PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 9
Capítulo 08 – Tortura


Notas iniciais do capítulo

agradecimento especial a ICHIGO que nos agraciou com uma recomendação e escolheu... tantantan... melhor lerem... hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/587879/chapter/9

Pokémon Estilo de Vida
Saga 01 - Estilo de Profissões
Etapa 03 – Roger



Todos nós moramos numa casa de fogo,
sem bombeiros para chamar e sem saída.
Apenas a janela do andar de cima para olhar pra fora
enquanto o fogo queima toda a casa
com nós presos, trancados dentro dela!”

(Tenesse Willians)



Capítulo 08 – Tortura





A cabeça parecia pesada e o corpo sentia um frio intenso, como se estivesse ao ar livre. Até tentou puxar o cobertor ou ao menos esfregar-se, mas sentiu que não podia. Aos poucos foi percebendo que além de não mexer o corpo ele estava bastante dolorido. Não conseguia compreender o que estava acontecendo. Sentiu que um calor tomava conta de sua mão. Gemeu alto, abrindo os olhos em um instante, tentando puxar a mão que parecia estar sendo queimada.



– Finalmente acordou. -



Sacudiu-se gritando e tentando compreender onde estava. Virou a cabeça de um lado para o outro, via apenas locais escuros e quase nada em volta. Seus olhos pareciam enganá-lo, já que o pouco que conseguia enxergar estava virado de cabeça para baixo. Arvores, uma fogueira, muita escuridão. Um estrondo que pareceu vir de baixo e olhou para a direção de seus pés e percebeu, estava de cabeça para baixo. Estava amarrado e pendurado pelos pés. Isso explicava porque estava com a cabeça pesada. O sangue de seu corpo estava todo indo para a cabeça. A duas mãos estavam amarradas no chão, uma para cada lado, e por isso quando tentou afastar a mão do que a queimava não conseguiu. Por fim, viu que havia uma criança segurando uma tocha junto a mão esquerda. Sua pele realmente estava sendo queimada.

Era noite e a luz da fogueira mais a frente junto a tocha na mão da criança eram as únicas fontes de luz. Percebeu estar na mata, aparentemente, em uma clareira perto de sua fazenda. Reconhecia parcialmente o local. Costumava ir para aquele ponto fazer treinamentos. O vento forte e gelado indicavam que logo estariam sob forte chuva. O estrondo anterior era uma trovoada, o raio havia caído perto.



– Quem é você? -



A pergunta saiu calma. Sabia que tinha que manter a calma. Tentava encarar a criança, mas a pouca luminosidade, o fato de estar de ponta cabeça e as dores não deixavam que ele entendesse que apesar do pequeno tamanho a pessoa não era tão jovem. Não era criança. Forçava acalmar-se não apenas pela situação perigosa, mas por estar tentando lembrar-se do que havia acontecido.



– O que você quer? - Ele manteve a calma questionando a criança que ficou parada a frente dele, apenas o observando. - Você sabe quem sou? Veio atrás de dinheiro ou pokémon? - Não adiantava falar. A expressão não mudava naqueles olhos frios de olheiras fundas e escuras. Intrigava-lhe aquela coleira no pescoço. - O que você quer? - Repetiu.



Não importava quantas vezes pergunta-se, a criança continuava olhando-o friamente. Definitivamente não era alguém que foi ali por acaso e talvez dificilmente seu captor não soubesse seu nome e o quanto ele valia. O que era estranho, ele era Cowboy e estava em evidencia como um dos mais novos bilionários.

Cowboy foi um treinador de elite, ou assim alguns consideravam-no. Usava principalmente os pokémon da fazenda de sua família e todos acreditavam que ele estava tentando, assim como Choc, mostrar ao mundo o que os pokémon criados na sua fazenda poderiam fazer e assim entrar no mercado mundial. Mas, ele chamava muito mais atenção por causa dos movimentos estranhos e únicos que seus pokémon realizavam.

Não demorou para que as intenções de Cowboy fossem reveladas e ele ficasse mundialmente conhecido como criador de técnicas. Ele criou uma empresa para cuidar da parte burocrática, mas fazia o trabalho pessoalmente. As pessoas levavam um pokémon e ele poderia ensinar uma técnica que o pokémon ainda não havia aprendido. Se o pokémon estivesse em um alto nível, poderia ensinar uma de suas técnicas originais. Poderia, inclusive criar uma técnica exclusiva. Cinco mestres pokémon já haviam trabalhado com ele e isso alavancou seus negócios.

Apenas uma mancha estava em sua carreira, mas ele não ligava já que havia rendido-lhe um bilhão de pratas. Ele vendeu uma técnica para a empresa de TM's, Técnicas Mecânicas. Um produto que quando usado no pokémon certo fazia-o aprender uma técnica instantaneamente. Isso era proibido na maior parte do mundo. Milhares de pessoas acusaram Cowboy de ser ganancioso e não pensar no bem dos pokémon, mas ainda assim faziam filas para adquirirem suas técnicas.

Cowboy não fabricava as técnicas mecânicas, ou mesmo utilizava-as em seu processo. Que o mundo resolvesse o problema com quem usava e criava, ele apenas vendeu uma técnica. Se sua técnica viesse a matar um pokémon no momento da aprendizagem ou na hora que ele usa-se, ele não ligava. Ao menos assim ele pensava.

Já havia sofrido duas tentativas de atentado que foram frustradas por ele próprio que surrou os criminosos até a chegada da policia. Mas, desta vez ele parecia não ter tido tanta sorte. Havia sido capturado e começava a desconfiar que talvez não fosse dinheiro que o pequeno algoz estivesse atrás. Principalmente por ainda não conseguir se lembrar como foi capturado.



– O que você quer? - Cowboy insistia na pergunta já que as cordas estavam bem presas e ele não conseguia nenhum movimento que poderia ajudá-lo a se libertar. Amarrado de ponta a cabeça no meio da mata, que agora sabia ser a mata próxima a sua fazenda, começava a se perguntar quanto tempo levaria para alguém sentir sua falta em casa, ou um dos pokémon sentir que havia algo errado ali e ir verificar.



– Respostas. - Disse a criança da tocha. - Sua amiga não cooperou muito. - Um trovão ressoou junto ao fim da resposta o que deu um tom sombrio a resposta.



A voz não era nada infantil e isso só fez um estalo em sua cabeça começar. Só então lembrou-se do ocorrido. Até aquele momento não conseguia recordar como fora parar ali, mas ao falar de sua amiga lembrou-se de tudo e temeu. Os pokémon estavam todos no celeiro e não sairiam de lá por causa da tempestade que se aproximava. Não havia ninguém em casa, pois devido a visita que ia receber incentivou aos pais a irem passar a noite nos vizinhos, se é que poderiam chamar gritos e berros de incentivo. Apenas tinha dois seguranças que deveriam estar mortos, ou ao menos fora de combate, uma vez que ele estava pendurado daquela forma.



– O que fez com ela? - Ele tentava manter a calma tentar imaginar o que poderia fazer naquela situação. - Onde ela está? - A segunda pergunta saiu com um pouco mais de irritação do que gostaria.



Passava da uma da manhã quando quando sua visita chegou. Não era um horário normal para alguém fazer uma visita, principalmente se o local da visita era uma fazenda a pelo menos duas horas de distancia da cidade mais perto, tendo que percorrer toda uma estrada de chão em meio a mata. Se somasse isso a uma tempestade que estava prestes a cair, realmente aquele não era o dia para uma visita.

No entanto, as pessoas costumavam arriscar-se naqueles estranhos horários para manter o anonimato. Se você era um treinador em busca de uma técnica nova não importava que seu nome fosse parar nos jornais, na verdade era promissor e uma ótima publicidade para se tornar conhecido. Mas, se você era um mestre pokémon ou aspirante ao cargo e não queria que ligassem sua ascensão a outra coisa além de seu próprio esforço, não havia nada de interessante em ter o mundo dizendo que suas vitórias eram graças as técnicas compradas de Cowboy, o criador de técnicas.

Naquela noite Cowboy estava recebendo alguém que ele pouco acreditava que um dia bateria a sua porta. Claro que após cinquenta e-mails e dez telefonemas por dia pedindo para realizarem um encontro secreto ele começou a achar que não era a pessoa que dizia ser. Nunca imaginou aquela mulher pedindo ajuda e aquilo até o agradava. Cabelos vermelhos fogo, que iam até o meio das costas, olhar sedutor, corpo escultural que tinha dado-a o título de mais sexy das revistas masculinas que circulavam por Sinnoh.

Sua chegada não deixou de brincar com sua imaginação. Vestido vermelho e azul, justo. Adoraria que fosse mais curto, mas admitia que apenas o delinear de suas curvas, mesmo que o vestido fosse comportado, deixava-o mais interessado. Perguntava-se qual seria a opinião dela sobre a diferença de idades já que ela era mais velha, mas ele pouco se importava. Uma noite era uma noite. Aquela noite era para negócios e não confundiria as coisas. Torcia para que o pedido dela fosse completamente absurdo para ele poder pedir como pagamento algo ainda mais absurdo. Ou ao menos passar muito tempo com ela e quem sabe fazê-la pedir por ele.

Quem diria que a pequena ruiva magricela que perdera uma bicicleta por causa de um garoto tapado se tornaria uma das mulheres mais desejadas. Misty havia realmente mudado.

A mulher tinha o mundo de olho nela. Tornou-se bela e super conhecida. Era a cerimonialista, por assim dizer, de uma liga pokémon aquática que em dois anos tornou-se mais concorrida que muitas ligas regionais. Seu crescimento e repercussão era tanto que estudos, de revistas sensacionalistas, indicavam que muitas regiões estavam perdendo espaço para essa nova competição. Por isso a Associação de Batalhas chamou Misty e James, o sócio e patrocinador da liga aquática, para integrarem o circuito de ligas oficiais do mundo pokémon.

O que era para se tornar um convite e uma honra tornou-se um negócio para James que além de fazer várias exigências, como concessões de vagas para competições mundiais e outros, queria que a batalha de avaliação ocorresse entre Misty e Satoshi, o atual presidente da associação.

O mundo sabia que os antigos amigos de viagem tiveram um romance que terminou de forma muito dura após o vulgo Ash ter virado as costas para a amiga quando ela mais precisou e que ela o culpava por muitas coisas. Claro que o mundo também se lembrava que a ruiva foi acusada de fazer parte da Equipe Rocket, mas nada foi provado e sua ascensão de boa moça suprimiu qualquer imagem negativa que ela tinha. A última vez que se cruzaram, em uma competição internacional ele perdeu e nunca mais tiveram contato. Era uma revanche que o presidente não desejava, mas iria acontecer.

Misty pretendia humilhá-lo. Todos sabiam disso e Cowboy quando começou a conversar com ela entendeu perfeitamente que ela iria usar sua técnica contra Ash. Por isso o sigilo, ela diria que a técnica era dela. Não havia problemas para Cowboy, cobraria o suficiente pelo segredo e de qualquer forma, não gostava do presidente.

Para Cowboy seria um prazer criar uma técnica para Misty que era aclamada como a deusa das águas. Apesar de não poder levar créditos, seria uma das técnicas mais interessantes para se criar, já que tinha pouco tempo e teria que ser algo e muito parecido com o estilo de Misty. Ele adorava um desafio.

Mas, enquanto rolava a reunião de negócios a casa foi invadida por um estranho Vulpix com uma cicatriz no rosto. Com suas atenções voltadas momentaneamente para a raposa de fogo algo acertou-os por trás e tudo foi escuridão.

Agora Cowboy entendia e lembrava-se de tudo. Inclusive que leu recentemente sobre um jovem com aparência de criança, olhos fundos e uma espécie de coleira no pescoço que estava assassinando pessoas por onde passava. Ninguém sabia dizer o motivo, mas era extremamente habilidoso e perigoso.



– Ela gritou por meia hora. Fiquei surpreso por você não ter despertado. - Ele sorriu maliciosamente. - Não me olhe dessa forma! Não a molestei desta forma pervertida que deve estar imaginando. Não sou esse tipo de cara. - Ele parou pensando. - Mas, confesso que uma gostosona daqueles visitando um homem tão tarde da noite causa pensamentos pecaminosos, né? - O jovem Roger parecia divertir-se com Cowboy e sua impotência momentânea. Brincar com seus pensamentos parecia ser divertido. - Até fui gentil comparado ao que farei com você para conseguir o que quero. Infelizmente acho que ela apenas estava no lugar errado na hora errada. - Um sorrido malicioso surgiu no rosto do rapaz. - Dela eu só tirei o nome dela. -



O rapaz foi até o rosto de Cowboy ficando a centímetros. Era importante manter-se controlado. Quando mais tempo conseguisse manter aquela situação seria melhor. Irritá-lo poderia causar sua morte. Mas, se fosse torturado poderia gritar alto o suficiente para alguns dos fiéis pokémon escutarem e virem a seu socorro, se gritasse antes poderia entregar seu plano. Se começasse a chover talvez as cordas, que eram de sisal, iriam afrouxar e ele poderia libertar-se e tentar enfrentar o moleque.



– Ela está viva, não se preocupe. Bati, furei, cortei e ameacei fazer coisas nefastas apenas por diversão. Mas, ela não sabia nada do campeão. -



Campeão? Do que esse cara está falando? Será que ele está fazendo tudo isso em busca de um dos campões? Se for o caso e eu sair vivo os matarei pessoalmente por terem perturbado um psicopata como esse. A primeira pista do que seu algoz queria irritou-o profundamente. Cowboy não simpatizava com muita gente e nenhum dos campões tornava-se exceção.



Cowboy viu que o jovem sentou-se perto de sua mão esquerda. Preparou-se para mais fogo, mas nada sentiu. Arriscou virar o pescoço naquela direção e viu que ele tirava coisas do bolso.



– Vou facilitar as coisas. Sei que o conhece e teve contato com ele nos últimos seis meses. Sei também que o enfrentou algumas vezes e o tipo de pessoa que você é faz com que tenha pesquisado-o. Por isso vim até você! Tenho certeza que terá alguma informação útil. - A voz parecia tranquila e talvez se não fosse o sequestro, a tortura e a provável morte de seus seguranças, pois tinha certeza que eles estavam mortos, até cooperaria com o rapaz. Afinal, não gostava de nenhum dos dois campões. - Onde está o campeão? -



– Qual deles? -



– Resposta errada! - Disse Roger.



De repente uma dor grande tomou conta de sua mão e parecia percorrer todo o corpo. Ele segurou alguns instantes, mas seu grito de dor ecoou pela noite. Roger estava enfiando agulhas de baixo de sua unha da mão esquerda e parecia querer enfiar todas debaixo de uma única unha.



– Se responder direitinho, paramos apenas nesse dedinho. - Disse Roger calmamente. - Para mim não existem dois campeões. O outro não passa de um defunto. Um lixo que possivelmente eu devolverei para o túmulo. Por hora, me fale do verdadeiro. Onde está o campeão? -



Cowboy arfava de dor e tentava imaginar se aquele maluco falava de Kevin ou de Barreira. Estava tentando pensar em quem poderia ser mais irritante para um maluco como aquele estar matando pessoas só para encontrá-lo. Não chegou a uma conclusão antes que um novo dedo começa-se a receber agulhas. Gritou sacudindo-se e tentando se libertar.



– Vamos lá. Sei que sabe onde ele está. Uma pista qualquer que eu possa seguir. - Disse Roger pegando agulhas e indo até seu rosto. - Veja, vou facilitar. Ficarei aqui pertinho de sua boca para poder me dizer sem grande esforço. Mas, se não me disse as agulhas agora irão no olho direito. -



– Arton! - Gritou Ele. - Está em Arton. -



– Bem... - Roger ficou encarando-o por alguns instantes e deu um sorriso malicioso. - Está mentindo! -



As mãos de Roger inclinaram-se para cima do rosto de Cowboy, mas um cuspe atingiu seu rosto. Rogr respirou fundo e passou a mão no rosto limpando-se.



– Seu merda! - Cowboy vociferou contra ele. - Chega aqui na minha fazenda, destruindo as coisas, fazendo reféns, torturando e ainda me chama de mentiroso? - Cowboy olhou no fundo dos olhos frios do rapaz. - O idiota do campeão está em Arton, por sinal todos os dois lixos estão lá. Basta você pensar um pouco, seu babaca. Kevin desapareceu, mas algumas pessoas lembram dele ter comentado de querer virar médico pokémon. O melhor lugar e mais perto para isso é Arton. Se está atrás de Barreira a terra natal dele é Arton e ele sempre volta para casa após uma competição. - Cowboy respirava ofegante cheio de dores tentando gritar o máximo que conseguia. - Agora não me venha dizer que sou mentiroso. Ou Se quiser, solte-me e lute como um homem. - Ele voltou a cuspir nele.



Os olhos que eram frios ganharam um brilho de ódio que fez Cowboy perceber que havia ido longe demais.



– Ninguém cospe em mim. - Roger segurou a camisa de botões que sua vitima usava e a rasgou deixando a barriga e peito a mostra. - Vamos ver o que você tem por dentro. -



Roger abaixou-se perto da fogueira e trouxe uma espécie de faca que estava rubra. Relâmpagos cortavam o céu ocultando boa parte dos gritos de Cowboy. Tentou sacudir-se e forçar as cordas ao máximo, mas estava bem preso. Sentiu o calor da faca próxima barriga e tentou usar a cabeça para acertar o agressor, mas não teve sucesso. Não conseguiu acertá-lo. Sentiu o calor aumentar e de repente sua cabeça foi ao com força. Seu corpo caiu completamente no chão e ele sentiu dor por todo o corpo.



– Agora eu te pego miserável! - Uma voz bradou no meio da escuridão. - Mega Chifre! -



Cowboy não compreendia o que estava acontecendo. Levantou o olhar após conseguir rolar para longe de seu agressor e viu um Tauros correndo apara acertar o jovem que não tinha muitos locais para esconder-se.

Tauros, no entanto, foi lançado para o lado com grande força. Havia um Vulpix observando tudo e este atacou com extrema força, lateralmente. Tauros sequer viu o que o atingiu. Cowboy tinha certeza que não havia visto aquele Vulpíx enquanto estava pendurado.



– Eu agradeço a informação. - Ele apontou para Cowboy ainda caído. - Mas, um dia me vingo desse cuspi. -



Cowboy viu o rapaz desaparecer em meio a mata, sendo seguido pelo pokémon raposa de fogo. Sentiu mãos tocando-o e tentou se livrar delas, mas a voz suave o acalmou.



– Está tudo bem! - A voz dizia. - Você vai ficar... Sua mão! - A mulher ficou completamente assustada ao ponto de afastar-se dele. - Choc! Rápido! Ambulância! -



– O que foi Dalia? - Choc chegava próximo de Cowboy e após conferir se seu Tauros estava bem viu a mão queimada e as unhas quase que retiradas por agulhas. - Quem é esse demônio em forma de criança? - Choc olhou em volta temendo que ele ainda estivesse por ali, esperando para atacá-los novamente.



<><><><>



Fazia tempo que Leila não fazia algo típico de meninas de sua idade. Sempre estudiosa, adorava passar horas pesquisando sobre algum assunto novo, mas nunca deixou de cuidar da beleza ou resistiu a uma bacia de pipoca com filme de comédia romântica. Desde a aprovação precoce na faculdade de engenharia da UPK ela não sabia o que era ter seus meros dezessete anos. Agradecia pela UPK não permitir menores de 18 anos estudando em seus campus ou estaria sentindo toda a pressão de ser a mais nova da universidade.

Sua rotina não estava tão diferente do ano anterior, mas todos ao redor cobravam dedicação, o que a fazia não conseguir fazer nada do que gostava. O pior era que mesmo morando apenas com a irmã precisava manter a bateria pesada de estudos, pois não queria que a irmã precisa-se mentir para os pais para acobertá-la. A irmã já tinha problemas demais, cursar medicina pokémon estava exigindo muito a ponto de Leila começar a acreditar que a irmã não sobreviveria ao primeiro semestre.

Lívia não fazia um curso que gostava e sim o que os pais queriam. E, se a mais velha abaixava a cabeça, a mais nova não teria a menor chance. Leila nunca quis fazer faculdade de engenharia, mas era vontade dos pais e contrariá-los não era boa coisa. Mas, admitia que era um curso interessante para se testar. E, quando a irmã resolvia aventurar-se pela noite ela tinha a casa só para ela, para poder fazer um pouco de suas infantilidades, como ela mesma gostava de dizer. Ler revista de fofocas, batalhas, concursos e assistir filmes de comédia romântica.



– Droga! -



Lívia chegava de sua noitada. A garota nunca foi de ficar até tarde fora de casa e nem era realmente de sair para muitas festas ou coisas do gênero, ainda mais dia de semana. Mas, aquela noite era especial. Seu grupo terminou a primeira bateria de provas e decidiram sair para comemorar.

A loira voltava para casa suada, com braços e pernas com pequenos arranhões e cabelos um pouco desalinhados. Seu vestido branco que deixava a parte de baixo solta estava destruído. Onde não havia fios soltos tinha manchas de poeira, bebida e molho. A sandália do pé esquerdo estava nas mãos e claramente danificado. Havia saído de casa linda, como a muito não se arrumava. Mas, voltou completamente surrada.



– Você apanhou? - Leila olhava-a com um misto de preocupação e risos.



– Quase fomos linchados no barzinho em que fomos por causa do Kevin. - Lívia apoiou-se na parede. Não queria arriscar sujar o sofá, apenas deixou seu corpo escorregar e sentou-se no chão deixando um pouco da irritação ir embora.



Leila retirou os óculos piscando um pouco. Ela não precisava deles para perto ou media distancia e mesmo que precisa-se o estado da irmã não era uma visão agradável. Tentou, mas acabou soltando uma risada que foi encarada pela mais velha com incredulidade.



– Desculpe-me mana! - Leila suspirou segurando o riso. - Imagino que tenha sido mais engraçado do que perigoso, já que a polícia não foi envolvida. - Era uma constatação lógica, afinal ela estava em casa e não na delegacia.



Lívia acabou soltando uma risada. Foi irritante, estressante, vergonhoso e perigoso, mas admitia que tinha realmente situações engraçadas.



– Nos encontramos a dois quarteirões do barzinho que escutamos falar ser muito frequentado pela galera da saúde. Música ambiente, bebidas baratas, mesas e balcões a vontade, alguns jogos como sinuca e bem limpo, era um lugar gostosinho. Os meninos revezaram-se na sinuca e nós ficamos na mesinha conversando, sempre com dois deles com a gente. - Ela resumiu rapidamente o começo e suspirou. - Kevin tentou enturmar-se mais com os meninos pagando uma rodada de bebidas, e assim tudo começou. Um pequeno grupo quis juntar-se a nós para beber de graça. Kevin liberou uns copos, mas John não aceitou tal coisa. Disputaram uma garrafa que acabou virando na mesa e derramando em mim. O grupo resolveram não beber com eles, mas uma parte ficou cantando Núbia e Sarah e a outra parte zoando o desempenho dos meninos na sinuca. Assim era o cenário quando eu sai revoltada a caminho do banheiro para me limpar. -



Leila sentou-se de forma mais confurtável no sofa, desviando sua atenção da televisão.



– Quando voltei do banheiro a briga havia começado. Cadeiras voavam e havia uma confusão de gente se agarrando, sendo que eu percebia que John e os demais garoto pareciam levar a pior. Usavam até os tacos da sinuca. Por sorte, não usaram as garrafas ou alguém poderia ter se machucado sério. - Comentou Livia. - Quando dei por mim um cara corria para me agarrar, com cara de bravo. Do nada eu me senti puxada para o lado. O Cara passou com tudo entrando no banheiro e a mesma pessoa que me puxou enfiou um taco no puxador da porta, que abria para dentro, travando a porta e prendendo o maluco lá dentro. - Ela fez uma cara de irritação. - Quem me puxou foi Kevin que me empurrou para dentro do banheiro masculino dizendo “sai pela janela” e fechou a porta antes que eu dissesse qualquer coisa. Eu tentei abrir a porta, mas acho que ele bloqueou a porta com um taco também. Aquele idiota acha que a bascula minuscula do banheiro se chama janela. -



Leila segurou o riso, era visível que o estrago no vestido e os arranhões foram devido a falta de jeito da irmã para conseguir fazer o que Kevin havia mandado. Imaginava inclusive que ela havia caído do outro do outro lado.



– Eu caí do outro lado, mas felizmente Sarah e Núbia já estavam lá. - Lívia percebeu que a irmã deu o sorriso de típico de quem já sabia, mas ignorou. - Elas contaram que a confusão começou porque Albert fez a bola sair da mesa e acertou a testa de alguém. A galera tentou acalmar as coisas quando caiu do bolso de Kevin uma pokebola. - Lívia era só irritação. - O bar é proibido para pessoas portando pokémon ou profissionais da área, inclusive médicos pokémon. O nome do bar é “Saol gan Pokémon” que traduzindo do irlandês é Vida sem pokémon. Por que Kevin foi tão idiota de levar uma pokebola? -



Leila tentou se lembrar onde ficava esse bar, mas admitia que a parte da cidade que era dominada, por assim dizer, pelos universitários ela não frequentava a ponto de lembrar de bares e afins.



– De acordo com Sarah Kevin puxou ela e Núbia para a porta dos fundos escapando de dois que tentaram agarrá-los e as empurrou pela porta. Elas até tentaram voltar para dentro pela porta dos fundos, mas disseram que aporta ficou bloqueada. Imagino que Kevin tenha travado a porta da mesma forma que fez com os banheiros. - Ela fez uma pausa passando a mão pelo vestido destruído. - Demos a volta no quarteirão para chegar na frente do barzinho. E chegamos quando os meninos estavam sendo jogados na rua, amarrotados e com alguns roxos. - Ela começou a rir. - Estavam todos caídos no chão, gemendo de dor e tentando erguer-se. Mas, quatro dos caras estavam batendo as mãos uma nas outras, naquele famoso gesto de terminei o serviço. Não tinham mais interesse na confusão. Foi quando Kevin passou entre eles, andando e bebendo um refrigerante, como se nada tivesse acontecido. - Lívia continuava a rir. - Os caras ficaram olhando sem entender de onde ele havia saído. Olhavam para dentro e para Kevin como se não entendessem como ele passou despercebido. -



Leila começou a rir. Ela imaginava a cena e lhe parecia mais surpreendente do que engraçado, mas a irmã ria tanto da situação que não conseguia conter-se.



– O mais engraçado era que Kevin ão estava surrado, amarrotado ou suando. Parecia que sequer tinham participado de nada que ocorrera lá dentro. - Lívia fechou os olhos. - A camisa social para fora da camisa, como já estava antes, em um estilo casual, o jeans com cara de novo... -



– Um rostinho bonito, do sorriso encantador, de olhos azul esverdeado e um cabelo loiro curto e delicadamente arrepiado... - Leila começou a dizer com voz melosa fazendo Lívia abrir os olhos e olhá-la irritada. - Todos os dias você fala de Kevin. - Ela colocou uma das pontas do óculos na boca, apenas batendo-o nos lábios. - Nem das meninas você fala tanto. Mesmo agora que está brava, sem motivos, com ele consegue falar de algo ruim... AI! -



Lívia revoltou-se com a fala da irmã e tacou a sandália que estava em sua mão na direção dela. Acabou acertando exatamente a cabeça da menina. Aquela descrição que Leila usou foi a que ela usou quando chegou do primeiro dia de aula e sabia, ela estava caçoando dela. Era demais para ela aguentar em uma noite. Apesar de não esconder que de alguma forma Kevin mexia com ela, mesmo que ela não soubesse dizer exatamente o motivo. Todas as vezes que acabava tendo algum contato real com ele era surpreendida.

Nem sempre a surpresa era boa. Ele se negou a reunir-se para ajudar nos trabalhos das primeiras apresentações quando podia ter colaborado com todos. Quase nunca saia com a galera e já estava conseguindo alguns pontos extras e não falou para ninguém como estava fazendo. Ele realmente estava sendo como Noah e Carter falavam, individualista.

Mas, Lívia ainda não tinha certeza daquilo. Sarah e Rafael diziam que após conversarem com ele descobriram que John e Albert não deram-lhes recado algum em nenhuma das vezes que a turma se reuniu. Além disso, Leila questionou porque culpá-lo de notas baixas dos outros. Ninguém tinha obrigação de ajudar ninguém pelo que ela entendia. Para completar Núbia, que ficou como representante de turma, disse que Kevin teve o computador danificado por alguém da sala durante o trote e aceitou o pedido de Bernard de não denunciar o ocorrido que ele iria receber um computador novo, mas precisaria esperar um mês.

Sarah, Rafael e Núbia estavam dando um voto de confiança a ele e sempre que eles convidavam-no para algo ele aparecia. Ninguém havia, ainda, confrontado as informações de Kevin, Albert e John. Sarah achava melhor esperar um pouco para não criar atritos no grupo tão cedo. Mas, Lívia passou a ficar com um pé atrás.



– Desculpa! - Disse Lívia não acreditando que havia acertado.



– Vou lembrar disso quando precisar de ajuda! - Reclamou Leila massageando a cabeça. - Você parece o Maerd tacando sapatos. -



– Quem? - Lívia não compreendeu.



– Kevin Maerd Júnior. - Disse Leila esticando a mão para pegar uma das revistas que estavam no chão e começando a folhear. - Um dos atuais Campeões de Sinnoh. - Ela esticou a revista para a irmã ver a foto com a reportagem. - Dizem que ele quando irritado ameaça tacar os calçados nas pessoas, as vezes até joga. -



Lívia observou rapidamente a reportagem e a foto de Kevin Maerd Júnior com um casaco branco e azul claro, calça branca, pokebola presa em braceletes dourados e cabelos revoltos que chegavam a possuir mexas até o ombro. Era a foto mais atual que se tinha dele pelo que se lia na reportagem. Ela o achou estranhamente familiar. No entanto, o cabelo e o olhar frio da foto eram duas marcas que ela tinha certeza, não confundiria facilmente.



Provavelmente vi outras fotos dele por esse tempo atrás. Ou talvez esteja me identificando com ele por ter sido ele quem disse que ainda não encontrou algo para fazer pela vida toda. Lívia observava a foto tentando se convencer de que o cabeludo dos olhos frios era um estranho.



<><><><>



A casa de Cowboy estava movimentada. Ele possuía um estilo muito antissocial e afirmava, categoricamente, que quanto mais pessoas estivessem ali era pior. O nervosismo de ter sido capturado dentro de sua própria casa e torturado só não estava ganhando da revolta de ter sido salvo pelo cunhado.

Choc havia casado-se com Dalia, sua irmã, contra sua vontade e para manter as aparências aturava o fazendeiro e ex-treinador que em sua opinião possuía pouquíssimas aptidões para qualquer que fosse o assunto. Mas, conformava-se em saber que sua irmã era feliz ao lado dele.

Conformar-se não é o mesmo que aceitar. Ser salvo por Choc significava que devia sua vida a ele e uma dívida daquelas jamais conseguiria pagar ou fazer alguém esquecer. Sempre que fosse ofendê-lo, ou mesmo desdenhá-lo, agora teria alguém lembrando-o de que só estava vivo por causa dele. A noite não poderia ser mais humilhante para Cowboy.



– O que está fazendo? -



Dalia parecia estar vendo um fantasma. Levou meia hora cuidando dos ferimentos do irmão enquanto Choc vasculhava a fazenda a procura do invasor, da visita de Cowboy e outros, mas a única coisa que encontrou foram os corpos dos dois seguranças, completamente carbonizados. No entanto, lá estava o dono da casa, de pé, com botas, calça jeans, cinto de pokebolas na cintura, uma mão esquerda enfaixada, uma camisa escura, um colete de couro, uma mochila nas costas e seu chapéu de cowboy na cabeça. Parecia pronto para partir em uma jornada, mas para Dalia e Choc era certo de que ele pretendia fazer uma caçada.



– Minha visita foi levada junto. O carro não está ai e se o incom... - Cowboy parou antes de ofender a Choc. Era difícil ele aceitar que havia sido salvo por ele. -... e se os incompetentes pokemon que Choc usou não encontram a visita, é porque está levando-a com ele no carro. -



Choc sentiu que ele iria ser insultado, mas que ocorreu uma mudança na fala. Entendia perfeitamente o quão abalado seu cunhado havia ficado com o incidente. Não sabia quanto tempo ele ficou na mão do garoto dos olhos profundos, já que assim que o deixou na sala pegou todos os pokémon disponíveis e começou a vasculhas a fazenda em busca da tal visita que ele tanto se preocupava, perdendo assim o relato do ocorrido.



– Deixe isso para a polícia. - Disse Choc. - O garoto detonou meu Fearow com um golpe de barra de ferro. Um golpe. Um pokémon como o Fearow. O garoto é muito perigoso. -



– Ele fez o mesmo comigo. - Disse Cowboy tentando não ser grosseiro com seu cunhado. - Todos os seres vivos possuem pontos vitais. O garoto sabe onde estão e consegue golpeá-los a ponto de alcançar o desmaio. Não o sei o quão rápido o garoto é ou quão lento sua ave foi. -



Choc ficou calado por alguns instantes. Seu cunhado era cabeça dura. Eram rivais já fazia alguns anos, mas nunca estava errado quanto a analise que fazia de movimentos. Aquela analise simples de que um golpe nos pontos vitais poderia por fim a qualquer pokémon fazia sentido. Era assustador pensar que um humano podia abater pokémon com tanta facilidade, era monstruoso pensar que outro humano enfrentaria aquele monstro.



– Espere a polícia! - Disse Dalia. - Papai e mamãe quase tiveram um troço quando avisamos. Só convencemos eles a ficarem com os pais de Choc, porque dissemos que você estava bem e que a policia já estava a caminho. - Dalia sorriu. - Falei que a presença deles iria contaminar o local. -



– A policia não chegará antes da tempestade cair. Mesmo ele de carro vai levar duas horas para sair da estrada de chão. Com minha Rapidash a vantagem de quase uma hora que ele tem será retirada. - Disse Cowboy.



– E o que vamos dizer quando a policia chegar? - Questionou Choc. - Você está ferido! Precisa esperar! -



– Dalia já sabe toda a história. Não posso pensar na minha segurança no momento. A segurança de minha visita é de minha responsabilidade. - Ele foi em direção a porta. - Se quiserem podem vir comigo, mas caso contrário parem de me fazer perder tempo que preciso começar antes da tempestade cair e me forçar trocar de montaria ou mesmo apagar o rastro. -



Cowboy saiu da casa e parecia dirigir-se ao celeiro. Dalia foi até o marido e o abraçou procurando algum conforto. Nenhum dos dois pararia Cowboy daquela ideia idiota e temiam que o pior acontecesse.



– Querida... - Choc estava com a voz embargada. - Vou com ele. -



Dalia parou de abraçá-lo e olhou-o nos olhos. Estavam exaustos pois estavam chegando da viagem de volta do Carnaval dos Mestres. Já haviam deixado o incidente no Centro Pokémon para trás. Falavam sobre um banho quente e uma cama macia e quem sabe momentos de carinho a dois enquanto escutavam a chuva cair, quando ela começasse a cair. Mas, escutaram gritos de dor carregados pelos ventos da noite.

Cavalgaram na direção dos gritos e quando já mais próximos escutaram a voz do garoto que procurava pelo campeão. Quando finalmente chegaram perto o suficiente Cowboy estava para ser cortado com uma faca aquecida na fogueira. Atacaram, temendo que desta vez não escapariam com vida.



– Por que? - Questionou Dalia. - Para proteger meu irmão? Para se vingar do garoto? Para ajudar a visita que deve ser um cliente? - Dalia encarou-o nos olhos, seria e sem nenhum sinal de que iria entender a resposta dele. - Por que? -



– Por você! - Disse Choc que viu surgir uma expressão confusa na esposa. Pela primeira vez parecia que ele estava surpreendendo-a. - Estou apavorado com a ideia de que ele veio até a casa de seu irmão, que é ao lado da nossa. Ele está fazendo mais e mais vitimas enquanto a policia não consegue nem chegar perto dele. Não sou herói e sei que não posso com ele, bem como seu irmão também não. Mas, se eu deixá-lo ir sozinho ele pode não voltar ou pior, o garoto pode resolver vir aqui novamente atrás de nós. - Ele a beijou. - Te amo demais para viver com medo de algum dia esse louco voltar. Te amo demais para deixar seu irmão sair como um louco pela noite, sozinho, atrás de um psicopata. Não tenho como parar seu irmão, mas posso ir junto para garantir que ele vai voltar para casa. Então... Por favor, não peça para não fazer isso. É... Eu te amo. Me deixa tentar tirar esse perigo de nossas vidas. Deixa-me proteger a você, mesmo que eu saiba que não preciso fazer nada disso. -



Dalia abraçou o marido. Ele era tão teimoso quanto o irmão. Se ela falasse fique ele ficaria. Mas, ficaria remoendo-se e pensando em como Cowboy estaria. Pior seria se o irmão não voltasse, para sempre iria se culpar.



– Cabeçada dura. - Disse Dalia. - Traga o outro cabeça dura em segurança para casa. -



Dalia beijou o marido rapidamente e o empurrou na direção da porta. Atirando em sequencia uma das mochilas caídas no chão. A mochila de viagem que eles tinham que ainda tinha um pouco de comida e um ou outro material de jornada.

Foram menos de dois minutos e o cansado marido já estava nos limites da propriedade montado em seu cavalo de fogo, Rapidash, no mesmo momento em que Cowboy chegava naquele ponto.

Dalia viu os dois se olharem enquanto relâmpagos cortavam o céu. Era a primeira vez que aqueles dois, velhos rivais da adolescência, iriam trabalhar juntos. Além da vida da cliente de Cowboy, a vida de ambos estaria um nas mãos do outro.



– Voltem vivos e inteiros. - Disse Dalia baixinho como quem fazia uma prece ao ver que as chamas desapareceram em meio a noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

hehehe! O que acharam da aparição da Misty? O que acham q vai acontecer com ela?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "PEV - Pokémon Estilo de Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.