Coletânea Sherlolly escrita por Central de Sherlollies


Capítulo 2
Uma bomba em Paris. - Anna Hiddleston.


Notas iniciais do capítulo

A Playlist do capítulo é: Too Close - Alex Clare Problem - Ariana Grande e You are the best thing - Ray LaMontagne.
A classificação é 14!
Boa leitura, e não esqueçam de comentar!
AH



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Finalmente, em uma sexta-feira, a mão de Molly escrevia rápido no papel.

–Vamos lá, Molly! Hora do almoço, eu estou faminta! –Menna reclamou, se rodando na cadeira.

–Só um segundo, duas linhas, calma! –Molly bufou, era plena sexta feira, sua barriga borbulhava de ansiedade. A semana toda vinha trocando mensagens para Sherlock, querendo saber a razão de sua repentina decisão de levá-la para a França.

“Recreação” foi a resposta do detetive arrogante.

–Pronto, vamos! – Molly suspirou, a loira parou de se rodar e levantou em um pulo.

Menna correu até o elevador, Molly atrás tentando acompanhar a mulher esfomeada.

Após escolherem e sentarem em uma mesinha perto da janela, Menna suspirou e olhou para seu suco de maçã com cara de dó.

–Eu daria tudo por uma cerveja. –Reclamou.

–Tudo, menos o seu bebê, lembre-se. – Molly piscou e cutucou a gororoba que os cozinheiros do hospital decidiram chamar de arroz com brócolis.

–É... Em um ano e dois meses adeus suco de maça, olá Heisenberg, Kaiser e tudo de bom nesse mundo que se pode misturar ao conhaque de chocolate. - Menna contemplou a imagem mental de seus desejos.

–Quer um guardanapo? Você está salivando na mesa. – Molly brincou.

–Tirando a minha mente dessas delícias, me diga, por que exatamente você e o engomadinho estão indo para a Paris? -A loira perguntou como quem não queria nada.

–Não sei ainda... Ah, você vai ter que ficar com o Toby, aparentemente o Hotel que vamos ficar não aceitam gatos. – Menna sorriu maldosamente. – O que?

–Comprei novas baterias para o meu laser, eu vou gravar seu gato dançando, espere para ver. – Ela riu com Molly. – Ah, e não se esqueça de trazer uma blusa para mim!

–Tudo bem, hm, escute, vou deixar as chaves dentro do vaso amarelo, eu tenho que ir, Sherlock marcou 15:40 lá na estação. – Molly se levantou e se despediu da amiga, correndo para casa.

Tomou um banho, colocou algumas coisas na pequena mala e se despediu de Toby dando-o um agradinho.

oOo

Sherlock sorriu quando o seu relógio apitou 15:40, e assim que olhou para cima lá estava ela.

–Muito bem, você acertou seu relógio! – Sherlock brincou e Molly revirou os olhos. – Estou com as passagens, já podemos embarcar, vamos?

Entraram no trem e se arrumaram em suas cadeiras, um virado para o outro, se encarando profundamente.

–Nervosa? – Molly se remexia desconfortavelmente no banco quando o trem começou a descer.

–Nunca viajei de Eurostar antes. Parece meio desconcertante passar por dentro do Canal da Mancha. – Ela admitiu, puxando a manga de sua camisa.

–Relaxe, o túnel é bem seguro. – Sherlock sorriu confiante. – Mycroft teve uma mãozinha nos últimos upgrades.

–Acho que me sinto mais aliviada. – Molly riu. – Duas horas e trinta e cinco minutos de viagem, vamos cronometrar?

–Sim.

oOo

Ambos bufaram decepcionados quando o cronometro marcou 2:57.

–Você lembrou de reservar um Hotel? – Molly perguntou quando colocaram o pé para fora da Estação.

–Sim, Mycroft reservou um dos melhores para nós... – Sherlock chamou o táxi e deu o endereço.

–Ei... O que? Por que ele reservou para nós? Sherlock, o que você não está me dizendo?! – Molly agarrou a alça da sua mala, insegura.

–Molly, entre no carro. Assim que chegarmos no hotel tudo vai ser esclarecido. –Sherlock deu um de seus sorrisos forçados e Molly sentiu o frio incômodo em sua barriga.

Assim que chegaram Molly respirou aliviada, seu quarto era no segundo andar, era grande, com duas camas de solteiro, Molly foi para o banheiro e deu um gritinho, assustando Sherlock que entrou carregando as duas bolsas.

–O que?!

–Eu amo seu irmão. –Molly acariciou a banheira com hidromassagem enquanto avaliava as ‘bombas de banho’.

–Ah... Enfim, você queria uma explicação... Não? –Sherlock seduziu-a para longe da tentação.

–Sim. Quero. No início eu realmente achei que você pudesse querer, sei lá, vir para Paris em um final de semana para comer croissant e fazer compras. Mas aquela sua resposta de ‘Recreação’... Quem foi a pessoa importante de Paris que te contratou?

–Como você sabe que meu cliente é importante?

–Você acabou de confirmar. E Mycroft não reservaria um Hotel para você só por que você pediu, ele não tem tido tempo nem para o chá. – Molly fez um biquinho triste.

–Ei? Que chá? – Sherlock tirou o sorriso bobo do rosto e seguiu a morena até as malas.

–Ah, tomamos chá e conversamos as vezes, seu irmão também precisa de companhia. – Molly explicou, desfazendo a mala.

Sherlock lembrou de algo...

–Hm, Molly... Eu não te avisei, mas, hoje vamos a um evento e... Você trouxe alguma roupa formal, ou... Er. Um vestido? – Molly se virou lentamente para Sherlock, seus olhos arregalados.

–Que tipo de evento?

–Beneficente. Com Deputados, Senadores... Pessoas importantes.

–Você quer dizer que seu cliente estará lá? – Seus olhos se arregalaram mais ainda.

–Molly, você tem um vestido?

Molly contemplou sua mala, e tirou um vestido branco, bonito.

–Ótimo. – Sherlock respirou aliviado. – Então, deixe-me contar o que aconteceu no mesmo dia em que tivemos nossa pequena aventura.

–Eu recebi uma mensagem de Mycroft enquanto vasculhava a casa, ele recebeu uma denúncia anônima dizendo que teria uma bomba em um evento beneficente neste domingo. Então, meu querido irmão viu que as pessoas que estarão presentes no evento de hoje são praticamente as mesmas de domingo...

–Então vamos investigar hoje, ver se tem algo de estranho com alguma das pessoas que vão estar no evento e aí você já saberá quem fez a bomba.

–Exato!

–O que eu terei que fazer lá?

–Ah, bem, você tem que ficar do meu lado, e parada, e...

–Ser uma bonequinha de porcelana, já entendi. Não falo, não vejo e não escuto. – Molly cruzou os braços, aborrecida.

–Bem, ou você pode fazer o que eu faço. – Sherlock tentou um sorriso.

–Deduzir convidados?

–Exato!

oOo

–Seus nomes, por favor. – A Maître pediu, com a prancheta nas mãos.

–Louise Francis e Ellus Batch. – Sherlock informou, a Maître começou a procurar em sua prancheta.

–Ew. – Molly sussurrou para Sherlock, que tentou esconder um sorriso.

–Era isso, ou Taylor Gorgia e Lukis Bean.

–Estou bem com Louise então.

–Tudo bem, sigam me...- Ela os levou a uma mesa no segundo andar, e com um olhar meio desconfiado se despediu.

–Vamos precisar ficar quanto tempo?

–Não muito... – Sherlock olhou para o relógio. – Só temos uns sete minutos antes de notarem algo errado.

–O que?! – Molly olhou para os lados a procura de algum segurança. –Deuses Sherlock, achei que estávamos aqui legalmente.

–E qual é a graça nisso? – Ele bufou.

Haviam alguns garçons rondando, uma mesa longa cheia de pessoas, e algumas crianças.

–E aí? Quantos suspeitos? – Molly perguntou nervosa.

–Nove... – Um copo quebrou em algum lugar, Sherlock estalou a língua decepcionado. – Quatro.

Molly olhou para o lado esquerdo e viu um segurança no canto da sala estava os observando atentamente e falando no rádio.

–Sherlock, acho que temos menos tempo do que você disse...- Ela olhou para o guarda e se preparou para sair correndo a qualquer momento.

–Tudo bem, vamos saindo devagar... Acho que consigo eliminar mais alguém até lá. – Sherlock cruzou seus braços, e foi descendo a escada devagar. O segurança se moveu com eles, Molly engoliu seco.

De relance a morena viu um Garçom escondendo algum tipo de folha nos bolsos, e decidiu comentar com Sherlock depois.

–Vamos Molly, mais rápido. – Sherlock a apressou entredentes.

Saíram pela porta que entraram, sem ficar nem 5 minutos. Eventos nunca foi muito a cara de Sherlock Holmes.

Voltaram direto para o hotel, e Sherlock pegou alguns papéis em sua mochila, espalhando-os no chão.

–E então?

–Então temos 3 suspeitos. – Sherlock bufou. – Esse caso não é mais que um 6.

–Ah, o Garçom estava escondendo um papel nos bolsos quando estávamos saindo. – Molly informou sorridente.

–Se era o alto com o cabelo preso, ele está na minha lista. Daniel Rodriguez. Uma ficha na polícia, por tráfico de armas...

–Quem mais? – Molly tirou os sapatos e sentou ao seu lado.

–Gregory Banks, um Senador menor. Ele foi o único a protestar contra a venda das armas nucleares para os Estados Unidos. Mas retirou o ‘protesto’ após uma súbita mudança de opinião. – Sherlock deu lhe um sorriso esperto.

–Será que ele foi chantageado? – Molly mordeu a unha.

–Provavelmente. – Sherlock colocou a folha de lado.

–E quem é essa? – Ela apontou para uma ruiva, com aparência de ser alguém legal.

–Valentina Fudge...

–Filha do ministro da magia. – A morena deu um gritinho.

–Quem? – Ele franziu as sobrancelhas daquele jeito adorável.

–Ah, ninguém, continue. – Ela riu nervosa.

–Ela já trabalhou com Sr. Banks, mas atualmente está afastada do trabalho. Câncer de mama.

–Ah, pobrezinha. Por que você considerou-a uma suspeita?!

–Ela olhava os Ministros de uma maneira estranha. – Sherlock deu ombros. E colocou a folha da mulher de volta na pasta.

Molly riu, e se levantou, decidindo ir tomar um bom banho.

oOo

–Molly, você morreu aí dentro? – Sherlock gritou da porta do banheiro.

–Sim! Estou na metade do caminho para o paraíso. – Ela gritou de volta.

Ela mal notou o tempo passando, a água já estava morna, quase fria, mas o cheio de especiarias, o calmante... Estava tudo tão incrível que ela queria ficar lá até virar um bloco de gelo.

–Preciso usar o banheiro também, Molly. – Sherlock bufou.

–Ok ok, já estou saindo.

Dentro de 15 minutos Molly saiu do banheiro perfumado, de pijamas, dentes e cabelos escovados.

–Finalmente! Minha bexiga não aguentava mais. – Sherlock correu para o banheiro, dando uma olhadinha rápida nas pernas de Molly antes. – Bonito pijama.

Ela corou e correu para debaixo das cobertas.

–Eu achei que fossemos ficar em quartos separados. – Ela respondeu tímida, pegando no chão as novas anotações de Sherlock nos papéis espalhados.

–Sherlock, tudo aqui nas duas anotações levam a crer que o Senador pode estar ameaçando colocar uma bomba lá dentro... – Molly se deitou de bruços uma expressão concentrada tomando conta de seu rosto.

–É uma suposição, por agora. – Ele apareceu na porta com a escova de dentes na boca. – Ainda acho que o Rodriguez tem algo a ver com isso.

–Problema com espanhóis?

–Eles me deram um santo trabalho quando eu estava desmantelando a rede de Moriarty. O crime deles é tão engenhoso que passa a ser confuso e mal organizado.

–Sherlock, mas isso com o Senador, faz sentido! Pense, terroristas atacando seu país. Ministros ameaçaram tirar seu emprego. Um jantar, com todos eles juntos, seria o lugar perfeito. Deuses, as crianças estão aprendendo combate ao islamismo nos colégios, ninguém nunca iria desconfiar!

Sherlock saiu do banheiro.

–Precisamos entrar no escritório de Gregory Banks, agora!

–Sherlock, está muito tarde, amanhã bem cedinho nós vamos. – Molly riu. – A bomba só explode domingo.

–Precisamos fazer alguma coisa, Molly! Agora é a hora agir! – Ele começou a se vestir, mas Molly agarrou seu braço.

–Sherlock, agora não podemos fazer nada. Agora é hora de dormir. Amanhã você liga para Mycroft, dê seu relatório, pede para ele liberar nossa entrada do escritório de Banks. – Ela tentou acalmar sua excitação repentina.

–Você tem razão.

–O que, sério? – Ela encarou-o boquiaberta.

–Sim, está de madrugada, não conhecemos tanto Paris quanto Londres... É melhor esperar até amanhã. – E então, Sherlock se desvencilhou de suas mãos e deitou na cama, pegando o celular.

–Você vai dormir mesmo? – Molly perguntou espantada.

–Acho que sim, mas não muito. – Sherlock colocou o celular na mesinha de cabeceira e se virou de costas para ela.

–Bom, então boa noite, Sherlock. – Ela riu, e se deitou também.

–Boa noite, Molly.

oOo

Dez e pouca da manhã, ela já tinha tomado banho, comido café da manhã, já tinha trocado de roupa duas vezes, e agora estava vendo TV em som alto.

Era impossível acordar Sherlock Holmes!

Ele vinha se remexendo nos últimos 30 minutos, então Molly colocou em um canal que passava “Sangue no Gelo” e aumentou o volume ao máximo.

Sherlock acordou na hora da gritaria.

–O que foi? O que é isso? A campainha...- Sherlock se sentou na cama desorientado.

–Bom dia Sr. Eu não vou dormir muito. – Ela zombou.

–Argh, que horas são? – Sherlock esfregou o rosto.

–Quase hora do almoço.

–Hunf... Eu mandei um e-mail para Mycroft ontem, ele já deve ter nos dado acesso. – Sherlock comentou olhando o celular. – Ah, claro. Somos da limpeza.

Sherlock revirou os olhos e se levantou, marchando em direção ao banheiro, ele gritou.

–Se arrume, Molly! O jogo começou.

–Já estou pronta. – Ela gritou divertida.

Em menos de duas horas eles estavam na frente de um prédio enorme, todo espelhado.

–Bem, então...

–Fique atrás de mim, somos da limpeza, eles vão nos dar um uniforme e um carrinho. Podemos deixar eles em qualquer corredor.

–Não precisamos colocar os uniformes? –Molly mordeu o lábio.

–Nah, isso só vai nos atrasar. E eu não sei você, mas eu não pretendo limpar nada.

Sherlock falou em francês com a atendente, e pelo tempo que demoraram conversando ele conseguiu duas coisas, que a atendente ficasse apaixonada, e pegar sorrateiramente um cartão preto.

Ela levou-os até uma salinha com uniformes, produtos de limpeza e entregou-lhes uma chave, assim que ela se foi, Molly cruzou os braços, brava.

–O que foi toda aquela exibição?

–Ciúmes? – Ele olhou para Molly, que o olhava brava, e engoliu seco com o olhar ameaçador da morena. – Eu falei que éramos primos, viemos de NY e você é muda.

–Hey! Por que eu sou muda?

–Por acaso você sabe falar francês? – E então Molly calou-se.

–Deixe as chaves aqui, eu consegui pegar o cartão que nos dá acesso a ala presidencial. Temos mais ou menos meia hora antes que alguém note algo errado. – Sherlock levantou sua gola e saiu da salinha, Molly corria para tentar acompanhar seu passo.

–É, tirando que sua suposição de tempo não tem dado muito certo, temos meia hora.

A sala de Gregory Banks era no penúltimo andar.

Era uma sala grande, com muitos livros, um computador. Muitas fotos anuais com a presidência, de cachorros e de seus filhos.

Sherlock avançou para a mesa de Banks, enquanto Molly vasculhava os livros.

Ele vasculhou algumas gavetas, e achou uma com o fundo falso, retirou-o, e lá estava. Jogou-o em cima da mesa para que Molly pudesse ver.

–O que é isso? Uma revista pornô? – Ela olhou com desgosto para a revista.

–Isso, minha cara patologista, é um catálogo. – Sherlock explicou, Molly ignorou o pronome possessivo e pegou a revista.

–Um catálogo de prostitutas... Interessante. Sherlock, por favor, me lembre o porquê de eu estar folheando isto.

–Está vendo esses anéis, - Sherlock apontou para uns círculos de diferentes cores na beirada da página. - Indicam o preço, ouro seria como o valor de mil euros, prata seriam quinhentos mais ou menos.

–Não tem nenhum anel bronze. – Molly observou.

–Não, as prostitutas de um Senador só poderiam ser as mais caras...

–Hm, talvez, se você achasse a que ele mais... Ahñ, usa, talvez pudéssemos falar com ela, saber se ela sabe de algo... – Sherlock pensou na Dominatrix por um momento, mas logo balançou a cabeça, mandando o pensamento para fora. - Manchas de gordura talvez, ou, a página mais desgastada...

–Aqui, esta. – Sherlock aproximou a revista de uma luminária para enxergar melhor o que estava escrito na página.

–Luminária criativa. – Molly comentou.

Era em forma de uma tecla de Shift, com a seta apontando para a parede.

Sherlock desviou sua atenção da revista e olhou para a tecla gigante, e então, sorriu.

–Você é brilhante, Molly Isabelle Hooper!

–Ah, obrigada, mas... Me perdoe se eu não acompanhei seu raciocínio. – Ela corou, e olhou entre Sherlock e o Shift, confusa.

–Isso, Molly, não é somente uma luminária com um formato engraçado, isso... – Ele pressionou a mão na tecla, e um estalo alto ressoou pelo escritório. – Isso é uma vida secreta.

A estante se ‘desgrudou’ da parede, e Sherlock a empurrou para o lado. Era uma passagem para uma pequena salinha.

Sherlock esfregou as mãos ansioso, e partiu para o monte de papel que havia na mesa. A sala estava muito empoeirada, então Molly achou melhor não entrar.

–Alergia? – Ele perguntou, quando ela espirrou 5 vezes seguidas.

–Muita. – Ela fungou.

–Já vou sair. – Ele pegou seu celular, e Molly correu para a porta do escritório, seus olhos já estavam começando a arder.

Sherlock saiu e empurrou a estante, guardou a revista e correu com Molly até o elevador.

–Nosso tempo está acabando. – Ele deu um meio sorriso. – Mas acho que já peguei nosso criminoso.

O elevador parou no segundo andar, Molly e Sherlock congelaram. Era Sr. Banks!

–Boa tarde, senhor, senhora. – O homem de meia idade muito gentil os cumprimentou.

–Boa tarde. – Sherlock disse com uma voz meio estrangulada. Molly se lembrou de sua “mudez” e somente acenou com a cabeça.

Desceram no térreo, junto com Sr. Banks. Molly tremia igual a uma vara verde. Sherlock agarrou sua mão e saiu correndo, gritando algo como “Ela está se sentindo mal!” entraram no primeiro taxi que viram pela frente e desataram a rir.

–Oh! Deuses, meu coração ia pular pela boca. – Molly secou as lágrimas.

–Eu achei que ele não estaria lá hoje! – Sherlock riu, e olhou para Molly com um brilho nos olhos. – Senhorita Hooper, aceita almoçar comigo?

–Claro, Sr. Holmes. – Ela se recompôs, e sorriu.

oOo

Chegaram no hotel tarde, Sherlock resolveu comprar um terno, e Molly lembrou que tinha que comprar uma blusa para sua amiga. Então os dois ficaram vagando por Paris.

Sherlock até corou quando uma idosa olhou para ambos e suspirou e disse “Ah, l'amour des jeunes...”, Molly não entendeu, mas teve certeza que se entendesse coraria também.

O plano para o dia seguinte já tinha sido ajeitado, eles iriam se disfarçar de garçons, e iriam procurar pelo bolo, onde a bomba estaria, segundo Sherlock.

Enquanto isso, Sherlock iria apresentar as provas para seu irmão, que colocaria tudo em papéis.

Só os restava esperar.

oOo

Já domingo de noite, Molly descartou as duas injeções vazias, e pegou a roupa de um dos garçons menores que Sherlock tinha abordado.

Molly vestiu o uniforme por cima de suas roupas, e esperou Sherlock, que teve que ir trocar de roupa, sentada nos degraus que levava a cozinha.

Sherlock riu assim que viu as roupas de Molly, ficaram gigantes.

–Bem, nada se compara ao seus jumpers. – Ele brincou, mas logo ficou sério e se virou para a parte escura do beco.

Molly começou a ficar nervosa, eles estavam demorando bastante, e ela não sabia quanto tempo iria durar o tranquilizante.

–Sherlock, temos que entrar! –Molly sussurrou, remexendo em seu avental.

–Molly, sabe um fato interessante que observei no escritório de Sr. Banks? – Ele comentou, olhando para um ponto no escuro, Molly tentou seguir seu olhar.

–Agora, sério? – Ela engoliu seco. Sherlock não se mexeu, e ela bufou. – Não Sherlock, o que?

–Ele odeia gatos. Ele tem fotos de cachorros em todo lugar, na entrada de sua firma tem uma placa de ‘não entrem animais’, e o animal ali é um gato.

–Sim, ele é uma pessoa ruim, já fui notificada, vamos, Sherlock?! – Molly insistiu, olhando para os dois garçons desacordados deitados perto da lixeira, em breve eles iriam acordar!

–No dia em que ele me cumprimentou, havia pelo de gato em suas roupas. – Sherlock começou a adentrar mais no beco, indo para a parte mais escura, Molly não pôde pensar em nada a não ser segui-lo.

– Esse gato parece meio morto para mim. – Sherlock acendeu a lanterna no celular, se ajoelhou e analisou o pobre defunto.

–Oh coitado! – Molly aproximou do gato, pegando um saco plástico de seus bolsos.

Molly virou o gato para eles a lanterna do celular de Sherlock mostrou algo horrível, Molly se afastou, segurando o vômito.

No lugar dos órgãos, estava uma bomba, o corte principal estava aberto e mostrava o visor da bomba e diversos fios.

Sherlock se levantou e se aproximou de Molly, dando-a um meio abraço, esfregando círculos em suas costas. Sherlock discou seu irmão.

–Mycroft, achamos a bomba....

O esquadrão antibomba e os policiais chegaram rápido. Alguns homens armados de preto os afastaram da bomba e os colocaram em um taxi de longe Molly pôde ver Sr. Banks sendo levado pela polícia, e Valentina também. Molly ficou um pouco confusa, e perguntou a Sherlock assim que chegaram em seu quarto no hotel.

–Por que Valentina foi presa? Ela não está doente?

–A salinha que achamos estava bem empoeirada, você notou?

–Nem te respondo... – Molly semicerrou os olhos.

–Eu achei marcas de mão, dedos muito finos para serem de um homem, era uma mulher. Também haviam muitas fotos de Valentina com algumas pessoas, aquela sala era dela. Ela era secretária de Banks antes de ter que se afastar. Essa discussão sobre as armas já vinha desde algum tempo, olhei para os e-mails de Sr. Banks, as ameaças eram antigas. Naquela época, Valentina ainda era secretária de Banks, e se ele fosse rebaixado, ela também seria. – Sherlock respirou fundo, mas Molly já tinha entendido.

–Então ela resolveu acabar com isso, mas ela ficou doente e teve que largar seu projeto!

–Exato, mas Sr. Banks achou seus rabiscos, eles eram os únicos papéis sem poeira na salinha e brigou com ela, mas resolveu seguir seus planos. –Sherlock deu um sorriso gigante. – Ela criou, ele desenvolveu.

–Mas a bomba não estava no bolo então...

–Eu achei que estaria, já que era o que estava escrito nos rabiscos de Valentina. Mas aparentemente Sr. Banks decidiu fazer diferente.

Molly engoliu seco, com a lembrança do pobre gatinho degolado.

–Agora só nos resta saber quem fez a denúncia. – Molly suspirou sentando-se na cama, fechando a mala.

–A filha dele. – Sherlock guardou algumas coisas na mochila. Molly o olhava pedindo uma explicação. – No jantar beneficente Joanna estava sentada com seus três irmãos, ela estava com círculos sob os olhos e olhava para seu pai constantemente. Era óbvio que ela sabia que ele escondia algo.

–Será que ela viu alguma das notas?

–Não, acho que ela teria informado. Ela não deu o nome do pai, mas Mycroft disse algo sobre “o Parlamento estar envolvido com os ataques”, eu só processei o que era realmente importante. Ela é grandinha, deve ter ouvido a briga entre Valentina e Banks e ficou completamente pasma, mas, felizmente, teve alguma reação.

–Pobre Joanna... – Molly sentiu seu coração apertar. – Ao menos ela sabe que impediu a morte de 76 pessoas.

–123, contando com os funcionários. – Sherlock deu um meio sorriso e seu celular fez bip. – Mycroft vai nos dar carona até Londres, vamos?

–Carona? – Ela riu, dando uma última olhada na banheira. – Pelo modo extravagante de seu irmão eu não vou esperar menos que um helicóptero.

–Claro que não, que horror. – Sherlock fez careta. – Um jatinho pelo menos.

Ambos riram igual crianças.

Mycroft estava esperando em um carro preto, como de costume. Mas sua PA não estava por perto.

–Obrigado Miss Hooper, por sua colaboração no caso do meu irmão. – Mycroft tentou um sorriso.

–Tudo bem, hm, até que foi divertido. - Ela corou.

–Cuidado, eu posso te chamar para os meus casos com mais frequência. – Sherlock sugeriu.

–Meu celular está sempre ligado.

oOo

Molly já estava quase dormindo no banco ao lado de Sherlock quando recebeu uma mensagem.

Te disse!

https://www.youtube.com/watch?v=BL3RWANU1Pk

Espero que já esteja chegando e que tenha comprado minha blusa.

Bjxx Meen ♥

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Notas finais do capítulo

E aí?
Gostaram?
Comentem, favoritem e acompanhem. :D
AH.



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