Roxy: Não, eu que peço a distraída sou eu.

León: Nova por aqui?

Roxy: Acho que sim. – respondo.

León: Sou León.

Roxy: Roxy.

León: Preciso ir, mas quem sabe senão nos esbarramos novamente.

Roxy: Claro.

Encosto-me à parede e respiro aliviada. Ainda bem que ele não me reconheceu, recebi uma mensagem do Nate – que nem sei como chamo de amigo, aquele conquistador barato – e, ele pediu para eu voltar já que teríamos uma reunião hoje com outra banda.

Pego um táxi e vou para casa. Encontro o pessoal, dou um aceno e vou até o quarto da Aurora. Ela estava brincando com sua casa de bonecas.

Roxy: Oi meu amor. – digo e ela vem até a mim.

Aurora: Mãe. – me abraça e eu a pego.

Roxy: Almoçou? – assente – E, sua irmã?

Aurora: O tio Nate conseguiu com que ela comesse um pouco. – sorri fraco.

Roxy: Santo Nate. – rimos.

Aurora: Alguém te reconheceu? – na nossa família é proibido mentiras ente mim e as meninas, então eu contei o meu segredo e para crianças de quatro anos, as mesmas compreenderam.

Roxy: Não, princesa. – ela sorriu e a pus de novo no chão – Vai brincar.

Aurora: Ok.

Vou para o quarto da Jennifer e a vi lendo algum livro de terror escutando música.

Roxy: Jenny? – a chamo olhando em seus olhos.

Jennifer: Oi mãe. – tira os hadfones.

Roxy: Sua irmã me contou que comeu um pouco.

Jennifer: Linguaruda. – cruzo os braços e a olhei, séria – Desculpa.

Roxy: Por que não quer comer? – pergunto sentando em uma poltrona perto da sua cama.

Jennifer: Porque eu sou gorda. – ri e, neguei com a cabeça.

Roxy: Não, você não é gorda.

Jennifer: Você é suspeita de falar.

Roxy: Mas, eu não minto nem para você ou sua irmã.

Jennifer: Tudo bem. – se rendeu e sorri.

Roxy: Não vou te forçar comer muito, que assim você piora, mas só tenta comer de pouquinho em pouquinho até você ver que é capaz de superar essa doença.

Jennifer: Você é a mãe mais legal do mundo. – me abraça.

Roxy: Eu sei, agora vou deixar você lê. – beijo o topo da sua cabeça e chego perto da porta.

Jennifer: Mamãe? – virei para ela.

Roxy: Oi?

Jennifer: Eu te amo.

Roxy: Je t'aime aussi. – digo e, ela sorri. (Também te amo).

Encontro com a Fausta que disse para eu me trocar, ela era meio que estilista da banda, eu tentei dizer que era só uma reunião, mas a mesma nem me ouviu. Empurrou-me para o quarto e disse para eu tomar banho e me trocar.

Tomei banho morno já que estava na época do outono, e pensar que L.A só fazia sol. Então, vai ser um pouco difícil de me acostumar, e me vesti.

Desci as escadas, encontrei o Nate junto da Fausta e do Beck. Nossa governanta disse que tomaria conta das meninas, pego minha bolsa e, pelo que o Nate disse, nós iriamos encontrar a banda no Starbucks.

Roxy: Poderia me falar o porquê da gente se unir a outra banda? – pergunto no banco de trás do carro.

Nate: Porque se você não sabe, vários fãs iriam adorar um show. – reviro os olhos.

Roxy: Ok.

Ponho os meus óculos escuros e entro com eles na cafeteria. Ele vai até um grupo de amigos, quando eu olho paraliso por um tempo, mas me recomponho.

Nate: Você deve ser o León. – diz e, ele assente – Como você sabe eu sou Nate, ele é o Beck, a loira é a Fausta e a do cabelo rosa, Roxy.

León: A gente já não se conheceu? – tiro os óculos.

Roxy: Ah, o rapaz com quem eu trombei na rua.

León: Isso, esses são os meus amigos e colegas de banda, Federico, Andrés, Broduey e Maxi.

Eles começaram falar e, pelo que eu observei o Andrés se interessou pela Fausta, deu vontade de rir. Espera, será que ele terminou com a Emily, ou a mesma terminou. Porque eu amava minha amiga, mas ela não batia muito bem da cabeça quando se tratava de rapazes.

Fausta: Roxy? – me chama e ficam me olhando.

Roxy: Oi?

Fausta: Está com a cabeça onde? – pergunta.

Roxy: No meu mundo. – respondo arrancando risadas.

León: O Nate falou que é compositora.

Roxy: Hm... Sim.

Nate: Então, tudo combinado?

Maxi: Sim.

Broduey: A gente se encontra para ensaiar na garagem do León amanhã?

Beck: Manda mensagem com endereço que 15h30min estamos lá.

Dividimos a conta, peguei a chave com o Nate e o mesmo me olhou indignado.

Nate: Ei! – estávamos fora da cafeteria.

Roxy: Você, dirigi feito uma garota, então eu dirijo.

Nate: Então, você, dirigi feito homem.

Roxy: Muito original.

Fausta: Dá para parar vocês dois, amor e ódio andam lado a lado, então é bem capaz de vocês se amarem.

Roxy: Ah, tá. – digo.

Entro no carro e, voltamos para casa. Vejo as meninas assistindo filme, beijo o topo da cabeça delas e os dois palhaços vão para sala de música.

Fausta: Roxy?

Roxy: Hm?

Fausta: Faz o seu bolo de chocolate com morango. – pede e as meninas me olham com o mesmo olhar da Fausta, reviro os olhos e assinto.

Faço o bolo e, antes dele estar pronto. Ponho calda quente de chocolate e o decoro com morango em volta. O deixo esfriar por um tempo, e chamo-os.

[...]

Os rapazes disseram que era para nós irmos à frente, nem sei por que estou indo, eles vão ensaiar e não fazer música, eu hein! O León atendeu a gente na garagem e a Fausta explicou, e como o resto da banda não tinha chegado.

León: O Nate disse que era uma bela compositora, poderia ouvir uma música sua vinda de você.

Roxy: Melhor não, eu sou péssima cantando.

Fausta: Péssima, se o jeito que você canta é péssimo então, adoraria também ser assim. – a olho mortalmente sem ninguém ver.

León: Por favor. – pede.

Roxy: Tá. – ele entrega seu violão à Fausta.

León: Linda voz.

Roxy: Ah... Tudo bem. – digo.

León: Por que não faz dueto com Nate nos shows ou participa?

Roxy: Sei lá.

León: Se daria bem. – abaixo a cabeça, ele ainda tinha um grande efeito sobre mim.

Roxy: Fobia de palco. – você é um gênio.

León: É uma pena.

Fausta: Quem é ela? – vejo a Alice.

León: Roxy e Fausta, essa é minha namorada Alice. – aceno.

Alice: Então, você que está por trás das músicas que o Nate canta?

Roxy: Bom, se dizem. – eles riram.

Depois os rapazes chegaram juntamente com aqueles dois palhaços. Eles ensaiam, em vez de ir para casa com pessoal, eu vou dar uma volta. Sento em um banco e fico o olhando para o nada, ele está namorando, então seguiu em frente como pedi. Só não pensei que ia me doer tanto.

León: Você está bem?

Roxy: Por que eu não estaria?

León: Desculpa por te incomodar.

Roxy: Para você vim até a mim, porque precisa de alguma coisa.

León: É vidente?

Roxy: Quem dera, mas sou perspicaz.

León: Vim te pedir o telefonema da Fausta.

Roxy: Vou adivinhar tem alguém da banda interessada nela? – assentiu – Andrés?

León: Tem um bom poder dedução.

Roxy: Pode ser, mas toma. – entrego o telefone da Fausta – Só uma pergunta?

León: Qual seria?

Roxy: O Andrés não se apaixonou pela Fausta, né? – pergunto.

León: Talvez, por quê?

Roxy: Então, melhor ele cair fora, a Fausta não é do tipo que fica no relacionamento por muito tempo e todos os rapazes que ela namorou, a maioria foi embora com coração partido.

León: Obrigado pelo aviso.

Roxy: Não tem de quê.

Eu me levantei do banco, me despedi do León com um aceno até que começa chover. Maravilha! Corro para perto de uma árvore só que tropeço e fiquei esperando, isso sempre acontece comigo. Só que um rapaz de olhos castanho-esverdeados me olha e sinto seus braços em mim. Sinto um choque elétrico percorrer pelo meu corpo e ele me põe de pé. Isso foi como um deja vu.

Roxy: Valeu. – e sai andando.

León: Espera. – finjo não escutar só que ele é persistente e vem até a mim – Mora perto?

Roxy: Não.

León: Meu apartamento é próximo daqui, pode ficar lá até o temporal passar.

Roxy: Não, eu gosto da chuva.

León: Deixa de ser marrenta. – o olho, mas ignoro e ando pela calçada – Não me faça ter que te pegar.

Roxy: Você não se atreveria.

León: Não? – assinto – Isso que vamos ver. – ele me pega no colo e segurei minha peruca.

Roxy: Tá, eu vou. – ele me põe no chão e sorri – Idiota!

León: Mas, consegui o que queria.

O sigo quieta e entramos em seu apartamento. Fico olhando seus retratos, mas um me chamou atenção. Ele com uma garota, mas não era a Alice. E, sim eu, a Violetta, obvio.

Roxy: Quem é ela? – ele entende ao que eu refiro.

León: Ninguém. – diz grosso.

Roxy: Foi mal.

León: Desculpa, eu fui grosso com você, mas respondendo sua pergunta...

Roxy: Não precisa.

León: Eu sei, mas eu quero. – assinto – Era uma pessoa muito especial para mim, mas ela se foi.

Roxy: Sinto muito. – eu queria falar para ele quem eu era, mas eu estou com medo de que alguma coisa de ruim aconteça.

León: Conte-me um pouco sobre você.

Roxy: Sobre mim? – pergunto.

León: É assim nós passamos o tempo, enquanto chove.

Roxy: O que quer saber?

León: O que poder contar. – sorri.

Roxy: Morei em Los Angeles por quatro anos, no começo eu trabalhava numa loja de música, depois de um tempo me tornei compositora.

León: Então, foi assim que umas das melhores músicas nasceram. – coro.

Roxy: Mas, e você?

León: Tenho origem mexicana, desde o tempo no Studio, uma escola de música que formei uma banda lá, então tudo deu certo e a banda continuou.

Roxy: Se tornaram umas das melhores bandas que existe? – faço a mesma brincadeira, rimos.

Quando a chuva parou, ele fez questão de me levar em casa mesmo eu retrucando.

Roxy: Sua namorada não vai ficar com raiva de você ter levado quase uma estranha para sua casa?

León: Eu não deixaria nenhuma donzela na chuva. – o olho.

Roxy: Nem vem com essa, donzela, jura?

León: Deixa-me adivinhar dessa vez. – diz dirigindo até minha casa depois de eu ter dado o endereço.

Roxy: Manda.

León: É uma daquelas garotas independentes, rebeldes e marrentas?

Roxy: Sim, na maior parte do tempo. – digo até que vejo que estamos na porta da minha casa – É aqui.

León: Então, está entregue.

Roxy: Quer entrar? – pergunto depois de ele abrir a porta para mim e eu estava perto demais do seu rosto.

León: Só se você me oferece um copo d’ água. – ri, então assenti.

Entreguei a água para ele e ficamos conversando. Ouço a porta principal sendo aberta e vejo dois vultos correndo até a mim.

Jennifer: Mãe, o show foi maravilhoso. – olho para o Nate, confusa.

Nate: De nada. – droga!

Roxy: Desculpa, esqueci.

Aurora: Percebemos. – diz olhando para o León.

Roxy: Aurora! – enrubesço – Quem tem colocado essas ideias na sua cabeça?

Aurora: Tirando o tio Nate, a tia Fausta. – responde e olho mortalmente para o Nate.

Roxy: Hm... León, essas são minhas filhas, Aurora e Jennifer. – apresento – Meninas, esse é um amigo León.

Nate: Nossa já são amigos tão rápidos? – senti um tom de malícia, pego uma almofada e ataco nele.

Jennifer: Vou para o meu quarto. – acena.

Aurora: Também, e foi um prazer te conhecer León. – diz e, sobe as escadas.

Nate: Como eu estou segurando vela, vou sumir. – sai da sala.

Roxy: Desculpa por isso. – peço.

León: Todos os dias assim?

Roxy: Tem dias piores. – respondo.

León: Então, deve ser divertido. – rimos.

Roxy: Obrigada por hoje.

León: Eu que agradeço pela companhia. – diz – Aparece amanhã na garagem, eu acho que os rapazes iriam gostar da sua música e podemos acrescentar no show.

Roxy: León, melhor não, além do mais eu tenho medo de palco, lembra?

León: Não tem, o único medo é mostrar para o mundo o seu talento e dom.

Roxy: León!

León: Não recebo “não” como resposta. – e saiu da minha casa.

PDV León

Sai de sua casa e voltei para o apartamento, encontro Alice parada e quando me viu, sua cara era raivosa. Vai começar tudo de novo.

Alice: Onde estava? – pergunta.

León: Por aí. – respondo.

Alice: Nem percebi. – ironizou, e entramos nos elevador – León, qual problema?

León: Qual problema? Alice, quando falei que tentaria ter um compromisso, eu disse que não estaria 100%, porque eu nunca vou amar alguém como a Violetta, você aceitou isso, lembra?

Alice: Sim.

León: Então, respeite o meu espaço.

Alice: León?

León: Melhor você ir embora, amanhã a gente se fala.

Entro no meu apartamento e, deito na cama. Fico deitado até que lembro uma coisa que a Violetta me falou quando nem éramos namorados.

Flash Back On:

Violetta: Você não a ama, né? – pergunta.

León: Por que está falando isso? – rebato.

Violetta: Porque você a trata com se ela fosse como qualquer. – responde simplesmente.

Flash Back OFF.

E, a história está se repetindo. Quando vi a Roxy e senti aquela corrente elétrica, era mesma coisa que eu sentia perto da Violetta, não posso me apaixonar. Eu já segui em frente, só não quero seguir a vida amorosa, porque nunca vou encontrar ninguém como ela.

Quando olhei as filhas da Roxy, eu tive impressão que mais educada, se parecia comigo, mas devo estar alucinando. Soco o travesseiro e durmo.

Amanhece, faço minha higiene matinal e me troco. Pego uma maçã e vou correr. Fico uma hora correndo até ouço uma buzina, olho para o lado e vejo a Roxy, sorrindo.

Roxy: Qual é cara, vai ficar aí morrendo de fome? – ela abre a porta do carro e hesito – Que foi? Eu não mordo, se eu não fiz isso da primeira vez por que eu faria da segunda?

León: Alguém acordou de bom humor? – entro em seu carro.

Roxy: Ao contrário, estou no humor do cão.

León: Então, temos conceitos diferentes sobre humor.

Roxy: Só estou tentando rir ou me divertir do que pensar nas minhas filhas numa escola nova.

León: Elas vão se sair bem.

Roxy: Isso que me preocupa.

León: Agora eu estou confuso. – ela parou na frente do meu prédio e me olhou.

Roxy: A Aurora é um doce de criança e bem educada quando ninguém mexe com ela ou sua família, mas a Jennifer é meio explosiva e rebelde, então tenho medo de que ela faça alguma coisa se a provocarem.

León: Pela primeira vez na escola?

Roxy: Sim, por isso estou tentando me distrair.

León: Poderia tomar café comigo. – sugiro.

Roxy: Não, eu preciso voltar e terminar de compor, eu não levo a vida como um astro do rock.

León: Não leva porque não quer.

Roxy: Isso joga na minha cara. – se faz de ofendida, e rimos.

León: Vejo-te às 15h00min? – pergunto.

Roxy: Se eu não tiver nada melhor para fazer. – responde.

León: Então, eu vou ter que te buscar.

Roxy: Sonha! – acenou e foi embora.

Vi o seu carro sumir como um vulto, eu entro no meu apartamento e vou tomar banho. Visto-me e vou preparar as coisas para o café da manhã.

PDV Roxy

Fui com a Fausta na garagem do León no horário marcado, a Fausta só está indo porque não tinha nada para fazer. Chegamos, vejo o pessoal.

Roxy: Oi. – eles nos olham.

León: Você veio.

Roxy: Eu não queria que aquela ameaça se concretizasse. – ele sorriu.

León: Oi Fausta.

Fausta: Oi.

León: Então? – bufo.

Roxy: Tá, Fausta me ajuda.

Fausta: Como sempre. – balanço a cabeça e ela pega o violão.

Eles saíram me deixando sozinha com León, até a Alice, pois iriam comprar comida. Ponho o cabelo atrás da orelha. E, recebo uma ligação pelo que vi no identificador de chamadas, era da escola. Ah, não!

León: Tudo bem?

Roxy: Avisa para o pessoal que eu tive que ir. – falo e pego minha bolsa.

León: É grave?

Roxy: Não. – minto.

León: Sei.

Roxy: A gente se vê. – aceno e saio de sua garagem.

Dirijo até a escola delas e estaciono o carro. Ando até diretoria e vi a Jennifer olhando para diretora com ódio.

Roxy: Posso?

Diretora: Claro, Srta. Thorne. – sento na cadeira perto da minha filha.

Roxy: O que houve? – pergunto.

Diretora: Ela brigou com uma colega.

Roxy: Por quê? – olho para Jennifer.

Diretora: Isso ela não disse, só vimos sua filha em cima de uma colega puxando seu cabelo.

Roxy: Diretora, eu posso falar com minha filha a sós?

Diretora: Claro.

Ela saiu da sala pisando duro. Reviro os olhos, a Jennifer me encarava do mesmo jeito que eu a encarava. Cruzo os braços e respiro fundo.

Roxy: Explica.

Jennifer: Aquela Barbie me provocou pelo meu estilo e depois falou que eu não tinha pai.

Roxy: Olha para mim. – ela me olha – Não liga para o que falam, sabe por quê? – ela nega – Porque são um bando de invejosos que os pais nem tiveram tempo para educar.

Jennifer: Estou de castigo? – olhei ao redor e vi que não tinha nenhuma câmera.

Roxy: Sem computador por uma semana.

Jennifer: Eu sobrevivo.

Roxy: Eu sei.

Diretora: Então, qual vai ser o castigo dessa jovenzinha?

Roxy: Primeiro que a colega dela disse coisas horríveis, então eu vou saber se deram algum castigo ou não, e minha filha vai ter um castigo quando chegarmos a casa.

Diretora: Tudo bem.

Roxy: Posso buscar minha outra filha?

Diretora: Claro, eu vou mandar alguém chamá-la.

Roxy: Não precisa.

A Jenny me indicou a sala e chamei minha filha dizendo para ir embora. Ela assentiu, pegou suas coisas e se despediu das colegas. Balancei a cabeça, então Aurora me abraçou e depois a irmã.

Fomos para casa e, elas foram para o jardim. Pedi comida chinesa, quando chegou, eu paguei e fui até elas.

Aurora: Obrigada, mãe.

Roxy: Tirando o dia divertido da sua irmã. – rimos – Como foi o seu?

Aurora: Legal, eu fiz amigos e aprendi coisas novas.

Ficamos lá conversando e rindo no jardim, marcam 22h49min, as ponho na cama e o resto do pessoal deve estar farreando por aí. Pego violão e fico dedilhando.

Equalize

Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito

Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho
Tão de perto

Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado

E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais

Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar

E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

Roxy: O que faz aqui?

León: Eu quero te conhecer Roxy. – o olho sem acreditar.

Roxy: León, somos amigos, lembra?

León: Também achava isso, mas o pessoal até a Fausta abriu os meus olhos.

Roxy: Como assim?

León: Estou criando sentimentos profundos por você. – paraliso.