Dangerous Secret escrita por Mera Mortal


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

HEY ESTRELAS DA MINHA VIDA! Aqui estou eu com o segundo capítulo da fic (que ainda está sem capa só para constar). O que vocês acharam? Tá faltando algo na fic ou coisa assim? Logo logo eu solto mais explicações sobre a Callay, a vida da Tris e mais segredinhos. Quem já me acompanha desde Garota Irresistível sabe que eu costumo enrolar as coisas no enredo haha. Mas é isso. Espero que gostem. E deixem reviews nem que seja só pra dar um 'oi'.
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BEIJOS DA TIA MERA



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Capítulo 2

Se tivesse uma interjeição que descrevesse aquele homem sem dúvida nenhuma seria: Uau!

Mas não um simples 'uau' e sim um cheio de as e us.

Mantive meu olhar em seu rosto e levantei-me sorrindo.

— Oi, sou Beatrice Prior - falei estendendo a mão. Ele olhou para a minha mão estendida e torceu a boca.

— Poderíamos conversar em particular, Susan? - perguntou para minha amiga que estava atrás de mim.

Fiquei atônita enquanto Susan murmurava um 'sinto muito' e desaparecia atrás dele.

Ele me ignorou. Ele me ignorou completamente. As mulheres maravilhosas nunca ignoravam James Bond, meu ídolo e exemplo de agente.

Eu mesma jamais havia passado por isso. Melhor você apanhar de espanhóis irritados do que ser feito de idiota por um riquinho metido a besta. Acredite, eu já passei pelas duas situações e estou morrendo de saudades dos los hermanos.

Cheguei na portaria do prédio e fiquei esperando o elevador descer.

Um senhor olhou pra mim e começamos a conversar.

— Ô moça, desculpa me intrometer mas se você 'tá' esperando o elevador pode esquecer.

Virei-me e franzi o cenho.

— Como?

— É, dona loira. Eu fiz tanta faxina e esqueci de colar o aviso na porta. O elevador estragou.

Bati a mão na testa.

— E o elevador de serviço?

— Ih, tem não moça.

O que significava uma coisa: eu teria que subir 16 lances de escada.

Tirei o meu salto no segundo e continuei.

— Eu tô muito enferrujada – soltei para ninguém em específico. Respirei fundo e finalmente, cheguei ao meu apartamento.

— Chris? Chris, você ´tá’ aí?

Encontrei um bilhete dela dizendo que tinha ido a padaria e com toda aquela confusão de caixas, Christina havia esquecido as chaves.

A situação das escadas só me serviu para lembrar que eu estava em missão e que tinha que estar preparada para tudo.

Vesti um top preto e um shorts de ginástica e amarrei meu cabelo em um rabo-de-cavalo.

Fiz o aquecimento necessário e comecei a praticar alguns golpes de luta. Escutei o toque da campainha e olhei para a porta, desconfiada.

Peguei minha arma e a deixei escondida sob uma toalha que estava em cima da mesa.

Abri a porta e franzi a testa ao ver quem me esperava atrás dela.

Cabelos curtos e castanhos, olhos escuros, cílios grandes e uma boca perfeita. Uma pequena cicatriz debaixo do lábio inferior o deixava ainda mais sexy.

Ele usava um terno cinza, o mesmo com que nos encontramos horas atrás.

Cruzei os braços e semicerrei os olhos.

— O que faz aqui?

O moreno me deu um sorriso galanteador e piscou. O homem de gelo sorriu! Grande evolução.

— Vim pedir desculpas pelo jeito como lhe tratei esta manhã. Eu estava com muitos problemas.

— Tenho milhões deles e isso não faz com que eu ignore as pessoas. Nem finja que elas têm uma capa de invisibilidade. Agora por favor, vai embora.

— Tudo bem, eu mereço. Sinto muito. Podemos recomeçar?

Suspirei e revirei os olhos.

— Sou Tobias. Tobias Eaton – e então minha ficha não caiu simplesmente. Ela se desmantelou sobre mim.

O deus-grego a minha frente era meu protegido.

— Tris – estendi a mão afim de apertar a dele, mas Tobias a pegou e depositou demoradamente seus lábios quentes ali.

Senti um arrepio na espinha e puxei minha mão rapidamente.

— Co-como você encontrou meu endereço?

Ele deu um sorriso de canto. Quantos sorrisos aquele homem tinha?

— Sua amiga e minha funcionária, Susan, me contou.

— Acontece que eu me mudei hoje e não contei pra ninguém onde moro.

Tobias levantou as mãos em rendição.

— Tudo bem. Fui pego em flagrante. Eu te segui.

Tinha que me cuidar mais. Fui seguida pelo meu protegido e nem havia percebido? E se fosse alguém mal-intencionado?

— Olha, eu não quero ser grossa mas eu tenho alguns compromissos...

— Será que não podemos tomar um café? – ele pergunta com uma mão no bolso da calça.

— Eu não sei onde o senhor está querendo chegar mas eu não...

— Me chame de ‘você’ ou só Tobias. Por favor, me deixe mostrar que eu não sou um troglodita.

— Tudo bem. Entre. Eu vou me arrumar.

Peguei a toalha junto com a arma tomando o cuidado para ele não perceber nada. A escondi e tomei um banho rápido.

Vesti um jeans, uma regata branca e uma jaqueta vermelha. Calcei um All Star e soltei meu cabelo.

Tobias me esperava de pé na sala.

— Vamos?

Ele se virou e sorriu para mim.

Minhas pernas estremeceram enquanto Tobias Eaton se aproximava e estendia o braço.

Enganchei meu braço no seu e saímos.

Segundo ele, o café era perto então fomos a pé. Fizemos os nossos pedidos e o moreno não parava de me olhar.

— Você é daqui?

— Detroit – disse olhando para ele.

— Hm Michigan. E você veio sozinha?

— Com uma amiga de N.Y.

— Já tem proposta de trabalho?

— Ainda não mas dou um jeito – de preferência um que eu fique perto o suficiente pra ficar de olho em você. Acrescentei mentalmente.

— E se você fosse trabalhar comigo?

— Com você?

— É. Como minha assistente.

Franzi o cenho e sorri marota.

— Achei que Susan fosse sua assistente.

— Susan é assistente do Erick. Outro funcionário da Eaton Company.

Penso por alguns instantes. E se eu não conseguir nenhuma outra proposta de emprego melhor que essa?

— Eu nunca trabalhei em uma empresa desse porte.

— Você fazia o que em Detroit? – indagou ele antes de beber um gole de café.

— Negócio de família.

Tobias assentiu.

— O que, especificamente?

— Meu pai é joalheiro – respondi automaticamente. Precisava desviar o foco da conversa. Uma boa mentira é aquela sem detalhes e Tobias perguntava demais – mas e você? Gosta do que faz?

— Depende do dia. Estado civil?

— Isso é como uma entrevista formal? – disse colocando o cabelo atrás da orelha.

— Tem algo a esconder? – retrucou ele me encarando.

— Você tem? – devolvi me concentrando em seus olhos.

— Boa – murmurou ele sorrindo. O terceiro sorriso que eu descobrira nele. Sincero.

— Okay, então. Começo amanhã? – perguntei pegando minha bolsa.

Tobias se levantou imediatamente e lançou alguns dólares ao garçom. Antes que eu pudesse protestar sobre a conta e sua companhia, ele já enganchava seu braço no meu.

— Obrigada mas eu não preciso. O apartamento fica há duas quadras e...

— Eu faço questão, Tris – declarou com firmeza olhando ‘pra’ mim.

Desviei o olhar e quase tive um infarto com a cena que vi.

Puxei Tobias para trás na direção de uma rua estreita.

— Tris? Tudo bem?

— Shh! Shh - falei com os olhos arregalados com o que via - o que aquele desgraçado 'tá' fazendo aqui?

Perguntei enquanto espiava Peter conversar com Christina.

Minha cabeça parecia explodir.

— Se ele chegar perto dela, vou matar aquele calhorda - exclamei serrando os punhos e marchando em direção aos dois até que fui brutalmente puxada para trás.

Tobias me segurava pelos ombros.

— Deixa eu dar uns bons tapas naquele cafajeste...

— Será que você pode me explicar que diabos está acontecendo? - indaga ele me encarando. Sua voz é firme e primeiro confundo seu tom com irritação mas vejo seus olhos transparecem confusão e preocupação, quase um instinto protetor...

Me solto de seus braços e mexo no cabelo nervosa.

— Tris, o que houve?

Santo Deus! Eu precisava mesmo me controlar. Will sempre me ajudava a me acalmar. Will. Seu nome me traz uma dor no peito.

— Eu... - gaguejo consternada. Não era difícil fingir sentimentos sendo que Peter estava se metendo e arriscando minha missão. Se concentra, se concentra, Tris. Olho para Tobias com lágrimas nos olhos. Sinto-me suja por fingir qualquer coisa para ele - Aquele...aquele cara é um nojento. Nos conhecemos na faculdade e...e agora ele veio pra Chicago e aquela é minha...

— Tris, respira. Calma. Eu estou aqui e não vou deixar aquele cara te fazer mal - ele parece tão sincero tentando me proteger. Meu protegido tentando me deixar segura. Rio com o pensamento e o moreno franze a sobrancelha.

— Desculpe. É que mal nos conhecemos e você quer me manter a salvo de um filho da mãe. Eu fiquei irritada mas foi apenas uma surpresa desagradável. Sei me cuidar bem.

Dessa vez Tobias que riu.

— É que você é tão pequena...

Meu sangue ferve quando vejo que ele zomba da minha estatura. Murmuro um 'obrigada. Não tinha percebido isso ainda' e saio bufando.

Logo ele caminha ao meu lado me pedindo desculpas.

Estou tão perturbada que me viro e falo.

— Chega Will! - ao ver a expressão de Tobias ficar rígida, bato a mão na testa - melhor eu ir embora. Obrigada pelo café senhor Eaton. Amanhã estarei na empresa.

Ando rápido com medo dele me acompanhar e tentar arrancar mais alguma informação de mim mas não foi necessário porque em seguida já estava em casa e sozinha.

Resolvo tomar um banho frio para relaxar.

Como pude ser tão estúpida? Eu definitivamente precisava tomar mais cuidado.

Era só Tobias olhar para mim que eu me desenrolava como um novelo de lã.

O que aquele homem estava fazendo comigo? Eu tinha revelado quase toda a minha vida em um encontro.

Precisava me fechar. Ser a antiga Tris. Para o bem da missão eu precisava afastar Tobias emocionalmente de mim. Ele precisava apenas me suportar no trabalho.

Conversei com Christina sobre coisas banais, a ajudei com o restante da mudança e fui dormir.

No dia seguinte, coloquei uma roupa formal, deixei os cabelos soltos e me dirigi ao prédio da empresa.

Pedi informações a recepcionista e logo caminhava até a sala de Tobias.

Uma loira me interceptou. Ia pedir licença até que levanto o olhar e vejo o rosto de Susan.

A abraço apertado e sorrio.

— Pode me ajudar a encontrar minha sala? - pergunto em tom baixo.

— Senhorita Prior? - um homem com olhos escuros e cabelos pretos olha para mim.

Assinto e me ponho ereta.

— Sim.

— Acompanhe-me.

Cumprimentei Susan e segui o homem até uma sala pequena de vidro. A sala tinha acesso a outra divisão ainda maior com vista para os prédios de Chicago.

— É lindo - murmurei prestando atenção na vista.

— É mesmo. Você já conhecia a empresa antes?

— Não. Uma amiga minha trabalha aqui e eu me mudei recentemente.

— Era de onde? - perguntou-me com um olhar estranho.

— Michigan.

— Hm...e você não quer trocar de patrão?

— Como? - indago me afastando dele.

— Susan, minha assistente e sua amiga, pelo que pude perceber, é uma incompetente. Eu precisava de uma assistente mais compatível com o meu intelecto. Uma assistente eficiente, sabe? - propõe ele se aproximando de mim.

— Fui contratada pelo senhor Eaton. Sinto muito mas minhas atitudes dentro da empresa só dizem respeito a ele.

— Não acredito que uma moça tão bela como você não queira uma carreira mais substancial. Tobias é só um mauricinho. Eu tenho mais chances na presidência. É só uma questão de tempo.

— Não estou interessada e eu nunca faria isso com uma amiga. Quanto ao perfil do senhor Eaton, não me diz respeito. Ele é meu chefe. Apenas isso.

— Certinha. Careta até demais. Prefiro assim. O gosto da vitória é melhor, loirinha - o homem tentou acariciar meu queixo mas eu virei o rosto.

Nessa hora a porta se abriu e revelou Tobias.

— Eric. Vejo que já conheceu a senhorita Prior.

Eric não se afastou de mim como eu desejava. Ele apenas deu um sorriso falso e murmurou algo a Tobias antes de sair.

Respirei fundo e mexi no cabelo.

Tobias se aproximou e me olhou preocupado.

— Ele encostou em você?

— Não se preocupe senhor Eaton. Já lidei com situações difíceis antes.

— Me chame de Tobias, Tris - diz ele em tom casual.

Nego com a cabeça.

— Prefiro que aqui na empresa nos tratemos pelo sobrenome, senhor Eaton – enfatizo a última parte enquanto ele me enfrenta sério.

— Como você quiser, senhorita Prior – ele me mostra alguns relatórios e me diz que tenho que digitalizar alguns contratos e coisas assim até que percebo Tobias me observando e sorrindo maroto.

Pigarreio para tirar o nó da garganta. Santo Deus, como eu iria me concentrar com ele me olhando desse jeito?

— Algum problema senhor?

Ele olha para a própria mesa e se levanta.

— Nenhum. Apenas analisei sua última frase - arqueei uma sobrancelha como se pedisse para que continuasse. Ele passou por minha mesa e parou perto da porta - é só que você disse que preferia que nos tratássemos formalmente aqui. Presumo então que espera que nos encontremos também fora do ambiente de trabalho.

Abro a boca para argumentar mas Tobias sorri.

— Relaxa, Tris – ele enfatiza meu apelido com uma piscadela charmosa - é só seu primeiro dia.

E dizendo isso, Tobias sai da sala.

Repito suas palavras mentalmente.

É só meu primeiro dia.


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Notas finais do capítulo

Tobias sendo Tobias....ai quem mais ama esse homem? Eu preciso de reviews pra motivar meu brilhante cérebro gente vamos lá, comentem.
Beijos da Mera