PDV Violetta

Violetta: Preciso ir para um lugar, tudo bem? – pergunto ao León.

León: Toma cuidado. – alerta.

Violetta: Sempre. – dou um beijo nos rostos das meninas e um selinho no León.

O León emprestou a chave da sua moto e fui até o Studio. Ouço alguém cantar a música do León e começo recordar dos nossos momentos juntos.

Passo andando e, eu começo procurar pela Angie e, ela me leva para sua sala.

Angie: O que foi Vilu? – pergunta preocupada.

Violetta: Eu preciso de um conselho.

Angie: O que aconteceu?

Violetta: Eu recebi uma proposta de trabalho em outro país.

Angie: E não quer deixar sua família.

Violetta: Isso, o que eu faço?

Angie: Nisso eu não posso te dar a resposta, pois é a senhorita quem tem que se decidir. – bufo.

Violetta: Pelo menos, alguma coisa?

Angie: Siga seu coração, ele não vai falhar com você. – assinto, é um começo.

Violetta: Como foi com a mamãe?

Angie: Para sua mãe foi terrível, ela te amava e ama como nunca e o seu pai também, mas teve um momento na carreira dela que a mesma precisava escolher o que queria. – suspiro.

Violetta: O que aconteceu depois?

Angie: Ela fez um último show, porque ela sabia que não suportaria não te ver crescer, mas ela confessou que depois voltaria para aquela vida, pois...

Violetta: “Cantar é o que sou”. – recito a frase da minha mãe.

Angie: Você é nova, tem a vida toda pela frente, mas agora vai ter que escolher entre a família ou a carreira, e qualquer decisão que decidir eu sempre estarei ao seu lado.

Violetta: Obrigada. – a abraço e ela retribuiu.

Angie: Tem um lugar que você vai gostar de ir. – me dá um papel com endereço e uma chave.

Violetta: O que é isso?

Angie: Vai lá e descobre. – beijo sua bochecha e saio do Studio.

Dirijo até o endereço, e vejo uma loja de música. Eu entro e a pessoa logo diz para eu entrar numa porta se eu tiver a chave. Abro a porta e encontro algumas coisas da minha mãe, como instrumentos, partituras, discos de ouros, etc.

Vendedor: São suas. – diz.

Violetta: Tudo bem, amanhã eu posso vim buscar? – ele assente – Valeu.

Vou até a praça e sento no banco. Seguir minha carreira agora como uma atriz é uma proposta tentadora, pois minha mãe mesmo sabendo que pararia um tempo, a música sempre foi uma parte dela que ninguém podia apagar.

Escuto uma melodia de um violão e olho para frente. Encontro o León tocando Nuestro Camino. Vou até ele e sento ao seu lado.

Eu já tenho a decisão, mas precisava de uma resposta. Ele me olhava e eu via que nos seus olhos, que o León sentia medo.

Violetta: León, antes de qualquer coisa, você me ama?

León: Amo e, muito. – sorri.

Violetta: Faria qualquer coisa por mim?

León: Sempre.

Violetta: Então, ainda aceita se casar com essa jovem rebelde?

León: Você decidiu ficar? – assinto – Não vai se arrepender depois?

Violetta: Como poderia? Meu lugar é ao seu lado.

León: Eu ainda aceito me casar com você, meu amor.

Violetta: Certeza?

León: Nunca tive tanta certeza na minha vida. – sorriu e retribui.

Violetta: Dessa vez sem nada para nos atrapalhar.

León: Que não conseguimos resolver. – ri e, vi a sua aliança ainda no dedo.

Violetta: Nunca tirou?

León: Não, nunca. – responde então tiro o colar que sempre guardo por dentro da roupa de cima.

Violetta: Eu também não.

[...]

Bom, dessa vez não iriamos fazer nada escondido, organizamos a festa de noivado na mansão. Claro que eu tive ajuda das garotas depois de ouvir discursões.

Então, chegou o dia do noivado, a Olga tinha arrumado as meninas, o que eu agradeço. Tomo um banho relaxante na banheira com sais aromatizantes, e saio do meu banheiro com a toalha em volta do corpo.

Violetta: O que fazem aqui? – pergunto encontrando as garotas.

Emily: Sabe como é, a gente fazer de você uma boneca. – riram.

Violetta: Muito engraçado! – forço uma risada as fazendo rir mais.

Francesca: É um dos dias para rir. – sorri.

Violetta: Tudo bem.

Ludmila: Oba.

Violetta: Mas, se eu aparecer como uma Barbie, Ludmila, o Fede vai ter quer me perdoar por não ter mais namorada.

Ludmila: Também te amo. – reviro os olhos.

Elas me arrumaram e disse para eu olhar no espelho quando as mesmas saíssem. Por favor, que eu não apareça uma Barbie. Quando eu ouço a porta bater, abro os olhos e me olho no espelho. Espanto-me e fico surpresa, eu tenho que admitir que elas me surpreenderam dessa vez.

Meu cabelo estava com uma trança de lado com pedrinhas enfeitando em todos os vão do buraco que minha trança formava e uma tiara de diamantes. E um vestido de cor pérola que elas nem tinham me deixado ver até agora.

E, antes pus a pulseira que meus pais me deram. Respiro fundo e abro o meu caderno de música, vejo uma foto da minha mãe comigo quando eu era bebê.

Violetta: Eu te amo, mamãe, obrigada. – agradeço.

Maria: Não por isso, filha.

Violetta: Ainda vai continuar aparecendo para mim. – nega com a cabeça.

Maria: Está na hora de eu descansar.

Violetta: Está orgulhosa de mim? – pergunto receosa.

Maria: Seu pai e eu estamos principalmente pela pessoa que se tornou. – assinto, ela beija o topo da minha cabeça e depois desaparece.

Sorri. Fecho o caderno guardando a foto e, desço as escadas. Todo mundo me olha, com expressão de surpresos, abaixei a cabeça e vi o León com a mão estendida no final da escada.

León: Está linda. – diz quando eu pego sua mão.

Violetta: Devo dizer o mesmo, Vargas. – ele riu.

Cumprimentei as pessoas e fomos para o jardim onde ocorria a festa. Vi pessoas que me chamaram atenção, eu olho para o León que assente beijando minha testa.

Corro graciosamente até eles e abraço primeiro as meninas depois os rapazes.

Zack: Finalmente, a banda junta novamente. – ri.

Violetta: É meu querido Zack, faz um tempo.

Emily: Tem alguém louco para te ver. – a olhei, confusa.

Violetta: Quem?

XXX: Está linda como sempre. – reconheço essa voz.

Violetta: Lio? – me pega no colo e me roda, mesmo eu batendo nele.

Lio: Como está?

Violetta: O que você acha?

Lio: Radiante.

Violetta: E, você como foi sendo mochileiro?

Lio: Conheci cada país diferente, cultura e costume, mas sentia falta daqui.

Violetta: Por quê? – pergunto.

Lio: A loucura dessa cidade.

Violetta: E pensar que essa cidade já foi calma.

León: Posso pegar minha noiva emprestada? – me pega pela cintura, eu percebi os dois se fuzilando.

Jura?! Tudo menos, briga...!