Danos Colaterais - Restos de uma História Feliz escrita por Esther


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, vejo que muitos sumiram... Cadê vocês... socorro!
Estou magoada!

Agradeço a quem ainda continua comentando e acompanhando...

Bom, postando um mega capítulo cheio de ... (ops! sem sployer).
Boa leitura a todos!



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Seus olhos ainda me fitavam, eles ainda estavam desejosos quando nossos lábios se desprenderam daquele beijo inesperado, ele estava mais charmoso da lembrança que eu ainda tinha em minha mente, eu me senti então culpada por ter me esquecido dele, ele foi meu melhor amigo nos dias mais difíceis da minha infância, digamos que foi a minha base e meu incentivo, meu guia, e o motivo pelo qual eu resolvi lutar.

— Calebe, eu...

— Shhhhhh... — ele sussurrou me abraçando, sabendo exatamente o que eu queria dizer.

Separamo-nos, e eu apresentei Jenny, ela disse um breve oi envergonhada, e foi para seu quarto se desculpando, dizendo que eu a cansei de mais com minhas compras. Calebe me ajudou a retirar as sacolas do meu carro, eu abri a porta de casa e entramos, conversei por longas horas, ele me contou que estava noivo, mas, no entanto as coisas não deram certo, ele havia terminado com ela há algumas semanas.

— Quando meu pai me disse semana passada que você tinha aparecido, eu fiquei surpreso — ele me explicou.

— Eu posso imaginar, e você não sabe o quanto eu me arrependo de ter lhe deixado, sem nenhuma explicação — eu lhe disse, segurando suas mãos e lhe dando o meu melhor sorriso.

Meus dias de infância com Calebe foram conturbados, e sem maior sombra de duvida os melhores que uma criança pode ter em sua vida, éramos apaixonados um pelo outro, ainda me lembro dos dias que passamos as férias na casa de campo de seus pais, nós andávamos em meio às flores, e passávamos a maior parte do tempo deitados sobre uma toalha de mãos dadas vendo as nuvens, decifrando-as.

Nosso primeiro beijo aconteceu no último dia de férias e aquele dia, sem duvida, ficou marcado em minha lembrança, nós estávamos na casa de campo de seus pais, deitados sobre uma toalha em uma clareira próxima ao campo de golfe do seu pai, ficávamos por horas naquele lugar vendo as nuvens, nesse mesmo lugar eu olhava para ele e seus olhos me admiravam. A garoa começava a nos molhar, eu estava ficando com frio, ele então retirou seu casaco e colocou sobre meus ombros nus, e simplesmente aconteceu, os nossos lábios se encontraram pela primeira vez em um beijo apaixonado e inocente.

A memória daqueles dias de verão no campo trouxe em meu peito uma saudade imensa daquele amor infantil que existia entre nós, no dia que eu fui embora da casa de seus pais, ele chorava, gritava e me amaldiçoava, eu tinha quebrado seu pequeno coraçãozinho, e não sabe ele que no processo eu havia quebrado o meu também.

— Eu nunca consegui te esquecer — ele me diz, passando sua mão em meu rosto. — Eu ainda te amo, eu sempre te amei...

Foi quando então ele, se inclinou, para mim, passando sua mão levemente em meu rosto, quando então ele levou novamente seus lábios macios aos meus, e nossas línguas agora mais habilidosas do que quando éramos crianças se enroscavam em uma dança ensaiada, eu senti levemente um vazio em meu coração, nossos olhos se cruzam e emitem faíscas, demonstrando que ainda havia algo não resolvido entre nós.

— Você não tem ideia de como eu senti tanto a sua falta depois de todos esses anos — e minha pele se arrepia com o cochicho dessas palavras em meu ouvido.

— Eu não sei o que falar para você Calebe — eu ponderei, passando minha mão em seu lindo rosto, mas tentando evitar seus olhos.

— Você não precisa dizer nada, não por enquanto.

Ele então me deu um breve sorriso, indicando que devíamos mudar de assunto, já que tínhamos muitas coisas a tratar.

Conversamos sobre coisas da empresa, eu enchendo de perguntas e ele respondendo e me contando como as coisas estão funcionando por lá, então mudamos de assunto, relembramos das nossas historias de infância, e então em algum momento ao qual eu não me recordo nós cruzamos nossos olhares, e eu não resisti à tentação em provar novamente seu beijo, eu precisava dele e sei que ele também precisava de mim. Cada minuto com ele era um momento único, e nem por um segundo sequer eu me lembrei do Ian.

O beijo foi mais longo e mais romântico, foi quase mágico, exceto pelo fato de que fui interrompida por uma amiga que saia de seu quarto.

— Ninguém me viu... — Jenny gaguejou saindo correndo para a cozinha.

— Oi Jenny — eu respondi ainda vermelha pela situação em que ela nos flagrou, e ela responde um breve oi de longe.

— Sinto muito Elena, mas tenho que ir, depois continuaremos a nossa conversa. — Calebe diz se levantando — Vou tentar agendar ainda essa semana uma reunião com nosso advogado e outra reunião na empresa para apresenta-la, mas antes disso eu volto para acertarmos os detalhes e matarmos a saudade.

— Tudo bem. — Eu concordei me levantando e o acompanhando até a porta.

— Te vejo em breve meu anjo — ele sussurrou em meu ouvido dando um beijo casto em minha boca, enquanto eu corava sob a luz de seus olhos azuis.

Quando eu retornei, minha amiga estava colada na porta, e muito eufórica, querendo saber de todos os detalhes, eu não queria compartilhar, o detalhe de que eu e Calebe tínhamos uma história juntos, não depois daquele momento mágico, tudo o que eu queria era deitar em minha cama e viajar... Mas eu não podia dizer não aquela coisinha dançante que estava na minha frente.

— O que aconteceu Elena, me conta? — ela diz tentando perguntar tudo de uma vez.

— Eu e Calebe tínhamos uma paixão infantil quando éramos criança, e ele ainda tem aquilo, sabe? Você lembra-se dele, não lembra? – eu falo não sabendo bem o que eu queria dizer na verdade.

– Ai meus Deus, vocês estavam se pegando na minha sala, pelo jeito essa paixão misteriosa ainda permanece intacta. — ela me fala dando aquela risadinha sacana.

— Eu não sei bem ao certo o que eu sinto por ele, é mais como um carinho, nós éramos tão apegados quando criança, a gente tinha aqueles momentos mágicos — então eu contei toda a história a ela, detalhei cada momento que tive com Calebe, cada palavra.

Ela ouvia boquiaberta cada coisa que eu dizia, e às vezes soltava aqueles gemidos de eu não acredito nisso... Mas era passado e quem sabia o que viria, e era nítido que eu ainda o amava de alguma forma estranha eu me sentia a vontade com ele, eu podia ser eu mesma, não precisava usar rótulos ou fingir ser uma pessoa completamente diferente do que eu sou agora, minha mente voava enquanto falávamos sobre Calebe.

— Amiga, o que eu posso te falar é que, você tem que aproveitar essa oportunidade de recomeçar isso, esquece aquele maníaco do Ian, segue em frente amiga, parece que há algo mágico entre você e Calebe, usa isso como sua ancora.

Na manha seguinte Chego ao serviço e lá está Karina na recepção, não tenho a mínima ideia de como sabota-la, ela simplesmente havia se mostrado pro Ian na minha frente, eu não estava pensando racionalmente, mas iria fazer algo a respeito disso, ela não gostava de mim, fazia fofocas e uma ou duas vezes tentou me humilhar na frente de clientes, eu iria pensar em alguma coisa, disso eu tenho certeza.

Era hora do almoço Patrícia me chama em sua sala, eu fui até ela, sua sala é enorme onde todas as janelas são de vidros e é totalmente iluminada, nota-se no canto da sua mesa uma foto manchada de seu filho, ela é uma boa pessoa, exceto quando ela não está com raiva do mundo, quando me vê ela logo me fala.

— Pegue sua bolsa, me encontre no estacionamento em 5 minutos com Thomas, iremos almoçar juntos. — Ela me pega de surpresa, eu não sei o que devo lhe responder.

— Tudo bem, Patty.

Eu volto correndo pego minha bolsa e vou direto para a sala do Thomas.

— Patty quer nos ver no estacionamento em 5 minutos, provavelmente ela quer conversar alguma coisa importante.

— Merda, ela quer é me humilhar na sua frente, àquela vaca sem coração.

— O que aconteceu. — pergunto preocupada com Thom.

— Os clientes do caso Frobisher querem fazer acordo, eu não sabia, pensei que era apenas uma reunião para atualização do contrato, essas coisas. Aquele advogado Ian Brandom, propôs uma oferta a eles no valor de quinhentos milhões, eles querem aceitar. Patrícia pediu tempo a eles, mas... Eu estou ferrado — Ele diz passando as mãos pelos seus cabelos loiros.

— Fique tranquilo Thomas. Agora vamos.

Saímos em direção ao carro da Patty no estacionamento subterrâneo, ela nos esperava sentada atrás na sua limusine, entramos em seu carro.

— Porque vocês estão com as caras amarradas — ela pergunta em um tom muito alegre. — Quem esta com fome? Eu estava pensando em um filé, você come carne Elen?

— Claro. — eu respondo ainda desconfiada aonde iria parar essa conversa fiada dela.

—Sim claro, essa é minha garota. Thomas é vegetariano— acusa Patty.

— Só por motivos de saúde — Diz tom meio desconfiado.

— Motivos de saúde! Certo. — e ri — eu sei tudo sobre você, não é Thom? Quem está comigo há dez anos?

— Eu. — Diz Thom.

— Quem eu confiei para ser a minha ligação com os clientes no caso Frobicher? — Pergunta Patty.

— Confiou em mim — Diz Thom olhando para mim.

— Quem me deixou as cegas a respeito das suas intenções? — Continua Patty.

— Como eu poderia ter a possibilidade de... — Mas Patricia não deixa ele terminar a frase.

— Como você poderia ter a possibilidade de fazer essa merda catastrófica? Eu gostaria de saber responder isso. Aproveite seu Tofu Thom, você está despedido.

— O que? Você esta falando sério? — Diz Thomas.

— Que tal sushi? Você gosta Elen? — Ela pergunta para mim, e eu estou mortificada sem saber o que falar

— Patty. Seus clientes me enganaram de propósito — Diz Thom implorando a atenção dela.

— Eu conheço um ótimo lugar. — Diz Patty ainda me olhando nos olhos ignorando Thom.

— Me escute Patty. — Diz Thom.

— Não me escute você, saia do carro — diz ela irritada.

— Isso é besteira. — Implora Thom

— SAIA DO MEU CARRO! — Agora ela grita extremamente exasperada pela insistência de Thom. — SAIA!

— Jesus! — Diz Thomas saindo e batendo a porta da limousine em plena avenida.

— Parabéns Elen, você está sendo promovida, pode ficar com a sala do Thomas.

— Obrigada Patty, mas eu prefiro ficar com a minha sala.

— Você vai assumir o caso Frobicher, Thom fez merda e me decepcionou, não seja uma fraca igual a ele. Você quer fazer seu nome? Parabéns é a sua oportunidade minha querida. O único conselho que vou te dar é o seguinte, faça o necessário para garantir o seu sucesso.

Nós almoçamos no novo restaurante, tivemos uma conversa até que amigável, mas eu não poderia ter certeza depois de hoje a única coisa certeza que eu tinha é que essa mulher era uma maluca.

Eu conto para ela sobre a minha herança e do processo que tenho que entrar Thomas depois de hoje não iria me ajudar.

Patrícia me prometeu hoje mesmo entrar com a papelada, ela conhecia Ian, sabia dos riscos que eu estava assumindo e estava disposta a me ajudar.

Na próxima semana eu iria a uma reunião com ela os associados e Ian, então era muita informação para a minha cabeça, eu apenas contei tudo o que estava engasgado em minha garganta, falei do breve relacionamento que tivemos.

Ela me ouvia atenta a todos os detalhes.

Ele me dá mais algumas defesas, e algumas peças para tentar montar, e um resumo completo do caso o qual estamos tentando conseguir o acordo.

E minha mente vaga, como será esse tal jantar, bom não existe muitas coisas que eu possa fazer a esse respeito. Eles irão fazer uma proposta de acordo, a qual provavelmente não irá acontecer, apesar de a empresa que Ian esta representando ser consignada a minha, eu estou determinada a acabar com todas as chances dele. A empresa que ele representa faliu e o Sr. Frobisher não pagou seus sócios e empregados, fraudou todos, deixando-os sem nada.

O telefone da minha mesa toca e a vadia da Karina me avisa que Ian está lá em baixo me esperando, eu fico surpresa. O que ele esta fazendo aqui? O que será que ele quer? Eu ainda tenho alguns assuntos pra resolver, então falo pra Karina falar pra ele que não vai ser possível falar hoje com ele. Passa alguns minuto e Karina liga novamente falando que Ian esta insistindo pra falar comigo e disse que é um assunto muito importante, falo pra ele esperar alguns minutos.

Quando desço já se passou pouco mais de 30 minutos e eu o vejo conversando animadamente com a Karina, eu o olho fuzilando. Isso me deixa mais irritada do que o normal, o que não deveria acontecer, não depois da noite anterior com Calebe.

Eu caminho muito devagar até eles tentando ouvir um pouco da conversa, mas não consigo assim que ele percebe minha presença e para a conversa com Karina e vem ao meu encontro.

— Boa tarde meu amor — Eu conheço um ótimo lugar — ele me diz dando um sorriso.

E quando estou indo em sua direção fico pensando que tenho que ser muito forte, você deverá ser superior a tudo isso, eu penso a cada passo que dou.

— Boa tarde — eu respondo tentando não dar atenção ao modo que ele fala comigo.

— Amor você sabe que a Karina também faz faculdade de direito? — ele me fala olhando para Karina.

— Não — eu respondo sendo sincera.

— Segundo ano — ela me conta.

— Ah legal Karina, daqui uns dias você estará sendo estagiaria assim como eu – falo sendo falsa, por que se depender de mim ela não ficaria mais um segundo aqui nesse escritório.

— Você pode me acompanhar Elena? — Ele me pede gentilmente, como agora eu tenho um tempo livre eu o sigo.

Damos um tchau breve a vadia. Eu penso por alguns instantes, em duas semanas eu estarei concluindo a faculdade, e então poderei passar a ser advogada associada do escritório, e terei minha própria assistente, o que me dá plenos poderes sobre ela. Isso me dá grandes ideias.

Então saímos e paramos em frente ao seu carro que está estacionado na frente do prédio. Onde diabos esse Deus ou Demônio quer me levar eu penso comigo mesma.

— O que você quer? — eu pergunto olhando para o carro dele.

— Quero te levar na minha casa. — ele responde abrindo a porta do seu carro.

— Eu não tenho nada pra fazer na sua casa Ian. — eu falo já um pouco nervosa com a situação.

— Por favor, entra no carro e não faz uma cena na frente do seu trabalho — ele fala sendo um pouco rude, eu olho para os lados e vejo que algumas pessoas notam meu comportamento.

— Vai pra merda... Seu... — eu falo sussurrando mais pra mim do que pra ele, então ele levanta uma sobrancelha.

— Eu sei que você está furiosa comigo, mas dá pra entra no carro e termos essa briga em um lugar mais privado, prometo que você poderá jogar o que quiser em mim. — E eu fico muito tentada com a ideia de arrancar um pedaço dele assim como ele fez comigo.

— Tudo bem. — eu concordo a contra gosto fazendo uma careta e entro no seu carro.

— Você tem um jantar na semana que vem com alguns clientes não é Ian? — Eu pergunto desviando minhas ideias.

— Creio que sim, por quê?

— Porque Eu também irei participar desse jantar.

— Muito esperta a Dra. Hewes, só vou lhe adiantar que vai ser tedioso, é mais para conseguirmos um acordo justo e pode demorar e as conversas serão sobre trabalho.

— Sim eu estou por dentro do caso, Patty me passou tudo – eu respondo e ele parece admirado com isso e seguimos em seu carro ate a sua casa.

– Desde quando Patrícia Hewes está te dando trabalho deste tipo? — Ele pergunta desconfiado.

— Desde quando ele ficou sabendo que eu terminei meu romance com o concorrente dele, ele confia plenamente em mim.

— É mesmo — ele responde pensativo.

Agora estamos na frente da sua casa, e está do mesmo jeito que eu me lembro, e assim que saímos do carro entramos, Anastácia nos recebe me oferecendo algo pra beber, eu aceito um suco, e me sento no sofá.

Ele se senta ao meu lado e me fala calmamente.

— Quero lhe levar para conhecer meus pais e apresenta-la oficialmente como minha namorada meu amor.

— O que? — eu solto sem querer, e fico muito surpresa e aos poucos vou me afastando dele.

— É isso se você concordar é claro.

— Não, não sou sua namorada, e você precisa entender isso, não temos mais nada um com outro, não existe mais nada entre a gente — eu respondo ainda mais chocada com o que ele esta falando, ele é louco.

Anastácia chega com meu suco, nos interrompendo, ela é adorável, uma senhora e com aparência de ter uns cinquenta anos, muito gentil, ela sorri para mim.

— Vão jantar em casa esta noite Senhor? — ela pergunta para Ian.

— Sim pode servir a mesa e só nos chame quando estiver tudo pronto, pode nos deixar a sós. — E Anastácia sai da sala nos deixando sozinhos.

— Eu te machuquei — ele tem a coragem de me perguntar, mas não é como se fosse uma pergunta, era mais para uma exclamação.

Ele me magoou profundamente, ele me provoca constantemente e quando eu resolvo seguir em frente ele simplesmente vem com essa merda toda pra cima de mim? Eu estou louca com ele, mas ao mesmo tempo apaixonada, ele desperta em mim esse sentimento essa contradição essa coisa, ódio e paixão, eu não sei como me comportar com ele, eu me sinto infantil, completamente perdida, e então lágrimas de raiva estão caindo em meu rosto.

Agora suas mãos estão gentis, ele acaricia meu rosto, enxuga minhas lágrimas, e me beija, mas que diabos, mesmo chateada eu o quero, eu devolvo o beijo e toda aquela tensão que estava em mim desaparece.

— Eu te amo Elena, não quero te perder, nunca, você é a pessoa mais importante do mundo pra mim.

Eu então me pergunto agora o que foi isso, ele me ama? Eu não sei como reagir, eu nunca conheci esse seu lado carente, ele me deseja, seu corpo esta rígido ao menor toque da minha mão, eu analiso seu rosto confuso, e me pego pensando em como seria seguir adiante com isso.

— Eu já estive apaixonado Elena, e eu sei o quanto dói perder alguém que amamos, eu quero correr esse risco com você.

Ele me fala numa voz amarga, como quem não quer lembrar-se de alguma coisa, eu o compreendo e conheço o sentido dessas palavras, ele pode ser malvado às vezes, eu não sei como reagir com esse demônio dele.

— Eu preciso ir embora — isso é tudo o que sai da minha boca.

Ele então me toma em seus braços, e eu não consigo resistir, a mistura de sentidos raiva e paixão, amor e desespero, eu me entrego a ele, eu sou dele, eu sempre fui dele, eu o quero, mas sou covarde de mais para admitir.

Nossos beijos são urgentes e calorosos, suas mãos passeiam furiosamente pelas minhas costas, e as minhas pelo seu peito, seus músculos perfeitos sobre minhas mãos são a coisa mais perfeita que eu já toquei. Nossas bocas coladas emitem um tipo de energia que não sei descrever.

De repente sua empregada nos interrompe anunciando que o jantar estaria pronto. Eu simplesmente agradeço a Deus por isso, baixinho ele a amaldiçoa esperando que eu não o notasse, e naquele momento eu percebo que eu poderia ter me entregado a ele, pois meu coração ainda se encontrava em suas mãos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... queria saber a opinião de vocês sobre Calebe.
Gostaram? Eu amei!

Beijos... até os comentários!



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