Acordei em uma sala escura e com cheiro de enxofre. Tentei ver alguma coisa na sala, mas toda a luz vinha de uma lâmpada fraca no teto. Tentei andar, mas tropecei e percebi que estava acorrentado. Tentei me libertar, mas não consegui. Acho que fiz muito barulho ao tentar me desacorrentar, pois pude ouvir passos no outro lado da sala, provavelmente do meu sequestrador, que ouviu o som das correntes e estava vindo me botar para dormir de novo.

— Então, você finalmente acordou — Disse uma voz grossa e alta.

— Quem é você? Quem é que está aí? — Perguntei, ouvindo apenas um som de algo metálico caindo no chão como resposta.

— Não se lembra de mim? Estou magoado — Respondeu a voz, falando como se fosse um velho amigo meu.

— Talvez seja porque eu não estou te vendo — Tento fazê-lo vir para a luz.

— Bom, você vai ter que descobrir quem eu sou apenas pela minha voz, pois eu não posso ir aí... Estou fazendo uma decisão muito importante...

— Por acaso seria o que você vai usar pra me torturar? — Perguntei.

— O que? Não, por favor, eu não preciso te torturar, pois você vai me contar exatamente o que eu quero saber de boa vontade.

— E por que eu faria isso?

— Por que você não esconderia nada do seu irmão mais velho, até porque, se você disser exatamente o que você sabe ele vai te libertar.

“Irmão mais velho? O que ele quer dizer com isso? Eu não tenho irmãos... esse cara é louco, eu preciso dar um jeito de fazê-lo me tirar daqui, antes que a parte ruim comece.”

— Escuta, eu não sei do que você está falando, eu não sei o que você quer que eu fale, e nem ao menos quem você é...

— Eu já disse, eu sou seu irmão mais velho! — Ele grita, aparentemente irritado

— Não, eu não tenho irmãos! — Grito de volta, e um punhal de prata voa em minha direção e acerta a parede ao lado da minha orelha em resposta.

— Ah, assim você me ofende! Por favor!

— Olha, eu não sei quem você é, nem o que você acha que eu sei, mas eu tenho amigos MUITO poderosos, e que quando perceberem que eu sumi vão... — As palavras saem da minha boca em uma velocidade em incrível por causa do medo que aquele punhal sendo arremessado tinha me causado

— Mas eles não vão perceber que você sumiu! Eu fiz de tudo para garantir que eu e você tivéssemos privacidade total até você me contar tudo que sabe.

— O que você quer dizer com isso? — Mais uma vez as palavras saem de minha boca em uma velocidade incrível.

P.O.V. Bia

Eu estava sem energia para qualquer tipo de magia, e não podia fazer nada, a não ser fugir, enquanto Mike, Mathias e todos os alunos da escola ainda lutavam com os monstros... Exceto um deles. O que aconteceu com o Thomas? Será que, quando ele destruiu o amuleto ele foi mandado para outro lugar,ou até mesmo uma dimensão paralela?

— Bia, eu consegui! — Disse Thomas correndo em minha direção e mostrando os pedaços do amuleto quebrado em sua mão.

— Ótimo! Achei que tinha acontecido alguma coisa com você.

— Comigo? Por favor. Um simples mago não pode me parar, não importa qual amuleto ele esteja usando, você deveria se preocupar é com si mesma.

— Bom, chega de falar, precisamos acabar com esses monstros e sair daqui o mais rápido possível.

— As saídas foram liberadas depois que eu quebrei o amuleto, então já demos sair daqui. — Ele segura minha mão.

— Não podemos ir Sem o Mike e o Mathias!

— Tudo bem, vamos atrás deles. — Ele segura minha mão mais forte ainda e me puxa pelo saguão principal da escola. — Fique atrás de mim, vamos atrás do Mike e do Mathias e vamos fugir daqui — Ele ordenou.

— Tudo bem — Eu concordei.

Nós estávamos procurando o Mike quando encontramos um Enderman muito maior do que o normal, que nos atacou e nos jogou para longe. Eu fui ferida pelo golpe dele e acabei no chão, mas o Thomas conseguiu escapar e eles começaram a lutar. Eles estavam se atacando, e o Thomas estava aguentando, apesar de ter sido atingido uma ou duas vezes. Então sua espada começou a brilhar e uma espécie de “fogo preto” circundava a espada dele. Ele atacou o Enderman e conseguiu derrotá-lo, então ele me ajudou a levantar e nós continuamos procurando o Mike e o Mathias, até que, de repente vários creepers explodiram do lado dele, e ele não aguentou. Ele me mandou correr e achar o Mike, mas eu não queria obedecer. Eu estava correndo na direção dele, quando ele foi cercado por zumbis. De alguma maneira, eu consegui afastar vários deles, mas eu achei melhor ir atrás do Mike, pois ele conseguiria matar os zumbis e tirar o Thomas de lá. Eu o procurei por todo o salão, mas tudo que eu via era alunos lutando com zumbis, Endermans e esqueletos. Eu estava perdida. Eu não achava o Mike, não achava o Mathias e o Thomas estava incapacitado e cercado de zumbis. Espero que ele e o Mike estejam bem.

P.O.V. Mike

— Vamos Mathias, a Bia pode estar em perigo, nós temos que voltar lá!

— Nas suas condições? Nunca! — Respondeu Mathias — Eu vou te levar para um hospital e depois eu vou voltar lá para procurá-los e ajudar os alunos

— Eu já te disse que eu estou bem!

—Mike, você está com uma flecha enfiada no seu estômago! Se você não for para o hospital agora, você provavelmente vai morrer!

“O Mathias pode até ser meio chato às vezes, mas ele tem razão. A Bia pode se virar sozinha. E, de qualquer maneira, o Thomas ficou lá, e ele não vai deixar nada ferir ela.”

P.O.V. Thomas:

— Eu quero dizer que eu garanti que ninguém iria perceber que você sumiu. Eu não quero matar ninguém.

— Você quis dizer que não quer ser morto

— Você realmente acha que eu seria morto por aqueles seus amigos? Por favor!

— Tudo bem, eu entendi. Você é poderoso. Mas o que você quis dizer com “eu garanti que ninguém iria perceber que você sumiu”?

—Nada... Apenas uma criatura de testes do meu chefe

— Seu chefe?

—Ah, você sabe... Herobrine...

— Herobrine? Por favor, ele é só uma lenda.

— Você acha? E quem você acha que criou o Nether? E os Ghasts?

— Então, você está dizendo que o Herobrine está no meio dos meus amigos, disfarçado de mim?

— Na verdade, uma nova criatura que ele criou. — Ele faz uma breve pausa — Ele tem coisas mais importantes pra fazer.

— Bom, pelo menos ele sabe pensar...

— É, bom, ele não podia simplesmente me mandar te raptar e deixar seus amigos perceberem. Isso ia causar muitos problemas para mim, então eu teria que matá-los, o que iria te irritar e fazer com que você não se juntasse a ele, e então ele mataria a nós dois.

— Espera... Você disse que ele mandou você ir atrás de mim, especificamente, isso quer dizer que ele sabe que nós somos irmãos?

— Sim! É claro! E ele nos escolheu por um propósito!

— E que propósito seria esse?

— Bom... Ele já dominou o mundo quase inteiro, só falta a sua cidade e mais alguns vilarejos, e eu sou seu servo mais poderoso. Você é meu irmão, e é quase tão poderoso quanto eu, então, por que matá-lo, se ele pode fazer de nós máquinas de morte incrivelmente poderosas?

— Ele sabe que eu não vou aceitar trabalhar pra ele, não é? Quer dizer, já faz muito tempo que eu não uso magia, e por que eu mataria pessoas inocentes?

— Ah, mas nós não estamos falando de magia de bruxo, nós estamos falando de magia de verdade.

— O que isso quer dizer?

— Você vai entender quando chegar a hora, mas agora... Você vai me falar tudo que você sabe sobre Mathias Croft.

— Tudo bem: Eu sei que ele era um mago muito poderoso até perder os poderes, tem uma espada que mata qualquer coisa e que ele passa a vida matando dragões.

— Vamos lá, você tem muito mais pra falar.

— Eu só sei isso! Eu juro!

— Não minta para seu irmão!

— Eu já disse que eu não tenho irmãos!

— Tudo bem, você pediu por isso.

Eu então escuto passos vindo em minha direção. Eu posso ver um pouco de seu rosto.

— Vamos começar a diversão! — Diz ele se aproximando e arrancando o punhal de prata da parede.