Romeo And Cinderella escrita por Kayme phb


Capítulo 2
Uma Nova Experiencia


Notas iniciais do capítulo

Podem me torturar a vontade, eu mereço. Reconheço que demorei demais dessa vez, porém se alguém não estudar e tirar boas notas, nada de capítulo novo. Porém eu cheguei e trouxe para vocês o bendito capítulo. Boa leitura!



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Pov. Rin

– Não. – Apenas disse.

– Mas e se eu me perder?! – Disse um pouco alto. Ele me olhou como se dissesse “Sério isso?”. Certo, isso foi idiota da minha parte.– Não tem ninguém para me mostrar a escola.

– E a Miku-chan? – Perguntou, escolhendo uma nova música em seu aparelho.

– Ela foi mostrar a escola para Akita-san.

– Mas a Neru-san é vete- Antes que pudesse completar a frase, fiquei de joelhos na frente dele e tapei sua boca.

– Foi isso que ela fez, depois a arrastou para longe. Me pergunto se ela está bem. – Falei, olhando para o céu azul e sem muitas nuvens. Len tirou minha mão de sua boca e se levantou e eu fiz o mesmo.

– Acho que se eu não fizer, vão me responsabilizar por isso – Está preocupado com isso?! – Então vamos. E se você se “perder”, a culpa não será minha. – Começou a andar, e eu o segui.

Len me mostrou a escola toda, desde algumas salas de aula até o refeitório e a grande biblioteca. Foi aí que eu percebi o tamanho da escola... Era gigante!

Logo depois disso as aulas continuaram. Akita-san e Miku voltaram do intervalo meio descabeladas, como se tivessem lutado com um urso e perdido. Porém a aula começou a ficar meio chata, então eu lentamente tirei meu livro e folheei algumas páginas novamente. Não deu muito tempo até que jogassem uma bolinha de papel bem na minha nuca. Peguei a bolinha que havia caído no chão e não hesitei em abri-la.

“É falta de educação ler durante a aula, princesinha.”

Olhei para trás tentando encontrar o responsável por isso, sem nenhum sucesso. O professor de matemática notou meu comportamento alterado, logo chamando minha atenção.

– Está tudo bem, Kagamine?

– S-sim, professor. – Respondi meio nervosa. Ele assentiu e logo continuou a aula. Não demorou para que outra bolinha de papel fosse atirada na minha nuca. Novamente, peguei a bolinha do chão e a abri para ver seu conteúdo.

Tão indiscreta...”

Comecei a olhar para os lados novamente, de uma forma mais discreta agora, para achar o autor. Novamente, a bolinha em minha nuca. Como isso foi um pouco previsível, a segurei antes que caísse.

“Vamos, use um pouco do cérebro que não parece ter e descubra quem é.”

Ele estava me provocando. Ok, vamos seguir o conselho do papel. Eu estou na última fila à esquerda, e na penúltima carteira. Quer dizer que só pode ser alguém da minha fila. As bolinhas estão caindo diretamente na minha nuca e o autor está me provocando, quer dizer que só pode ser...!

– Qual é a resposta, Kagamine? – O professor chamou minha atenção. Voltei para a realidade, todos me olhavam... A não, que vergonha! Parece que o professor tinha chamado minha atenção mais de uma vez. Olhei para a questão que estava escrita no quadro e não fazia ideia de como começar!

– A resposta? Sim, sim, sim... A resposta... A resposta é - comecei a enrolar o professor e antes que eu dissesse uma resposta absurda, a pessoa atrás de mim se levantou e se pronunciou.

– A resposta é impossível, professor. É impossível efetuar a operação. – Respondeu.

– Muito bom Kagene. Já você Kagamine, melhor presta atenção na aula. – O professor me repreendeu.

– Certo professor... – Não demorou para que outra bolinha fosse arremessada na minha nuca. A segurei em seguida a abri.

“Preste mais atenção na aula, princesinha.”

Arranquei um pedaço de papel do meu caderno e escrevi:

“Você foi o culpado! Se não estivesse me mandando esses bilhetes, eu estaria prestando atenção!”

Joguei a bolinha para a mesa atrás de mim e não demorou para que eu recebesse uma resposta.

“Errado. Se eu não tivesse te alertado você ainda estaria lendo seu livro.”

Recebi mais uma.

“E se eu não tivesse respondido, você estaria pior ainda.”

Era verdade, não tinha como eu retrucar isso. Escrevi novamente e joguei a bolinha para ele.

“Me desculpe e... Obrigada.”

A parti daí, não trocamos mais bilhetinhos até a aula terminar. Guardei minhas coisas dentro de minha maleta e quando me virei para sair, Kagene-san estava bem na minha frente me encarando. Ficamos assim por vários segundos que pareceram uma eternidade e logo me pronunciei:

– O que está fazendo?

– Te encarando. – Ok, você apenas me disse o óbvio!

– Por quê?

– Você é uma criatura curiosa. – Saiu da minha frente e caminhou até a porta. – Como alguém como você pode ler Shakespeare? – Murmurou e saiu.

Como assim “como eu”?! Certo, eu tive um pequeno ataque de burrice hoje mas eu sempre li Shakespeare! E consegui entender tudo direitinho! Quer dizer... Agora estou com dúvidas sobre o livro, dúvidas que só surgiram agora. Bem, isso não importa! Saí da sala de aula caminhando para a saída. Quando cheguei lá, uma rosada me esperava calmamente.

– Luka! – Chamei por ela indo em sua direção.

– Rin-chan! Como foi a aula? – Me perguntou um tanto curiosa.

– Exceto pelo cansaço e outras partes não muito legais, foi ótima. – Disse lhe mostrando um sorriso, demostrando toda animação que estava sentindo.

– Cansaço? O que é cansativo é o que eu faço na sua casa, Rin-chan! – Nós duas rimos.

No caminho contei a ela sobre meu dia: As aulas, os professores que conheci e os novos amigos que fiz. Luka ouvia atentamente e comentava algumas partes, isso de alguma forma me deixava feliz. Tentei ao máximo não mencionar o Kagene-san porém se tornou impossível.

– E quem seria ele? – Me perguntou Luka.

– Ele? Ele quem? – Tentei fugir do assunto, sem nenhum sucesso.

– O garoto. Kagene-san, não é? – Pronunciou seu nome de uma forma infantil.

– Ele é um garoto da minha sala.

– O que mais? – Continuou com o mesmo tom infantil.

– Ele é loiro, prende o cabelo em um rabo de cavalo e tem olhos azuis.

– O que mais?

– Hum... – Pensei um pouco. – Parece gostar de música, ele até compõe.

– Mais alguma coisa?

– Vejamos... – Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa para lhe falar, percebi o que estava fazendo. – Por-por que estou te contando essas coisas?!

– Eu estava testando o quanto você prestou atenção nele, Rin-chan. – Ela riu.

Fiquei extremamente corada com a informação. Tentei retrucar o que ela disse o caminho todo, porém ela só ficava rindo de todas as minhas tentativas, então desisti.

Quando cheguei em casa, gritei um “Estou de volta!” anunciando minha presença. Fui para meu quarto e coloquei minha maleta em cima da escrivaninha. Na gaveta da mesma peguei meu celular e meu fone de ouvido colocando uma música qualquer.

Não muito tempo depois, Luka veio ao meu quarto dizendo que meu banho estava pronto. Eu poderia aprontar meu banho sozinha, porém meu “pai” insiste em deixar essa tarefa para as empregadas.

Fui para o banheiro, lá me despi e mergulhei na banheira. Os pensamentos de hoje invadiram minha mente. Primeiro Yowane-sensei, depois Miku e logo depois... Kagene Len. Quando pensei em seu rosto, cobri meu corpo com as mãos. Por que raios eu fiz isso...?Pensei comigo mesma tirando minhas mãos. Terminei meu banho e coloquei roupas casuais: um short branco e uma blusa amarela sem mangas. Tirei meus livros da maleta e comecei a fazer as poucas tarefas que haviam sido mandadas. Não demorou muito para que minha mãe e meu “pai” chegassem. Desci rapidamente as escadas e os recebi.

– Bem-vindos de volta! – Sorri para eles. – Como foi o trabalho?

– Cansativo Rin. Como sempre. – Disse meu “pai” suspirando pesadamente. Passou por mim sem nem olhar para o meu rosto. Mamãe tentou cobrir o ato meio rude do meu “pai” falando:

– Estamos meio cansados, Rin. Vá para o seu quarto e só venha quando Megurine-san a chamar.

– Certo. – Subi as escadas em direção a meu quarto. Chegando no mesmo caí deitada na minha cama. Talvez um minuto depois meu celular começou a vibrar em cima da escrivaninha. Me levantei e fui ver o mesmo. Lá estava escrito “Duas novas mensagens”. Abri o arquivo lendo o mesmo:

“Olá Rin-chan!! Quero conversar com você! Tá tudo chato aqui em casa!”

“Ah, me desculpe! O número é desconhecido, né? Aqui é a Miku!”

Estranhei a primeira mensagem, porém quando vi a segunda me acalmei um pouco, mas não deixava de ser estranho. Comecei a digitar a primeira pergunta que me veio em mente.

“Como você sabe meu número? Eu nem ao menos te dei hoje!”

Enviei a mensagem. Não demorou para ser respondida.

“Eu conheço um cara... Isso não importa! Apenas quero conversar com minha nova amiga!”

Ri um pouco da mensagem. Isso é novo para mim, conversar com uma amiga pelo telefone.

“Certo. O que você quer conversar?”

Meu celular vibrou em resposta.

“Hum... Parece que vai chover né?”

Ri novamente voltando a escrever.

“Acho que não. No mínimo cai uma tempestade para transformar a terra em um grande aquário.”

“OS PEIXES VÃO DOMINAR O MUNDOOOOOO!!!”

“NÃÃÃÃOOOO EU TENHO MEDO DE TUBARÃO!!!”

“E EU DE CAMARÃÃÃÃÃOOO!!!”

“Espera, tem medo de camarão?”

“Eles são assustadores com aquelas patinhas.”

Comecei a rir alto quando Luka abriu a porta.

– Rin-chan, seus pais estão chamando por você.

– Diga que já estou indo. – Dito isso, Luka fechou a porta. Comecei a escrever novamente.

“Vou ter que ir agora. Depois a gente conversa mais, ok?”

“Certo! Tchau Rin-chan! Cuidado com os camarões!”

“Vou ter. Tchau Miku!”

Depois disso, nenhuma mensagem foi recebida ou enviada. Deixei meu celular de lado e fui para a sala de jantar. Chegando lá, avistei meus pais sentados na mesa, me juntei a eles.

– Como foi a aula Rin? – Perguntou-me meu “pai”.

– Divertida. – Apenas disse.

– Gostou de algum professor? – Perguntou-me minha mãe.

– Sim. Yowane Haku-sensei. Ela é professora de literatura e parece ser bem gentil. – Disse dessa vez sorrindo. – Também fiz uma nova amiga hoje. O nome dela é Hatsune- Antes de continuar fui interrompida pelo meu “pai”.

– E o filho dos Shion? Conversou com ele? – Disse olhando para mim. Oh meu Deus... Eu esqueci de conversar com ele! O dia foi tão corrido que e esqueci completamente! Vamos Rin, faça alguma coisa!

– C-claro! Conversamos durante o intervalo! Ele até meu mostrou a escola! – O que estou dizendo?! Estou trocando ele pelo Kagene-san! Pensei, nervosa. Bom, o estrago já estava feito então teria que continuar...

– Só isso? – Cobrou-me.

– Bem, durante a aula eu acabei não prestando atenção, ele tentou chamar minha atenção com uma bolinha de papel, mas não deu muito certo. Quando o professor me perguntou algo e eu não sabia, ele respondeu por mim. Eu levei uma bronca, porém agradeci a Kaito-san pelo o que ele fez por mim.

– Que rapaz gentil, não? – Falou minha mãe sorrindo e segurando suas próprias mãos um pouco abaixo do pescoço.

– Levou bronca? No primeiro dia? – Repreendeu-me meu “pai”.

– Me desculpe. – Ele não disse nada. Ouvi ele se levantar e logo senti uma mão acariciar minha cabeça.

– Como sou um bom pai, fingirei não saber disso, ok? Boa noite. – Terminou com sua caricia e subiu as escadas.

*****

– Ele estava cansado hoje, o dia foi longo. Ele se esforçou para lhe dar atenção, você viu?

– Sim, mamãe. Eu vi. – Disse me deitando na cama deixando que ela me cobrisse.

– E amanhã será mais cheio ainda! Então temos que descansar o suficiente, ok? Feche os olhos e vá dormir, minha linda. – Beijou meu rosto. – Eu e papai te amamos.

– Também amo vocês. – Disse beijando sua bochecha. – Boa noite.

– Boa noite. – Disse saído do quarto e fechando a porta.

De algum jeito eu me senti estranha quando ela saiu. Eu meio que menti para meus pais hoje, eu nunca fiz isso. Tudo por causa do Kagene-san... Ele fez tudo para que eu me esquecesse do que eu tinha que fazer! A culpa é toda dele! E meio que pela minha desatenção também... Bem, amanhã não vou falhar! Vou falar com o Kaito-san e seremos amigos! AMIGOS! Pensei nisso e depois me revirei na cama para dormi. Não muito depois acabei adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Só pra falar, estou tendo uma grande ajuda para corrigir os erros do capítulo e se gostaram, de parabéns para ela também. COMENTEM! Vão me deixar muito feliz



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