Fuckin' Perfect escrita por LelahBallu


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Nem terminei uma fic e já estou entrando em outra, eu não consigo me controlar, aqui vai alguns avisos:

1 - A fic vai ter passagem de anos, mas não tão logo.
2 - Ela possui três capítulos prontos, a continuarei de acordo com a recepção de vocês.
3 - Introduzi alguns personagens de Flash, mas achei desnecessário coloca-la em ambas categorias.

Espero que gostem...



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Era apenas outra das várias festas da fraternidade. Tommy havia organizado tudo, ele foi atrás das coisas que não podiam faltar, que segundo ele era bebidas e garotas, era 3:00 da madrugada e a festa estava só esquentando, mas pela primeira vez eu não me divertia, eu só vim por que Tommy insistiu e não me perdoaria caso eu ficasse no dormitório mesmo eu alegando que tinha aula amanhã, por que verdade seja dita eu pouco me importo com minhas aulas, e Tommy sabe disso e também se importa muito pouco ou do contrário não teria dado uma festa na quarta-feira, no meio da semana, bem...Agora era uma quinta-feira.

— Oliver! – Encarei Tommy com um sorriso forçado, aguardando ele se arrastar até a mim. – Ollie! Esta é a melhor festa de todas! – Falou se apoiando em meu ombro.

— Vejo que já está bêbado. – Comentei o ajudando a sentar no sofá ao lado que estava ocupado por um casal se beijando.

— O problema, é que você não está. – Exclamou me observando, seu hálito no meu rosto. – Vamos ollie, já viu as garotas daqui? Elas são incríveis, dariam tudo para passar a noite com Oliver Queen.

— Eu não estou muito no clima hoje. –Comentei o afastando um pouco.

— Laurel está aqui. – Acrescentou. – Ela trouxe Sara. E outra garota, eu não a conheço, e Sara disse que eu não podia me aproximar, ela é fofa.

— Fofa? – Ri ao escutar Tommy falar tal palavra, ele sempre descrevia as garotas como gostosas, ou quentes, fico imaginando que tipo de garota seria descrita como fofa por Tommy.

— Sim. Você sabe. – Me puxou pela camisa se aproximando novamente. – Do tipo nerd, aquelas que são bonitas, mas não servem para pessoas como nós.

— Como nós? – O observei ainda rindo.

— Sim. Caras que não querem relacionamentos. – Deu de ombros, e encostou a cabeça no sofá fechando os olhos, por um momento pensei que havia dormido. – Vai vê foi por isso que Sara me pediu para ficar longe. – O observei respirar fundo e se erguer de repente pegando a bebida de uma garota que passava e bebê-la como se fosse água. – Curta a festa ollie, por que eu estou curtindo! – Beijou a garota que reclamava por sua bebida e se afastou pelo corredor abandonando-a atônita.

Pensei em ir embora, Tommy provavelmente iria terminar a festa na casa de alguma garota ou duas, mas no momento em que me virei com intenção de ir embora, encarei Laurel conversando animada com um grupo de garotas, eu não poderia ir embora sem passar por elas, então eu precisava me esconder e esperar que elas fossem para outro lugar. Eu não podia encarar Laurel neste momento, fazia semanas desde nosso término, mas ela não estaria nada feliz em me encontrar, testei as portas um por uma, pedindo desculpas quando encontrava um casal no meio do ato e avançava para próxima me enfiei desajeitado em um armário escuro e tranquei, encostei minhas costas na parede e deslizei até o chão estendendo minhas pernas, fiquei surpreso quando minhas pernas se entrelaçaram com pernas femininas.

— Seja quem for eu já aviso que posso chutar em uma parte muito masculina sua. – A escutei falar. Ergui-me rapidamente e acendi a luz do armário encontrando uma loira com óculos, sentada contra a parede oposta a que eu estava. – Está ocupado se não reparou. – Acrescentou. Eu a encarei analisando sua figura em silêncio. – Por acaso é mudo? – Perguntou antes de levar uma garrafa aos lábios. Ela estava bêbada.

— Estou me escondendo. – Falei finalmente. – Se importa se me sento? – Perguntei.

— Faça o que quiser. – Deu de ombros.

— Qual o seu nome? – Perguntei curioso.

— Por que você quer saber? – Perguntou franzindo o cenho.

— Por que estou te interrompendo e acho eu ficarei aqui por mais alguns minutos. – Falei. – Se vamos conversar preciso de algo para te chamar, ou prefere loirinha?

— Eu deixei que sentasse. – Falou em tom aborrecido. – Em nenhum momento falei que conversaríamos.

— E o que estamos fazendo agora? – Perguntei erguendo uma sobrancelha. – Loirinha.

— Você está me importunando. – Respondeu. – Eu estou me embebedando.

— Está funcionando? – A encarei, ela soltou um suspiro, aborrecida com minha insistência.

— Estou vendo dois de você. – Falou por fim. – Está funcionando. – Entõ me lançou um olhar exasperado. - Só para avisar, um já irritante o bastante. – Acrescentou.

— Eu sou Oliver Queen. – Optei por me apresentar já que ela não parecia querer dar o primeiro passo.

— Felicity Smoak. – Concedeu a contra gosto. – Do que você está fugindo Queen? Espere. – Pediu antes que eu pudesse falar. – Conhecendo sua fama, com certeza ela tem pernas longas.

— Por que está tão irritada? – Perguntei antes de puxar bebida das suas mãos e dar um gole.

— Eu vim me divertir. – Deu de ombros. – Sobre livre espontânea pressão de uma amiga, mas fica meio difícil quando você encontra seus ex por quem ainda mantêm sentimentos aos beijos com outra.

— Sinto muito. – Falei por fim.

— Não sinta. – Deu de ombros. – Já faz algum tempo que terminamos.

— Por que terminaram? – Perguntei curioso.

— Eu não era perfeita o bastante. – Seu rosto mostrava pesar, então mudou sua expressão como se não se importasse. – Você sempre faz tantas perguntas assim?

— Ele era um idiota então. – Murmurei ignorando sua pergunta.

— Ele é. – Sorriu. – De quem você está fugindo Queen?

— Talvez não seja da sua conta Smoak. – A provoquei.

— Estou aqui abrindo meu coração. – Retrucou. – Você tem que fazer o mesmo.

— Você está bêbada, eu não. – Então para ir contra a minha afirmação dei outro gole em sua bebida. – Estou fugindo da minha ex.

— Laurel Lance. – Falou se curvando e puxando a garrafa das minhas mãos, deu um longo gole e fechou os olhos brevemente, por um momento analisei os fios de cabelos que emolduravam seu rosto. Então notei tardiamente o que ela havia dito.

— Você a conhece.

— Conheço. – Ela confirmou. – Sara é minha amiga. – Acrescentou, e distraída passou a chutar minhas pernas. – Ela que me forçou a vir, Sara, Laurel é um porre. – Riu. Ergui uma sobrancelha. – Ela sempre me olha de cabeça aos pés, como se eu não fosse digna de estar em sua presença.

— Ela é não de toda má. – Falei achando que deveria ir em defesa da garota que conheço desde pequena.

— Você a ama. – Deu de ombros. – Lógico que você pensa assim.

— Eu não amo. – Falei dando-me conta que era verdade. – Eu a admiro, conheço-a desde muito novo, ela foi minha primeira paixão, mas eu não a amo, não como ela queria. Não como deveria.

— Tem certeza que não está bêbado? – Perguntou após me observar fixamente. – De onde venho isso se chama abrir o coração.

— Talvez seja a bebida. – Concordei, apesar de saber que esses haviam sido meus primeiros goles desde o começo da festa. – Ou talvez seja você. – Seus olhos me fitaram intensamente.

— Eu? – Perguntou.

— Você. – Repeti. Por um momento apenas nos encaramos, então ela sorriu.

— Você é realmente um Dom Juan. – Meneou a cabeça.

— Sai naturalmente. – Ri divertido.

— Isso é tão...

— Encantador? – Sugeri.

—... Idiota. – Concluiu. – Eu sei que você consegue qualquer garota que quiser...

— E se é você que quero? – Perguntei analisando sua reação, ela piscou surpresa então sorriu.

Quase qualquer garota que quiser. – Corrigiu. – Mas qual é a graça se no fim você realmente não queria?

— O que a faz pensar que eu não queria? – Estranhei ela está tão certa disso.

— O fato que você vai em busca de outra logo em seguida. – Encolheu as pernas e abraçou os joelhos.

— Sabe o que eu acho Smoak? – Perguntei aguardando sua resposta.

— O quê Queen? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Que eu deveria ter te conhecido antes. – Isso a surpreendeu.

— O quê, em meia hora você descobriu que eu sou a mulher da sua vida? – Perguntou antes de voltar sua atenção para a bebida, mas sem leva-la aos lábios.

— Não. – Neguei. Semelhante ideia era ridícula. – Descobri que eu quero você como amiga. – Falei me surpreendendo que fosse realmente verdade. – E não aceito não como resposta. – Brinquei.

— Era uma pergunta? – Perguntou debochando. – Por um momento achei que não havia escolhas. – Encostei minha cabeça na parede a observando. – Você está me encarando fixamente.

— Você não disse se quer ser minha amiga. – Retruquei. Ela deu de ombros e permaneceu em silêncio, fechei meus olhos aproveitando o “silêncio”, a festa ainda ocorria com toda a empolgação fora do armário, mas aqui dentro não era um incomodo.

— Queen. – Abri meus olhos em expectativas, seu tom era suave, tinha largado a garrafa e me encarava intensamente.

— Smoak. – Retruquei.

— Por que você quer que eu seja sua amiga?- Perguntou franzindo o cenho.

— Bem. – Murmurei pensando no por quê. – Vai seria a primeira. – Confessei.

— E todas as garotas que todo o campus já ouviu falar?

— Elas são outro tipo de amigas. – Sorri.

— E você não me quer como esse tipo de amiga. – Observou. Assenti concordando ao mesmo tempo em que descia o olhar por seu corpo pensando que não seria ruim tê-la como amiga também, mas isso não poderia acontecer. – Por quê? – Ergui meus olhos até os seus fazendo a mesma pergunta para mim. – Até onde sei você é o tipo galinha, e esse tipo não é muito exigente.

— Você é boa demais para mim. – Respondi sincero. Ela piscou surpresa e sorriu. – Já posso te considerar uma amiga?

— Não comemore ainda. – Alertou. – Você não tem ideia do que é ter uma amiga.

— Tenho certeza que você vai me mostrar o quão ruim pode ser. – Brinquei.

—Você não tem ideia no que se meteu. – Ela balançou a cabeça com um sorriso. Passamos mais alguns minutos conversando até que notei que ela não respondia com a mesma frequência e que piscava sonolenta.

— Smoak. – Chamei.

— Queen. – Devolveu em um sussurro suave.

— Eu vou te levar para casa. – Falei me erguendo e puxando sua mão.

— Essa é uma boa ideia. – Concordou. – Mas eu divido um apartamento com uma amiga, fica bem perto daqui.

— Eu a levo de qualquer forma, eu posso andar a pé Smoak. – Ela meneou a cabeça duvidando. Abrimos a porta e fomos recebidos por vários corpos que dançavam, Felicity apertou minha mão em um gesto nervoso, ao que parece ela não ficava muito a vontade com muita gente, a arrastei até a saída, despreocupado agora se poderia encontrar Laurel ou Tommy, andamos por poucos minutos até seu apartamento que ficava a poucos metros dos dormitórios do campus, parei na porta de seu apartamento observando a fachada.

— Não vai me chamar para entrar?

— Ainda não somos tão amigos assim. – Respondeu arrancando um suspiro fingido de pesar meu. Meneando a cabeça a acompanhei até a sua porta.

— Eu não tenho ideia de como posso confiar em Oliver Queen para me levar até em casa. – Comentou.

— É esse rosto. – Brinquei, ela me encarou por alguns segundos. Fechei os olhos brevemente e fiz uma careta. – Essa foi uma brincadeira estúpida. - Ela assentiu com um sorriso mínimo.

— Boa noite Oliver. - Falou.

— Boa noite Felicity. – Devolvi. Esperei que ela entrasse, mas antes que fechasse a porta eu gritei. – Esteja pronta amanhã de manhã.

— Para o quê? – Perguntou confusa.

— Esteja preparada.

— Não me faça me arrepender de ser sua amiga Queen. – Alertou.

— Vá dormir Smoak. – Retruquei.

— Quando você diz amanhã de manhã não é hoje mais tarde não é? – Perguntou voltando novamente. - Por que eu juro se você aparecer aqui mais tarde eu vou jogar água em você.

— Amanhã Felicity. - Ela assentiu e finalmente entrou. Se eu contasse para Tommy que sai da festa com uma garota e que apenas a levei em casa e pedi que fosse minha amiga, ele não acreditaria, mas algo me dizia que ter Felicity Smoak como amiga valia apena.


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Notas finais do capítulo

Pronto... Estou no aguardo, espero que tenham gostado. Xoxo LelahBallu.