PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 6
Capítulo 05 - Vergonha


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje eu reforço um pouco a aparição do Choc pelos dez comentários no capítulo 00, afinal ele apareceu muito rápido e achei que merecia mais.



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 01 - Estilo de Profissões
Etapa 02 – Motivos para Desistir

Difícil não é lutar por aquilo que se quer,
e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas, não pense foi por não ter coragem para lutar,
e sim por não ter mais condições de sofrer”

(Bob Marley)

Capítulo 05 - Vergonha

Por vários cantos do mundo pessoas estão envergonhadas quanto à desistência dos atuais Campeões da Liga Sinnoh. A vergonha tem crescido e tornado-se revolta por parte de alguns. Kanto e Arton, regiões natais dos desistentes, estão a procura de seus representantes e muitos prometem fazê-los pagar pela vergonha. Sinnoh tem tido muitos reflexos dessa lastimável situação. Os estúdios de Sinnoh Agora foram depredados. Manifestações na frente dos ginásios tem ocorrido todos os dias...”



– Choc! - Seu nome foi chamado um pouco mais forte. - Desligue isso, querido! -



Estava compenetrado nas noticias do rádio. Não queria perder nada do que estava sendo noticiado, não podia perder nada do que estava acontecendo. Aquilo poderia ser o ponto inicial de mudanças significativas no mundo e talvez ele estivesse bem no meio de tudo. Seu trabalho, sua vida e a de seus familiares poderiam correr perigo.

No entanto, aquela voz o acalmava e fazia saber que não importava o que fosse acontecer, ela estaria a seu lado dando-lhe o apoio que ele precisava e as vezes até batendo na sua cabeça para ele se comportar como um adulto e marido exemplar.



– Desculpe, Dalia. - Um sorriso sem graça e nervoso foi dado. - Mas, não é a primeira vez que um campeão de liga desiste do desafio de elite. No entanto, é a primeira que três regiões inteiras se incomodam com isso. Nunca ouvi falar de tantos protestos. -



A história dizia aquilo. Nem sempre um trenador que vencia a liga se prestava a enfrentar os mestres da região em que venceu. Da liga para a elite havia um abismo. No entanto, ambos os desafiantes já tinham tido experiências enfrentando mestres no passado. A desistência, sem nenhuma justificativa, era algo que estava incomodando o mundo todo.



– Kevin está bem. - A moça sorriu. - Acho que está preocupado só por ter sido furtado. -



Ele odiava quando sua esposa tinha razão. Olhou-a por alguns instantes admirando-a. Tinha um metro e setenta e dois. Cabelos vermelhos escuros e uma pele queimada de sol. Olhos castanhos e um porte físico delicado, mas seu jeito era bem arrojado. Quando Choc a conheceu demorou para acreditar que ela era filha de fazendeiros, já que a encontrou em uma boate. Inteligente, esperta, calma e decidida. Conseguia entendê-lo como ninguém e simplificava tudo o que ele insistia complicar.

Casaram-se a poucos meses e Kevin Maerd Júnior, um dos campeões desaparecidos, esteve na festa como amigo das duas partes. Deu a eles, logo após a liga, convites para todos os dias do Carnaval do Meste. No entanto, ele não compareceu. O casal até sabia que esse risco existia, afinal, algumas coisas aconteceram após a liga e provavelmente a mente do rapaz estava muito sobrecarregada para pensar em batalhas daquele tipo.

Mas, não era a desistência de Kevin que incomodava, como bem dizia Dalia. E sim o furto que sofreram. Quando entravam no estádio surpreenderam-se com o ingresso de Choc sendo falso. Acabaram sendo levados até a central de segurança, uma vez que Dalia possuía um convite vip e insistia que o dele também era, apesar da falsificação ser a de uma cadeira comum.

Demoraram cerca de trinta minutos até conseguirem encontrar, em meio as gravações de segurança, o momento em que um jovem de cabelos negros, olhos fundos, uma fita negra no pescoço e mãos muito ágeis, fez a troca dos ingressos. Dois movimentos rápidos camuflados por inúmeros encontrões do empurra empurra que acontecia na fila de entrada do estádio. As câmeras pegaram apenas por estarem entrando pelo portão principal, se aquilo tivesse acontecido em portões laterais as câmeras, em posições distintas, não conseguiram gravar o ocorrido.

Choc ficou completamente temeroso depois do ocorrido e até pediu para irem embora após saberem que Kevin não lutaria. Ele estava com medo. Mais do que isso, estava envergonhado. Não percebeu que alguém enfiou a mão no bolso de sua calça por duas vezes. Quando o tumulto o começou, começou a temer não ter a capacidade de se proteger. Na verdade, começou a temer não ter a capacidade de proteger Dalia. Envergonhava-se em admitir que não seria capaz de proteger a quem amava.

Ele era forte. Seus músculos não eram grandes já que era magro, mas via-se como era rijo com sua pele escura e altura mediano. Trabalhava em uma fazenda pokémon e estava sempre carregando coisas pesadas. Exercício o dia todo. Mesmo assim, não possuía habilidades de luta e era bem pacifico. O máximo que poderia fazer era comandar um pokémon contra seus possíveis agressores e torcer para não estar tão enferrujado já que seu tempo como treinador havia ficado para trás.

Dalia estava naquele momento falando que ele estava daquele jeito pelo furto e era verdade. O único problema é que não queria admitir para a mulher que amava que podia protegê-la. Era vergonha demais para ele. Por isso resolveu ir embora e já estava a meio caminho da fazenda onde viviam. Montados em Rapidashs eles agora diminuíam a velocidade da cavalgada, já que aproximavam-se do ponto de parada, um Centro de Pokémon.

Rapidashs eram pokémon quadrupedes com porte forte para carregar pessoas ou mesmo para realizar corridas. De fato, eram ditos como os pokémon mais velozes para montaria. Com pelos brancos e crinas, caldas e pelos próximos dos cascos cobertos de fogo. As chamas de seu corpo eram perigosas, mas quando bem treinados o pokémon conseguia controlar quem queimava-se e quem não. Era uma relação de confiança bem grande.



– Talvez tenha razão. - Ele sorriu derrotado por ser tão transparente para ela. - Eu te amo, sabia? -



Dalia fez sua montaria aproximar-se da de Choc para beijá-lo. Mas, a noticia no rádio chamou a atenção deles.



Até agora foram confirmado cerca de quinze feridos nas manifestações ocorridas em Sinnoh. Todavia, existem quatro mortes, dois humanos e dois pokémon, que ainda não conseguiram ligar as manifestações. Os corpos foram encontrados no estacionamento do estádio principal do carnaval dos mestres completamente carbonizados. Ainda sem confirmação, os humanos podem ser dois vendedores que perseguiam um garoto que estava realizando pequenos furtos pelas barracas da feira.”



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A Região de Kanto possuía muita tradição nas batalhas pokémon. A desistência de Kevin foi manchete de vários jornais e o principal assunto entre as pessoas. O Desafio da Elite dos Quatro de Kanto chegou a ficar em segundo planto na televisão, as pessoas faziam entrevistas com o desafiante e os mestres perguntando sobre Kevin Maerd Júnior.

Ser campeão de uma liga pokémon é o objetivo da maioria dos treinadores. Até mesmo pessoas comuns sonham com isso, mesmo sem nunca terem se interessado pelo mundo das batalhas. Quem não quer a glória do título e a oportunidade de estar com os maiores de uma profissão ao seu lado?

Mesmo os artonianos respeitavam e levavam a sério o título de campeão. Ser treinador pokémon não é algo comum, mas se você fizesse jornada fora tinha que se sair bem. Tinha que honrar sua região natal. Não tinham grande apreço por profissões dependentes dos pokémon, mas tinham um patriotismo forte e quase fervoroso.

Ter o Campeão de Sinnoh, Barreira, desistindo sem ao menos justificar o motivo tornava-o uma vergonha para a região, tornava-o uma vergonha para todos os artonianos. Para um povo patriota ser envergonhado mundialmente não era nada bom.

Em escolas o assunto era sempre o quanto os campeões haviam sido covardes. Na escola de Maya e Riley as meninas contavam as horas para irem para casa e fugirem daquele assunto que parecia dominar os corredores. O lado bom era que com isso ninguém estava importunando-as com ofato de serem filhas do professor.

Já na universidade a coisa havia tornado-se doentia. Debates eram realizados a céu aberto condenando os campeões, especialmente Barreira. Alguns cursos abordavam o assunto como tema de aula, outros o professor deixava a aula de lado e discursava sobre o assunto.



– Covarde! - Bradava o professor Otelo, de português. - Dizem que o Maerd está com estresse pós traumático. Foram divulgados alguns atentados contra sua vida, realmente. Posso entender que ele não se sinta pronto psicologicamente para enfrentar um mestre, depois de quase morrer. Então, não o chamo de covarde. Mas, Barreira? - O professor bufou. - Aqueles que não são artonianos talvez não entendam, mas existe um orgulho que a região não deixa se apagar. Somos um povo evoluído que se renova e corre para o mundo como as águas. Fluindo como as águas que surgem da nascente em busca dos grandes oceanos. -



Fluído como as águas que surgem da nascente em busca dos grandes oceanos. Meu pai fala isso algumas vezes. Lívia não estava animada com a aula.

Português sempre foi uma aula bem repetitiva para ela. O professor começou brincalhão, mas preencheu a lousa com toda a ementa que estudariam e ela teve certeza de que naquele semestre iriam cobrir tudo de português que passaram três anos de ensino médio aprendendo. Mas, enquanto o grupo era obrigado a copiar ele começou a discursar sobre a desistência dos campeões.

Era sexta feira a tarde, última aula da semana e não aguentava mais aquele assunto. Até no almoço ou nos grupos de estudo o assunto surgia. A única vez que não falaram disso foi no almoço daquele dia, porque Kevin forçou uma mudança de assunto. Aquela foi uma situação que ela não esqueceria.

Era a primeira vez desde segunda feira que ela tinha um contato com Kevin sem ser na sala de aula. A maioria das vezes as meninas queriam fazer algo na hora do almoço ou no final das aulas e acabava perdendo-o de vista. Tiveram dois grupos de estudo no qual um John disse que ele recusou a participação e o outro Albert comentou que ele estava assistindo as batalhas do Carnaval dos Mestres de Kanto.

Individualista. Não confiável! Falso. Estranho. Eram os comentários que os meninos a respeito de Kevin. Sarah e Núbia não tiveram grande contatos com ele e falaram que até vê-lo ser alguma dessas coisas não iriam ignorá-los. Mas, acabava que pelos meninos serem a maioria eles acabavam excluindo-o do grupo.

No almoço Kevin ele era cortado todo o tempo, até que ele sorriu e ficou apenas escutando, sem parecer irritado. Aquilo foi estranho para Lívia. Não conhecia alguém que agiria daquela forma. Depois de algum tempo questionaram-no sobre a desistência dos campeões. Ele deu de ombros. “Não são os primeiros e não serão os últimos. Revoltaram milhões de pessoas pelo mundo. Falam de vergonha de uma nação. Mas, imagino que fizeram isso por um motivo importante para eles que talvez para mais da metade das pessoas, não faça o menor sentido. Então, porque deveria me sentir envergonhado por ações de pessoas que não conheço e que nem sei porque fizeram tal coisa?” A resposta revoltou John e seu grupo que acabou saindo da mesa.

Lívia não conseguiu dizer nada. Admitia que Kevin era uma pessoa curiosa, tinha uma visão interessante e bem diferente das coisas. Era como se ele estivesse sempre de bem com a vida e enxergasse o lado bom de tudo ou não aceitasse que as coisas fossem feitas por um motivo ruim. Não entendia porque os meninos pareciam não gostar dele, mas decidiu que ao final da aula iria falar com ele sobre aquilo.

Isso se sobrevivesse a aula ridícula que estava tendo. Não bastava ter que escutar novamente os mesmos argumentos artonianos sobre patriotismo e vergonha, agora parecia escutar seu pai falando sobre responsabilidade, respeito e futuro. Nem ela, nem a família eram artonianos, mas parecia que o pai assimilava muito bem a cultura local.



– Bem... - O professor sorriu. - Vamos a uma parte importante da aula de hoje que não consta na ementa. - Foi até a lousa, desligando-a. - O que veremos agora é uma ajuda gratuita. - O professor puxou sua cadeira o centro da sala e sentou-se. - Por vários semestres existe um erro recorrente entre os alunos que as vezes culmina na reprovação. Neste momento darei a oportunidade de assimilarem isso, já que esperasse que aprovados no vestibular já saibam. -



Era o primeiro professor que não dizia para eles se virarem com algum conteúdo dito como básico. A maioria dos alunos cochichavam e dava algumas risadas. Era difícil acreditar que havia algo poderia reprová-los em português.

Otelo era um senhor com mais de sessenta anos e famoso mundialmente por seus estudos sobre a escrita e livros considerados best-seller. Mas, ninguém entendia porque ficar em uma universidade dando aula para diversos cursos que não rendiam muito.



– A origem da palavra pokémon, vem de uma língua oriental, onde em uma tradução livre para o inglês, língua usada para a maioria dos estudos científicos, temos Pocket Monster. Para nós, Monstro de Bolso. - O professor ficou sentado, com as pernas cruzadas encarando os alunos. - Poke mais mon, formando a palavra em inglês, pokemon. Então, anotem. Observação número um. - Ele observou que apenas três se prestaram a fazer o que ele sugeriu. - Em inglês pokemon não leva acento, mas em português sim. Pokémon é forma aportuguesada da palavra inglesa que vem de uma tradução da palavra de origem oriental que nomeia essas criaturas. - Ele parou por alguns instantes. - Toda paroxítona terminada em “N” acentuasse. Logo, se escreverem sem acento estão escrevendo em inglês e pode ser que alguém questione se todo o texto estiver em português. -



Um bocejo aconteceu. Estava claro para o professor que a maioria estava desinteressada, mas estava cansado de ver alunos perdendo pontos por não sabes usar a palavra pokémon como esperava-se de universitários.



– Pokémon é um ser vivo. Qual outro tipo de ser vivo temos? - Ele olhou para Albert que fez sinal para ele próprio. - Sim, humano é outro ser vivo bem como uma planta. Então, observação dois. - Ele deu poucos segundos para quem estava escrevendo o fazer. - Pokémon quando referindo-se a ser vivo e não estiver iniciando frase usa letra minúscula. Exemplo prático. O humano morreu. A planta morreu. O pokémon morreu. -



– Mas, não é com letra maiúscula? - Questionou Núbia. - Sempre vi por ai escrito com letra maiúscula. -



– Provavelmente não estava falando do ser vivo pokémon, da espécie de criaturas que habitam o planeta antes dos humanos. - Disse o professor satisfeito por despertar em alguém a curiosidade. - Mas, usa-se letra maiúscula para títulos e nomes próprios. - Ele uniu as mãos. - Acreditem Centro Pokémon usa letra maiúscula porque trata-se de nome próprio. -



Começaram a rir não acreditando. Demorou até conseguir acalmar o falatório.



– Todo Centro Pokémon é igual. Tem um padrão. Trata-se do nome de uma empresa de primeiros socorros e hospedagem para viajantes. - Disse o professor. - É uma marca. Acha que as Joys não recebem por trabalhar, lá? Por ser uma empresa, tem nome próprio e o nome próprio vem com letra maiúscula. - Ele sorriu. - Mas, é um erro até comum. Centro Pokémon é tão corriqueiro de existir que não parece ser especial aponto de merecer letra maiúscula, né? - O professor riu. - Títulos, como eu disse, levam letra maiúscula. Mas vejam bem, treinador pokémon, coordenador pokémon e mestre pokémon, não são títulos. -



– Se não é título, o que é? - Questionou John. - Neguinho passa a vida para ser reconhecido como mestre e não é título? -



– São profissões. Ser treinador é profissão, mas você escolhe ser treinador de pokémon, como poderia ser treinador de humanos, de plantas, de qualquer coisa. O mesmo vale para coordenadores e mestres. - Ele fez uma pausa, agora tinha atenção de todos e o descaso para seu ensinamento caiu por terra. - Mestre torna-se título quando especificado de onde. Mestre Pokémon de Arton. Pois especificando de onde, torna-se especial. Mas, isso não acontece com coordenadores ou treinadores, pois dizer treinador pokémon de Khubar, não o torna especial, pois existem milhares. Mas, Mestre Pokémon de Arton o torna especial, pois são poucos. - O professor parou alguns instantes. - É como dizer, presidente. Sem especificar, letra minúscula. Presidente da República de Arton, maiúscula. - Ele ponderou. - Mestre pokémon ou top coordenador equivale a um alto cargo hierárquico, mas precisa especificar de onde para poder valer como tal. Foi a observação três. -



– E o plural? - Questionou Lívia. - Em inglês pokemon já serve para as duas, em português você encontra escrito com “s” e sem “s”. -



– Uma pergunta interessante que vou te dizer, não tem resposta. - Disse o professor. - Entende-se como abreviação e os estudiosos da língua portuguesa divergem quanto ao plural de abreviações, mesmo os documentos oficiais não posicionam-se se abreviações deveriam levar ou não o “s” costumeiro. - O professor sorriu. - CD e DVD são ótimos exemplos. São abreviações de palavras inglesas que já estão no plural. Então, pluralizá-las seria errado. Mas, aportuguesando-as, algumas pessoas aceitam CDs e DVDs. Então podem usar qualquer uma das duas opções, pokémon ou pokémons. Prefiro sem o “S” e aconselho a usarem sem, pois quando escrevendo artigos, que serão em inglês, não vai levar o “s” e pode gerar equívocos que façam um belíssimo tema ser ridicularizado por causa de uma letra. -



Os alunos estavam olhando-o estarrecidos. Todos pareciam cometer algum tipo de erro, fosse na acentuação, na letra maiúscula ou na pluralização. O que parecia ser besteira no incio tornou-se uma informação importante. Imaginaram quanto não perderam nas redações do vestibular com erros como esses.



– É bom salientar que falo do português que usarão aqui. Talvez outros lugares, apesar da mesma língua, tenha-se uma aceitação diferente por conta da regionalização da palavra. - O professor sorriu levantando-se. - Mas, para vocês que estão em Arton, na primeira semana universitária é chegada a hora de abraçarem o espirito artoniano da UPK e tornarem-se verdadeiros alunos do primeiro período. Ou seja, calouros! -



A porta da sala foi aberta por inúmeras pessoas gritando. Talvez houvessem trinta jovens de caras pintadas gritando a palavra calouro repetidas vezes. Cornetas, apitos, buzinas, pandeiros e muitos outros instrumentos. Parecia até um bloco de carnaval. Os alunos foram cercados enquanto o professor saia, não sem antes saudar um que estava com uma coroa.

Gritavam quase como loucos enquanto os dez alunos do primeiro semestre estavam olhando surpresos. Sorriam e riam da situação, mas não escondiam que não esperavam por trote naquele momento. Não no meio da aula de português.

Um rapaz deu um passo a frente e um circulo se fez. Ele era alto, estava usando uma coroa e um manto vermelho, parecido com o de um rei. Não estava com o rosto pintado e por isso todos podiam ver as feições quadradas e divertidas do rapaz de cabelos castanhos claros com olhos castanhos.



– Hei Hei! -



Ele disse em meio a gritaria.



– Hai hai! - Em coro todos os veteranos disseram e toda a algazarra cessou.



– Sou Bernard, Líder do terceiro período de medicina pokémon e organizador do trote deste semestre. - Ele fechou a cara. - Vocês estão sendo esperados a um ano. - Ele riu não aguentando manter o tom de seriedade. - A faculdade não abriu turma de nosso curso o ano passado para o segundo semestre e devem imaginar que estamos sedentos por zoá-las, sacaneá-los, pintá-los e muitos outros. - Todos começaram a rir enquanto os dez calouros ficaram observando. - Ninguém é obrigado a participar. Mas, não participar tem consequências. O trote é um meio de iniciação e confraternização. Não sairão machucados, humilhados ou serão molestados. Não haverá nada pervertido. -



– Poxa vida. - Disse um dos veteranos e os outros começaram a rir.



– É sério gente. - Bernard ria junto. - Não precisam se preocupar que ninguém fará nada pervertido. - Ele olhou para os dez. - Vocês aceitam iniciar-se na comunidade de alunos de medicina pokémon? -



“É!” “Pode ser.” “Sim!” “Se não tem jeito!” As respostas foram variadas e Bernard riu e olhou para os veteranos.



– É para responder sim, majestade! - Gritaram os veteranos com força.



– Vocês aceitam iniciar-se na comunidade de alunos de medicina pokémon? - Gritou Bernanrd.



– SIM! - Um berro dos dez.



– Faltou o majestade, mas já é um começo. - Bernard virou-se e apontou o relógio. - Agora são três da tarde. Nosso trote dura vinte e quatro horas. Vocês já aceitaram então não tem como escapar. Quero que cada um guardando tudo o que possuem nessas bolsas para que não percam, aconselho a colocarem brincos, e relógios. O celular, antes de guardá-los, liguem avisando que não voltam essa noite para suas humildes residencias, pois vão morrer para a humanidade nas próximas vinte quatro horas para renascerem membros da comunidade estudantil de medicina pokémon da Universidade de Pokémon de Khubar! - Bernard berrava enlouquecido e assim que acabou de falar as cornetas começaram a tocar e toda a algazarra recomeçou.



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– Boa tarde, enfermeira Joy! -



Já entardecia quando Choc e Dalia chegaram ao Centro Pokémon que estava na metade do caminho da fazenda onde moravam. Foram cinco dias de cavalgada e acampamento e pretendiam aproveitar a cama confortável do local e dar um bom descanso e cuidados aos cavalos de fogo que apesar de não estarem sendo muito exigidos quanto a peso e velocidade, faziam trajetos de pouco mais de dez horas por dia.



– Que bom! -



A enfermeira sorriu tão abertamente que o casal chegou a achar que a conheciam. Na maioria das regiões as enfermeiras dos Centros Pokémon eram todas Joys, da família Joy. Muito parecidas e vestindo-se sempre padronizadas, como enfermeiras, era difícil distinguir a diferença entre as várias moças da família. Cabelos rosas, olhos grandes e alegres, peles rosadas, tom de voz calmo. Para a maioria das pessoas elas eram todas iguais.

Não haviam passado por aquele centro na ida, já que foram voando e agora resolveram voltar cavalgando. Talvez ela tivesse sido transferida de algum lugar que eles passaram muito tempo atrás, mas era impossível diferenciá-las.



– Achei que seria mais uma noite sozinha com os pokémon. -



Uma sensação estranha invadiu Choc. Tinha certeza que havia mais alguém na recepção quando chegaram. Eles desmontavam e retiravam o material para entrar no centro quando Choc olhou pela porta de vidro e observou Joy e um garoto baixinho de cabelos pretos. Olhou para sua esposa, mas ela parecia não estranhar a fala da enfermeira, o que indicava que ela não vira o menino.



Talvez ele tenha dado baixa e esteja para ir embora. Choc estava curioso quanto àquilo. Nem percebeu que Dalia já havia registrado-os e pego a chave do quarto.



– Não repare Joy. Ele está muito cansado da viagem. - Dalia disse a enfermeira que ficou sem resposta para sua pergunta. - Temos pokémons para serem cuidados sim. -



– São esses quatro. - Choc atrapalhado pegou as pokebolas das montarias entregando-as a Joy - São Rapidash que temos revezado na cavalgada. -



– Terei prazer em fazer exames neles agora mesmo. - Ela sorriu. - Você disse montaria? - A moça dos cabelos rosas pareceu curiosa. - Por acaso as selas ainda estão neles? -



– Sim. - Disse Dalia. - Se precisar de ajuda pra tirá-las o Choc pode fazer isso enquanto subo para o quarto. -



Choc assentiu despedindo-se da esposa que subiu levando apenas a mochila de viagem dela, deixando para trás a bolsa de comida, barraca e a mochila dele. Ele riu disfarçadamente. Ser casado tinha suas desvantagens como carregar as bolsas. Colocou-as atrás do balcão da Joy e foi com ela até a enfermaria onde libertou os pokémon e retirou as selas, deixando-as em um canto. Iria limpá-las após instalar-se corretamente.



– Choc! -



Ele escutou seu nome ser gritado, bem como a enfermeira. Era um grito alarmado e sabia que era Dalia. Correu, sem esperar que a enfermeira falasse algo. Os corredores internos da enfermaria não foram problema. Chegou a recepção olhando em volta. Não havia nada, não havia ninguém. Escutou um barulho de porta no andar de cima. Saltou as escadas tão rápido que só se deu conta que havia chegado deparou-se com o corredor vazio e uma chave caída no chão, bem como a mochila de Dalia!



– Dalia! -



Não sabia se estava chamando-a ou exclamando desesperado. Correu até uma janela e não viu nada. Começou a forças porta a porta, com o medo aumentando a cada segundo. Nenhuma porta estava aberta, nenhum som mais era escutado. O que ele passou a temer nos últimos dias parecia ter tornado-se realidade, sua esposa em perigo e ele incapaz de protegê-la.

Chegou ao final do corredor sem conseguir fazer nenhuma porta abrir ou encontrar pista do local onde ela estava. Ouviu passos apressados atrás de si e virou pronto para socar a pessoa. Errou, para sua felicidade.



– Cuidado. - Joy disse assustada. Ela havia ficado para colocar os pokémon para de volta as pokebolas e guardá-las no cofre antes de seguir para ver o que acontecia. Ela estava levando consigo uma arma de choque na mão direita e na mão esquerda duas pokebolas. - Não encontrou? -



Ele balançou a cabeça negativamente. Olhou em volta e tentou forças as portas novamente.



– Eu não sei! -



Era um berro forte. Um berro de mulher. Choc parou e voltou até a janela olhando para fora. Nunca havia visto sua esposa desesperada a ponto de berrar daquele jeito. Ela estava em perigo e ele não sabia o que fazer.



– Onde está o campeão? -



O berro de homem era assustador. Choc olhou para cima, ainda com a cabeça do lado de fora da janela e viu, sua esposa, com metade do corpo pendurado para fora do terraço, Com uma mão agarrando seu pescoço. Ela seria lançada do terraço em instantes.



– Não! - Ele gritou sacando uma pokebola e a lançando pela janela. - Proteja Dalia! -



Era uma ave gigante com ar agressivo. Penas em tons escuros, marrom e bege, em sua maioria. Uma bico grande e um olhar forte. Fearow era assustador por si só.



– Terraço! -



Choc gritou para Joy que apontou a direção para ele. Passos largos, deixando Joy para trás foram dados. A escada tinha uma porta fechada. Compreendeu que a porta batida tinha sido a do terraço. Subiu as escadas e jogou-se contra a porta que arrebentou-se no batente.

O entardecer estava deixando o céu alaranjado e dava todo um colorido ao terraço. A pouco mais de cinco passos estava sua esposa, caída atordoada. Ele correu para ela ela, olhando em volta a procura do agressor, mas não tinha sinal dele ou mesmo de seu Fearow.



– Dalia! - Ele abaixou-se perto dela, ela arfava e tremia. - Está tudo bem? Está tudo bem? -



Ela o empurrou. Rápido, forte e sem a menor cerimônia. A surpresa de Choc foi grande com a ação da mulher. Sentiu seu corpo ir para trás e não conseguiu equilibrar-se, caiu sentando e atordoado. Ele era fraco. Não conseguia proteger sua esposa e ela sabia disso. Se sentia vergonha antes por achar que não poderia protegê-la, sentia mais ainda ao confirmar que não podia e deixar que ela descobrisse isso.

Um vulto passou entre eles. Foram segundos desde o momento que Dalia o empurrou. Ele olhou e viu um garoto baixo, cabelos escuros, olhos fundos e com olheiras escuras. No pescoço uma fita nagera, quase como uma coleira e na mão direita, uma barra de ferro.

Se Dalia não tivesse o empurrado ele teria sido acertado pela barra de ferro. Não sabia se ficava feliz pelo empurrão não for um ato de afastá-lo, ou triste por mais uma vez provar que não conseguia nem se proteger. Mas, o importante era que reconhecia a pessoa sua frente.



– Você! -



Choc saltou sobre ele. Aquela espécie de coleira no pescoço e olhos fundos era inconfundível. Era o ladrãozinho de ingressos que havia visto no vídeo de segurança. Não iria deixá-lo escapar, ainda mais por ter atacado sua esposa.

Dois corpos chocaram-se, mas o rapaz da barra de ferro não foi um dos que colidiram. Choc colidiu com sua esposa e os dois ficaram um pouco tontos. Olharam para cima e viram a barra de ferro descer na direção deles. Rolaram, cada qual para um lado. A barra de ferro acertou o chão. Dalia agarrou a barra e puxou para si, Choc saltou novamente sobre o agressor e desta vez conseguiu fazê-lo soltar a barra e derrubá-lo!



– Por que está atrás de nós? - Gritou Choc em cima dele sacudindo o pela gola da camisa. - Quem diabos é você? -



Foi um movimento tão rápido que tudo começou a rodar. De repente Choc sentia o chão em suas costas e seu rosto sendo socado. Tentava se proteger e entender como um garoto menor que ele conseguira tirá-lo de cima, girando-o e começar a socá-lo tão de pressa.



– Onde está o campeão? -



Era um berro forte que Choc quase não entendia. Tentou erguer-se, mas estancou diante da cena. Dalia veio para acertar a barra de ferro nele e ele segurou a barra com apenas uma mão enquanto mantinha-o no chão com a outra. O garoto que não aparentava ter nem treze anos começava a aparentar muito mais idade.



– Ou me contam onde ele está, ou vou começar a pegar pesaaaaaaa... -



Choc viu o rapaz se retorcer. Sentiu também seus músculos se contraírem como se estivesse tomando um choque elétrico. O corpo do rapaz tombou para o lado, desacordado. Tentou levantar, mas sentiu uma tremedeira repentina. Olhou em volta, procurando por sua esposa e a encontrou sendo amparada pela enfermeira que ainda segurava as pokebolas e a máquina de choque.



– Querido! - Daila exclamou indo até ele e ajudando-o a se levantar. - Está bem? -



Choc foi erguido. Sentia os socos que levou no rosto, talvez uns cinco, mas não havia quebrado nada. Ele olho-a, viu que a blusa estava um pouco arregaçada e o rosto assustado. Um pouco suja, assim como ele, já que o terraço parecia bem empoeirado. Mas, nada que mostrasse que estava ferida. Tentou girar para procurar sua ave, mas sentiu o corpo tremer.



– Desculpe-me. - Disse Joy. - Sabia que você também seria eletrocutá-lo, mas temi não conseguir contê-lo. -



Joy resolveu não subir de imediato junto a Choc quando identificaram que realmente havia uma pessoa ameaçando Dalia. Ela seria de pouco ajuda em contê-lo, mas sabia que seriam pouco mais de 10 minutos para um policial chegar ao local. Chamá-lo seria sua prioridade. Depois que o fez, foi para cima, e viu a cena terrível de Choc sendo surrado e logo depois o garoto mostrar uma força fora do comum. A enfermeira sentiu que jamais poderia conter o jovem com palavras. Preparou a arma de choque avançou. Dalia percebeu a enfermeira e sua atenção e saltou a barra de ferro, livrando-se do que seria uma descarga forte.



– Fez o certo! - Disse Choc. - Mas, quem é esse... -



O garoto estava de pé olhando-os com ódio. Os três não acreditavam que ele poderia estar de pé depois do choque, mas o fazendeiro percebeu que a descarga fora pequena e talvez ele apenas tivesse fingido para evitar levar outra descarga. Ele deu um passo para frente e o trio preparou-se para confrontá-lo.



– Sirenes? -



Todos puderam escutar sirenes aproximando-se rápido. O rapaz parecia incrédulo e encarou-os por mais alguns instantes. Virou-se e correu para o parapeito do terraço e pulou. O trio correu para ver o que havia acontecido, mas quando chegaram ele já estava correndo em direção a floresta, avançando rápido.



– Ele pulou daqui e não se machucou? - Joy parecia não acreditar.



– São doze metros ou menos. É alto, mas com atécnica certa você... -



Dalia que falava parou percebendo que marido estava perplexo. Olhou na diração que ele olhava, para baixo, bem rente a parede do edifício de dois andares, mais térreo. Caído e desacordado estava o Fearow de seu marido.

Dalia foi explicar o que aconteceu com a ave, ou ao menos tentar, já que não tinha certeza, mas foi surpreendida pelo marido que abraçou com força.



Desculpa! Desculpa por não conseguir te proteger. Choc apenas abraçava-a, sem conseguir dizer nada do que estava pensando e sentido. Talvez transmitisse que estava feliz que tudo tivesse acabado e ela estivesse bem, mas seu medo de não conseguir protegê-la permanecia.



As pessoas estavam revoltadas. O mundo estava revoltado. O mundo estava tornando-se um lugar perigoso e ele, infelizmente começava a sentir-se inseguro sobre o que poderia fazer para proteger quem ele amava. E não havia nada que ele poderia fazer, pois mesmo que desistisse dela, ainda amaria e ela ainda correria perigo.



– Isso é de vocês? - Joy interrompeu o momento do casal, ainda um pouco intrigada, em meio as sirenes. - Canhoto de um ingresso cortesia. -



Choc e Dalia aproximaram-se para ver. Identificaram, de imediato que era o canhoto do ingresso roubado. Se existia alguma dúvida de que o jovem que acabou de atacá-los era o mesmo que os furtou, agora não havia dúvidas.



– Ele queria saber onde está o campeão. - Comentou Dalia. - Ele veio atrás de nós por conhecermos o Kevin. Acha que sabemos onde ele está. -



– Significa que ele não vai muito longe. - Choc sacou uma pokebola. - Peçam aos oficiais para seguirem meu rastro. Vou atrás dele. -



Choc preparava-se para sair, mas teve seu braço segurado. Olhou e viu Dalia. Ela ainda estava assustada, mas parecia esforçar-se para ser a mesma. Ele sentiu o olhar dela tentando explicar-lhe que precisava dele ali com ela.



– Eu tenho que ir. Eu não vou deixar que ele volte e faça alguma coisa com você. - Disse Choc.



– Você não tem a menor chance contra ele. - Disse Dalia que respirou fundo. - Ele apareceu do nada no corredor, sorriu e saiu correndo, certo de que eu sabia que ele havia nos roubado. Quando cheguei ao terraço ele fechou a porta atrás de mim. Todo o tempo estive atrás, mas conseguiu ser rápido em saltar passando por mim e fechar a porta. Lutei com ele, sei um pouco de defesa pessoal, mas ele sabe artes marciais. Ele é menor e aparenta ser mais fraco, mas sabe usar nossos movimentos a seu favor, mostrando muito mais força. - Ela parou fazendo a segurada de braço que estava fazendo no marido, ser um gesto de carinho, abraçando-se ao braço. - Quando ele estava para me jogar, Fearow apareceu e o atacou. Consegui me puxar para cima e quando fui olhar ele estava com a barra de ferro na mão e conseguiu, não sei como, acertar a cabeça de Fearow nocauteando-o. - Ela o apertou no braço que abraçava. - Sei que está preocupado com minha segurança, mas não tem a menor chance de parar esse garoto. -



– Você... - Choc sentiu-se um tolo. Surpreso, mas um tolo. Sua esposa conseguia ler até mesmo o quanto ele estava preocupado com sua segurança enquanto ele mal podia ver que ela estava muito mais preparada para proteger aos dois do que ele mesmo. Lembrava-se da vez que a conheceu onde ela colocou para dormir um rapaz que após várias cantadas, tentou agarrá-la a força no meio da boate. - Você sabe se cuidar, né? -



– Você não casou com uma princesinha. - Ela o abraçou aos sons da policia acabando de chegar ao terraço.



Um garoto daquele tamanho abate um pokémon forte como um Fearow usando apenas uma barra de ferro? De onde ele tirou essa barra? Será que ele esteve aqui o dia todo preparando-se para emboscá-los e eu não percebi? Joy caminhava até a policia enquanto questionava-se sobre a situação.


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Notas finais do capítulo

hehehe! Quem gostou da aparição dois do choc?

E quem gostou da aula de português?

E para os mais céticos...

http://www.portaldalinguaportuguesa.org/acordo.php?action=acordo&id=16-49&version=1943 (Altos Cargos)

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:OMSr5PgUAzoJ:acordo-ortografico.blogspot.com/2012/06/plural-das-siglas-cd-cds-ou-cds.html+&cd=9&hl=pt-BR&ct=clnk (Plural)

http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/29/artigo213858-1.asp (Plural)


Estou aberto a discussões sobre como escrever a palavra pokémon. Mas, resolvi fazer esse capítulo mostrando essa ideia pra mostrar o que adotei e porque, afinal já vi gente escrevendo POKÉMON pela fic inteira e reclamando qnd no comentário alguém escrevia com minuscula hauhauhaua.... SHOW!!!

De qualquer forma,, quem gostou????



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