Garota Ideal escrita por T Freitas


Capítulo 11
Dois esquisitos


Notas iniciais do capítulo

Baah, que demora. Vocês sabem, o de sempre, faculdade, trabalhos, provas, desenhos, xbox, series... tantas coisas para fazer. Eu assisto 39 series, e tem umas 20 atrasadas, 10 novas. (kkkk)
Mas isso não importa, a questão é que estava empacada, acabou as ideias prontas e eu simplesmente olhei para o word e pensei: e agora Brutus?
Boa leitura.



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— Você parece bem satisfeito consigo mesmo — resmungou Hugo.

— Consegui te tirar de casa, da sua depressão profunda de ... "Atena não me quer" — debochou.

— Não estou depressivo, só queria ficar em casa.

— Com as pernas para cima, jogando vídeo game o dia todo e comendo besteira — salientou.

— Não vejo nada de errado nisso.

— Se você tomar banho nesse meio tempo já é lucro — zombou, um sorrisinho surgindo onde antes possuía uma expressão séria. — Você precisa de um pouco de sol e ar livre, talvez isso faça com que aquela-que-não-deve-ser-nomeada saia do seu sistema, ou com que você a encontre e finalmente saia desse chove não molha.

— Ela e Isabella saíram juntas, e é meio difícil ignorar a existência dela — passou os dedos entre as madeixas negras.

— Uma pena, ia chamá-la — o tom dele não parecia de quem estava triste.

Hugo estreitou os olhos para o amigo, mas não comentou nada, simplesmente ajeitou os óculos escuros no rosto e o skate, nos braços.

[...]

— Ahhh, é disso que eu estava falando — exclamou quando chegaram à praia. Carlos, já em cima do skate, olhava animado à sua volta, com o boné na cabeça de forma displicente. — Se eu não estivesse em um relacionamento quase sério com Alicia, eu tentaria chegar em alguma senhorita sortuda — sorriu afetado.

Hugo apenas lhe dedicou um olhar cético.

— Você é tão positivo ao achar que está em um "quase" —fez aspas ­— relacionamento com Alicia.

— Eu sinto aqui dentro — apertou a camisa dramaticamente — que ela me quer.

— Sabia que você estava sendo meloso demais, tinha que estragar todo o romantismo de sua frase com esse final — fez uma leve careta.

— Eu sou demais, ela vai notar isso e ver o quão sortuda é — gabou-se. — É o que mamãe me disse, e ela sempre está certa.

Falô, garotinho da mamãe — debochou.

Hugo decidiu que não valia a pena reclamar de sua saída abrupta, e coagida por Carlos, de casa, nem sobre a sua tagarelice constante. Resolveu curtir com o amigo e aproveitar um pouco das férias com ele, fazendo algo divertido que não fosse jogar vídeo game.

Distraído, notou Carlos arrancar a camisa e ajeitar o boné, que foi arrancado junto. O garoto também começou a tentar fazer suas manobras falhas, que ele não estava executando antes. Estava tão distraído que quase não evitou o acidente.

Graças aos seus reflexos, conseguiu saltar do skate e segurar a garota de patins que trombou com ele e desequilibrou-se.

— Você está legal? — indagou apreensivo, fitando a loira.

Ela assentiu abalada, provavelmente ainda assustada por quase ter levado um tombo feio.

— H, você simplesmente não pode evitar atropelar as gatas, né? — debochou risonho.

— Eu não estaria atropelando pessoas se não estivesse distraído tentando entender por que diabos você estava se despindo no meio da rua, em cima do seu skate?

— Se você estivesse olhando para frente, e não embasbacado com o meu porte físico, teria notado a menina patinando desgovernada na sua direção e a minha gata chegando, junto com aquela-que-não-deve-ser-nomeada, que viu você abraçado com outra — fingiu arregalar os olhos em surpresa, totalmente debochado.

A loira atropelada já parecia melhor e firme, agradeceu-o por pegá-la e saiu patinando normalmente.

— Bellinha, não sabia que você estava aqui — dissimulou. — E Alicia, querida, linda como sempre — gracejou.

— Seu papo me deixa com vontade de vomitar — resmungou Hugo apenas para Carlos ouvir e depois completou: — O que foi que você aprontou?

— Eu posso ter perguntado a Licia o que ela faria hoje — deu de ombros.

— E simplesmente se esqueceu de me avisar que podíamos encontrá-los por acaso.

— Posso ter me esquecido desse pequeno detalhe.

— Você sabe que eu vou matá-lo, né? — ameaçou entre dentes.

— Tinha uma ligeira ideia de que isso poderia acontecer — sorriu amarelo, enquanto subia em seu skate e deslizava até a morena. — Estava com saudades.

Depois disso, os dois começaram a conversar baixinho, risonhos. Ele em seu skate, e ela na sua bicicleta vermelha.

— Hugo, você saiu de casa — Isabella provavelmente estava se divertindo quando falou em seu tom mais surpreso, mas seus olhos denunciavam o quanto ela estava animada com a oportunidade de envergonhá-lo na frente dela... Atena. Ela estava logo atrás do grupo, em seus patins, olhando-o através de seus óculos escuros.

Ela também estava de patins. Hugo soltou um muxoxo, poderia ter sido ela e não a loira, e talvez agora os dois poderiam estar tendo uma conversa saudável.

— Mamãe estava a ponto de sumir com o controle da tv e do vídeo game — acrescentou Isabella alegremente. — Só ficava lá, hipnotizado, maltratando o controle com uma expressão malvada. Sem contar o pijama de super-herói...

Hugo não pôde evitar a leve careta pelo comentário detalhado de sua irmã.

— Fica quieta, monstrinha — resmungou, passando por ela e indo em direção ao amigo. — Você queria andar de skate, agora você vai — segurou-o pela aba do boné e começou a arrastá-lo consigo. — E coloque a camisa — rosnou.

— Hugo, seja educado e cumprimente nossos vizinhos — repreendeu a menor.

— Seu irmão não parece de muito bom humor hoje, Bella. Deixe-o no canto dele — disse Atena, pronunciando-se pela primeira vez.

— É, ele tem estado com um humor do cão, mas aposto que você resolveria rapidinho — Carlos, claro, não podia deixar de falar alguma coisa, muito menos de presentear a todos com um de seus sorrisos maliciosos.

— Cala a boca, Carlos. Vamos logo para a pista — sibilou. — E... Olá, Atena.

— Olá, Hugo — cumprimentou no mesmo tom sério.

— Ah, vocês vão para pista? Quero ir também. Vamos, Bella, seu irmão talvez possa me ensinar novas manobras — disse Ares, impedindo que cada grupo tomasse um rumo.

— Eu acho uma ideia ótima — respondeu Isabella.

No fundo, Hugo sabia que ela estava fazendo isso apenas para que ele e Atena ficassem mais um tempo juntos e realizassem seu sonho de que, futuramente, virarem um casal.

— Atena, você não disse que estava pensando em aprender a andar de skate mas não confiava no baixinho do Ares para ajudá-la? Aposto que meu irmão ficaria muito feliz em ajudá-la.

— Bota feliz nisso — salientou Carlos.

Caramba, estou preste a virar filho único e perder um amigo ao mesmo tempo, pensou irritado.

— Por que não? — foi a resposta que ele não esperava que viesse de Atena.

[...]

— Vou estar bem ao seu lado — murmurou, enquanto observava-a em pé em seu skate, com uma expressão de dúvida no rosto.

Se não estivesse tão nervoso, ele poderia ter rido. E também se não tivesse quatro espectadores assíduos em cima dos dois. Isabella, Carlos, Giulia e Alicia não pareciam ter nada melhor para fazer, ficavam simplesmente encarando-os e deixando-os mais desconfortáveis com toda a situação.

— Talvez devêssemos arranjar um capacete.

— Você acha? — perguntou apreensiva.

— É o aconselhável, mas eu vou te segurar. — tentou passar segurança a ela com o olhar. — Mas se você se sente melhor assim... — deu um sorriso, enquanto caminhava à pequena Isabella e pegava o capacete que ela mantinha solto na cabeça. — Pronto, agora está protegida de um traumatismo.

— Como você é delicado, Hugo. — a irmã criticou-o.

Hugo só estreitou os olhos para a entrometida, faltava pouco para o seu amigo idiota dizer algo também. Porém, quando o olhou, ele estava ocupado segurando Alicia em cima de seu skate.

— Hum, segura a minha mão. — instruiu à garota, enquanto ele tentava fazê-la andar sem se desequilibrar.

— Isso não é tão complicado quanto achei que seria. — sorriu radiante para ele, que se sentiu bem pela onda de tensão parecer ter se dissipado um pouco.

— Isso até você tentar fazer alguma manobra.

— Não acho que vou tentar uma manobra tão cedo, mal posso andar sem a sua ajuda — fez uma leve careta.

— Não seja tão pessimista, você está indo bem para uma primeira vez — assegurou-a. — Vou soltá-la um pouco para ver o que você pode fazer.

Atena simplesmente arregalou os olhos quando se viu sem o apoio do garoto. Seu corpo oscilou para um lado e para o outro, tentando manter o equilíbrio, enquanto Hugo corria ao seu lado, pronto para segurá-la caso alguma coisa acontecesse.

— Desvie. — instruiu quando a viu se aproximar de um canteiro de flores que tinha na calçada.

Quando percebeu que ela não conseguiria sair daquela sem ele, agarrou-a pela cintura e deixou o skate desgovernado — e bastante rápido — rodar até o seu destino.

— Viu, eu disse que te pegaria — lembrou satisfeito, ainda segurando-a junto a si e observando o skate emborcado na calçada.

— Quem coloca um canteiro na calçada? Eles não sabem que andamos de patins, skates e bicicletas por aqui? — resmungou irritada, batendo no braço do garoto para que ele a colocasse no chão.

— Acho que tem um em todo lugar — sorriu de lado para a cara chateada dela e caminhou em direção ao seu skate perdido. — Por hoje está bom, você fez um grande avanço.

— Isso quer dizer que você vai me ensinar mais? — indagou bem próxima dele, sobressaltando-o.

— Se você quiser — coçou a nuca, nervoso.

— É claro que ela quer, Atena está louca para aprender — respondeu Giulia animada, aproximando-se dos dois. — Então, Hugo, você não tem mais um amigo? Estou me sentindo tão sozinha aqui. Ares tem a Isabella, Carlos, a Alicia e você e Atena estão começando a se entender — sorriu maliciosa. — Eu só acho que vocês deveriam arranjar alguém para me distrair — fez um bico.

— E não se esqueçam de Breno, ele não veio hoje.

— Amém — Carlos praticamente gritou.

— Ah — abriu a boca e ajeitou o óculos, sem graça pelo olhar intenso e cheio de expectativa da loira —, vou fazer uma lista para você...?

— Eu ajudo! — animou-se Carlos. Hugo fitou-o com uma careta; na sua opinião, o garoto tinha sérios problemas. — Posso começar a mostrar os caras agora — disse, pegando o celular, e Giulia, animada, correu para o lado dele.

— Eles são bem parecidos — comentou Atena, observando os dois olhando o celular.

— São. Dois esquisitos.


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Notas finais do capítulo

Não foi o meu capitulo mais feliz. Mas foi o que deu. Agora preciso refletir sobre os próximos capítulos e lembrei que é uma short-fic, e que tenho que decidir o final disso. Os reviews estão todos bugados agora depois que ajeitei os capitulos. Porém como ninguém ainda tinha visto o novo capitulo. ASHSHASHAS'

http://fanfiction.com.br/historia/585988/Garota_Ideal/capitulo/8/

Esse é o capitulo que faltou, e era importante para não parecer que apressei as coisas.