Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 18
E por fim, pense nele


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Não tenho nada para escrever aqui e eu estou morrendo de sono, então...

Aproveitem o capítulo!!!



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KARINA

— KARINA!

Ferrou, era meu pai.

Me separei do Cobra imediatamente e o olhei como se perguntasse “e agora?”, mas não obtive nenhum tipo de resposta. Mestre Gael vinha vermelho na nossa direção, ele tinha acabado de sair da academia, e trazia junto várias pessoas que foram atraídas pelo seu grito. Ele parou na nossa frente, enquanto a plateia ficou observando na entrada da fábrica.

— Pai.

— O que é que vocês dois estavam fazendo? Se agarrando no meio da praça desse jeito! — ele gritou, se virando para o Cobra.

— Cobra. — chamei e ele resmungou um “o que?”, sem desviar os olhos do meu pai. — Acho melhor você ir embora.

— Não. Não vai embora coisa nenhuma. — meu pai protestou irritado, enquanto eu procurava a Dandara com o olhar, ela, com certeza, faria com que meu pai não matasse o Cobra em dois segundos e nem tivesse um ataque cardíaco, mas não a vi em lugar nenhum. — Primeiro você vai me explicar...aliás, “você” não. Vocês vão me explicar o motivo dessa agarração em praça pública. — ele gritava, passando as mãos pelo rosto para tentar se acalmar.

Eu tinha certeza de que se o Cobra não fosse embora naquele momento, logo ele estaria partido em dois. Mas meu pai não deixaria ele ir, ainda mais depois da cena que ele presenciou. Nós deveríamos ter sido mais cuidadosos. Um beijo, pra quem quisesse ver...isso não devia ter acontecido.

— Pai, vamos conversar em casa. — eu pedi, apontando para as pessoas que nos observavam. No meio delas, estava uma bailarina com uma expressão de pura raiva. A qual eu ignorei com muito prazer

— Ah, entendi. Você está incomodada com as pessoas, né? Engraçado, não parecia que nenhum de vocês dois estava com vergonha de ficar se agarrando por aí.

Ok, não estava dando certo. Eu estava prestes a falar alguma coisa, mas o ser humano ao meu lado, que estava quieto até o momento, resolveu falar.

— Olha, Mestre. Só aconteceu. Não foi nada demais.

Foi como levar um tapa na cara. “Não foi nada demais”. Uma grande tristeza me invadiu. Acho que, no final das contas, eu era só mais uma para ele. Só uma “versão pirata” da Jade. Senti minha garganta fechar, mas não deixei que as lágrimas viessem.

— É, não foi nada demais. Vamos pra casa, a gente conversa lá. — pedi ao meu pai, procurando não demonstrar minha tristeza. — Cobra, acho melhor você ir.

Por fim, ele voltou para o QG e meu pai me agarrou pelo braço, me levando pra casa. Eu certamente, ainda teria que ouvir um sermão daqueles. Tanto por ter fugido, quanto pela “agarração em praça pública”.

Assim que ele abriu a porta, eu me soltei dele e me joguei no sofá. Achei que ele já começaria gritando, mas, para a minha grande surpresa, ele se sentou na poltrona em frente ao sofá e ficou me olhando.

— Você está bem? — perguntou incrivelmente calmo.

“Não.”, respondi mentalmente, mas apenas assenti.

— Não vai brigar comigo? Me deixar de castigo? — perguntei, sem olhar em seus olhos. Não obtive resposta. — Desculpa. Sabe, por ter fugido e por agir feito uma idiota.

— Eu entendo, filha. Você estava com medo, é normal. Mas você nos deixou preocupados com seu sumiço. O que aconteceu?

— É que eu me perdi, daí começou a chover e a bateria do meu celular tinha acabado, então eu meio que acabei dormindo na rua mesmo. Hoje, depois que eu acordei, pedi pra uma mulher pra usar o celular dela. Só que eu não sabia seu número, então eu liguei para o Cobra. Mas eu nem disse onde estava, ele me achou e me levou para o hospital. Ficamos três horas lá, daí ele me trouxe de volta. — expliquei sem o menor ânimo.

— É, nos perdemos o horário para o teste. Mas eu explico o que aconteceu para o juiz e a gente marca outro dia. — que bom, menos um problema. — E eu só não vou brigar muito com você pelo que eu vi na praça, porque eu sei que você ficou magoada com o que ele disse.

Pelo jeito eu falhei miseravelmente em disfarçar.

— Não. Eu não fiquei. Não foi nada demais mesmo. — insisti em negar.

— Bom, eu sei que você não sai beijando qualquer cara por aí. Então eu preciso te perguntar: você está gostando do Cobra?

Minha vontade naquele momento: sair correndo para o meu quarto. Mas eu prometi. Prometi que não ia mais fugir das coisas. O que não me impediu de ficar mais vermelha que o tapete do Oscar. Com certeza, eu negaria. Porém, a verdade, era que eu não tinha resposta para essa pergunta. Não sei quando tudo mudou, já não me lembro mais. De repente, eu e ele não conseguíamos mais ficar sozinhos sem que acontecesse algo que fosse além da amizade. Muito além. Só não sabia se era o suficiente para considerar que eu estava gostando dele.

Com ele era diferente, não foi como o Pedro. Antes de qualquer envolvimento nós tínhamos uma amizade. Talvez isso tenha feito com que qualquer resquício de sentimento fosse mais intenso, o que só me deixava mais confusa.

Não me permiti continuar com tais pensamentos quando lembrei que meu pai ainda esperava uma resposta.

— Não, claro que não. De onde você tirou isso? Nada a ver...

— Filha, não precisa me responder. Mas eu não quero ver você machucada de novo. Você, mesmo sem querer, está começando um relacionamento com o Cobra. — ele começou me interrompendo. — O que quer que aconteça de agora em diante vai definir o rumo que a amizade de vocês vai tomar. Só quero que pense antes de tomar uma decisão. Não quero te influenciar, apesar de achar que é isso que estou fazendo, só quero que se pergunte se o Pedro já é passado, se vale a pena começar alguma coisa com o Cobra, se você não está com ele apenas por estar tudo uma bagunça. E por fim, pense nele. Ninguém é de ferro e o Cobra tem sentimentos, mesmo que não demonstre. É claro que você é importante, mas ele também é. Eu sei como vocês dois são amigos e talvez as coisas nunca mais voltem a ser como antes, mas eu só quero que você pense bem antes de fazer qualquer coisa que não pareça certa. Entendeu?

Dito isso ele se levantou e foi embora, me deixando completamente confusa no sofá. Pensar, era isso que eu precisava fazer. Porém, eu estava tão cansada da noite anterior que eu apenas comi o maior X-Gael que já fiz na minha vida, tomei um bom banho e dormi.

~~~&~~~

Acordei poucas horas depois. A casa estava silenciosa, exceto pelo barulho da televisão da sala e de alguém se mexendo freneticamente no sofá. Olhei no relógio ao lado da cama: 16h27min. Meu pai só chegaria umas 18h00min, então eu poderia dormir mais, o que, infelizmente, eu não consegui fazer. Mesmo com preguiça, levantei para pegar um copo de água e já aproveitar para ver quem estava tendo uma convulsão no sofá. Mas quando eu cheguei na sala, descobri que não era uma convulsão. Era a Bianca, e o João. Se agarrando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, comentem para que eu saiba o que vocês acharam. Lembrem-se que sugestões são sempre bem-vindas, então, se vocês tiverem alguma ideia para a história, podem dizer aí nos comentários :D
Novamente, desculpe se houver algum erro, como eu disse no capítulo anterior, eu não revisei por motivos de (muito) sono. Acho que até esqueci de colocar o "Beijos e até o próximo capítulo!!!". Vou editar agora.
Meu twitter: @LabWri

Beijos e até o próximo capítulo!!!



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