Garota rara e diferente escrita por Adolfinho


Capítulo 21
Caos aqui, caos ali


Notas iniciais do capítulo

Aew, capítulo novo :D



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Seu Juca começou a chegar perto. Eu estou morrendo de medo. Percival está tentando afastá-lo, mas ele não escuta, só o que ele faz é grunhir e murmurar uma palavra truncada.

— Julieta, eu posso estar errado, mas eu acho que o seu Juca está possuído ou algo parecido. Temos que fazer alguma coisa — Ele me diz, tentando se livrar do atendente.

— Tipo o quê? — Eu pergunto, aflita.

— Sei lá, alguma coisa que sirva para aniquilá-lo ou algo assim.

Eu logo me lembro da minha magia diferente. Tenho certeza que ela irá me ajudar com isso.

Me aproximo do seu Juca e invoco:

— Culpius Estreliarmus!

Mas nada acontece! E eu tenho certeza que o professor Mago nos ensinou essa magia. Não sei o que aconteceu. O Percival está em maus lençóis, preciso arrumar um jeito.

Pego a minha garrafa de água e bato com ela na cabeça do seu Juca. Ele cai no chão, e então Percival pisa na cabeça dele até ela virar carne moída.

— Meu Deus, o que diabos é isso? — Eu pergunto para Percival.

— Parece algum tipo de zumbi. Vai ver é por isso que a cidade parecia tão arrasada. As ruas estão cheias de coisas destruídas e corpos.

— Ai, zumbis, que medo! — Dou um pequeno pulinho de espanto.

— Nada tema, minha querida. Eu irei nos proteger.

Fico feliz em saber que o boy-magia está me protegendo, mas não sei por que a minha magia rara e diferente não funcionou. Quase que o Percival foi morto pelo seu Juca.

Enquanto eu me fazia essas perguntas, Percival pegou comida do mercado e já estava indo embora. Dei uma pequena corridinha para alcança-lo.

— Há quanto tempo será que esses zumbis estão na cidade? — indago.

— Não sei.

— Ela estava normal hoje de manhã, quando eu fui para o acampamento Meio-Clichê. Vai ver foi algum tipo de experimento científico maluco.

Certeza que foi coisa da Dilma. É por isso que tem que ter o Impeachment já. Aposto que ela estava financiando um experimento para deixar o povo burro e alienado e acabou zumbificando eles.

— Está ouvindo esse barulho? — Percival coloca a mão na minha frente e barra a minha passagem.

Concentro minha audição.

— Não ouço nada.

— Espera, espera. Silêncio...

Fico em silêncio. Começo a ouvir um barulho de grunhidos. Mais zumbis?

Do meio das árvores, aparecem dois zumbis, e eles são bem familiares. Um deles está usando uma camiseta de panda, e o outro é pálido e tem presas. Meu Deus! São... Espera, esqueci novamente do meu ateísmo. Ah, foda-se. Ah, que droga, falei palavrão, agora eu vou para o inferno! Mas o que importa é que esses são Eduardo e Jacob. É por isso que eles demoraram tanto.

— Percival, são o Eduardo e o Jacob!

— Eu percebi. Esses dois otários devem ter se contaminado enquanto lutavam.

Percival pega um pedaço de pau e começa a bater nos dois. Minha nossa, que cena horrível. Eu não acho que eles mereciam isso. Em pouco tempo, eles acabam morrendo.

Ando mais um pouco com Percival e logo chegamos à aldeia.

Nossa, parece que uma chacina aconteceu aqui também! Está tudo um caos. Alguns semideuses do clichê estão mortos.

— O que aconteceu aqui? — Percival pergunta para Twix, que está segurando uma espingarda.

— Aqueles malditos humanos do Vale Olímpio atacaram de novo. Não dá para confiar nesses humanos! Eles disseram que cessariam os ataques.

— Malditos seres humanos!

Opa, ainda bem que agora eu sou uma vampiro-fada. Eles com certeza seriam linchados por aqui.

— Felizmente nós conseguimos espantá-los, mas não sem perder homens. Onde diabos você estava, Percival?

— Bem, eu fui até a floresta caçar coelhos de Nutella, mas não tinha nenhum, aí eu a Julieta tivemos que ir até a cidade para roubar comida do mercadinho, mas aí a gente notou que algo havia acontecido e tinha transformado pessoas em zumbis, e quando voltamos o Eduardo e o Jacob haviam se transformado, e aí...

— Você acha que eu vou acreditar nessa baboseira, Percival? Você provavelmente estava na gruta da cachoeira fazendo bosta. Quer saber, nem vou perder meu tempo com você. Vá até a Cabana Mestra, precisamos fazer uma reunião geral. Julieta, vá para a sua cabana. Já está ficando tarde.

Vou andando para o alojamento. Eu me sinto triste pelo Percival, mas essa história é difícil de acreditar mesmo.

Entro na cabana, pego um Toddynho e me sento na cama para beber um pouco. É tanta coisa estranha acontecendo. Parece que eu estou em um tipo de livro ou história clichê, não sei.

Ouço um barulho atrás de mim.

— Julieta? — Chama uma voz.

Eu olho para trás.


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