Gamer Love escrita por NMCMsama, silentread


Capítulo 10
Quest de Erebor - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Lady: ae galerooo



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– Você devia ter nos contado. Meu priminho tendo o seu primeiro encontro! Sabe como eu me senti traído? Eu nem pude tirar foto ou mesmo, furtivamente, segui-lo para ficar observando tudo na penumbra! – Choramingou, dramático, Bilbo.

– Por isso mesmo que não contei! Não queria que o meu primeiro encontro fosse um desastre... Ainda mais, não creio que tenha sido realmente um encontro. Digo, somos apenas amigos. – Falou o mais novo do trio, e por mais que não quisesse, seu rosto estava já totalmente avermelhado.

– Sério? – Havia um tom incrédulo naquela pergunta – Eu vejo a sua cara toda vez que fica conversando com esse tal “amigo” via whatsapp... Um sorriso bobo no rosto! Seu humor melhora. Ou seja, não parece uma reação resultada unicamente do poder da amizade!

– E-eu n-não faço um sorriso b-bobo... - O rubor parecia estar aumentando em proporção e Drogo, instintivamente, olhou para o seu celular, onde as últimas mensagens de Frerin estavam na tela do aparelho. O rapaz estava comentando sobre o próximo encontro; tinham decidido assistir o novo filme dos Vingadores. O jovem Bolseiro podia ver vários emojis tolos sorridentes e dando piscadelas, e no final... Alguns corações. Seus lábios começaram a formar um sorriso. Seu coração batia rápido até mesmo com simples mensagens? E o pior, com meros emojis? Será que estava se iludindo? Afinal, Frerin poderia conseguir, facilmente, qualquer garota ou garoto que desejasse. Não queria ficar cheio de esperanças e no final despertar deste tão maravilhoso sonho para cair em um terrível pesadelo.

– A-HÁ! Aí está o sorriso! – Disse triunfante Bilbo fazendo o seu primo sobressaltar.

– I-isso não significa nada! – Tentou se defender cobrindo a boca com as duas mãos, ocultando o prova incriminatória.

Ori observava os amigos com um ar reprovativo misturado a um embaraço gigantesco. Estavam em um cyber café e, apesar de também ser um local de conversar e se divertir, Bilbo e Drogo estavam praticamente gritando um com o outro, perturbando o ambiente e chamando um tipo de atenção desnecessária.

– Pessoal... Não viemos aqui para discutir isso, não é? – Ori tentou apaziguar os ânimos dos companheiros.

– Ele que começou! – Choramingou o mais novo apontando para o primo, ainda cobrindo a boca com a outra mão livre.

– Deixa de ser infantil – Falou Bilbo com um sorriso provocador nos lábios, o que gerou meio que um rosnado de seu priminho – E Ori está certo, viemos aqui para jogar! E, sinceramente, estou ansioso por essa quest. E ainda mais, para nos unir com um outro grupo de aventureiros! Nunca fizemos isso antes...

– Verdade. – Concordou Drogo – Mas será que isso vai dar certo? Digo... Somos meio que anti-sociais da Terra-Média online!

– Eu diria que somos aventureiros solitários e legendários – Corrigiu o Bolseiro mais velho – Nós trabalhamos bem com o nosso pequeno grupo. Fizemos coisas memoráveis! Não tem nada de errado em sermos “restritos” quanto a permitir que outros jogadores entrem no nosso grupo. Somos como um “clube exclusivo”!

– Até agora. - Acrescentou Drogo, e agora era a sua vez de exibir um sorriso provocador.

– Ora, foi ideia de Ori! E eu confio no julgamento dele – Rosnou Bilbo, cruzando os braços diante do peito.

– B-bom... Então, vamos jogar? – Ori olhou para o relógio em seu celular. Estavam dentro do horário previsto por Dwalin e esperava que tudo desse certo; não gostava de fazer planos secretos em que seus melhores amigos seriam as vítimas. Contudo, tinha que se lembrar de que tudo aquilo era para uma boa causa...Haveria um desfecho feliz – assim ele pensava.

– Ok. Espero mesmo que esses jogadores a que iremos nos unir sejam fortes e não convencidos ou irritantes! – Falou, animado, o Bolseiro mais velho, já voltando sua atenção para a tela do notebook.

– Concordo com você, primo, afinal já temos você como o “convencido e irritante” do grupo; mais um resultaria em verdadeiro caos! – Riu Drogo.

– Hahaha. - Bilbo emitiu uma risada seca – Muito engraçado... Pelo menos não sou o “infantil e medroso” do grupo.

– E-eu não sou infantil! Muito menos medroso! Eu assisti a “Mulher de Preto 2” e nem precisei dormir na sua cama. Digo, não que isso fosse um hábito, ou algo do tipo.

– Óbvio que não... Afinal, agora tens o Frerin para te proteger.

Drogo ficou sem uma resposta para aquela provocação. Abria e fechava a boca sem emitir nenhuma palavra. Um placar invisível teria mostrado que a vitória daquela briga fora para Bilbo, pelo menos por enquanto.

– Pessoal... O jogo! – Sussurrou Ori em um pedido de súplica.

– Sim, sim. Rumo ao jogo! – Disse Bilbo, sorridente. Drogo apenas assentiu, ainda chateado por sua derrota.

“Bem, pelo menos consegui os fazer se concentrar na tarefa... E quanto ao Dwalin? Será que ele está se saindo bem na sua parte do plano?” Pensou, meio aflito, Ori.

~Gamer~Love~

– Não entendo o porquê de virmos aqui... – Resmungou Thorin, cruzando os braços diante do peito, claramente demonstrando como estava chateado com o que ocorria. Frerin rolou os olhos com atitude meio que infantil daquele que deveria ser seu irmão mais velho, contudo, em parte entendia a sua irritação. Ora, eles tinham bastante espaço no seu quarto. Na verdade, a tela do seu computador era suficientemente grande e também de alta definição, permitindo um maior entretenimento. Ali, no cyber-café , com os notebooks, não teriam o mesmo efeito; sem falar que também não teriam privacidade.

– Nisso eu devo concordar... Digo, poderemos ser expulsos deste estabelecimento comercial, sabia? Quando você e o Thorin começam a jogar, falam palavrões e gritam! Seria muito embaraçoso para mim. – Confessou o Durin mais novo.

– Como é? Eu não grito muito! – Rosnou o outro Durin, sem notar que acabara de levantar a voz e atrair a atenção de outras mesas.

– Viu? – Indicou Frerin, apontando para o irmão.

– Prometo que Thorin irá se comportar. – Disse Dwalin, dando um meio sorriso.

– Será que isso seria possível? – Havia um tom descrente em Frerin – Nem trouxemos a coleira dele, muito menos a focinheira.

– Droga... Sabia que estava esquecendo alguma coisa quando saí de casa. – Piscou, divertido, o membro mais alto do grupo. Frerin devolveu a piscadela, já imaginando a panela de pressão que deveria representar muito bem a cabeça do seu adorado irmão mais velho, afinal, Thorin deveria estar prestes a explodir... Não teriam que esperar muito tempo.

Três.

Dois.

Um.

– PAREM DE FALAR COMO EU NÃO ESTIVESSE AQUI! – Bradou Thorin, olhando para os seus dois amigos (pelo menos deveriam ser amigos, não? Era o que imaginava que eles eram, mas depois destes insultos estava meio duvidoso daquela amizade) com fúria.

– Shh. - Dwalin pressionou um dedo indicador sobre os lábios – Comporte-se, sim?

– Não diga para que eu...

– Eu mudei de ideia! – Interrompeu Frerin a ameaça tola do seu irmão – Acho que o cyber-café será uma experiência interessante.

– O quê? – Rosnou Thorin, se sentindo traído.

– Eu lhe disse que seria divertido! – Sorriu Dwalin que, discretamente, olhou o horário pelo relógio. Seus olhos também vagaram pelo o grande cyber-café e percebeu que Ori estava certo quanto ao fato de ali ser tão cheio de pessoas - além de ter um espaço muito amplo e com diversas salas diferentes; assim não haveria perigo que os grupos de amigos se encontrassem, pelo menos por enquanto.

– Espero mesmo que essa tal quest vale a pena... - Continuava a resmungar, Thorin, enquanto ligava o seu notebook.

– Ultimamente não temos jogado muito, não é mesmo? Pelo menos sei que vocês estão muito “ocupados”... - Provocou Dwalin, encarando seus companheiros – Parece que, finalmente, vocês irão desencalhar.

Frerin, que estava bebendo um milk-shake, se engasgou; quase sentiu a bebida sair por seu nariz. Thorin levantou os olhos da tela de seu computador para fitar o seu melhor amigo.

– Diria o mesmo de você. Seu trabalho de meio período lhe parece muito interessante, não? Sempre volta da livraria com um sorriso estranho no rosto. Fico curioso para saber o que realmente fazes lá, já que nem nos deixa visitá-lo.

– Todos nós temos nossos segredos amorosos. – Argumentou Dwalin, tranquilamente. Thorin arqueou uma sobrancelha, desconfiado da resposta.

– Galera... Viemos aqui para jogar ou para fofocar sobre romance? – Inquiriu Frerin, meio desconfortável pelo rumo o qual a conversa estava seguindo.

– Tens razão – Disse o mais alto com entusiasmo – Viemos nos divertir!

– Sim. Que seja. – Deu os ombros o Durin mais velho.

Frerin suspirou mais aliviado. Talvez um bom jogo aliviasse aquela estranha tensão que se formou; assim esperava. Aliás, quem seriam esses misteriosos jogadores os quais seriam seus companheiros de quest? Estava extremamente curioso para conhecê-los.

O título do jogo online brilhou na tela do notebook. Era o momento de adentrar no mundo virtual.


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Notas finais do capítulo

Lady: qualquer errinho, dúvida ou elogio, tamos aí o