Coletânea Sherlolly escrita por Central de Sherlollies


Capítulo 3
Não quero machucar você - Raquels


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic, me perdoem se acharem rápido, é realmente a primeira vez que estou fazendo isso.
Espero que gostem, sugestões são bem-vindas.



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‘’Porque você o ajuda?’’ – Era isso que a mensagem dizia, Molly gelou por um instante, mas decidiu não mostrar aquilo a Sherlock, aliás, não era para se preocupar. Talvez alguém tivesse mandado a mensagem para a pessoa errada, talvez não significasse apenas isso.

– Porque você parou de sorrir senhorita Hooper? – Perguntou Sherlock, intrigado, com a mudança de expressão da moça.

– Não é nada, minha bateria está apenas acabando – Molly olhou para Sherlock e sorriu. _____________________________________________________________

Ambos, foram deixados na Baker Street, e agradeceram Mycroft.

Sherlock convidou Molly para entrar. A moça recusou dizendo que precisava ir para o hospital, pois tinha trabalho para fazer, e que o chá, ficaria para outra hora.

– Tudo bem, mas espero que não se atrase quando eu lhe chamar, entendido? – Disse Sherlock em tom de brincadeira.

– Nunca me atraso – Respondeu Molly rindo.

Sherlock a cumprimentou e entrou, deixando Molly, enquanto ela, seguia seu caminho. O céu estava nublado, e uma chuva ameaçava chegar, então de repente, mais uma mensagem chegou – PORQUE VOCÊ CONFIA NELE? – Molly gelou mais uma vez. Não sabia quem estava mandando aquilo, não sabia quem está fazendo aquilo, e se ‘’aquele’’ de quem eles estavam falando, era Sherlock, porque era perigoso confiar nele? Até agora, ele tinha sido a pessoa que mais ajudará as pessoas, algumas até indiretamente, como uma pessoa que a leva para outra cidade, simplesmente para ajudar a resolver um crime, não é confiável?

A moça começou a andar mais rápido, por mais que aquilo fosse apenas uma mensagem, ela estava com medo, e ao virar a esquina, dois homens apareceram, e a última coisa que ela viu, foi o céu cinza e as primeiras gotas de chuva caindo.

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– Senhora Hudson – Gritava Sherlock – Onde a senhor colocou minhas coisas?

– Querido, estão no mesmo lugar de sempre – disse a senhora, sem entender o porque das reclamações – Eu só vim aqui, e arrumei, você não sabia, mas, a poeira quase estava dominando esse lugar.

– Eu não encontro mais nada....Você esta vendo esses papéis? Eles devem ficar em cima dessa mesa, e não naquele canto.

– Só estava tentando organizar Sherlock.

– Bem, não quero que organize, eu só quero encontrar minhas coisas...eu preciso de um cigarro, onde estão? – Sherlock procurava como um louco.

– Eu não sei querido, e me de licença, mas eu não entendo mais suas loucuras, e estou atrasada para meu almoço – Senhora Hudson saiu do lugar, deixando Sherlock totalmente ludibriado, e gritando seu nome, dizendo que ela havia escondido suas coisas.

– Ok Lestrade, estou aqui, o que era tão importante que precisei vir rápido? – Disse Sherlock a Lestrade.

– Você se lembra daquela gangue, que pegamos a uns meses atrás? – Disse Lestrade.

– Que eu peguei, mas tudo bem você pode levar os créditos também – Lestrade olhou para Sherlock de maneira ‘’vamos voltar ao assunto?’’ – Tudo bem, o que houve com eles? Não me assustaria, se você me dissesse que eles morreram na prisão.

– Na verdade, eles não estão nela. Recebemos isso de um informante. Essas fotos mostram Morgan andando livremente pelas ruas.

– Mas isso não é possível, Morgan para praticamente o mais perigoso entre eles. Mas se eles fugiram, vamos pega-los de novo, isso não é nenhum problema para mim, talvez seja para você – Disse Sherlock em tom de ironia.

– Sherlock, eles estavam a sua procura, Morgan acabou se tornando o chefe deles, e agora o resto o segue com lealdade. Mas eles querem mesmo você. Foi você que os prendeu, é você quem deve pagar. – Lestrade, olhava para Sherlock preocupado – Nós ouvimos conversas, eles estão com raiva, e isso não é algo com o qual nós podemos simplesmente ignorar.

Sherlock ficou apreensivo, o sistema da policia era ótimo, mas não impossível de ser burlado, se aqueles homens realmente escaparam, eles não agiriam tão rápido, pelo menos era isso que Sherlock pensava, ele queria pensar nisso, até que a voz de Lestrade, lhe trouxe de volta a realidade.

– Eles não conseguiram entrar em contato com você, mas conseguiram esse número – Lestrade pegou o número, e mostrou a Sherlock.

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Você já sentiu como se todo o seu mundo estivesse caindo? Como se nada mais te segurasse? Como se a gravidade, não servisse para nada?

Sherlock não sabia o que dizer, apenas olhava para o número. Aquele era o número dela. Aquele, era o número de ninguém menos que Molly Hooper.

Mas porque ela? Porque uma gangue que Sherlock prendeu a meses atrás, iria atrás dela? Então, a resposta veio como um tiro; Molly o ajudará nas últimas semanas, era pra ela que ele contava sobre seus casos, era ela com ele acabou passando mais tempo, eles queriam sim atacar Sherlock, mas sabiam que uma mensagem de intimidação para ele, seria pequeno demais, mas pegar alguém de quem ele gostava, isso era um jogo para eles. E Sherlock, não entraria no jogo deles, ele criaria o seu.

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– Como ele trabalha? Como ele fica sabendo dos acidentes, crimes, casos? Eu preciso saber de seus segredos senhorita Hooper – Disse o homem – Me responda ou faremos isso do modo difícil.

Molly estava perdida, presa a uma cadeira, sentia cheiro de mofo, era um galpão, tinha que ser. Ela não queria descobrir o ‘’modo difícil’’, mas não entregaria Sherlock, ela não podia fazer isso, ele cofiava nela, mas ela também tinha que decidir entre sua vida e sua confiança. Qual valeria mais para Sherlock? Será que ele preferia segurar um corpo, que guardou todos os seus segredos ou continuar tendo ela em sua vida, sabendo que ela disse que sabia sobre ele?

– Quem é você? – perguntou a moça ao seu suposto sequestrador – Me diga quem é você, e quem sabe eu não conto o que eu sei, supondo que eu saiba de algo.

– Não posso lhe dizer meu nome, mas posso te dizer, que por causa do seu querido detetive, eu e minha gangue fomos presos, mas ninguém me segura por tanto tempo minha querida. – ele olhava intensamente para ela – Eu sou conhecido em outros lugares, e sempre existem aqueles dispostos ajudar um amigo.

Molly não sabia o que dizer, estava desesperada. Não sabia a quanto tempo estava ali, e se alguém tinha dado conta de seu sumiço, se alguém a estava procurando. A moça afastou esses pensamentos, tinha que se manter calma. Até que percebeu algo, aqueles homens, tinha conseguido contar 4 até agora, eles não haviam tocado nela, não tinham a machucado ou qualquer outra coisa. Ela estava simplesmente presa a uma cadeira.

– Você já decidiu me falar como ele trabalha? Para quem trabalha? EU PRECISO SABER DE TODOS OS SEGREDOS DELE MINHA QUERIDA. – Disse o homem.

– Eu não sei como ele trabalha, não sei de seus segredos, eu sou apenas uma legista.

– A claro, e você foi com ele a uma viagem, porque você precisava examinar corpos diferentes? – disse o homem em tom irônico – Bem, meu nome é Morgan, e eu estou atrás de Sherlock Holmes, ele destruiu minha vida, e já que você não quer me contar como ele trabalha, agora, eu vou destruir a sua.

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– Sherlock, você tem certeza que esse plano dará certo? Porque não podemos mandar a policia a uma missão suicida – Disse Lestrade.

– Morgan a pegou, eu achei o telefone jogado perto de um poste, talvez tenha passado a noite lá, isso significa que, se a pegaram, eles ainda estão com ela. Morgan foi preso por tráfico, mas ele nunca fez o trabalho sujo de matar alguém, mandava alguém fazer. Mas Molly está viva, eu sei disso, pelo menos por enquanto. – Sherlock parecia desesperado – Mas eu sei onde ele se esconde, não a nada melhor que uma vingança, no lugar onde sua vida acabou pela primeira vez.

– Tudo bem, então nós iremos até aquele galpão, mas se eles não estiverem lá, não a nada que possamos fazer.

Sherlock já sabia tudo que devia fazer. Eles entrariam no galpão e atacariam os primeiros homens que estivessem ali, logo depois, procurariam por câmeras, Morgan não era burro, ele monitoraria o local, e assim pegariam imagens, achariam Molly, prenderiam Morgan e tudo estaria resolvido. Tudo parecia tão fácil, mas o detetive, não conseguia parar de pensar que Molly só foi pega, pois estava lhe ajudando. A culpa o invadiu.

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Já haviam passado 4 horas, desde que Sherlock tinha mostrado o plano, então todos decidiram que era hora de agir.

O caminho para o galpão, nunca parecerá tão longo. Lestrade dava ordens, e Sherlock brigava com seus pensamentos – Tenho que pega-lo, prende-lo, e dessa vez, ninguém vai falhar.

– Sherlock, chegamos. – Disse Lestrade.

Desceram do carro, e abriram a porta do galpão. Haviam 5 homens, mais do que eles haviam pensado, mas a policia conseguiu parar todos, mas o jogo só havia começado. Sherlock e Lestrade tomaram a direção as salas, Molly tinha que estar em uma delas, ela tinha que estar. Então um barulho fez com que eles parassem. Era um grito.

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Sherlock correu tão rápido, que nenhuma autoridade conseguiu segui-lo. Foi parar na frente de uma sala, e quando a abriu, Morgan segurava Molly por trás, com uma arma apontada a sua cabeça.

– Você não vai acabar comigo dessa vez, você não sabe quanto dinheiro eu perdi, quanto poder eu perdi quando você descobriu os nossos esquemas, você merece pagar! Mas já parece ser intocável, eu vou acabar com ela. – Disse Morgan – Cara, você realmente tem sorte, ela estava presa, assustada, com fome, e eu só lhe perguntei como você trabalhava, eu precisa saber parar colocar meu plano em prática, mas ela não respondeu. Ela é fiel é você, isso é incrível, mas isso não vai salva-la.

Ele engatilhou a arma.

– Isso não precisa ser assim Morgan, eu fiz o que tinha que ser feito na época, e você sabe disso. Molly não sabe de nada, porque eu nunca disse a ela, se você for atirar em alguém, atire em mim, mas lembre-se, agora, você está dentro do meu jogo.

Quando Sherlock disse isso, policias entraram por trás e atacaram o resto da gangue que estava na sala, e no meio da confusão, Morgan ficou confuso. Molly conseguiu se libertar dos braços do homens, que atirou, porém errou por pouco. Sherlock o alcançou e o atacou.

– Você não tinha que fazer isso, não precisava fazer isso – Sherlock segurava seu pescoço com força, o homem estava quase desmaiando, quando Lestrade os achou no meio da confusão, e tirou Sherlock de cima do homem, que alguns minutos depois, estava sendo levado pelas autoridades.

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– Você está bem? – Disse o detetive a legista

– Posso ser sincera? Não. – Molly riu – Eu não sabia o que fazer, não poderia lhe entregar, mas ele quase me matou. Sherlock, eu preciso saber o que aconteceu entre você e aquele homem – a moça olhava séria para o detetive.

– Bem....Quando eu descobri de todo o esquema de tráfico que eles faziam, achei que mexiam com drogas, mas não era isso, eles traficavam mulheres e crianças. Então fiquei meses e mais meses investigando sobre eles, inclusive sobre Morgan, que na época, apenas fechava os contratos. Quando eu ajudei eles a serem presos, Morgan jurou que acabaria com a minha vida, mas até então, eu nunca acreditei nisso. Ele queria saber meus segredos, trabalho e tudo o mais, por que achou que assim, seria mais fácil me pegar. Mas ele é um bandido, o QI dele não é dos melhores. – Isso fez Molly rir e Sherlock se aliviou. – Mas Molly, isso me fez ver que, todas as pessoas que ficam perto de mim, se machucam, e eu não quero isso para você.

– Sherlock, não foi culpa sua, é só qu...

– Molly, eu não posso andar por ai, pensando que uma hora ou outra, alguém pode te machucar por minha causa. Eu não posso – Molly tinha lágrimas nos olhos – Senhorita Hooper, você sempre pode contar comigo. Mas no momento, preciso que você se recupere, fique uns dias longe, e quando eu sentir que é seguro, eu lhe chamo de volta, mas no momento, eu não sinto isso. Me desculpe – Sherlock olhou em seus olhos, e lhe deu um beijo não bochecha.

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Depois de uns dias, Molly voltou para seu trabalho. Mas não conseguia esquecer aquelas palavras. No começo ficou brava com Sherlock, ele não confiava nela a ponto de deixa-la por perto? Mas depois entendeu que, tudo tinha seu tempo, ele chamaria ela de novo, ela sabia, e quando ele chamasse, ela chegaria na hora, como sempre fez. Molly Hooper nunca se atrasaria para Sherlock Holmes.

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Sherlock concluiu seu trabalho com Lestrade, e pegou um táxi de volta a sua casa. Chegando lá, Senhora Hudson não estava, o que será que ela fazia todos os dias na hora do almoço, que a tirava de casa? Sherlock preferiu não descobrir. Já havia se passado uma semana, uma semana desde o incidente com Molly. Será que ela estava bem? Ele esperava que sim, mas algo logo o tirou desse pensamento.

Ao chega a porta de seu apartamento, viu que ela estava meio aberta, o detetive não tinha deixado daquele jeito, e senhora Hudson não estava ali. Sherlock abriu a porta com cuidado, e quando entrou, teve uma surpresa com quem o esperava...


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