Danos Colaterais - Restos de uma História Feliz escrita por Esther


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal, e mais um capítulo cheio de surpresas...

Espero que gostem e comentem por favor, ansiosa pela opinião de vocês!

Beijos e Boa leitura!



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Eu estou terminando a maquiagem quando a companhia da porta toca e me percorre um arrepio completo em meu corpo, ainda faltava quinze minutos para a hora combinada.

Eu desço as escadas correndo com meus saltos de 16 cm, e minha saia que enroscava minhas pernas de tão apertada que estava, e alias por um milagre eu quase não cai de cara no chão quando estava perto do terceiro degrau da escada.

Quando eu abro a porta, ele estava lá parado como um Deus, meu coração dispara completamente, minha mente dava mais voltas do que montanha russa em época de férias, eu estava sem fala, ele havia trocado seu terno caqui por uma calça social sport, uma blusa que marcava seus músculos e um blazer que lhe dava aquele ar misterioso.

Seus olhos não saiam de mim, ele percorreu todo o meu corpo, eu podia sentir a quentura deles em minha pele, e pude saber naquele instante que ele me desejava assim como eu desejava a ele também.

– Você esta linda Elena. – ele disse tentando disfarçar sua falta de ar.

–Obrigada – eu respondo corando minhas bochechas.

–Vamos? – eu simplesmente aceno com a cabeça, e andamos em direção ao seu carro luxuoso um Meserati Gran Turismo preto.

Agora eu estou em seu carro, não sei o que dizer, ele liga o som sem me pergunta e esta tocando Nearer my God to Thee, tudo fica em silencio, começo a viajar na musica, imaginando, lembrando-me dos meus sonhos, paraíso, eu estou no paraíso, do lado do homem que mais desejo, me perco, uma lágrima logo brota.

–Você quer que eu mude de musica? – ele percebeu, eu rapidamente limpo meu rosto, faço que não com a cabeça.

– Não. Você gosta de músicas clássicas? – eu digo e sinto as maçãs do meu rosto queimando, ele levanta uma sobrancelha, fico pensando o porquê disso.

–Sim.

Ele continua dirigindo, já não está mais com o paletó, meu Deus, eu solto um suspiro, minha mente viaja mais fundo e fico imaginando coisas que nunca fiz em minha vida, tocar sua pele macia, beijar seus lábios finos, ah meu corpo treme.

– Onde você quer comer Elena? - ele me pergunta, tirando-me dos meus pensamentos, eu realmente não sei o que responder.

– Onde você quiser – respondo tentando parecer o mais normal possível, torcendo pra ser um lugar barato para que eu possa pagar.

– Ramsay pode ser? – meu Deus ele escolheu o mais caro.

– Tudo bem – respondo corando, imaginando se minhas roupas são o suficientemente elegantes pra entrar neste lugar.

Ele para em frente ao restaurante deixando as chaves para o manobrista, abre à porta do seu Meserati preto, é um carro lindo e luxuoso, eu estou sem fôlego, almoçar no restaurante mais caro de Londres ao lado do homem mais gracioso, sexy e inteligente que se pode imaginar, sem mencionar a sua imensa fortuna, andamos um do lado do outro até a porta, a moça da recepção pergunta se existe uma reserva, ele logo se adianta.

– Sim, Ian Brandom e a Srta. Elena Villar – fico com uma cara de interrogação, me perguntando quando foi que ele fez essas reservas em nossos nomes, o que seria impossível, pois há espera de meses para um jantar assim nesse restaurante, então esse encontro foi premeditado, e logo fico com o pé atrás.

Nós entramos, sentamos em uma mesa mais distante reservada para dois, onde uma garrafa de vinho nos espera, nossa vinho quem poderia imaginar, ele simplesmente pede um Clássico Wellington de carne com creme de raiz forte e molho de vinho tinto para duas pessoas sem me consultar, mas eu não poderia reclamar nem por um só segundo, pois sabia que era o melhor prato servido.

– Esta gostando Elena? – não acredito que ele esta perguntando se eu estou gostando, então fico em duvida, minhas pernas tremem por razões óbvias respiro fundo e respondo:

– Do fato de você ter me trazido em um restaurante para um encontro premeditado ou da comida? – ele parece ter se assustado acho que não esperava uma resposta tão direta, mas uma coisa que eu aprendi foi nunca deixar pendências em uma conversa.

– Dos dois – ele abre um sorriso, eu coro ah aquele sorriso, ele passa a mão em seus lindos cabelos, ah é tão sexy.

– Eu só estou tentando comprar sua resposta, para o estágio que eu lhe ofereci.

– Já disse que vou pensar a esse respeito Doutor – eu sorrio, não tem como eu ficar brava com esse homem lindo e isso é o sonho de pelo menos metade das meninas da faculdade.

Lembro-me da Jenny, ela vai ficar louca quando souber onde eu estou e ainda mais com quem eu estou minha mente voa.

– Sem formalidades, por favor, Elena – agora ele me encara, seus olhos por um instante flamejam, e aparece aquele ar nebuloso em sua volta, eu acho que nunca vou me acostumar com isso.

– Tudo bem Ian – eu sorrio pra ele tímida pela observação.

– Me fale um pouco sobre você, onde seus pais moram? –meu sorriso de desfaz no mesmo instante em que ele toca nesse assunto.

– Meus pais faleceram quando eu tinha 10 anos de idade – é a única coisa que eu consigo responder.

– Sinto muito, quer continuar falando sobre isso? – ele parece curioso, mas afinal tento me conter, me lembrando de que a curiosidade matou o rato, ou era o gato? Enfim matou um bicho!

– Me desculpa, é que é um assunto muito difícil pra mim, não sei se estou preparada pra tocar nesse assusto, as coisas nunca foram fáceis pra eu, tive que amadurecer rápido de mais – então lágrimas começam a escorrer dos meus olhos - apesar de terem se passado anos eu ainda sinto muito a falta deles.

– Podemos mudar de assunto? – eu logo acrescento tentando não trazer de volta a minha mente o dia da morte de meus pais, ele então me estende um lenço para enxugar as minhas lágrimas, e quando eu o devolvo ele não aceita.

– Tudo bem, então me conte você mora sozinha? – ele parece muito curioso, tentando bisbilhotar a minha vida, coisa que eu odeio, meu rosto começa a ficar vermelho, mas então eu respondo a questão.

– Moro com minha amiga Jenny, você conhece, ela está na mesma sala em sua matéria.

– Hum, e faz tempo isso?

– Já tem algum tempo, somos amigas desde a infância. – de repente eu me sinto um pouco aliviada, e ao mesmo tempo intrigada, será que a minha vida é tão importante para ele ficar fazendo esse tipo de pergunta?

Eu suspiro então tomo um pouco de coragem e falo:

– Vamos deixar de lado a minha vidinha sem graça, já que até agora só falamos sobre mim, tenho direito de perguntar algumas coisas também não é?

– Sim claro, pode perguntar o que você quiser.

– Você mora com seus pais – eu começo fazendo o mesmo tipo de pergunta, como se fosse uma troca de informações.

– Não eles me expulsaram de casa quando eu ainda era bem pequeno.

– Quer falar sobre isso – eu continuo.

– Não é uma história muito interessante, mas se você quer falar sobre isso...

– Se você quiser falar, pra mim tudo bem, sou toda ouvidos... - eu falo surpresa que ele tenha concordado em responder a questão.

– Eu me revoltei contra meu pai, ele dava mais atenção ao trabalho dele, as suas criações, fiquei enciumado, então fiz algumas sabotagens em um de seus trabalhos mais importantes e perfeitos, quando ele descobriu, me expulsou, a mim e meu irmão, mas vamos deixar isso de lado...

Quando terminamos nossa refeição, conversamos um pouco mais sobre coisas banais sobre a faculdade, minha bolsa e sobre o estágio, quando trazem a conta eu fico de boca aberta com o valor, e quando eu pego minha bolsa, para pegar o dinheiro e pagar a minha parte, ele recusa.

– Não Elena, por favor, eu lhe chamei, eu pago, lembra eu estou comprando sua resposta – ele ri alto – vamos.

Quando ele estaciona em frente a minha casa ele se vira pra mim tirando seu sinto, eu fico escarlate, então ele diz:

– Espero que tenha gostado – seu humor parece outro, nossa a sua voz soa tão sexy como nos meus sonhos, não faço ideia do que falar, então apenas concordo com a cabeça.

Ele então se inclina pra mim e então eu simplesmente lanço um beijo, e ele retribui, seu gosto é mil vezes melhor do que eu lembrava em meus devaneios, eu viajo nos beijos, meu corpo convulsiona uma de suas mãos agora esta na minha nuca segurando minha cabeça, a outra segura em minha cintura, eu deslizo minhas mãos em suas pernas, ah ele é tão quente, então ele me solta, mas eu insisto, ele para olha em meus olhos que ardem em chamas pedindo mais e mais, ele cheira a morangos em tardes de outono, ah eu poderia beija-lo por uma década. Soltamo-nos.

Eu me desculpo segurando a maçaneta da porta de seu carro para disparar em fuga, provavelmente eu não teria coragem de encara-lo na semana.

– Não se desculpe, eu gostei – ele responde me sinto infantil perto dele, e confesso que não sei me comportar.

Ele sai do carro, e estranhamente aqueles olhos sombrios retornam em seu rosto, mas eu me sinto confortável, ele abre a porta do carro e me estende a mão, eu aceito e saio, ele me acompanha até a entrada de casa, já é tarde 22 horas, então ele me dá um beijo casto nos lábios.

– Não deixe o que aconteceu hoje influenciar a sua decisão Elena, você é muito inteligente e eu adoraria ter a honra de trabalhar com você – Ele sorri só que desta vez envergonhado, provavelmente tentando adivinhar o que significou pra mim aquele beijo.

– Até segunda – eu digo tentando não parecer triste pelo fato de que não o verei no final de semana.

– Até mais Elena – Sua voz é firme.

Ele se vira e entra em seu carro, e fico olhando da porta esse menino misterioso e indecifrável ir embora, e fico viajando em nossos beijos.

Naquela mesma noite, quando me dou conta de que realmente muita coisa aconteceu. Fico pensando em tudo o que houve, em cada momento que eu passei com ele, e aquele beijo, estupidez ou paixão? Eu realmente não sei... E simplesmente viajo em cada palavra revivendo cada toque, cada gesto, seu cheiro...

Já passa das 11h da noite, Jenny já está dormindo, na TV passa um filme antigo a qual eu não dou a mínima atenção, meus olhos fitam o vazio, eu estou pensando nele e adormeço.

Meus sonhos desta vez são sombrios, eu acordo suada, olho no relógio e já são 10 horas da manhã, levanto-me, imaginando em que momento foi que eu adormeci naquele sofá, meu corpo reage e a dor logo aparece.

–Devo me lembrar de ir pra cama hoje – eu falo pra mim mesma.

Vou para a cozinha, olho nos armários e vejo que não tem nada, e lembro que me esqueci de ir ao mercado fazer compras pra casa, vou ao quarto da minha amiga Jenny, mas ela não está. Lembro-me vagamente, de que ela tentou me acordar um pouco mais cedo, o que foi impossível, devido ao álcool que ingeri na noite passada, vinhos em geral me dá muito sono.

– Mas que droga – murmuro.

Visto um short e uma bata, calço minhas sandálias tipo rasteirinha, vejo que meu carro não esta na garagem, então volto deixo um recado para minha amiga, caso ela retorne antes de eu chegar falando que peguei seu carro e acrescento que vou mata-la por me fazer ir sozinha as compras, pego as chaves, pego minha bolsa transversal e sigo caminho até o supermercado, querendo matar Jenny por causa disso, faço as compras em pelo menos 2 horas, chego fico mais estressada por passar esse tempo todo no mercado e quando chego em casa tenho que arrumar tudo sozinha pois a Jenny ainda não voltou, seja lá de onde quer que ela tenha ido, meu estômago começa a fazer barulhos estranhos, noto que já passou da hora, então pra me acalmar eu começo a preparar o almoço.

Pego uma cerveja, a minha preferida pra relaxar e me sento no sofá.

O calor é imenso, pego um ventilador deixo em minha frente, e a sensação do vento em meu rosto é muito boa, aos poucos a vermelhidão do meu rosto vai se desfazendo, então descido tomar um banho.

Agora completamente calma em meu quarto coloco uma musica baixa pra descansar, e deito em minha cama e minha mente vagueia nas lembranças de tudo o que aconteceu, aquele beijo e a forma que ele me olhava, como se eu significasse muito, eu estou confusa, será que é certo? A final de contas ele é meu professor, mas somos adultos. Será que estou apaixonada por aquele homem? Será que estou ficando obcecada por ele? Ah o que eu devo fazer? Estou perdida. São raros momentos em que eu não sei o que fazer. Mais esse homem esta me deixando louca, estou perdendo a razão, e não sei onde isso vai chegar, estou perdida! O único problema era meu medo de me machucar, eu não suportaria uma decepção dessas novamente.

Elevo minha mão ao local onde ele tocou seus lábios quentes, meu corpo sente um calafrio, tentando me avisar da enrascada que estaria me envolvendo com ele, será? Não pode ser. Nunca na minha vida desejei um homem como ele, agora eu estou perdida de desejo, ah Ian, porque eu fui te beijar? Porque você tinha que retribuir aquele beijo, alimentado esse meu desejo?! Agora que não consigo mais parar de pensar em você. Meu Deus particular, eu o quero tanto, meu corpo treme ao lembrar-se do toque da sua mão, do seu peito tão forte, e a sensação de estar segura protegida do mundo inteiro em seus braços, não quero que isso acabe.

Olho no relógio, já são 6h da tarde, penso q o melhor a fazer é pegar minha roupa de corrida, meu tênis e sair, em vez de ficar pensando no que aconteceu com Ian, pego o celular, e vejo cinco ligações perdidas da casa do Junior, namorado de minha amiga em Holbon, mas poderia ser Jenny tentando avisar que ficaria por lá, e só voltaria mais tarde. Eles se conheceram, quando ainda estávamos no primeiro ano da faculdade, foi o clássico amor à primeira vista, desde então estão juntos.

Uma hora depois de corrida e exercícios eu já não aguentava mais, minhas pernas formigavam de tanto cansaço, que parecia uma década que eu não me exercitava, mas apesar do cansaço, foi uma sensação boa, me sinto mais leve, como se o tempo parasse e eu fosse única no mundo. Apenas eu e meus pensamentos.

Quando estou me aproximando de casa, tenho uma surpresa muito grande, vejo Ian parado na entrada, ele esta de jeans e polo, é estranho ver ele assim, não se parece com o menino que falou comigo no dia anterior, ele parece serio,

– Oi Professor Ian – eu falo me aproximando dele, dando-lhe um beijo no rosto - O que lhe traz aqui? Aconteceu alguma coisa?– eu acrescento com um ar de preocupação.

– Oi Elena, senti saudades, aqui sou apenas Ian, Já disse sem formalidades, e é claro, você esqueceu seu casaco ontem, então pensei que você talvez pudesse precisar dele!

– Obrigada, não precisava se incomodar, eu tenho outros!

– Mas mesmo assim obrigada...

– Na verdade foi só uma desculpa pra vir até aqui te ver – ele fala confessando o real motivo.

–Pra me ver? – eu sibilo mais pra mim do que pra ele, minhas pernas tremem, eu fico enrubescida.

– Eu não consegui tirar aquele beijo, da minha cabeça. – ele fala olhando profundamente em meus olhos, então eu me sinto hipnotizada.

– Eu também não, na verdade até sonhei com isso – eu confesso abaixando meus olhos.

Então ele começa a se aproximar de mim, suas mãos tocam meu rosto, ele segura em meu queixo, encosta seus lábios nos meus e nesse exato momento eu me sinto tentada a prosseguir com aquilo, mas involuntariamente eu me afasto dele.

– Fiz algo? – ele fala, e de repente eu vejo novamente aquela sombra pairar sobre seu olhar.

– Não, você é meu professor, a nossa idade não é muito diferente, mas é errado, não acho saudável a gente ir em frente com isso – eu falo e maldita hora pra dar ouvidos a minha voz da razão.

– Você não sente o mesmo? – ele me pergunta, e eu não sei se devo confessar a verdade, mas simplesmente é a mais pura verdade o que eu falo:

– Na verdade eu sinto, sinto algo muito forte por você, e quero sim lhe beijar...

– Então não resista.

Nesse momento ele se aproxima ainda mais do que anteriormente, umas das mãos que segurava a minha se solta e ele eleva ao meu queixo, ele faz uma carinho muito leve no do meu rosto, com sua outra mão ele toca suavemente meus lábios com os seus e eu me entrego ao seu beijo, eu não consigo resistir ao seu olhar, que me consumia por completo.

Ficamos assim saboreando um ao outro por breves minutos, que pareciam aos meus olhos uma eternidade, eu ainda estava viajando no beijo que havia acabado de acontecer, quando ele fala:

–Você me daria à honra de sair comigo novamente esta noite? – minha mente ainda voa, a um segundo atrás, mas eu respondo...

– Depende, onde vamos?

– Pensei em leva-la ao teatro, e depois jantarmos, o que acha?

– Concordo com a condição de que eu pague desta vez.

– Não. Eu a convidei eu pago. – ele insiste.

–Então vou ter que recusar seu pedido. – eu falo testando-o, ele fica nervoso.

– Vamos fazer assim, eu pago o teatro e o que eu comer, você só paga o que você comer.

– Não, então eu pago o jantar, e você o teatro, combinado?- eu falo olhando seu rosto confuso.

– Tudo bem.

– Você quer entrar tomar alguma coisa? Eu estou precisando de um banho e água... – eu falo.

– Tudo bem...

Então eu entro segurando a porta pra ele passar, seguimos até a cozinha eu retiro meu iphod que estava grudado em minha blusa deixando sobre o balcão da cozinha, ele fica parado junto a mesa, abro a geladeira tirando a agua.

–Você quer beber alguma coisa?

– Não obrigada eu estou bem...

Eu sigo até o armário e pego um copo, quando ele comenta...

–Muito bonita a sua casa!

–Obrigada, na verdade ela pertence à mãe da Jenny, que era melhor amiga da minha mãe. – ele sorri em resposta.

Eu não consigo resistir à curiosidade de saber no que ele estava pensando quando sorri e pergunto.

– Do que você esta rindo?

– De como você fica tão linda quando não esta cogitando alguma coisa nessa sua mente.

Fico envergonhada com suas palavras, sinto meu rosto queimar, na verdade não devo ter ficado escarlate, mas sim roxa. Tenho que mudar rapidamente de assunto.

– Você se incomoda se eu tomar um banho e me arrumar?

– Não, claro que não.

Eu sigo com ele até a sala onde o deixo no sofá, com o controle da TV, e vou para o banheiro, não queria demorar muito, mas, a agua do chuveiro estava deliciosa, eu saio em direção ao meu quarto, e o vejo de relance com seu celular no rosto, eu corro com a toalha embrulhada em meu corpo em direção à porta de quarto, e procuro rapidamente por alguma coisa confortável, mas ao mesmo tempo formal.

Então partimos em seu carro.

Chegamos ao teatro Globe, era enorme, tinha uma estrutura redonda, era como uma arena, sua estrutura era aberta no topo, a luz do luar pairava, de longe se via as luzes acesas o que fazia do lugar incrivelmente lindo e perfeito. Havia muitas pessoas caminhando em direção ao portal da entrada, todos muito bem vestidos, foi quando eu me arrependi de não ter colocado uma roupa mais social, no seu interior, havia varias galerias onde eu fiquei com Ian, eram denominadas as áreas “Vips”.

A peça que Ian escolheu foi Romeu e Julieta, foi tudo incrivelmente perfeito, um drama de amor, mas ainda não entendia que tipo de amor ele tinham um pelo outro, eu admirava, se mataram para ficarem juntos, era um amor puro e verdadeiro, mas ao mesmo tempo uma tragédia.

Após a peça, fomos a um restaurante que eu escolhi, não era nada muito chique, mas era o que eu pude pagar, Ian insistiu varias vezes para que eu o deixasse pagar a conta, mas meu orgulho falou mais alto, e então ele não teve alternativa se não desistir.

Quando ele estava retornando para minha casa, eu começo a passar mal, fico pálida, e o suor frio escorre pelo meu rosto, Ian na mesma hora percebe.

– Você esta bem? – Ele pergunta olhando pra mim já encostando o carro.

– Estou, por favor, vamos rápido. – Eu sussurro quase não conseguindo falar com as mãos sobre meu estômago.

– Você não esta nada bem, o que esta acontecendo Elena? – ele diz já com o carro no acostamento, ele coloca suas mãos em meu rosto, que estava pegando fogo.

– Eu acho que foi a comida. – eu murmuro, meus lábios estavam secos, minha voz agora estava inaudível.

Ele então pega seu celular e faz uma ligação, eu estava tonta de mais para prestar atenção, ele então começa a dirigir rapidamente, quando ele para na porta da minha casa ele me pega em seus braços então eu desfaleço.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e por favor não deixem de comentar, quero saber a opinião de vocês!



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