Pov Austin

Sou Austin Mônica Moon ( minha adorada mãe me ama. Mônica sério?) tenho 17 anos e minha vida é uma merda.

Isso mesmo, ás vezes eu me pergunto, se era para ter uma vida assim seria melhor nem ter nascido.

Até meus 15 anos eu era até feliz, apesar de meus pais trabalharem dia e noite naquela maldita empresa de roupas, nossos momentos em família eram bons e alegres. Éramos em 4 : eu, minha mãe Myrela ( Mimi), meu pai Mike e meu irmão Jason.

Meu irmão era 2 anos mais velho que eu, nós dois sempre fomos inseparáveis. Tocávamos guitarra e violão sempre juntos, cantávamos e fazíamos nossas travessuras. Nossos amigos iam em nossa casa praticamente todos os dias.

Nossa casa é bem grande e com vários adereços então sempre nos divertíamos com a galera, até meus pais entravam nas brincadeiras.

Até que aconteceu.

Meu irmão foi assassinado ano passado, e o pior, foi bem na minha frente. E foi minha culpa.

Flashback on.

─ Jason onde a mãe e o pai foram? – estava de noite e eles sempre estavam em casa á noite.

─ Eles foram no mercado comprar guloseimas. – falou passando a mão na barriga e fazendo uma cara engraçada.

─ Seu gordo. – dei um soquinho em seu braço.

Rimos juntos.

─ Eu vou tocar violão no meu quarto . Austin você tranca a casa por favor? Já está escuro e eu ouvi dizer que anda havendo assaltos pelo o bairro.

─ Ta bom – falei desanimado. A casa é muito grande.

─ Valeu irmão, e tranca direito na última vez você deixou a porta aberta. Mas vou confiar em você.

Sorriu e subiu para o seu quarto.

Eu estava sem ânimo para trancar a casa aquela hora, então deixei para fazer isso mais tarde e subi para o meu quarto.

Estava deitado na minha cama quando escuto barulhos no andar de baixo, parecia vidros quebrando.

Desci as escadas correndo, espiei pela porta da cozinha e meu irmão estava na frente de u bandido armado.

─ Me deixa passar agora moleque! – o cara encapuzado dizia com certa cólera.

─ Não. Meu irmãozinho está lá em cima, você não irá machuca-lo. – Jason dizia com a voz embargada.

─ Há é? – o bandido atirou no peito do meu irmão que caiu na hora.

Coloquei as mãos na boca. Meu irmão levou um tiro!

De repente policiais adentraram minha casa, devido aos vizinhos que chamaram a polícia.

Cheguei devagar perto do meu irmão, eu já estava chorando. Ele ainda estava meio consciente quando me viu, uma lágrimas caiu de um de seus olhos e um leve sorriso brotou em seus lábios.

─ Eu te amo maninho. – foram suas últimas palavras antes de fechar seus olhos verdes para sempre.

Me ajoelhei no chão e o abracei chorando e gritando, aquela dor em meu peito era insuportável. Meu irmão estava morto, e a culpa foi toda minha por não ter trancado a casa, como ele havia dito. Foi minha culpa! Minha!

Flashback off.

Meus pais ficaram inconsoláveis, e a culpa que sinto até hoje me domina. E para melhorara minha situação, desde a morte do Jason meus pais só focam na empresa e nunca estão presente na minha vida.

Todas as noites eu chorava por ter perdido meu irmão, mas eles não me davam abraços ou demonstravam carrinho. Parecia que eu não era suficiente sem o Jason.

Tentavam recompensar a ausência com coisas banais que o dinheiro compra, pensavam que a incapacidade de dar afeto poderia ser recompensada com coisas materiais. Acho que eles também acham que a culpa foi minha.

Desde a morte do Jason, eu um garoto bom e feliz, virou um drogado sem sentimentos que humilha e afasta todos, me afastei dos meus antigos amigos e agora só ando com quem pode me dar as drogas, que são minha única saída temporária desse meu mundo infeliz.

Chorar, é algo que mais faço. Eu só queria ser feliz de novo.

Pov Ally

Sou Allycia Dawson, mas prefiro Ally. Tenho 16 anos, mas faço 17 daqui uma semana.

Estou me mudando para Miami com meus pais Penny e Lester. Eu vivia em Toronto no Canadá. Mas meus pais quiseram vir aonde a família deles mora e meu pai irá abrir uma loja de música aqui. Minha mãe conseguiu um ótimo emprego como bióloga então quem sou eu pra reclamar?

Sobre mim, sou uma garota normal eu acho, sou um pouco (Lê-se muito) tímida, mas quando é pra conversar eu converso normalmente. Amo ler e escutar música, toco piano desde os 10 anos e estudar música é algo que quero muito.

Minha vida é boa, mas nem sempre foi assim. Meus pais passavam muita dificuldade e viviam brigando e muito. Eu já chorei muito por causa disso e me lembro de que quando meus avós paternos morreram, foi quando tudo realmente desmoronou.

Meu pai foi embora por 2 meses e minha mãe ficou comigo com pouco dinheiro. Passamos por situações bem complicadas.

Até que meu pai voltou, disse que havia conseguido expandir a empresa que antes estava praticamente falida e pediu perdão por ter sumido, ele queria se estabilizar antes de voltar e seu realmente um bom pai e marido.

Minha mãe chorou e o perdoou, eles sempre se amaram e apesar das dificuldades acharam melhor dar a volta por cima e recomeçar.

Essa sou eu, já sofri bastante, mas aprendi que temos de passar por certas situações na vida e que não podemos desistir.

Pov Autora ( olha eu aqui :3 )

De um lado um garoto frio e infeliz, do outro uma garota madura e que hoje vive feliz depois de passar por decepções e frustrações.

Ally poderia ajudar Austin?