivy:

– Ansiosa? – pergunto.

– Muito, sei que isso vai mudar a rotina inteira, mas na verdade eu que deveria fazer essa pergunta.

– Eu também estou ansiosa, quero conhecer todas elas, sei que a maioria vai me tratar como alguém da realeza, ou vai me subornar para consegui o meu irmão.

– Também tive que me acostumar a chamar a sua mãe de tia America.

– É mesmo foram longos três anos para isso! – começo a rir.

– Olha se você não tivesse compromisso, desmanchava o seu penteado... – ela é interrompida com a chegada de Lucy.

– Filha vem cá! – segurando o meu braço ela vai até a mãe.

– Mamãe é verdade que elas podem usar a Winter?

– Elas quem? Ivy do que você está falando?

– As selecionadas, mamãe elas podem usar a Winter para se aproximar de Pietro?

– Sim, por isso Winter você tem tomar muito cuidado! – fala olhando para mim. – Muitas delas podem estar aqui só por causa da coroa, e poucas por seu irmão, mas não podem ficar andando por ai sem ter contato com ninguém tudo bem? – aceno confirmando.

– Nossa como elas tem coragem de usar a minha melhor amiga? – pergunta Ivy me abraçando.

– Não sei filha! Só vim te chamar para se arrumar, vamos? – ela segura a mão da mãe e faz um gesto para ficar esperando um pouquinho.

O que será que elas podiam fazer contra mim só para ter o meu irmão? Será que poderiam me fazer mal? Seriam como grandes amigas e no final eu seria a peça do jogo delas, vou ter que tomar muito cuidado! Escuto uma movimentação vindo do primeiro andar elas chegaram, nossa Pietro estava lá fora, sinto uma mão tocar o meu ombro era papai:

– Vamos? – pergunta estendendo a mão.

– E mamãe? – ela aparece do meu lado.

– Me chamaram? – pergunta dando a mão para mim. – Eu acho que Pietro foi pego de surpresa lá embaixo.

– Então vamos ver como está a situação! – comenta o meu pai.

Descemos a longa escadaria então todos os olhares foram para a gente, todas fizeram uma reverência e cumprimentaram em uníssono:

– Vossa alteza e princesa! – naquele monte de garotas uma que me chamou atenção foi a garota de cabelos platinados, vou pedir para pintarem o meu também.

– Meninas sem formalidades, por favor! Sintam-se em casa! – começa a minha mãe.

– Conheceram o príncipe? – continua o meu pai e todas fazem que não com a cabeça, como? Ele estava no jardim.

Então ele entra com o rosto vermelho, começou alguns sussurros, algumas apontaram sem medo de ser discretas, ele fica do nosso lado respirando ofegante:

– Ah você pode brincar e eu não que injustiça! – sussurro e ele sorri.

– Não estava tendo fugir, ou fazer uma entrada épica, mas não deu muito certo.

– Deu para perceber! – comecei a rir da sua cara ainda vermelha.

POV Pietro

Achei um lugar sossegado, o banco, sim aquele banco onde meus pais se conheceram era um bom lugar ali, a brisa sempre perfeita o melhor lugar do castelo na minha opinião, mas perde para a sala de jantar, fechei os olhos e fiquei por lá uns bons minutos. Assustei com o barulho de várias vozes, droga elas chegaram desandei a correr sem rumo que burrice a minha, mas agora não tem volta. Fique escondido até que todas entrassem na minha casa, ou melhor quase todas, estava voltando quando esbarrei em uma garota, nisso começou a voar partituras para todo lado:

– Desculpa senhorita... – tentei ler o seu broche, mas os seus cabelos não ajudaram muito. – Você poderia falar o seu nome?

– S... Sim, meu ... Nome... é ... Emma. – responde gaguejando.

– Eu sinto muito, por isso. – ajoelho tentando ajudar a recolher aquelas partituras. – Você toca violino certo? – ela acena confirmando sem olhar para mim.

– A culpa não foi sua, deveria ter prestado mais atenção, mas fiquei feliz por ver tudo isso de perto que tentei caminhar lentamente, para não perder nenhum detalhe.

– Sabia que você vai ter tempo o suficiente para isso? – pergunto fazendo-a corar.

– Acho que sim, não sei se chamo de alteza, ou Pietro... Mas você pode me chamar de Emma e não senhorita!

– Pietro, sim Emma. – entrego todas as partituras que consegui pegar.

– Obrigada Pietro! – fala seguindo o seu caminho, seguro o seu braço o que a faz estremecer.

– Poderia deixar isso em segredo gostaria que todas me vissem na mesma hora, entende?

– Claro sem problemas esse vai ser nosso segredinho. – com essas últimas palavras ela entrou no castelo, tive que esperar alguns minutos para poder entrar também, o bom é que elas pensariam “o príncipe de Illéa não abandona os treinos, nem com trinta e cinco meninas no mesmo lugar”.

– Senhoritas. – todas fizeram uma reverência, Emma segurava os risos enquanto isso. – Bem, o que vocês acharam da nova casa?

– Grande, decorada, cheia... – começa uma menina com cabelos negros e olhos verdes.

– Festa do pijama meninas! – continua Emma fazendo todas rirem, admiro isso nela mesmo com um lugar diferente, formal, mas a gente não obedecia isso de alteza, entre outras coisas, ela parecia entender certinho como queríamos as suas falas, sem timidez, agindo como se estivessem em casa, Winter fica do meu lado, será que era ciúmes por está observando muito uma das selecionadas?

– Bem caso vocês queiram montar uma festa, avisem pode ser qualquer dia desses quem sabe! – houve algumas comemorações. – E para não prenderem vocês aqui por muito tempo, estão liberadas para conhecer os quartos, para ajudarem vão ter algumas criadas sempre à disposição, todas saíram então Winter começou:

– Você viu? Ela tinha um violino!

– Você está falando da Emma?

– Sim, eu acho que é ela. Nossa você já decorou o nome dela. – ela me olha com aquela carinha.

– Não, pense nisso é que me esbarrei nela lá no jardim... Por que estou explicando tudo isso para você?

– Bem não sei o porquê dá tentativa de explicação, mas vou brincar com a Ivy, tchau! – ela sai correndo, tirando a sapatilha.