Save me escrita por Bella


Capítulo 2
Plano


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!



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Pov Austin.

Despertador desgraçado, possuído, demoníaco e infernal.

Taquei aquele troço na parede o vendo se espatifar em mil pedaços. Nem ligo, com tanto dinheiro que meus pai ficam me dando eu posso comprar o relógio da catedral de Londres.

Me levantei e fui tomar um banho frio, Miami é a amostra grátis do inferno puro não me lembro quando a temperatura ficou abaixo de 30 graus.

Coloquei uma roupa no estilo que uso normalmente , calça jeans rasgada, all star preto, camiseta preta e gorro preto. Vocês devem estar se perguntando pra que tanto preto.

É um jeito de mim expressar que estou sempre de luto, e que talvez eu esteja ficando mais escuro por dentro. Eu me lembro da época que eu usava roupas alegres e coloridas... mas essa época passou e não irá retornar.

Desci as escadas e como sempre meus pais não estava lá, acho que eles nem lembram que tem um filho.

Peguei uma maçã, minha mochila, as chaves do meu carro e fui em direção ao meu inferno particular (escola). Faz um mês que as aulas voltaram.

Eu sou o tipo de garoto estranho que se isola, eu não sei por que e não é que eu goste pelo contrário, mas as garotas fúteis e superficiais daquele lugar vivem dando em cima de mim. Será que ninguém compreende que eu não quero pessoas ao meu redor!

Estacionei em frente ao prédio.

Estava igual a todos os dias, todo mundo esperando o sinal bater do lado de fora. Avistei Trish, Dez e John, antes do que aconteceu eles eram meus melhores amigos juntamente com o meu irmão, andávamos sempre juntos. Até que me afastei deles, eu sabia que eles iriam tentar me consolar e me por pra cima, mas eu sabia da minha culpa então nada poderia anula-la.

Fui para um beco do lado da escola e encontrei Ian, Paul e Carlos. Eles estavam com seus capuzes pretos como sempre e trocando cigarros.

─ Fala depressivo. – Paul disse com um sorriso sarcástico.

Eles sabiam do motivo de mim querer as drogas, eu os conheci uma semana depois da morte do Jason aqui nesse mesmo beco, eles me ofereceram as drogas e eu aceitei. Aquilo me fez esquecer a dor me provocando sensações inexplicáveis, desde então não parei de usar.

Ian me jogou um maço de cigarro, acendi um e me encostei na parede.

─ Soube da novidade? – Carlos perguntou.

─ Não, novidades não me interessam. – falei olhando para o chão.

─ Tem uma garota nova no pedaço, seu nome é Allycia Dawson e ela já chegou fazendo várias amizades. – Carlos disse levando seu cigarro até a boca.

─ E o que isso me interessa? – falei sem expressão.

─ Nós estávamos pensando em algo para dar a ela as boas-vindas – disse Ian – A menina é bem bonita.

Eu já sabia o que eles iriam fazer, não era a primeira vez que faziam uma garota de vítima, mas eu nunca contei a ninguém. Se eu contasse eles não me dariam mais as drogas. Isso é repulsivo e totalmente errado? Sim. Eu deveria me envergonhar disso? Sim. Mas eu simplesmente não consigo.

─ Isso não é da minha conta, façam o que bem entenderem, mas eu não irei fazer parte de tal ato. – falei indo embora.

─ Há você irá sim depressivo, ou pode dizer adeus ao material que lhe damos. – Paul gritou.

Fechei os olhos e suspirei. Me virei para encara-los.

─ Eu já disse a vocês, eu preciso...

─ Então terá de fazer o que iremos mandar. – Carlos disse sorrindo.

─ Quando as aulas terminarem dê um jeito de atraí-la ao lugar de sempre, colabore conosco que iremos colaborar com você. Então, o que me diz? – Ian perguntou.

Suspirei, fazer alguém de vítima é algo muito errado e eu jamais seria capaz de fazer isso, mas se eu não obedecesse não conseguiria a única coisa que me faz esquecer a dor, mesmo que seja por pouco tempo.

─ Tudo bem. – falei de olhos fechados ainda não acreditando que concordei com tal atrocidade – Mas essa será a primeira e última vez que eu ajudo vocês com seus passatempos.

─ Muito bem depressivo! Agora vamos pegar o próximo carregamento e você vai pra aula, dê um jeito de se aproximar da garota.- disse Carlos.

Os três foram embora.

Olhei meu relógio, 7:51, ainda tenho alguns minutos antes do sinal bater.

Me sentei no chão e coloquei minha cabeça entre os joelhos. Como eu cheguei a esse ponto? Eu era um bom rapaz, divertido, com amigos e alegre. Por que aquilo tinha de acontecer? Por que?!

Lembranças do assassinato me tomaram, me lembrei do Jason caindo no chão e...

─ Droga! – exclamei sentindo as lágrimas caindo.

Eu não acredito que irei levar uma garota inocente para sua própria desgraça.

Eu queria minha vida de volta, queria sentir os braços calorosos de meus pais de novo algo que não sinto a um bom tempo eu...

─ Queria que estivesse aqui irmão. – sussurrei chorando.


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Notas finais do capítulo

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