O Futuro é o mais concorrido! escrita por Princess Rose


Capítulo 16
Capítulo 15 - O recomeço.


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não percam o cap 16! Será algo realmente interessante...



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O sol está entrando pela janela do quarto, já é de manhã, sinto uma leve pontada na cabeça e me lembro da festa de casamento de ontem… Mas… Como cheguei até aqui? Essa me parece a cama do quarto de hóspedes de Ren. Saio do quarto e ando pelo corredor, a porta de seu quarto ainda está fechada e por um momento fico tentada a entrar e vê-lo dormindo. Olho no relógio do celular e ainda é muito cedo.

Preparo o café da manhã em uma bandeja e bato na porta. Espero alguns segundos e nada dele abrir. Abro lentamente a porta e o vejo dormindo de bruços. Entro silenciosamente e deposito a bandeja ao lado da cama e deixo por escrito uma pequena mensagem.

Arrumo algumas coisas, lavo bem o rosto. Em seguida saio a tempo de chegar no hotel e me arrumar para voltar de volta para os Estados Unidos.

~~’’~~

Ainda é de manhã, abro os olhos tentando me acostumar novamente a claridade do quarto, ao lado na mesinha encontro uma bandeja cheia de comida. Desconfiado, pego o pequeno bilhete que repousa ao lado do suco.

Bom Dia,

Não quis acorda-lo mais infelizmente tive que ir embora cedo, obrigada por me aceitar em sua casa… Espero de verdade não ter sido um grande incomodo e se fui peço perdão. O dia está lindo hoje, por isso comece com um grande café da manhã para manter as forças. Vou voltar para os Estados Unidos hoje. Então provavelmente a gente não se veja mais por um tempo de novo. Dê meus parabéns a todas as pessoas do elenco na festa do presidente… Se cuide.

Abraços… Mogami-san.

Hoje? É hoje que ela vai embora? Levanto-me apressadamente e vou tomar um banho. A água está morna, tento pensar seriamente se devo permitir que ela vá embora de novo… Talvez não seja como se eu realmente pudesse fazer alguma coisa.

Espero que ela não se lembre que a carreguei até o quarto, caso me pergunte direi a ela que chegou lá por si mesma e se deitou. Mas não que ela vá perguntar também, pela maneira que é tímida… Gostaria que ela se lembrasse do que aconteceu durante a viagem, mesmo que ela se lembre de Alice. Eu sinto que sou incapaz de faze-la feliz… Parece que sempre que estamos bem, faço algo ruim e ela se machuca. Eu gostaria de poder dizer a ela todos os meus sentimentos mais eu gostaria que o nosso sentimento fosse forte suficiente para que ela se lembrasse.

Yashiro-san a está hora deve estar viajando para o Hawaii com sua esposa. Me pergunto se está se saindo bem, não que ele não consiga… Bom, não sei. Não consigo acreditar que vou deixa-la ir mais uma vez, talvez ela realmente devesse ir mais é difícil aceitar isso dessa maneira. Eu poderia dizer que é egoismo mais ela é o tipo de pessoa que talvez pudesse ser escondida do mundo.

O dia está passando rápido como se estivesse com pressa por ela estar indo embora. Depois do café da manhã farto que tentei comer ainda não senti fome. Imagino se a viagem é somente a noite e por que ela não poderia ir embora somente amanhã.

Por que não consigo aceitar isso? Geralmente aceito e consigo manter controle das coisas sobre mim, mais isso parece muito mais difícil, mas por agora preciso repetir a mim mesmo essas mesmas palavras bastante vezes para aceitar que ela se vai. Tento não pensar sobre isso nesse meu descanso. A próxima sessão de fotos está quase chegando, apenas demos uma pausa de quinze minutos.

Ouço o celular tocando, fazendo barulho de uma chamada e me pergunto quem poderia estar ligando agora. Antes que eu consiga atender o fotógrafo passa e diz que o intervalo acabou e estamos prontos para as próximas fotos. Estamos em uma zona industrializada que fará parte do cenário das fotografias. Todo esse cenário tem tudo a ver com a nova coleção de roupas. Essa marca ainda não é muito conhecida mais o dono espera que comigo fazendo o comercial possamos aumentar a popularidade dela.

– Vire um pouco a cabeça para a esquerda… – “Click” o som da câmera batendo a foto. – Isso, perfeito… Agora olhe para baixo… Uhum… Certo… Agora um olhar enigmático. Excelente!

Agora que a sessão terminou, pego meu celular para ver quem ligou. Descarregado. Fico imaginando quem poderia ter ligado, talvez seja Boss, ou talvez eu tenha esquecido algum trabalho hoje e a agência está ligando para avisar.

Quando chego no carro, coloco o celular para carregar normalmente e ele enfim liga. O carro está estacionado e o estacionamento permanece vazio. Abro a tela do celular e vejo uma ligação.

A ligação que aparece na tela é da Kyoko. Não há nenhuma mensagem de voz. Talvez eu devesse retornar a ligação…?

– Oi… Tsuruga-san… – Sua voz está diferente.

– Oi, Mogami-san… Algo aconteceu?

– Não…

– Aconteceu?!

– Não. Nada disso… É só que, eu vou embora hoje e gostaria de dizer tchau a você.

– Ah… Por que vai hoje?

– Como assim?

– Hoje é a estreia do filme…

– Eu sei.

– Então por que vai hoje?

– Eu preciso resolver algo.

– Sei… Espero mesmo que faça uma boa viagem.

– Obrigada.

– Quando volta? – Tento confirmar.

– Não sei se volto…

– Ah… – Isso doeu bem no fundo…

– Tsuruga-san?

– Sim?

– Obrigada… Por tudo.

– Não precisa agradecer…

– Preciso… Vou desligar, tchau.

– Tchau.

~~’’~~

Falta pouco para o início da festa do presidente começar, assim como falta muito pouco para que minha ida aconteça. Talvez eu devesse ficar esta noite mais sinto que se ficasse mais uma noite no dia seguinte eu não conseguiria ir. Eu sinto que esse sentimento deve acabar, que nunca vai ser mútuo… Isso me machuca profundamente.

Depois daquela ligação, depois de ouvir sua voz meu coração se apertou mais ainda querendo correr pra ele e ficar junto sempre… Mais é algo que realmente não posso fazer. Eu nunca me permitiria olhar a cara dele enquanto me da um fora daqueles bem chamativos, com todo mundo olhando.

– Oi, Mogami-kun! – É a voz do presidente. – É bom recebe-la.

– Sim, você que me chamou…

– Sim, tenho algo para você.

– Mesmo?

– Oh, sim.

– E o que é?

– Bem é uma surpresa.

– Surpresa?

– Sim. Vou lhe entregar um envelope com algumas coisas dentro.

– Ok… – Respondo abrindo-o.

– Não!

– Hã?

– Não abra agora.

– Certo…

– Abra apenas quando estiver no aeroporto.

– Por quê?

– Por que sim.

– Certo.

O que será que há dentro dos envelopes? A curiosidade é grande porém vou obedecer e fazer isso exatamente da maneira que ele me disse para fazer. Afinal minha palavra tem algum significado e é real.

Vou para o hotel e faltam mesmo menos de quatro horas para a viagem. Arrumo as malas e pego todas as coisas que vou levar embora junto comigo. Embarcarei no avião junto com okaa-san e otou-san, eles ficaram aqui esses dois meses.

Devo muito a Julie e Kuu, eles me ensinaram muitas coisas como Kuon, apesar de eu não ter nenhuma estrutura para ser modelo a okaa-san me ensinou a desfilar, e o otou-san me ensinou a melhorar muito minha atuação. Talvez eu devesse agradecer muito mais a eles, ainda não sinto que foi o suficiente para quem cuidou tão bem em mim. Fiquei um tempo com eles no apartamento em NY e foi uma semana bem interessante. Como da vez que tive que atuar como Kuon por uma semana, tive que atuar por três dias, foi realmente divertido e memorável.

Tenho que agradecer as amigas que fiz lá, a diretora e a médica escritora… Na verdade o filme que eu escrevi foi com a ajuda da minha amiga escritora, fico realmente feliz de ter conseguido. Espero que possa ser um sucesso.

As sete da noite já estou no aeroporto esperando pacientemente minha hora de entrar no avião, okaa-san e otou-san estão conversando sobre um assunto do qual não participo muito, eles as vezes me chamam e uso como desculpa uma pequena dor de cabeça. Ouvimos depois de um tempo uma voz feminina dizer que o avião irá atrasar.

~~’’~~

Arrumo o smoking branco e arrumo decentemente meu cabelo rebelde que exige ficar na frente do meu rosto. Ajeito a gravata meio torta e então olho para ver se todo o conjunto ficou bom.

Entro no carro e as ruas estão lotadas, já são quase oito da noite e parece que Tokyo inteira resolveu voltar para casa ao mesmo tempo. O trânsito está absurdo e penso que apesar de ter saído cedo de casa seria bom ter saído um pouco mais. Consigo enfim chegar ao salão que foi alugado para a festa do lançamento do filme… Geralmente essas entradas acontecem em frente a algum cinema, poucos filmes realmente tem esse privilegio mais esse foi escolhido especialmente pelo Boss que disse que o filme era mais especial que alguns outros e merecia uma festa dessa magnitude.

Nela haverá pessoas super importantes não somente do Japão mais de outros lugares do mundo, haverá muitos críticos famosos e diretores importantes. Celebridades renomadas vieram e só os mais finos chefes irão servir as comidas.

Na entrada um longo tapete vermelho se estende, algumas placas do filme, as fotos principais, de toda a banda vestida com roupas escuras e a protagonista do filme virada de costas olhando para a câmera com um vestido azul claro e o longo cabelo preso em espaços variados. A foto é escura e ao mesmo tempo viva, retrata muito do que o filme mostra. Vários fotógrafos e fãs aguardam nas entradas acenando e pedindo autógrafo para as celebridades que passam. Alguns cantores importantes virem também, incluindo aquele maldito bastardo… Fuwa Sho. Algumas de suas músicas fizeram parte do filme, inclusive foi até cantada pelos personagens da banda do filme. Felizmente a música de fechamento do filme é da Kyoko e ela deveria ser prestigiada hoje, já que o filme foi uma de suas criações.

– Tsuruga Ren! Por favor, uma rápida entrevista. – Diz uma jornalista com rostinho bonito.

– Claro, por quê não?

– O público gostaria de um breve spoiler de como é seu personagem principal…

– Heiden é um cara que tinha um passado um pouco difícil e que se fechou para o mundo.

– Hã?

– Bom, não posso dar muitos detalhes mais seria bom se você pudesse ver o filme. – Digo sorrindo para ela que fica corada.

– Ah, realmente é uma pena. Mais soubemos que todos os cinemas que exibirão o filme estão lotados. Esse certamente é um filme muito aguardado!

– Oh, espero que sim.

Entro e o salão está totalmente decorado, os tons de dourado, marrom e laranjado estão bem presentes em meio ao preto e branco, o lugar é escuro e várias mesas separadas e com cinco ou mais pessoas. Na frente, um palco e atrás um grande telão como os de cinema, o lugar parece um pouco lotado, a frente parece ter uma mesa somente com críticos que conversam animadamente em italiano. Conheço somente dois deles, que encontramos na viagem para Roma.

Pouco depois que parece que grande maioria das pessoas chegaram, o relógio já marca 20h, um mestre cerimonial dirige-se para o palco e em um microfone começa a falar.

– Hoje, temos o orgulho de apresentar um grande filme. Embora seja o primeiro filme escrito dessa pessoa, ele foi adotado por um grande diretor. Por favor, palmas para Shizuko Hyashi. – Ele diz e o diretor do filme entra acenando para todos no palco.

– Foi extremamente divertido fazer a gravação desse filme, tivemos grandes músicas e excelentes atores. Gostaríamos de agradecer a todos que participaram das gravações e vamos agora ao Making Of do filme. Espero que gostem.

O telão aparece ligado e a primeira imagem que aparece é a capa do filme, todos aplaudem enquanto o próprio elenco aplaude orgulhosamente de seu trabalho.

~~’’~~

Lembro-me do envelope que o presidente me deu, ele parece pesado e sei que agora que estou aqui no aeroporto posso abri-lo. Abro pacientemente a abertura e tiro várias fotos de dentro do envelope pardo.

A primeira foto é a capa do filme Dream Of Love, em seguida começo a passar as primeiras fotos que tiramos. Uma com Yumi encarando Heiden, outra enquanto Yumi é criança e Heiden adolescente conversando, outra dela com a banda, ela sentada e seu pai com a mão no ombro direito dela e um sorriso maligno. Uma dela chorando e um urso caído, uma dela abraçando Hyashi, outra com ela beijando Heiden e algumas outras fotos que foram tiradas no início do filme. Após várias fotos, outras que eu desconhecia começam a surgir. Uma comigo beijando Tsuruga-san deliberadamente no estúdio, outra com um abraço nosso, a gente andando de mãos dadas livremente, uma com ele me olhando a distância… Uma em Roma, com a gente olhando o belo por-do-sol pela ponte de Roma, ele me abraçando enquanto olhamos juntos o reflexo do sol na água, uma de nós dois tomando sorvete junto e rindo… Fotos que eu realmente não conhecia. Uma com ele falando algo em meu ouvido, outra com ele beijando minha mão, beijando minha testa, me abraçando forte… Uma dele com outra mulher enquanto encaro abismada, uma de mim correndo para longe e ele indo atrás de mim.

Depois de várias cenas românticas aparecem as fotos do meu acidente, Maria-chan ao lado chorando, Tsuruga-san perto de mim me segurando em seu colo enquanto chora… Logo as memórias começam a voltar e fluir como um rio com pressa para desaguar ferozmente, as lágrimas começam a descer enquanto ando em direção a entrada do avião. Isso tudo aconteceu?

Lembro-me de dizer para ele que o amava, e lembro-me de ouvi-lo dizer que me amava também… Como tudo isso aconteceu? Após perguntar-me isso as repostas começam a aparecer como se fossem um filme passando em alta velocidade pela minha mente. Julie e Kuu olham nervosamente e antes de perguntar sabem que algo está errado.

~~’’~~

Como conseguiram todas aquelas fotos?! Fico feliz da Kyoko não está aqui para vê-las, talvez não entendesse e começasse a se sentir louca e me xingaria por inteiro ao ver aquilo… Posso imaginar sua voz me chamando de pervertido.

– E agora vamos ao início do filme… – Todos batem palmas enquanto alguns secam suas lágrimas.

O filme começa e conta a história de dois jovens, Heiden e Yumi, no decorrer da história eles dois passam por diversas dificuldades enquanto Heiden tenta não magoar Yumi com sua nova forma de ser, muitas coisas acontecem enquanto Heiden tenta controlar seus sentimentos pela Yumi, Yumi cuida dos cinco rapazes da banda como se fossem seus filhos, todos, menos Heiden tentam dar em cima da garota mesmo que seja por brincadeira. Depois de ficar cansada das brincadeiras Yumi decide mudar deixando de lado seu jeito meigo e carente e opta por ser uma menina rebelde aos dezoito anos após seus “irmãos” terem esquecido o dia de seu aniversário. No final, Yumi e Heiden ficam juntos e felizes para sempre. Apesar de ser um filme romântico não é como se eu quisesse vê-lo agora, nesse momento ele me trás a triste lembrança de ter deixado ir embora a única pessoa que realmente amei.

– Agora vamos chamar aqui os atores principais para a homenagem, ficamos felizes em saber que a protagonista do filme foi a mesma que criou a história. Por favor, uma salva de palmas para Tsuruga Ren e Mogami Kyoko. – Ele parece apertar o fone em seu ouvido e então se corrige. – Ah, parece que Mogami Kyoko não pode vir hoje devido à uma viagem importante para fora do Japão… Isso realmente nos deixa triste.

Levanto-me da cadeira e ando lentamente em direção ao palco, subo as escadas e paro a frente do palanque.

– Fico feliz em dizer que esse foi um dos melhores filmes que eu fiz, estou orgulho do trabalho, da equipe, do diretor e da pessoa que escreveu a história. Realmente é uma pena Mogami Kyoko não poder estar aqui hoje mais por favor, façamos um brinde em homenagem a ela.

Levanto a taça em direção ao público e de longe ouvimos as portas se abrirem, todos os olhos se voltam para fora mais ninguém consegue enxergar a pessoa que corre em direção ao palco. Atrás da pessoa, três seguranças corre como loucos. Uma super fã invadiu o local e agora estão em uma corrida implacável para alcança-la.

– Tsuruga-san!! – Ela grita e na mesma hora reconheço sua voz.

– Mogami-san? – Chamo.

Meio que chamo e meio que pergunto, será que é mesmo possível que ela estar aqui agora? Talvez seja apenas uma ilusão minha. A pessoa corre em direção a mim e se lança em meus braços. Reconheceria esse corpo em qualquer lugar, sei quem é e a única reação que consigo ter agora e apertar fortemente em meus braços. Tão rápido quanto veio foi tirada de mim quando os três seguranças tiraram-na dos meus braços.

– Desculpem, por favor… Essa fã invadiu o salão e ela é muito escorregadia… – Um dos seguranças diz.

– Fã? – Pergunto.

– Sim, por favor senhor, perdoe nosso erro.

– Ela é Mogami Kyoko. – Olho pasmo para eles enquanto dou um passo a frente dela na intenção de protege-la. – Ela é a protagonista do filme, a pessoa que o escreveu e uma grande artista.

– Oh, por favor não sabíamos… É que ela veio vestida dessa maneira e… – Viro-me para olha-la vestida com uma blusa de frio, uma minissaia azul rodada presa por um sinto e uma bota marrom com salto pequeno, tipo de roupa que ela vestia quando nos conhecemos.

– Não vejo nada de errado… Por favor, se terminaram… Retirem-se. – Digo a eles que me olham cabisbaixos e saem. – O que está fazendo aqui? – Viro-me para ela.

– Eu… Eu me lembrei de tudo.

– Tudo?

– Sim…

– Kyoko… Eu acho que você deveria ir embora.

– Você não… – Ai ela olha para frente e eu a acompanho. Todos nos olham boquiabertos pensando no que deve estar acontecendo. Por um momento tinha me esquecido que tantas pessoas nos olhavam.

– Depois falamos sobre isso. – Digo impassível, tentando me controlar.

– Mogami-kun, é muito bom recebe-la. Achamos que não viria… – O diretor diz.

– Ah, é que eu realmente não poderia vir, mais cancelei. – Ela diz sorrindo.

– Foi ótimo. Parabéns, as criticas dos filmes foram ótimas. Gostaríamos de lhe entregar esse troféu simbólico. Parabéns a você e a Tsuruga-kun. – Ele diz, nos entregando dois troféus que embaixo diz “ Premio de Atuação.” Todos aplaudem, nós rimos e acenamos então descemos do palco.

A puxo para um canto escuro onde ninguém está passando exceto garçons, olho seus olhos cheios de lágrimas e a encaro tentado ser forte e não abraça-la.

– Você não me ama…

– Hã?

– Na viagem… Você disse que me amava.

– Então você lembra?

– Sim…

– E lembra que eu a magoei?

– Sim.

– Então você deve saber que não sou capaz de faze-la feliz.

– Não…

– Sim. Não sou e é por isso que você deve ir embora.

– Por favor… Não faça isso… Se não me ama, por favor… Diga. Não quero passar a vida tentando saber o que você sentia.

– Isso é…

– Não precisa mais responder. Já entendi. – Ela se vira para sair e depois deixa cair as fotos que são as mesmas que passaram no making of do filme. Ela se abaixa enquanto olho ela juntar todas as fotos e se prepara para ir embora.

Seguro em seu braço e ela roda vindo para mim. Levanto sua cabeça e abaixo-me encostando o lábio lentamente nos dela… Seus olhos estão abertos e assustados, então lentamente ela os fecha e abre os lábios permitindo a entrada da minha língua, procuro pela dela e quando a encontro nossas línguas se envolvem juntas, o gosto de melancia em sua boca é forte e atraente, ainda posso sentir o gosto das lágrimas, aperto-a mais ainda com medo de que ela seja tirada de mim novamente…

– Sou tão egoísta… – Digo ao separar nossos lábios enquanto respiramos com dificuldade. – Quero mantê-la apenas para mim…

– Eu gosto do seu egoismo. – Ela diz e nossa testa permanece encostada uma na outra.

– Eu serei ciumento…

– Eu também…

– E possessivo…

– Eu sei.

– E mesmo assim me quer?

– Eu amo você Tsu… Ren. – Ela se corrige. – Talvez… Corn? Ou Kuon…?

– Com você sabe que eu sou Corn?

– Bom… Quando fui para NY, seus pais me acolheram, enquanto eu atuava como Kuon sua mãe me mostrou algumas fotos, eu o reconheci na mesma hora, era você Corn… Não conseguia entender antes por que não poderia voar… Depois de um tempo entendi. Certo dia, eu estava ouvindo seu pai falar de você para sua mãe, disse que você tinha se transformado no maior ator do Japão e que seu orgulho por você não parava de crescer. Disse que você estava diferente agora, que seu cabelo era preto e que agora sorria com mais frequência. Eu já tinha quase certeza de que era você mais ainda tinha um pouco de dúvidas… Mais no set, aquele dia quando eu o chamei assim você admitiu que era. Nunca fiquei tão feliz por saber que você cuidava de mim tão de perto… Realmente toda sua mágica se transformou em proteção e sempre cuidou de mim… Eu fiquei muito feliz ao descobrir que era você embora tenha me magoado o fato de você não me falar, no início fiquei bem chateada mais depois entendi que você queria criar seu próprio nome e não ser a sombra do seu pai…

– Ah… Fico feliz que tenha me perdoado. – Digo e a aperto ainda mais.

– Ren… Corn?

– Sim?

– Quem é ela?

– Ela?

– Sim… Era ela que você gostava?

– Como assim?

– Ah… Tem algo que não te contei…

– O quê?

– Lembra de um programa que tinha uma galinha?

– Sim… o Bo?

– Esse…

– Eu realmente gostava daquela galinha…

– Era eu.

– O quê? – Certo… Eu não estava pronto para isso.

– Eu era o Bo.

– E você ouviu todos os meus problemas?!

– Bem… Sim.

– E por que não disse que era você?

– Por que você não me deixaria ajudar!

– Ah… Realmente…

– Então… Ela era a menina colegial que você gostava?

– A Alice?

– É…

– Não… A gente namorou por um tempo, ela é tem 26 anos, é uma modelo…

– Notei pelo corpo dela…

– Sim… É um corpo muito bonito. – Ela faz careta, ficando com ciúmes e isso realmente me comove. – A gente ficou junto pouco tempo mais nunca senti algo forte de verdade por ela, no começo achava que sim e ainda não entendo como o amor funciona mais quando me apaixonei por você entendi que nunca tinha amado outra pessoa, achava que esse sentimento era meio impossível para mim. Quando estou perto de você, dificilmente consigo me controlar, exige grande força de vontade e tenho medo de que eu a assuste e se afaste de mim… Não tem ideia de quantas vezes tive medo de perde-la.

– Eu entendo. Entendo bem, nunca senti algo como o que sinto por você, não sei como colocar em palavras mais consigo dizer que eu realmente o amo… Não acredito que me deixaria ir daquela forma, isso realmente me deixa muito chateada. Eu pensei que você não me amasse por isso nunca teria coragem de dizer a você meus sentimentos.

– Me perdoe… Eu não quero de maneira alguma que você sofra. Depois, lá em em Barcelona reencontrei Alice. Não nos falávamos a muito tempo e descobri que ela estava em um relacionamento com alguém, aquele foi nosso último abraço como amigos, eu realmente estava feliz por ela ter achado alguém. Eu queria ter tido a chance de lhe explicar mais acabava que isso sempre fugia da minha mente e eu não conseguia explicar o que precisava.

– Ah… Me desculpe por isso… É que eu tive medo.

– Medo?

– Medo de você me dizer que não me amava e que ia preferir ela… Já que ela é tão linda, atraente e uma modelo famosa…

– Você já a viu?

– Sim…

– Não seja boba… Entre ela e você, é você que eu amo, entre seu corpo e o dela é o seu que quero comigo em noites frias, e não me importo se ela é uma modelo. Eu gosto de você, do seu seu jeito… Não. Dizer isso estar errado… Eu amo você. Kyoko. É você que eu quero comigo amanhã, e depois e daqui a uma semana…

– Eu amo você, Corn.

– Eu amo você Kyoko.


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Notas finais do capítulo

NÃO PERCAM O CAP 16! Nossa história está apenas no início!



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