Cómo Quieres/ Underneath It All escrita por BellaBlanco


Capítulo 22
Que no van a pasar/ Decisões


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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PDV León

Sr. Vargas: Filho? – pergunta e reviro os olhos.

León: Tem mais algum? – convivência com a Violetta, faz isso.

Sr. Vargas: Entra. – diz e entro na casa – Ah querida, esse é o meu filho León, e filho essa é minha namorada Lisa.

Lisa: É um prazer em conhecê-lo. – diz estendendo a mão e ignoro.

León: Que pena, eu não poder dizer o mesmo. – falo grosso.

Sr. Vargas: Como você está, e a sua irmã? – perguntou.

León: Cale a boca. – mando.

Sr. Vargas: Nossa finalmente cresceu e não é mais aquele garotinho. – riu.

León: O que você queria com a minha mãe, desgraçado? – pergunto direto na lata.

Sr. Vargas: Por que eu diria?

León: Porque eu estou com uma vontade absurda de fazer você levar uma bela surra. – respondo com raiva.

Sr. Vargas: Ah, filho, tornou-se corajoso. – diz com arrogância e me entregou uma lata de cerveja – Aceita?

León: Não. – nego.

Sr. Vargas: Mas, antes de eu te responder o que tanto quer, está na hora de termos uma conversa de pai e filho. – arqueio a sobrancelha.

León: Se eu não tenho outra opção. – sento no sofá e ele sentou no outro de frente para mim.

Sr. Vargas: Como anda seu namoro com a Violetta Castillo?

León: Como sabe dela? – rebato.

Sr. Vargas: Ah, León. Volta um pouco tempo e assim vai descobrir a verdade. – responde.

León: Como assim?

Sr. Vargas: Você vai entender, só precisa de um tempo sozinho. – fico confuso – Quando tiver as respostas, eu estarei aqui.

Volto para o hotel depois daquela conversinha. A única dica que ele me deu, foi começar pelos os meus diários. Procuro no fundo da mala, os meus diários e, eu pego do ano de 1997.

18 de dezembro de 2001.

Faltava um dia para o meu aniversário, e percebi nesses dias que o meu pai andava estranho. Estava passando pelo corredor e ouvi meu pai falar exaltado. Encostei-me a parede e fiquei ouvindo a conversa.

“Eu não quero saber!” – diz irritado ao homem em sua frente.

“Tem certeza que você quer fazer isso?” – pergunta o homem todo engravato sério.

“É preciso nem que demore um tempo”. – diz meu pai com uma voz autoritária.

Eles estavam saindo do escritório, então me escondi. Fico o dia inteiro pensando o motivo de meu pai estar exaltado, era como se tivesse escondendo alguma coisa.

19 de dezembro de 2001.

Era o dia do meu aniversário de dez anos, e como sempre minha família fez uma festa. Desci as escadas e como sempre uma festa da alta sociedade, mas vi uma garota sentada no canto como se olhasse tudo com repulsa. Chego perto dela e vi que ela me olhou meio como se eu não tivesse importância.

“Oi”. – digo.

“Oi”. – diz fria e olho ao redor.

“Não gosta da festa da alta sociedade, né?” – pergunto me sentando em uma cadeira de frente para ela.

“Diga-me uma coisa que eu não sei”. – pede revirando os olhos.

“Essa me pegou.” – ela riu.

“Sou Violetta”. – diz.

“Sou León”. – me apresento.

“O tal do aniversariante?” – pergunta.

“Podemos se dizer que sim.” – ela balançou a cabeça sorrindo.

“Então, parece que em famílias normais, as festas são mais com tema de criança”. – ela diz levantando e a segui.

“Quem me dera nascer numa família normal”. – digo – “Quer dar uma volta?” – pergunto e ela olha para mim.

“O que estamos esperando?” – pergunta arqueando a sobrancelha.

“É claro”.

Fomos até o jardim e sentamos no balanço, fiquei vendo a festa pela janela e bufei. Então, ela percebeu aonde eu olhava e depois me olhou como se compreendesse.

“Família é mais complicada do que tudo, mas amamos com suas qualidades e defeitos”. – diz se balançando.

“Então, parece ser a única que me entende”. – digo.

“Não somos crianças normais”. – fala, e ela tinha razão.

“Acho que nunca seremos.” – comento.

“Nunca!” – afirma.

21 de março de 2004.

Passaram-se quatro anos e hoje era aniversário de treze anos da Violetta, tínhamos nos tornados amigos, na verdade melhores amigos inseparáveis. O mais estranho é que tínhamos estilos diferentes, mas mesmo assim nada atrapalhou nossa amizade. Eu tinha comprado um colar do infinito, é isso que significava nossa amizade, no entanto como os seus pais a levariam para Buenos Aires visitar a avó e a tia, e comemorar seu aniversário lá. Fiquei a semana tentando falar com ela, mas a mesma não retornava as ligações ou as mensagens. Era sábado e eu estava indo para cozinha procurar algo para comer.

“Como deixaram a filha deles escaparem?!” – fico de novo escutando.

“Não sei, foi até é um milagre ela ter sobrevivido” – responde o mesmo cara naquele outro dia.

“Milagre?” – pergunta o meu pai confuso.

“Não tinha como ela escapar da morte, parecia tão surreal, além de o carro bater ao deles e o mesmo carro cair de um penhasco”. – responde.

“Isso sim, é um milagre”.

Saio de lá e pelo que eu entendi, meu pai matou pessoas e se preocupava com a filha do casal que sobreviveu a um acidente fatal. Senti o meu celular vibrar e vi uma mensagem da Violetta.

Encontre-me no Central Park, é urgente!

Encontrei-a e sua aparência não era uma das melhores, estava pálida, abatida, com olheiras, magra e prestes a entrar em estado de choque.

“Vilu?” – ela me olhou nos olhos e desviou o olhar – “O que houve com você”.

“Só me abraça” – pede e abraço ela, então a mesma encosta sua cabeça no meu ombro.

“Shh, vai ficar tudo bem, pequena”. – beijo o topo da sua cabeça.

“Não vai, e nem sei se algum dia ficará”. – fala.

“Se você não me falar, não posso saber o que está acontecendo com você”. – ela respira fundo.

“Os meus pais morreram, León”. – seguro sua face com as mãos, e ela me olha, mas depois se senta perto do lago.

“Como?” – pergunto me sentando ao lado dela.

“Acidente de carro”. – responde sem emoção, era como se ela tentasse não sentir o sentimento perda e não querer chorar.

“Você estava?” – ela assentiu – “Como escapou?” – vejo que ela abaixou a cabeça e ficou encarando o lago.

“Eu não sei, numa hora vi um clarão e caindo em um penhasco, e no outro o hospital”. – responde.

“Eu lamento pequena”. – digo.

“Eu sei”. – olha ao redor e sorriu triste – “Eu devia ter acreditado em você sobre o Tomás”.

“Está tudo bem”. – digo com convicção e ela nega.

“Nossa amizade é pra sempre, tenho certeza. Mesmo que um dia paremos de nos ver, é pra sempre; ainda que sigamos rumos diferentes, é eterno. Você me fez enxergar que existe pessoas que valem a pena lutarem e sofrer juntos. Eu amo você”. – ela encostou a cabeça no meu ombro.

“E isso é para você”. – coloco o colar nela e a mesma dá um meio sorriso.

“Obrigada León, é muito lindo”. – ela me deu um beijo na bochecha e volto deitar a cabeça no meu ombro.

“O que aconteceu com você para ter saído, foi um tipo de ‘milagre’?”. – pergunto desconfiado.

“Tipo isso, e isso é meio apavorante”. – responde

Jogo os diários para longe, meu pai tentou matar os pais da Violetta e a mesma. Ligo para o Peter já que ela não me deu o número do seu novo celular, e a única coisa que ele me disse foi “Vai para o inferno, Vargas”.

Volto para a casa do meu “querido papai”, e dessa vez não uso a campainha. Arrebento a porta e vejo a moça ruiva arregalar os olhos, eu vou até o meu pai e ponho-o contra parede.

Sr. Vargas: Foi rápido. – diz.

León: Dê-me um motivo de não entrega-lo a policia ou te matar. – aperto seu pescoço.

Sr. Vargas: Filho, se você for agir por amor a Violetta além de entregar a minha cabeça, você vai... – ele sorriu.

León: Vou o quê? – pergunto.

Sr. Vargas: Entregar a cabeça da sua mãe e desgraçar mais do que eu desgracei a família.

León: O quê? – pergunto irritado.

Sr. Vargas: Sua mãe sempre soube de tudo, mas não contou nada porque não queria arruinar a família. – o solto.

León: É mentira, só pode ser mais uma mentira sua. – ele riu.

Sr. Vargas: Garoto patético. – diz – E sabe a Lara, sua primeira namorada que você a tratava como qualquer? – assinto – Essa é a tia dela. – aponta para ruiva.

León: O que a Lara e a família dela têm haver com isso? – pergunto.

Lisa: Temos tudo haver já que a mãe da Lara morreu por causa dos Castillo, e a proposito eu sou a tia da dela, idiota.

León: E a Lara sabe?

Lisa: Sim, e amou a ideia de ameaçar a Violetta colocando sua vida em risco.

León: Vão se ferrar. – falo e dou uma joelhada no estomago do meu pai.

Saio de lá e vou até o primeiro bar que vejo e começo beber. Eu estou furioso com todo mundo mentindo para mim e me enganando. Chego ao HOTELcambaleado e me jogo na cama tanto que acabo caindo no sono.

PDV Violetta

Estava dirigindo em alta velocidade, e eu ficava tentando processar a informação na minha cabeça. Lembro de uma vez que eu conversei com o meu pai, era família e honra a base de tudo. Volto para casa da Emily e fico sentada na beira da piscina, quero entender de algum jeito tudo isso.

Germán: Filha, eu sei que não quer fazer isso, mas é a honra da nossa família que está em jogo. – diz se sentando ao meu lado.

Maria: Não liga para o seu pai, a única coisa que eu te peço, querida, é seguir o seu coração.

Germán: Claro, ela ser namorada do cara que cujo pai nos matou.

Maria: Deixa a nossa filha fazer as suas próprias escolhas. – diz ela beijando o topo da minha cabeça.

Germán: Sim, para quê? Ele no futuro acabar magoando profundamente nossa filha, mais do que ela está.

Violetta: Cala a boca, os dois. – mando e eles desaparecem.

Tomo banho, pus o pijama e fiquei na cama pensando. Minha família ou amor? Amor ou a minha família?

Odeio literalmente minha vida. Ligo para o celular do Tomás e o mesmo atende, depois desligo na cara dele. Vejo que ele em sua cidade natal, Madrid, muito obvio.

Como eu não tinha desfeito a mala e a pus no meu carro, dormi e eu não tinha mais pesadelos sobre eu ser assassina, agora por eu desonrar a família e sujar o nome Saramego Castillo.

[...]

Era de manhã e o dia já estava ensolarado, o povo deve ainda estar dormindo, então desci as escadas e pego uma maçã depois de ter me vestido e tomado banho.

Mary: Não somos assim tão burros. – diz e me viro para eles.

Zack: Queremos ir com você. – nego.

Dean: Não pode nos impedir. – arqueei a sobrancelha e fui para o meu carro.

Emily: Não, senhorita, amigos estão nas horas ruins e pode ter certeza que não vamos te abandonar. – respiro fundo e aponto a cabeça para o carro.

Chegamos ao jatinho particular da família da Ems, e fiquei de braços cruzados depois de falar para o piloto o destino.

Mary: Ei, não fica brava com a gente, pois a única coisa que queremos mostrar que você não está sozinha. – sorri.

Emily: Além do mais, pode esquecer que não largaremos do seu pé.

Depois disso, a viagem foi toda em silêncio e chegamos lá. Hospedamo-nos no HOTEL, isso começou virar rotina, deixo a mala lá.

Dean: Onde pensa que vai? – apontei para porta de saída – Nós vamos com você. – neguei com a cabeça.

Emily: Vilu? – sai pela porta.

Estava na hora de umas verdades. Vou até o seu endereço e observo que ele estava sozinho no quarto já que eu olhava pela janela do quarto em cima de um galho da árvore. Pulo a janela, então ele arregalou os olhos.

Tomás: Que surpresa! Estava me perguntando quando você veria.

Tomás: Quer respostas sobre o seu passado, princesa? – engoli em seco e estava sentindo nojo.

Violetta: Fica longe de mim! – gritei e ele sorriu se afastando.

Tomás: O que quer saber? Quem sabe da suposta meia irmã?

Violetta: Quem? – olhei séria para ele.

Tomás: Pronta para revelação, sua meia - irmã é Lara Lafontaine Castillo.

Pronto! Tem como minha vida piorar ainda mais, mas que inferno!


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Notas finais do capítulo

E agora, como a Violetta saíra dessa? Comente, favorite e dê sugestões! Kisses!



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