Garota rara e diferente escrita por Adolfinho


Capítulo 25
Julieta contra os soldados


Notas iniciais do capítulo

Não, vocês não estão malucos, o capítulo saiu sem um grande atraso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588469/chapter/25

Eu não sei absolutamente nada sobre os humanos do Vale Olímpio, mas o Percival pareceu bastante assustado sobre eu ter sido capturada por eles. Espero que a ajuda chegue logo.

Enquanto meus amiguxos não vêm, eu preciso dar um jeito nos meus problemas. Eu ainda estou com dor de barriga e não consigo ver nenhum banheiro. Olho para o acampamento de trailers. É muito perigoso ir até lá, afinal, eu consigo até ver alguns dos soldados por lá. A tempestade de neve está passando. Isso é bom porque o frio vai diminuir, mas é ruim porque assim eles terão mais facilidade em me ver.

Decido ir até lá. Preciso muito ir ao banheiro, e não são uns soldadinhos idiotas que irão me impedir. Eu já lidei com situações muito piores, como, por exemplo, quando eu sofria bullying na pré-escola por ser uma nerd tímida, gótica, feia e gorda.

Movimento-me até o acampamento dos trailers agachada. Os soldados não estão vigiando, nem nada. A maioria está apenas conversando entre si. Mesmo assim, tem vários deles, e eu sei que se eles me pegarem eu vou me dar muito mal. Eu precisava dar um jeito de tirar eles daqui.

Tento me lembrar das aulas com o professor Mago. Deve haver algum feitiço que ele ensinou que possa me ajudar nessa situação. Consigo me lembrar de um deles. Chama-se Possessão Colorida. Espero que me ajude. Mas eu preciso que um dos soldados se aproxime.

Procuro por algum militar inimigo que esteja sozinho. Logo avisto um. Ele acabou de sair do trailer, e está desarmado. Vou aproveitar que a neve ainda cai em bastante quantidade para me aproximar dele sem que ele me veja.

É que para essa magia funcionar, eu preciso estar próximo ao alvo e ele precisa estar grogue. Por isso, eu também pego uma pedra que está no chão.

Estou escondida atrás de uma árvore, à uns dez metros de distância dele. Ele acabou de tirar o capacete para fumar. Se eu conseguir acertar essa pedra na cabeça dele ele ficará grogue o suficiente para eu fazer a magia nele, e, assim, me livrar dele e de todos os outros guardas.

Concentro-me, miro a pedra bem no olho dele... e arremesso.

CRÀS! A pedra atingiu o vidro do trailer, e não ele. Eu sou bem ruim de mira, mesmo.

— Mas que merda é essa? — O soldado pega uma pistola e aponta para frente, procurando quem atirou a pedra.

Ele olha para a árvore e dá um grunhido. Acho que ele me viu. Ainda apontando a arma, ele começa a andar em minha direção.

Logo, ele chega onde eu estou. Tento correr, mas ele me segura pelo braço e me agarra.

— Ei, pessoal, venham ver quem eu achei!

Isso não é nada bom. Não posso permitir que eles me peguem e acabem com a minha raridade. O que vai ser de mim se eu ficar igual a todos os outros? Nem consigo imaginar.

Percebo que a mão esquerda dele está perto da minha boca, então, eu a mordo. Ele dá um grito de dor e me solta na mesma hora, me empurrando. Eu caio no chão e me viro para ele.

— Signus Astrus — Eu brado, estendendo minha mão em sua direção.

Um raio azul sai dos meus dedos e o atinge bem no peito. Ele é jogado para trás com o impacto e cai no chão. Não era essa a magia que eu queria usar, porque agora os soldados estão vindo, e esse feitiço de raios gasta muito do meu poder.

Escuto os passos dos outros inimigos. Danem-se os trailers e o banheiro aconchegante dentro deles. Começo a correr desesperadamente para o meio da mata. Isso é uma péssima ideia, porque eu vou ficar mais perdida do que já estou. Mas é com certeza muito melhor do que ser capturada por aqueles soldados medíocres.

Corro mata adentro e percebo que alguns dos soldados estão vindo atrás. Tento correr mais rápido, mas eles são muito velozes. Um deles pula em minhas pernas e consegue me pegar. Eu caio no chão. Outros dois soldados logo aparecem.

Acho que me fodi!

O soldado que conseguiu me pegar me levanta agressivamente.

— Não é mais pra você fugir, sua idiota. Se você tentar escapar de novo eu...

Antes que ele termine de falar, é interrompido por um grito. Um dos soldados está sendo mordido no pescoço por alguém. Eu aproveito a distração para dar um soco na cara do soldado que estava me segurando — acho que não doeu muito, mas ao menos ele me largou — e corro.

Eu olho para trás e vejo que um homem está atacando os soldados. Não sei quem ele é, mas ele salvou euzinha de ser capturada, então, eu já o considero meu guxo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tcha-au!