Meceno escrita por lui


Capítulo 8
Capitulo 8




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Somente um mês se passou, Emily tinha melhorado muito na esgrima, mas Will ainda a derrotava nos cinco primeiros minutos. No arco e flecha Emily era tão boa que nem precisava mirar mais.

Era de manha, ela e Ciro acordavam um pouco antes de começar o treino para darem uma caminhada. Foi perto dos banheiros que ela sentiu algo errado, havia alguma coisa por perto que não devia estar lá.

Ciro também sentiu e ambos entraram em um acordo silencioso. Emily se agachou e rastejaram para dentro da floresta. De repente um barulho agoniante de metal arranhando metal chegou aos ouvidos de Emily. O som lhe deu gastura e ela teve que tapar os ouvidos.

Em sua mente ela conseguiu visualizar um robô, era uma peça só, com grandes rodas na parte de baixo, para entrar na floresta e da parte da frente saiam facões e objetos pontiagudos que cortariam uma garganta no menor toque.

Emily congelou de medo, o barulho se aproximava.

–EMILY! – Ciro rosnou com urgência e a fez se mexer. Ela montou nele que correu o mais rápido possível para a cabana de Andrew.

Will saia da cabana quando Emily e Ciro chegaram, o cabelo bagunçado indicava que tinha acabado de acordar.

–Will! – Ele se assustou com a aparição de Emily – Rápido, tem robôs vindo, temos que acordar o acampamento!

–Que? Para que tanta pressa? São os robôs que protegem o acampamento.

–Não são. Por acaso esses robôs tem objetos cortantes saindo da parte da frente?

–Umm... Não. Por quê?

–PORQUE ESSES ROBOS TEM!!! Acorde todos, ou todos morrerão!

–O que está acontecendo aqui? – Andrew saiu da barraca.

–Andrew por favor, você tem que acordar o acampamento, seremos atacados agora!

Andrew não fez mais perguntas, nem duvidou de Emily, pelo contrário, entrou correndo na barraca e acordou seus colegas enquanto Will, que pareceu perceber a gravidade da situação correu para disparar o alarme de invasão.

Emily teve um momento de alivio para logo em seguida ser invadida pelo desespero ao ouvir o som dos robôs.

Andrew lhe entregou o arco, mas ela não se mexia.

–Andrew, não consigo.

–O que foi? – Ele olhou nos olhos de Emily e viu o terror estampado lá. Ele a abraçou e gritou para Will: - É a hora, vocês devem ir.

–Não vou deixar o acampamento – Reclamou Will – Não agora.

–Will olhe para a Emily, ela não vai lutar, leve-a para um lugar seguro e encontrem os escolhidos.

–Mas você não ia com a gente? – Emily sussurrou.

–Não se preocupe – Ele deu um sorriso carinhoso – Encontro vocês outro dia, assim que me livrar deles.

–Vamos Emily – Will a tirou dos braços de Andrew e a guiou pelo acampamento. Mas Emily parou.

–Estamos cercados...

Will passou a mão pelo cabelo, não podiam perder tempo.

–Temos que voar.

–Não! Sua águia pode nos acompanhar no céu, mas Ciro não sabe voar.

–Você quer ficar?

–Não – Ela sussurrou, a cabeça abaixada. Emily fechou os olhos e se concentrou. – Há um caminho, mas tem muitos robôs, entretanto menos do que nos outros lugares...

–Voe com Will, eu vou por esse caminho. A gente se encontra do outro lado do rio – Ciro falou.

Emily se agachou e fitou os olhos do lobo.

–Sabe que não posso te abandonar.

–Você não estará me abandonando. Voe, eu ficarei seguro.

–Pedirei para a minha águia protege-lo pela retaguarda. – Will falou, o que deixou Emily mais segura.

–Obrigada – Ela olhou mais uma vez para Ciro – Tome cuidado.

–Eu tomarei.

Will a segurou no colo e pulou para o céu. Emily teria adorado voar se a situação não fosse tão desesperadora.

Eles se encontraram com a águia.

–Tina, cuide para que Ciro não morra. E tome cuidado também. – Will lhe pediu.

–Eu sempre tomo – Ela falou em resposta.

A águia desceu em um rasante na direção onde Ciro estava. Emily aproveitou e tirou uma de suas flechas e atirou em um robô que caiu derrubando vários outros a sua volta.

–Belo tiro – Will elogiou, mas Emily não conseguia falar de tanto medo por Ciro.

Ciro não estava do outro lado do rio quando chegaram e Emily começou a se preocupar.

–Duas coisas que me dão certeza de que ele está vivo: quando o seu animal morre você sente uma dor tão forte que alguns chegam a ficar loucos...

–Você não esta ajudando

–E segundo, você pode usar o seu poder e senti-lo.

–Tenho medo do que verei...

–Tina o está ajudando...

Emily sentiu que Ciro chegava nadando pelo rio.

–Ciro! – Ela correu na direção dele e o ajudou a sair da agua para abraçá-lo. –Estava tão preocupada com você! O que é isso? – Emily tirou sua mão do pelo de Ciro e a viu cheia de sangue.

–Não é nada, um dos robôs conseguiu me pegar de raspão, mas Tina o tirou de perto de mim.

–Tina está bem?

Em resposta um piu foi ouvido no céu, bem acima da cabeça deles. Era Tina voando em círculos, esperando-os.

–Temos que seguir viagem – A voz de Will parecia mais aliviada ao ver Tina no céu. – Para onde vamos?

–Preciso de um mapa, assim poderei marcar as posições dos escolhidos.

–Certo, tem uma cidade turística a dois dias de viagem daqui, lá arranjaremos um mapa e suprimentos.

–Ciro, você consegue correr?

–Consigo, mas não muito rápido.

–Tudo bem, compraremos curativos na cidade.


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