O Lado Bom De Amar escrita por Gabbi Sandin


Capítulo 6
Capítulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Até minhas férias acabarem, estou postando TODOS os dias, e talvez vou começar a postar dois capítulos em um dia só. Obrigada a Maara Frost Corona e Júh pelos dois primeiros e únicos *carinha triste* comentários! Isso faz toda a diferença pra mim. Kisses no heart de vocês duas.



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Fui despertada por All About The Bass, música que coloquei para ser o toque do meu despertador. Não demorei muito para levantar, pois, hoje não poderia perder o horário e meu cabelo precisava ser lavado com urgência.

Coloque uma blusa com os dizeres “I woke up like this” de uma das músicas de Beyoncé (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=146985840).

Decidi ir para a escola andando, a manhã estava bonita e eu estava mesmo precisando andar. Peguei meus fones de ouvido e coloquei uma de minhas pequenas playlists preferidas.

Am I Wrong – Nico & Vinz;

Work – Iggy Azalea;

All About The Bass – Meghan Trainor;

Pretty Hurts – Beyoncé;

I Believe In Miracles – The Ramones.

Assim que cheguei a escola, vi Cecília, Tomás e mais algumas pessoas conversando. Fui até eles e cumprimentei.

– Eu conto ou você conta? – Perguntou Tomás para Cecília.

– Eu não sei não... Acho melhor não falar nada. – Disse Diana, uma colega.

Não entendi absolutamente nada.

– O que está acontecendo? – Perguntei.

E então, Cecília colocou suas mãos sobre meus ombros, e me girou devagar na direção oposta a ela.

Demorei a enxergar, pois, estávamos em um corredor cheio de gente. Mas, bem lá no final, pude ver Marcelo se agarrando a uma garota do 3° ano. E é muita modéstia de minha parte dizer apenas agarrando, muita mesmo. Tanta, que logo a supervisora Berenice apareceu, chamando os dois para acompanhá-la até a sala dos professores. Senti-me um pouco vingada depois disso. Mas, não tanto quanto eu queria.

Virei de volta para os meus amigos sem saber o que dizer. Foi muito constrangedor.

– Olha, - começou Suzana, outra colega minha – vou ser bem sincera, o Marcelo é gato e tudo mais... Mas, olha pra você Angelina! Merece bem mais que aquele traste.

Ri meio desesperada.

Tomás me abraçou. Eu precisava daquele gesto.

– Não fica assim Angelinazinha. O Marcelo é um cara muito gay. Não merece você.

– É verdade! É verdade! – Berrou Cecília.

O sinal finalmente tocou e nós fomos para sala. Não prestei atenção em nenhum minuto da aula.

Achei tanta falta de respeito do Marcelo. Não tinha passado nem um dia sequer. Talvez os homens desapegassem mais rápido. Não, eu não estava apegada a ele. Esperava que sua reação fosse de muita maturidade. E não foi. Agora o vejo agarrado a outra garota. Isso me deixou com raiva.

No fim da aula, nós – eu, Lia, Tom, Diana e Suzana – ficamos parados em frente à escola conversando sobre futilidades. Não prestei atenção em nenhuma parte da conversa até Diana fazer um convite.

– Amanhã vou dar uma festa lá em casa. Estão todos convidados.

– Quem vai? Porque se alguém do 3° ano aparecer nessa festa, eu nem piso lá, hein! – Cecília começou com suas reclamações.

– Não, ninguém do 3° vai. No máximo umas seis pessoas do 2°, algumas do primeiro e muitas do 9°! – Diana falou animada.

– Opa! Muitas gatas! Tô dentro. – Tomás falou.

– Então Angelina, você vai?

– Acho que vou. – Respondi para Suzana.

– Ótimo! Todos sabem meu endereço, certo? – Assentimos – Ok! Até amanhã! Vamos Suzana? – Então logo, Diana e Suzana foram para casa.

– Bom gente, eu já vou também.

– Angelinazinha, meu bem, não vou dar-te a honra de ser acompanhada por mim hoje. Meu rumo é outro!

Ri e concordei.

– Até então.

* * *

A sexta-feira não demorou a passar então logo chegou o sábado. Diana mandou por mensagem o horário que a festa iria começar. Então ás 14h00 eu estava pronta. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=147076428&post_publish_share=on&.locale=pt-br).

Minha mãe me levou até a casa de Diana, dizendo que eu não poderia passar das 18h00. Concordei até porque, não queria ficar por muito tempo.

– Angelina! – Diana me cumprimentou assim que passei pela porta – Fique á vontade, viu! A casa é sua!

Ela estava mais animada que o normal.

– Obrigada. – Sorri.

A festa estava acontecendo na casa inteira, porém, a maior parte das pessoas que já haviam chegado estava na sala de estar, que era bem grande. Não havia muita coisa – boa – para comer, apenas alguns tira gostos. Mas, se o assunto é bebida, isso tinha, e muito. Acho que a pessoa mais velha ali tinha apenas 17 anos. Isso poderia ser um problema, caso alguém denunciasse.

Fiquei sentada em um canto qualquer bebendo meu refri até que Tomás e Cecília chegaram juntos.

– Oi. Demoraram. – Cumprimentei.

– Oi. Idaí? – Cumprimentou Tomás.

Cecília sentou-se ao meu lado, enquanto Tomás fora cumprimentar o resto do pessoal. Cecília nem se tocou quanto a isso.

– Caramba! Acho que o estoque de bebidas ta preparado pra mais três festas. – Cecília falou.

E ela tinha razão, todas as pessoas estavam com lata de cerveja ou copos de outras bebidas na mão.

Não demorou muito para que Tomás aparecesse com um copo whisky na mão.

– E aí? Vão querer um pouquinho? Aproveita que é de graça!

Olhei torto pra ele.

– Só não esquece que você tem 16 anos.

Ele fez uma careta e Cecília riu.

Suzana chegou um tempo depois e nós ficamos conversando. Mais tarde, Diana colocou um som bem alto, todos começaram a dançar.

– Vamos? – Cecília gritou, me chamando para dançar.

– Melhor não. Não danço a muito tempo, devo ta enferrujada.

Cecília me puxou pelo braço.

– Só algumas músicas! Vai?

E então eu fui. As músicas estavam ótimas, pra ser sincera. Depois de dançar umas seis seguidas, fui me direcionando pra o lado de fora, onde havia algumas pessoas conversando, pois, o calor estava insuportável.

– Uau! Angelina! Cê dança bem pra caramba! – Tomás gritou no meu ouvido. Ainda estávamos no meio da sala de estar.

– Que isso! – Gritei de volta – Você bebeu demais e está tendo alucinações.

– Não mesmo. Dança comigo?

A música era super animada. Então não vi problema. Concordei.

– Mas só essa, hein? Acho que vou derreter aqui.

Ao contrário da maioria ali, Tomás dançava mal pra caramba. Não disse isso a ele, pois, podia ficar magoado.

Ele começou a me olhar diferente e então devagar foi parando de dançar e se aproximando cada vez mais pra perto de mim.

– Tom, ta tudo bem? – Perguntei.

– É que...

Ele se aproximou mais e passou os braços pela minha cintura. Não foi tudo muito rápido. Eu poderia ter saído dali sem problemas, mas não quis.

Ele me beijou. Apesar do gosto de álcool que vinha da sua boca ele beijava muito bem. Tudo bem, ele tinha anos de prática. Passei meus braços em volta de seu pescoço e retribuí o beijo.

Pensei que quando ele me soltasse, estariam todos olhando para nós. Ao contrário, quando o beijo terminou, todos estavam como antes. Dançando loucamente. Porém logo vi uma garota, mais precisamente Cecília, vindo em nossa direção.

– O que foi isso, amigos? – Ela estava com os olhos arregalados e rindo.

Devo ter ficado vermelha.

– Qual é? Ta com ciúme? – Tomás estava embolando as palavras.

– Eu? Hahaha! Muito engraçado.

Tomás então, agarrou Cecília. E a beijou como tinha me beijado a minutos atrás.

Fiquei meio perplexa por vários motivos: Cecília era tão baixinha e magrinha, que parecia que Tomás poderia quebrá-la a qualquer momento; caramba, ele tinha acabado de me beijar, eles estavam na minha frente! E por último, Cecília não estava retribuindo o amasso.

– Tomás! Seu pervertido! – Ela gritou com voz firme, empurrando-o para trás. Mas não o suficiente, pois, ele nem saiu do lugar.

Tomás riu.

– Foi mal. Foi mal. Do fundo do meu coração.

Comecei a rir.

– Gente olha, eu tenho que ir embora, sério. Já ta ficando meio tarde.

– Ah! Sério? Dança mais um pouquinho pra mim?

– Tom! Eu não dancei pra você! Seu doido!

– Suspende o whisky desse garoto. – Cecília gritou.

– Já vou gente. Até depois. Tchauzinho. – Abracei Cecília e Tomás.

Antes de eu chegar à porta, Tomás berrou:

– Aí, gata! Não vai querer meu telefone, não?


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