Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 17
Medo de te perder


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Voltei!
Eu, particularmente, não gostei muito desse capítulo, mas espero que vocês gostem. Eu posto outro daqui a pouco, já que esse não ficou "grandão" como vocês pediram.
Gente, eu quero agradecer a:
kah112
Sasa Torquatro
Baixinha
Ravena
Érica
Doladoavesso
Suellem R
Giovanna
Luna Mason
Millena
tah roloff
fernandasouza
anna
helenalves
Carolina M
pamelasama
Leslie
Princesa Maloqueira
Bruna
joh silva
Princesa Bra
Turtle169
Mafalda cobrina
amorinha67
Essas são as minhas queridas pessoas bonitas que favoritaram a fic antes da "pausa". E essas:
sailormoon14
Andressa Freitas
miss julie
Meu Pequeno Mundo
Malhação Sonhos
São as novas "favoritadoras" (??) da história. Muito obrigada a todas vocês, de coração. Também a todas as pessoas que comentaram e que acompanham.
Detalhe: esse capítulo era pra sair lá pelo dia 08/05 (pois é), mas, eu moro no Paraná e, como vocês já devem saber, os professores estão em greve, eu estudo em escola pública...então eu fiquei a semana inteira em casa, o que quer dizer que eu tive muito tempo para escrever.
Bom, chega de enrolação.

Aproveitem o capítulo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588005/chapter/17

COBRA

É, a Karina enlouqueceu de vez, só pode. Que ideia foi essa de descer pelo poste e sair correndo? Nem deu tempo de ir atrás dela, quando eu abri a porta ela já tinha desaparecido.

O primeiro estágio foi aguentar o Gael surtando. Depois, nos dividimos em dois grupos para procurar ela pelo bairro. Acho que passamos quase duas horas procurando, só sei que quando percebemos já estava anoitecendo, mas, mesmo assim, não a encontramos. Só depois disso, tentamos ligar para a doida, resultado: caixa postal.

Mais ou menos uma hora depois, a chuva começou. Mas não era uma chuva fraca, era um temporal. Ou seja, a Karina estava sozinha, sem celular e na chuva. Felizmente, havia alguém na casa que possuía um pouco de sanidade e otimismo.

Depois de umas cem tentativas frustradas de entrar em contato com a K, a Dandara resolveu que todo mundo tinha que dar uma pausa.

— Gente, a K está bem. Ela deve estar na casa de um amigo esperando a chuva passar.

Na casa de um amigo. Ao ouvir essa frase eu, automaticamente, senti ciúmes, mesmo sabendo que a K nunca faria nada com quem quer que fosse. Mas não gostava de sentir isso, eu sabia que sentir ciúme significava que eu estava me envolvendo demais, que eu estava me deixando levar. Isso não podia acontecer. É por isso que eu evitei a Jade. Só havia um problema: eu não conseguiria fazer o mesmo com a Karina. Resolvi deixar esse pensamento de lado e voltar a minha atenção para a conversa.

— Calma, Gael. Assim você vai ter um ataque cardíaco. Deve ter acabado a bateria do celular dela. Olha, já está tarde. Vamos dormir, quando amanhecer a gente continua procurando. — a Dandara tentava nos convencer.

Eu não queria sair de lá, não sem saber que a K estava bem, mas a casa não era minha, então eu fui gentilmente expulso. A chuva continuava, fraca, mas continuava. Entrei no QG, o qual eu esqueci aberto no meio da loucura, fechei tudo, tomei um banho e me deitei. A ideia era dormir, mas não conseguia fechar os olhos. Era como ela fosse aparecer ali, e se eu estivesse dormindo, poderia perdê-la.

O dia amanheceu e eu ainda estava olhando para o teto, sem nenhum resquício de sono. Me levantei, tomei um banho e comi alguma porcaria que achei. Já estava na hora da academia abrir, mas não havia nem rastro do Gael ou da Bianca. Preocupado, atravessei a praça e bati na porta dos Duarte. A Dandara atendeu e, diferente do dia anterior, ela parecia desesperada.

— Cobra, que bom que você está aqui. Alguma notícia da K? — ela perguntou abrindo espaço para que eu entrasse.

Pelo jeito, ela ainda não tinha aparecido. Ao adentrar a casa, pude ver a Bianca andando de um lado para o outro, o Gael no telefone com alguém e o João no sofá, apenas observando todo mundo.

— Não, não soube dela. Parece que aqui é a mesma coisa. — eu disse cabisbaixo e ela assentiu.

O Gael parecia cada vez mais estressado com quem quer que ele estivesse falando no celular, então a campainha tocou. Era o Duca, informando que nenhum dos alunos da academia ou da Ribalta sabiam dela. E, pra mim, isso foi o limite. Sai sem falar nada. Sem pensar muito, peguei minha moto e saí a procura de uma certa loira marrenta.

Onde a Karina iria? Eu ia ter uma conversa muito séria com ela quando a encontrasse. Passei pela praia, esperando que, se ela estivesse lá, não estivesse bebendo de novo, mas não a vi. E então simplesmente mudei de tática. Fui para qualquer lugar. Depois de alguns minutos dirigindo, e ainda sem rastro dela, mudei de estratégia novamente. Peguei meu celular e selecionei uma foto da K. Parei em vários lugares perguntando por ela e mostrando a foto, mas ninguém sabia de nada. Já estava quase perdendo as esperanças, e, usando o que me restava dela, entrei em um mercado e falei com o segurança.

Não sei descrever o que eu senti ao saber que ela estivera ali na noite anterior. Então ela estava por perto, ou não, mas era melhor que nada. Agradeci o cara e saí apressado com a moto, agora olhando para os lados com um pouco mais de atenção. Não tinham passado nem cinco minutos desde que eu saíra do tal mercado, quando senti meu celular vibrando no meu bolso.

KARINA

Depois de alguns minutos esperando a chuva passar, eu adormeci. Acordei não sei quanto tempo depois, e já estava de dia. Meu pai já devia estar me dando como desaparecida. Eu queria me levantar, mas me sentia fraca, estava com dores pelo corpo e com as roupas ainda úmidas, devido a chuva. Lentamente, eu estiquei as pernas e fui me apoiando no chão e na parede até conseguir ficar de pé. A primeira coisa que fiz foi verificar se o meu gesso ainda estava inteiro. Por incrível que pareça, estava. Ótimo, menos um problema.

Com uma lentidão de dar inveja a qualquer tartaruga, eu peguei meu celular e meus fones, que estavam no chão, e segui para a calçada. No momento em que saí da atmosfera escura do beco, a luz do sol me atingiu com força e meus olhos se fecharam por alguns segundos, até que eu pudesse me acostumar com a luz. Agora era a parte mais difícil: voltar para casa.

Eu ainda não fazia ideia de onde estava, mas agora haviam pessoas nas ruas, quem sabe eu não podia usar o celular de alguma delas. Vencendo a minha timidez, eu abordei uma mulher. No começo ela achou que eu estava tentando assaltá-la, mas eu logo expliquei o que estava acontecendo e ela me emprestou o celular de bom grado. O problema é que eu não sabia o número do meu pai, eu ligava para ele direto dos contatos. Na verdade, eu não sabia o número de ninguém. Só o do Cobra.

Não pensei duas vezes, apenas digitei os números e torci para que ele atendesse. Era meio estranho isso. Sempre acontecia alguma coisa comigo, e parecia que era sempre o Cobra que ia me salvar. Isso não me agradava muito. Primeiro: eu não gosto de depender de ninguém, seja para ser salva de ruas desconhecidas do Rio de Janeiro, ou seja para fazer um macarrão. E segundo: isso simplesmente não parecia certo. Imagino como deve ser chato para ele. Talvez eu devesse aprender a me controlar um pouco melhor.

Ele atendeu só no quinto toque, o que me deixou um pouco incomodada, admito, se fosse ao contrário eu já teria atendido de primeira.

— Alô?

— Cobra.

— Karina? É você?

— Sim, sou eu.

— Você é maluca? Onde que você está?! Está todo mundo surtado na sua casa, seu pai tava ligando pra polícia. Ele até cancelou os treinos da manhã na academia.

Ok, se ele cancelou os treinos, a coisa estava feia.

— Desculpa, eu não devia ter saído correndo. Mas depois a gente fala disso. Eu preciso…

Antes que eu pudesse completar a minha frase, uma moto freou bem na minha frente, me fazendo pular de susto. O motorista tirou o capacete, revelando o rosto do Cobra.

— Como você…

— Isso não importa. — ele me interrompeu jogando um capacete para mim.

Eu devolvi o celular para a mulher que me encarava com uma expressão confusa, agradeci, coloquei o capacete e subi na moto.

Ele dirigia a uma velocidade relativamente preocupante, o que me fez segurar mais forte em sua cintura. Mas o que era mais estranho: eu estava adorando fazer isso.

Depois de algum tempo na moto, eu consegui identificar onde nós estávamos. Era no Catete, mas não perto da praça José Wilker. Fiquei confusa, mas não disse nada. Mais alguns minutos se passaram e o Cobra estacionou a moto na frente de um hospital. Revirei os olhos com sua preocupação excessiva, mas ele, ainda sério e sem falar nada, me puxou para fora da moto e me arrastou até a porta.

~~~&~~~

Três horas. Esse foi o tempo em que nós ficamos no hospital. Eu fui atendida rapidamente, mas os médicos disseram que eu estava meio desnutrida, então eu fiquei tomando soro. Quando nós saímos eu já estava me sentindo muito melhor, porém me disseram que eu teria que ficar de repouso por uns dois ou três dias, dependendo de como eu me sentisse.

O Cobra ainda não tinha falado nada, desde o “Isso não importa.”, o que me preocupava. Acho que ele estava realmente irritado comigo, e eu não podia culpá-lo. Acho ficaria do mesmo jeito. Mas aquilo era uma tortura, ele quieto, mal olhando para mim. Depois do hospital ele me levou para casa. Eu desci da moto, e pude ver que a academia já estava aberta.

O silêncio dele já estava me incomodando, e a expressão que ele carregava me dizia que ele não estava muito afim de papo comigo, então eu só devolvi o capacete para ele. Antes que eu pudesse simplesmente ir embora, ele segurou meu braço.

— Nós precisamos conversar.

Eu odiava essas palavras. Nunca era uma coisa boa, e a expressão, que passou de neutra para preocupada, dele me dizia exatamente a mesma coisa.

— Depois a gente conversa, eu preciso…

— Para de fugir. — ele disse puxando meu braço novamente.

— Eu não estou fugindo. — me defendi, mas era exatamente o que estava fazendo.

— Está sim. Você está fugindo, e não é a primeira vez que isso acontece. Encare os problemas, Karina. Quanto mais você demorar pra fazer isso, pior vai ficar. Uma hora ou outra voe e o Gael vão ter que fazer o exame de DNA.

Ele estava certo, eu estava fugindo de tudo. Mas não era fácil pra mim. Apesar de tudo, eu sentia medo. Existem alguns sentimentos que eu odeio pelo simples fato de não conseguir controlá-los. Um deles era o medo. E pior ainda: eu odiava admitir que estava com medo, me sentia fraca e vulnerável. Eu, que sempre paguei de durona pra tudo e para todos. Mas, afinal de tudo, eu podia confiar no Cobra.

— Eu sei, mas eu estou com medo. — eu resolvi admitir, mesmo com as minhas barreiras me dizendo para fazer exatamente o contrário. — Eu não quero estar com medo, mas eu estou. E se o Lobão conseguir a minha guarda? O que vai acontecer?

— Não importa, Karina. Eu vou estar aqui com você, a sua família, os seus amigos vão estar com você. Não é só você que está com medo. Eu também estou.

— Medo de que? — perguntei confusa.

— Medo de te perder.

Então, sabe aquelas barreiras que eu mencionei antes? Pois é, ele derrubou todas elas com essa frase. Eu nunca vi o Cobra se abrir assim, ele era muito parecido comigo, e acho que também não gostava de admitir que tinha medo de alguma coisa. E eu fiquei sem palavras. A única coisa que eu me senti capaz de fazer foi abraçá-lo. Envolvi meus braços em sua cintura e encostei a cabeça em seu peito, logo ele estava me abraçando também.

— Isso não vai acontecer.

— Eu não sei K. Olha tudo o que já aconteceu. Eu já estava enlouquecendo, achando que tinha acontecido alguma coisa séria com você. — ele disse, segurando meu rosto e me fazendo olhar em seus olhos. — Eu preciso que você me prometa que não vai mais fazer esse tipo de coisa. Me prometa que você não vai mais fugir.

— Eu não sei se eu consigo. — disse me virando de costas, para que ele não visse as lágrimas que ameaçavam cair.

— Consegue, K. Eu sei que você consegue. Afinal, você é uma lutadora, não é? A única diferença é que essa luta não é no ringue.

Não tinha como fugir pra sempre, e eu estava fazendo os outros sofrerem com as minhas atitudes. Talvez eu não pudesse manter a promessa, mas faria o possível.

— Tudo bem. Eu prometo. — eu disse, me virando novamente para ele, e deixando que as lágrimas caíssem.

— Não chora. — ele acariciou meu rosto com os dedos. — Tudo vai acabar bem. Se não está bem é porque não acabou.

Ri com a filosofia dele, apesar de fazer sentido. Sem a minha permissão, meu olhar pousou em sua boca. Voltei aos seus olhos e vi que ele fazia o mesmo comigo. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e foi se aproximando. Eu estava completamente hipnotizada pelo momento, por ele. Simplesmente fechei os olhos e me deixei envolver. Me esqueci que estávamos no meio da praça, esqueci que eu tinha que fazer a droga do exame de DNA. Eu me esqueci que existiam outras pessoas no mundo.

Quando seus lábios tocaram os meus, foi como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo. Clichê? Sim, mas era verdade. Em dois segundos, meus braços já estavam ao redor de seu pescoço, e os dele na minha cintura.

Eu sentia como se pudesse ficar o resto da vida ali, naquele beijo. Não sei bem quanto tempo nós ficamos daquele jeito, mas fomos bruscamente interrompidos por um grito.

— KARINA!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Espero que sim. Talvez tenha passado um errinho ou outro, já que eu não revisei por motivos de sono. Me perdoem qualquer coisa.
Aliás, não era o Cobra quem ia salvar a K, pois eu achei que ficaria muito repetitivo, tipo: Karina sofrendo e Cobra salvando. Mas vocês pediram e eu mudei um pouco as coisas
Infelizmente, eu não pude responder os comentários de vocês (longa história), mas eu agradeço a todas que comentaram.
E...Eu criei um Twitter! Não sei pra que, criei mais para acompanhar uma galera que faz vídeo para o Youtube, mas eu vi que muitas autoras colocam o twitter delas na história, então resolvi fazer isso também.
Eu só postei trecho de música até agora, mas, se você quiser falar comigo ou, sei lá, alguma coisa assim:
@LabWri

Beijos e até o próximo capítulo!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pura Confusão - Cobrina" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.