Coletânea Sherlolly escrita por Central de Sherlollies


Capítulo 1
O Mistério do Caso Thompson - por Roberta Scavone


Notas iniciais do capítulo

yaaay, sou a primeira /o/



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A névoa que cobria a cidade, não permitia que ninguém visse qualquer coisa. Naquela noite, especialmente sem Lua, tudo não passava de escuridão. Mesmo as poças de água espalhadas pelo chão, tentavam inutilmente refletir as luzes dos postes. Mas esse feito, apenas criava um efeito bruxuleante, que tornava a cidade de Londres, ainda menos convidativa.

Era o tempo perfeito para alguém, que quisesse passar despercebido, andar pela cidade. Quem notaria, em meio à escuridão, um homem arrastando seu enorme casaco preto, com a gola cobrindo seu rosto? Seus passos apressados, e ainda assim, silenciosos, correndo pelas ruas. Ele sabia exatamente o caminho que precisava seguir.

Não muito longe, eu poderia dizer em um prédio, caso a construção tivesse sido finalizada, uma reunião acontecia. Quatro homens se encaravam, sem emitir qualquer palavra, até um quinto chegar. O quinto homem, de rosto marcado e expressão forte, possuía um ar de sabedoria e crueldade, e com sua chegada, os quatro se levantaram de suas cadeiras.

- Sentem-se! – ordenou. – Eu quero saber exatamente o que houve!

- Sr. Thompson, eu juro que fiz tudo conforme...

O quinto homem levantou a mão, fazendo sinal para que o empregado parasse de falar. Este o fez imediatamente, e recostou-se em sua cadeira, visivelmente nervoso.

- Não quero desculpas, quero dados, fatos! – exclamou o Sr. Thompson – Através disso, eu saberei o que fazer!

- O carro explodiu antes! – falou outro homem – Ninguém soube o porquê! Ninguém disparou a bomba antes da hora!

- Mas pelo visto, a bomba disparou antes da hora! – rebateu o Sr. Thompson, com certo sarcasmo no olhar. – Quem fez isso?!

Os quatro homens se entreolharam, mas nenhum respondeu. Cada um sabia de sua inocência. O silencio do grupo, apenas enfureceu o Sr. Thompson.

- Muito bem! – começou o Sr. Thompson se levantando da mesa, e indo até a porta por onde entrara – Não é nada demais! Vai ser trabalhoso, mas vamos recuperar o que foi feito!

- Sr. Thompson, eu irei trabalhar duro, pode ter certeza! – falou um dos homens na mesa, com os outros três concordando.

- Oh, não! Temo que não precisarei mais do serviço de quatro irresponsáveis como vocês!

E enquanto o Sr. Thompson saia pela porta, dois outros homens entraram ao seu sinal, e atiraram nos quatro que estavam na mesa. Não houve gritos ou barulhos, nada que pudesse denunciar o que havia acontecido ali; a exceção de uma testemunha que observava de longe o ocorrido.

Não que pudessem haver dias diferentes para uma legista, em um hospital. Na verdade, eram todos iguais. Ela chegava, vestia seu jaleco, dava uma rápida passada pelas fichas de corpos que haviam chego, e precisavam de perícia, enquanto tomava uma xícara de café. Tudo muito rotineiro.

Molly já estava mais do que habituada com isso, na verdade, até gostava. Sempre sentiu-se confortável na companhia de corpos, e mesmo sabendo que eles não respondiam, gostava de conversar com eles. De alguma forma, ela via a paz em seus rostos duros, e sentia-se inundada por isso. Era como se eles a compreendessem, e não a julgassem por nada. Eles não a diziam o que fazer, ou não fazer, apenas a aceitavam, sem contestar.

Naquela manhã, Molly contava a um dos seus “clientes” – era assim que ela gostava de chama-los – o encontro que tivera com um rapaz do pub, na noite passada. Suas mãos buscavam os órgãos, enquanto ela entretia o homem de quarenta anos, com suas aventuras amorosas.

- Ele não é muito alto, mas tem um tamanho razoável! Você chega a ser mais alto do que ele! – dizia enquanto uma das mãos retirava um pulmão – Sem cigarros! Muito bem, mocinho! O Ernest fuma, eu não gosto muito, mas acho tolerável!

- Desde quando você tem problemas com cigarro, Molly?

A voz barítona que invadiu o necrotério, era muito bem conhecida por Molly; que também já estava habituada as aparições repentinas do seu portador.

- Eu disse “tolerável”, Sherlock! – respondeu a legista, sem tirar os olhos de seu cliente.

- Quando este chegou?! – perguntou o detetive, enquanto esgueirava-se para o lado da legista.

Molly se inclinou, para consultar a ficha.

- Hoje de madrugada! Tiro na cabeça!

- Posso dar uma olhada?

Molly não respondeu, mas se dirigiu um pouco para o lado, dando espaço para que o detetive entrasse na frente do corpo. Sherlock imediatamente vestiu as luvas de silicone, e suas mãos iniciaram o trabalho.

- Então, Ernest fuma...- começou Sherlock, enquanto observava o rosto do homem morto – Que péssimo hábito!

- Isso vindo de você, não tem muita validade!

- Adesivos de nicotina, Molly! – justificou – Deveria dar uns ao Ernest!

- Pode deixar, eu darei! E ainda direi que foi indicação do magnifico Sherlock Holmes! – respondeu em tom de zombaria, que foi notada por Sherlock.

Sherlock passou do rosto para as mãos e os pulsos, em seguida, removeu as luvas.

- Onde estão as roupas dele?! – perguntou.

- Ali atrás! – Molly apontou para uma pequena mesa, onde os pertences e as roupas do homem estavam arrumadas.

- Você sabia que eu viria?! – perguntou Sherlock, ao olhar a disposição dos objetos.

- Homem encontrado no meio da madrugada, com um tiro na cabeça! É claro que você viria!

Sherlock sorriu, e então, outra pergunta lhe veio à mente.

- Então, aquela história do Ernest...?

- Tudo mentira! Mas foi divertido!

E com essa resposta, Molly voltou-se para o corpo, deixando Sherlock emitindo um sorriso de admiração, mas que logo desapareceu, e voltou-se para os objetos do falecido.

- Sua folga começa a tarde, não é?! – perguntou Sherlock, após um tempo de silencio.

- Sim, por que?

- Está ocupada?

- Vou almoçar com Ernest!

Molly riu, após notar o sorriso que Sherlock tentou esconder.

- Bem, se Ernest te der um bolo, ou você preferir dar um bolo nele, venha até Baker Street! – falou, enquanto se dirigia para a saída do necrotério.

- Isso depende, você vai me levar pra almoçar, ou vou ter que ir depois do almoço?

- No que isso reflete? – perguntou o detetive, sem entender.

- No horário em que vou chegar, ou se darei ou não um bolo no Ernest!

- Eu levo você pra almoçar! Meio dia, não se atrase!

Sherlock saiu, deixando uma Molly rindo no necrotério.

As pessoas que moram em Londres, e mesmos seus visitantes mais frequentes, já estão habituados ao seu trafego. Uns dias são piores do que os outros, e todos sabem que se deve sair ao menos, dez minutos antes do horário pretendido, para não se chegar atrasado. Molly nunca se atrasou, sua pontualidade era perfeita. Não importava se havia chuva, neve ou mesmo milhões de carros que a impedissem de prosseguir: ela sempre chegava no horário marcado. Hábitos que Sherlock conhecia, e inclusive respeitava. Se eles marcaram meio dia, então meio dia ele estaria pronto para recebê-la. Mas mesmo sabendo que não era um atraso, ele não podia deixar de implicar com ela, afinal, ele adorava isso. Implicar com as pessoas, provoca-las, era assim que ele via todas as faces que elas possuíam. Era delicioso ve-las descontroladas ou mesmo tentando conter suas emoções. No caso de Molly, então, era um prazer à parte. Molly que sempre era calma, prestativa e retraída, era fantástico quando ele conseguia extrair mais dela.

Foi por isso que ele comentou, assim que ela pisou na Baker Street:

- Meio dia e um, está atrasada!

E como foi maravilhoso para Sherlock, ouvir a respiração bufante de Molly, perante ao comentário, e a revirada de olhos.

- O importante é que cheguei! – respondeu a legista – Podemos ir?!

Sherlock concordou, com um sorriso que somente ele sabia o motivo. Ele pegou o casaco, e junto com Molly, foram ao restaurante na parte debaixo.

- Bem, o que você precisa? – perguntou Molly, enquanto ajeitava seu casaco na parte detrás da cadeira.

- Por que acha que preciso de alguma coisa? – rebateu o detetive.

- Você nunca vem até mim quando não precisa!

A resposta direta e seca de Molly, foi o suficiente para que Sherlock apenas concordasse e revelasse o motivo que o levou até ela.

- O homem de hoje de manhã, se chama Harry Brown, quarenta cinco anos e um negócio perigoso com a máfia! – Sherlock depositou a ficha criminal de Harry em cima da mesa, Molly pegou e leu.

- Os outros três, que vieram junto, são Gavin Van Dyke, Daniel Hunter e Richard Thompson Jr.!

As fichas dos outros três foram depositadas na mesa, e Molly as pegou também.

- Morreram ontem a noite, assassinatos pelo Sr. Richard Thompson, chefe da máfia para qual trabalhavam!

- Espere, ele assassinou o próprio filho?! – perguntou Molly após processar toda a informação.

- Bom, é a máfia! – falou Sherlock, como se fosse uma explicação razoável.

- Poderoso Chefão foi uma mentira então! – comentou a legista, mais para si mesma do que para o detetive.

- Um sexto homem na história nos é revelado, Fergus O’Brien, assistente do chefe! – Sherlock colocou a ficha do homem sobre a mesa.

- E ele é o que?!

- Não me ouviu, Molly?! O assistente!

Molly respirou fundo, tentando se controlar. E isso foi música para os ouvidos de Sherlock.

- Eu sei que ele é o assistente! Os quatro são assassinados e um é o assassino, o que Fergus é NESSA história?!

- O instigador! – Sherlock falou com tanta ansiedade na voz, que se levantou da cadeira.

Nesse momento, o garçom, levando um sanduiche para a mesa do lado, foi interceptado por Sherlock.

- Muito obrigado, ponha na minha conta! – E puxou Molly pelo braço – Vamos, você come no caminho!

- Mas eu não pedi isso! – disse Molly, enquanto arrancava rapidamente o casaco da cadeira.

- Mesmo?! Deveria experimentar, parece delicioso!

E colocando o sanduiche na mão de Molly, que ainda vestia metade do casaco, chamou um táxi.

- Qual é a minha função nesse caso? – perguntou Molly, já dentro do táxi.

- Distração! Eu preciso rodar pela casa do Sr. O’Brien, e pra isso, preciso de você!

- O que eu vou fazer, Sherlock?! – insistiu Molly, não gostando nada da relutância do detetive.

- Eu digo quando chegarmos lá! – Sherlock olhou para a expressão enfurecida e confusa de Molly, e se segurou para não rir. – Você deveria comer seu almoço, vai ficar com fome depois!

Olhando pela janela, Molly notou que o táxi saia do centro de Londres, e se dirgia para a parte mais rica da cidade. Mansões e grandes terrenos, alternavam com a paisagem urbana, até que tomaram conta de todo o cenário. Molly sabia onde estava, mas nunca em sua vida viera para essa parte da cidade.

- Seja honesto comigo, Sherlock! – pediu Molly, e Sherlock pode notar o tom de preocupação em sua voz.

- Não se preocupe, Molly, eu jamais colocaria você em perigo!

Isso era verdade, ela sempre soube. Foi por isso que Sherlock nunca a convidava para casos realmente perigosos. Mas algo em seu peito pesava, sua intuição dizia que algo muito errado estava acontecendo. Ela olhou para Sherlock, que lhe deu um sorriso sincero. Era a forma dele de confortá-la, de dizer que estava tudo bem, então, ele decidiu confiar.

O taxi parou em uma casa enorme, com um grande e bem cuidado jardim frontal. Sherlock e Molly pararam em frente ao portão.

- Molly, você vai tocar aquela campainha, e dizer que você é a enfermeira das três horas! Eu quero que você entre e aja normalmente, até eu te mandar um sms! Quando você receber meu aviso, quero que você faça algo pra chamar a atenção de todos da casa, entendido?

- O que?! – perguntou Molly confusa.

- Apenas faça algo grande!

Sherlock disse e tocou a campainha para Molly, que olhava estarrecida o detetive desaparecer entre o gramado. Que plano maluco era aquele? De quem ela seria a enfermeira? E ela nem estava vestida de acordo com isso! Sua mente, porém, não teve muito tempo para trabalhar.

- Quem é?! – perguntou a voz no interfone.

- E...eu sou...a enfermeira....das três! – respondeu Molly.

- Ah sim, vou abrir pra você!

Molly pode ouvir o “click” do portão, e com passos hesitantes e os olhos ainda procurando por Sherlock, entrou na casa. Ela passou pelo enorme jardim, até chegar a uma grande porta branca, com colunas gregas. Antes que ela pudesse bater, a porta se abriu. Um homem , que Molly reconheceu na hora, a abriu.

- Olá, sou o Sr. O’Brian, mas pode me chamar de Fergus! – disse com simpatia – Qual seu nome?

- Molly...- ela pretendia continuar, mas lembrou-se que estava em uma investigação, e que Sherlock quase nunca usava seu nome verdadeiro nessas ocasiões – Molly Jane Hudson!

- Seja bem vinda, Srta. Hudson! A Clara está lá em cima! Venha, vou mostrar-lhe o quarto!

Fergus era um homem jovem, pensou Molly. Aparentava entre quarenta e cinquenta anos. Era simpático, e muito falante. Contou a Molly sobre toda a história da casa de sua família!

- Aquele quadro foi pintado pelo bisavô! Um artista famoso! Vale milhões!

Molly não falava nada, apenas respondia ora com um sorriso, ora com uma interjeição. Em menos de dois minutos, ela sabia quanto exatamente cada objeto naquela casa valia. A conversa só foi encerrada, quando eles atingiram o porta do quarto, no fim do corredor.

- Clara fica aqui! – ele falou em sussurro - Pode entrar! Eu estarei lá embaixo, caso precise de alguma coisa!

Molly, vendo-se de repente sozinha no corredor, abriu a porta com vagar e viu uma pequena menina, deitada na cama e ligada a vários tubos. Quando ela se aproximou, entendeu o motivo. A menina estava em coma.

Molly procurou o prontuário, e o encontrou ao pé da cama. Deu uma rápida lida. A garota havia sido atropelada há dois meses atrás. Não existia chances dela sair do coma. Molly devolveu o prontuário e sentou-se em uma cadeira ao lado da cama. Ela observou atentamente a menina, e suas feições eram iguais aos do pai. Molly olhou em volta, pensando em como poderia fazer uma confusão para Sherlock. A casa tão quieta, tão grande. Quem mais morava lá, além do Sr. Fergus e a filha dele? A atenção de quem era prioritária? Sherlock deveria ter contado tudo a ela desde o inicio, assim ela poderia ter se preparado melhor. Quando o celular disparou o sms, Molly sabia que não tinha muito tempo. Seu cérebro pensou mais rápido em uma solução, do que sua consciência em dizer para não faze-lo. Ela olhou entre os vários vidros de remédio, e pegou um com a palavra “adrenalina” nele. Ela preparou a injeção e injetou no braço de Clara. Agora, era só fazer a outra parte.

Molly se dirigiu ao corredor.

- Sr. Fergus, Sr. Fergus! Clara está acordando! Sr. Fergus! – e correu pelo corredor, gritando o mais alto que conseguia. – Clara está acordando!

A gritaria obteve resultado. Em menos de cinco segundos, Sr. Fergus, duas criadas e uma outra moça, que Molly julgou ser a mãe ou uma irmã mais velha, apareceram, de olhos esbugalhados e respiração acelerada, perante ela.

- Eu...acho que Clara está acordando!

Assim que repetiu essa frase, todos passaram por ela, e correram até o quarto de Clara. Molly foi logo atrás.

Seu plano havia funcionado, devido a adrenalina, os dedos dos pés e das mãos de Clara estavam se mexendo. Sr. Fergus estava deitado em cima do corpo da filha, chorando, enquanto a senhora que Molly julgava ser mãe ou irmã mais velha, estava com as duas criadas, dando as mãos e chorando copiosamente.

- Clara, eu não acredito! Clara! – choramingava o Sr. Fergus.

Molly sentiu-se a pior pessoa do mundo, e agradeceu quando recebeu um segundo sms dizendo: Saia dai!

Discretamente, Molly saiu do quarto, e assim que chegou ao final do corredor, correu em disparada para a saída.

- Hey, você, enfermeira! – ouviu a voz do Sr. Fergus gritar.

Molly sentiu um medo terrível, e correu mais depressa que pode. Ela desceu as escadarias, e correu pelo hall da sala, até abrir a porta que dava para o jardim de entrada. Ela nem se deu ao trabalho de fecha-la depois, alguém havia deixado o portão da frente aberto, e ela sentia que precisava alcança-lo o mais rápido possível, antes que alguém pudesse descobrir o que ela havia feito.

Assim que alcançou a portão da frente, ela o fechou com toda a força que podia, e, voltando a correr, trombou com um homem alto e conhecido.

- Sherlock! – falou em uma mistura de alivio e susto.

- Vamos!

Foi só então que Molly percebeu o táxi do outro lado da rua. Sherlock a conduziu até ele, eles entraram e Sherlock passou o endereço da Scotland Yard.

- Você foi brilhante Molly! Não só conseguiu retirar todos da sala, como também os deixou em pânico suficiente, para serem descuidados!

Molly estava ainda muito abalada para entender do que o detetive falava, e Sherlock, reparando isso, abraçou a legista.

- Está tudo bem! Não se preocupe com nada!

Sherlock resolveu acalmar Molly durante o caminho. Foi a primeira vez que ela tinha feito um trabalho de campo, e para alguém como Molly, ele sabia o quão estressante isso poderia ser.

Assim que chegaram a Scotland Yard, Sherlock e Molly subiram para o escritório de Lestrade. Sherlock exibia seu ar confiante, de quem havia acabado de solucionar um crime.

- Bom dia, inspetor! – falou, entrando na sala de Lestrade.

- Sherlock! Molly! – exclamou Greg de boca cheia, enquanto tirava os pés da mesa e jogava a rosquinha no lixo – Que alegria! A que devo a honra?

Sherlock tirou um calhamaço de papeis do bolso e os entregou para Lestrade.

- O caso Thompson, está fechado!

- Richard foi preso?

- Não, Richard foi morto, pelo real assassino!

Molly olhou de um para outro, sem entender muito bem o que se passava.

- Fergus recebeu uma quantia de Richard Thompson, para incriminar o filho, e assim, exibir motivos que o pudessem levar a mata-lo, visto de forma justa na máfia!

- Como assim?! – perguntou Molly.

- Fergus teve a filha atropelada, pelo Sr. Richard Thompson Jr, que fugiu do local, e não deu a mínima assistência para a menina. Ela entrou em coma, e Fergus, com raiva, estava disposto a entregar o Sr. Thompson, chefe da máfia, para a máfia rival. O Sr. Thompson, criando consciência do que estava acontecendo, fez um acordo com Fergus: ele incriminaria o Thompson Jr, para fazer parecer que ele desejava a morte do pai, para substitui-lo, e em troca, Fergus teria a vingança dele, e ainda serviria a máfia. As provas estão todas ai!

Lestrade olhava boquiaberto da pasta para Sherlock, e então para Molly, que parecia confusa, mas não incrédula como ele.

- Bem...bom trabalho! – falou Lestrade, sem realmente saber o que dizer.

- Poupe-se Gavin! – falou Sherlock provocativo – Você deveria maneirar nas rosquinhas, está ganhando peso! Vamos, Molyl!

E, tão rápido quanto dissera essa frase, Sherlock saiu da sala de Lestrade. Molly desejou um bom dia apressado a Greg e saiu, ao encalço do detetive.

- Foi uma aventura e tanto! – disse Molly alcançando-o , enquanto Sherlock chamava por um táxi.

- Bem vinda ao meu mundo! – falou em tom de exibicionismo, que fez com que Molly risse.

Um dia com Sherlock nunca era ruim, pensou Molly. Talvez Sherlock nunca tenha um dia realmente entediante, apesar dele afimar o contrário. Molly sorriu, ao percebe que, o mundo de Sherlock, deveria ser realmente maravilhoso e incrível.

Quando menos notou, o táxi estava parado na frente da casa dela. Molly agradeceu e desceu, mas antes que pudesse fechar a porta, Sherlock a deteu.

- Molly, quer ir comigo a Paris na próxima semana?

- O que? – Molly voltou-se confusa.

- Proxima semana, então! – e dizendo isso, fechou a porta e saiu com o táxi.

Bem, seria mais um dia no mundo de Sherlock, pensou Molly, após um tempo. Ela entrou em casa sorrindo, ansiosa para que a semana acabasse logo.


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