The tourist escrita por Kbex


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

heey, pessoal.
e aqui está, mais um capitulo, espero que gostem.
Aline, Bruna Freitas, Caskett e Tati, muitissimo obrigada por favoritarem *o* fiquei muito feliz.

"A maior pare da minha vida eu vivi como uma pessoa comum, até mesmo quando eu vivia outra vida paralela e cada vez mais violenta." Edmund Emil Kemper III, conhecido tambem como Big Ed e muito amigo dos policiais da cidade, fez 10 vitimas, incluindo sua mãe, a qual ele mantinha um relacionamento conturbado, ah, e claro, nao podemos esquecer das cabeças que eram enterradas no jardim de casa. Se ficaram curiosos, tem mais sobre ele em um episodio de "Dementes" no ID investiga, tem no youtube, hehe



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POV CASTLE

Começo a despertar lentamente, a primeira coisa que tomo consciência é de uma dor forte em meus pulsos, tento puxá-los para poder massageá-los, mas eles parecem estar presos com algo. Percebo também algo frio tocando minhas costas, um desconforto que inicia-se em minha lombar e chega até meu pescoço, em meus braços sinto uma dor muscular e uma pequena queimação no meu braço direito, o cheiro também me despertou curiosidade, é um cheiro ruim e amargo. Eu, com certeza, não estava em casa.

Temia em abrir os olhos, ainda estou atordoado e não entendia o que estava acontecendo, e sinceramente, tinha medo do que encontraria ao abri-los. Prestei atenção aos sons, mas a única coisa que eu conseguia ouvir era o som da minha própria respiração, cansada e irregular. O lugar estava em total silêncio, foi então, que a curiosidade venceu o medo e eu abri os olhos.

Era um local escuro, eu não conseguia ver muita coisa, apenas uma estante do lado oposto ao qual eu estava e uma cadeira ao lado dela, se tivesse mais coisas ali, não era possível de ver. Percebi que eu estava em pé, que era a parede fria que estava tocando minhas costas e que eu estava amarrado por algemas, meus braços acima da minha cabeça, pendurado em algum lugar. Deus, eu estava pendurado! Que tipo de piada é essa?

“Sem desespero”, eu sussurrava em minha mente, entretanto era difícil não se desesperar. Eu havia sido sequestrado, com certeza, não havia outra resposta, lembro-me de estar no carro e... meu coração gelou.

Agora, desperto completamente, lembrei-me de onde eu estava e quem estava comigo antes de eu acordar nesse lugar. A turista, era ela, e eu nem tive tempo de reagir, só senti uma seringa furar minha pele e então acordar aqui. Agora faz sentido a pequena queimação em meu braço, provavelmente ela deveria ter colocado a seringa ali.

Um barulho perto da estante chama minha atenção e, de repente, a luz ascende. Não ficou tão claro assim, mas agora eu conseguia ver o quarto todo, e, além do que eu havia conseguido ver, havia também uma cama, alguns passos pertos de mim. Uma silhueta aparece ao lado da estante e então ela entra no quarto, um sorriso terrivelmente macabro no rosto. Conforme ela ia se aproximando, eu sentia todos os meus sentidos alerta, procurando por uma saída, sem sucesso. Encarei a mulher que se aproximava, o sorriso sinistro no rosto e uma faca pendurada num tipo de coldre em sua cintura, nesse momento, eu me arrependi amargamente por ter parado naquele mercado.

POV CARLA HILBERT

Minha caça deve acordar a qualquer momento, se já não acordou, e agora começaria minha brincadeira.

Não estava nos meus planos caçar uma vitima já, mas o momento foi tão convidativo que eu não consegui me controlar, ainda mais depois de ele tentar fugir, ele me conhecia e não tive tempo de fazer todo o procedimento, apenas coloquei a seringa em sua pele e o empurrei para o banco do carona. Fácil.

Tomei o último gole da coca cola e fui para o quarto onde minha caça estava e eu estava certa, ele havia acordado, tive que segurar um sorriso ao ver que ele estava assustado, oh, como é bom vê-los assim, temendo a mim.

Aproximo-me dele e, dessa vez, não controlei o sorriso, ele sabia quem eu era, dava de ver pela sua feição, e sabia também qual era o seu final. Um misto de emoções me tomou, alegria, pois ele me conhecia e sentia medo, e raiva, pois ele saber o que vai acontecer deixam as coisas menos excitantes. Talvez eu devesse amedrontá-lo mais, faze-lo implorar por sua vida.

– Minha esposa é policial, ela vai encontrar você – o homem diz.

Uma gargalhada gutural sai de mim. O que ele pensa que é? O super homem? Ou o mocinho de um filme que vai ser salvo pela heroína? Bom, talvez ele não me conhecesse tanto quanto eu pensei.

– Você não seria o primeiro, Já matei um policial antes, e adivinha? Ninguém me achou, ninguém me impediu, ele morreu – o avisei.

O vi engolir em seco, minha intuição dizia que nem ele mesmo acreditava em suas palavras.Tirei um faca do cinto em minha cintura, os olhos da minha caça se esbugalharam, o medo transbordando de suas íris azuis, eu dei um sorrisinho, aproximei-me um pouco mais dele, passei minha mão por seu peito e o sentir arrepiar-se do medo, ele tentava, sem sucesso, se esquivar dos meus toques. Levei a faca até seu rosto e a apertei mais contra a pele dele, mas não o cortei, não era hora.

Subi minhas mãos para seus braços, rasguei a blusa e, lentamente, fiz alguns cortes em seus bíceps, sempre encarando seu rosto, que se retorcia de dor, os olhos fechados e sua boca em uma linha rígida. Passei para o outro braço e repedi o processo, eram cortes dolorosos, mas não fatais, eu tinha muito o que brincar com ele ainda.

Satisfeita com o que fiz em seus braços, rastejei, sem força, a faca pelo seu rosto, pescoço, até chegar em seu tórax, rasguei a blusa deixando seu peitoral a mostra, era uma perdição, devo dizer.

– Por favor, pare – ele murmurou.

Suas palavras foram como uma injeção de adrenalina em minhas veias. Lhe dei um beijo duro em sua boca e então desci minhas mãos para sua calça, tirando-a e admirando sua masculinidade, que, para o meu desgosto, não estava excitada ao me ver. Resolvi castigá-lo com alguns cortes em suas coxas. E, mesmo eu acariciando a parte de sua virilha, ele não se excitou comigo. Meu sangue fervia, então, peguei o meu balde com álcool, encharquei um pano e passei por toda a extensão de seu corpo, ouvindo-o gemer de dor quando o líquido incendiava os cortes que eu havia feito.

Isso me fez sentir-me melhor, ele pode até não me desejar, mas isso não vai me impedir de continuar meu processo. Essa caça era teimosa e corajosa, isso me excitava mais, apesar de ele saber que sua vida acabaria em algumas horas, eu o via suplicar com os olhos para que eu parasse, e isso é gratificante, sua dor me é gratificante, e eu nem havia começado direito, ainda.

POV NARRADOR

Algumas horas depois, na delegacia...

– Quatorze horas se passaram e nós não temos nada! – Kate diz, exasperada.

Já eram quase quatro da manhã, o cansaço e a fadiga tentando abater os detetives, mas eles se mantinham firmes e fortes em sua missão. Lanie não havia saído de perto de Kate (ela até foi com a amiga no loft para contar sobre o desaparecimento de Castle), certificando-se de que a amiga não faria nenhuma besteira e que iria cuidar-se corretamente. Depois que Kate contou a Alexis e a Martha sobre o Castle, a detetive e a legista voltaram para a delegacia, mesmo a contra gosto de Martha, uma vez que sua nora desmaiou em casa, a senhora quis acompanhar Kate até a delegacia, mas Kate afirmou que estava bem e que lá não era o melhor lugar para as ruivas ficarem, Lanie teve que prometer que cuidaria de Kate, bom, a morena faria isso mesmo sem Martha pedir, mas agradeceu por ter mais alguém que estivesse disposta a cuidar de Kate, pois essa mulher era bem cabeça dura quando ela queria.

Do outro lado da sala, os policiais de Jersey olhavam angustiados para ela. Em nenhuma das outras vezes em que Carla atacou, eles haviam conseguido pará-la, nem mesmo quando ela sequestrou um policial. Todas as outras 13 vitimas estavam mortas e seus recursos eram praticamente escassos.

– Sullivan, estamos ficando sem tempo – Oliver falou.

– Passaram-se quatorze horas, geralmente encontramos as vitimas 24 horas depois de seu desaparecimento, e elas já estavam mortas por volta de 9/10 horas antes de encontrarmo-las. Isso quer dizer... – Tavares falou.

– Eu sei o que quer dizer. – Sullivan resmungou –mas eu não tenho idéia do que fazer. Todos os policiais estão alerta em toda Nova Iorque. Sabemos que algumas pessoas viram Carla perto do mercado em que dizem ter visto o senhor Castle, mas fora isso, não temos nada, os mercados não tinham câmeras de longo alcance e ninguém viu para onde o carro foi. Nada foi encontrado também, nas imediações onde o carro do senhor Castle foi achado, estamos sem saída. – Sullivan suspirou.

– Talvez nossa melhor chance seja quando ela o libertar para a caçada – Novak falou – se ela já não fez isso.

– Se ela fizer isso, esse não é um padrão dela, faz isso apenas algumas vezes – Tavares comentou.

– Ela deve estar terminando de fazer seu ritual com a vitima agora – Novak resmungou – enquanto estamos aqui parados ela está cortando-o e o atingindo sexualmente, naquele ritual bizarro, apenas para atender suas necessidades sexuais. Se já não o matou e está fazendo sexo com o cadáver! – terminou, a psicóloga se sentia impotente sabendo o que a serial estava fazendo e não podendo fazer absolutamente nada para mudar o rumo daqueles eventos – vou pegar um café – levantou-se e foi até a sala de descanso.

Um pouco depois, Kate entra na sala de descanso, pega um copo de água para si e fita a cadeira de Castle pelo vidro. Sentia-se perdida, sem pistas e completamente impotente com a situação. Ela conhecia o ritual da serial killer, e era difícil seus pensamentos não a levarem para um cenário de Castle sendo cortado e estuprado. Esses pensamentos faziam seu corpo todo tremer e o medo a atingir. Ela só queria te-lo ali, ao seu lado, poder abraçá-lo, dizer que vai ficar tudo bem e beijá-lo transmitindo todo o amor que sentia.

– Vamos acha-lo, ainda temos algum tempo – Novak falou, ao seu lado, Kate não havia percebido a presença da psicóloga ali.

A única coisa que Kate pode fazer foi sorrir fracamente, a verdade é que ela sabia que eles nunca haviam parado um processo de Carla, que a única forma que encontravam a vítima era sem vida.

O silêncio era tão perturbador naquela delegacia, que, quando o telefone tocou, seu som preencheu o local parecendo uma sinfonia de filmes de terror. Kate sentiu suas pernas falharem, mas mesmo assim foi até a porta da sala de descanso. Ryan foi quem atendeu ao telefone, e, ao dizer algumas palavras, seu olhar cai sobre Kate.

Os sentimentos eram ambíguos dentro dela e seu cérebro não a deixava relaxar e apenas ouvir o que Ryan estava falando no telefone, em sua cabeça, ela já criava um cenário com Castle morto, porque é a única coisa que fazia sentido, afinal aquele era o departamento de homicídios, não é?!

ALGUNS MINUTOS ANTES, NO ESCONDERIJO DE CARLA HILBERT

POV CASTLE

Não sei por quanto tempo e quantas vezes ela me cortou, me banhou com álcool e fez sexo oral comigo, dentre outras coisas, a verdade é que eu não tinha mais certeza de nada, apenas da morte, porque eu não iria conseguir me soltar daquelas algemas.

Estou um pouco sonolento, me sinto fraco e a dor no pulso só aumenta, pois ficar em pé estava difícil, e minhas mãos não estavam aguentando todo o peso do meu corpo.

– Hora da brincadeira – ouço a voz da psicopata dizer, eu nem ao menos a ouvi chegar.

Sinto suas mãos em mim novamente, e uma vontade de vomitar me toma, eu estava com nojo dela, nojo até do meu próprio corpo que foi tocado por ela. Porém, dessa vez, ela não me corta, ao contrário disso, solta minhas mãos das algemas.

Caio no chão, massageando meus pulsos e respirando com dificuldade. Levanto meu olhar e ela aponta para uma porta aberta, tento calcular o tempo que eu conseguiria correr sem que ela conseguisse me pegar, mas não acho que eu conseguiria, não nessas condições. Ela aponta a porta com a mão e da um passo para trás.

– Vá – ela diz.

Pisco os olhos algumas vezes, em confusão. Ela estava me libertando? Isso não fazia sentido, tentava lembrar sobre algum caso dela em que ela soltasse a vitima, mas eu não conseguia pensar em nada a não ser correr e dar o fora dali. Não iria desperdiçar a chance de sair, de voltar para minha família, de voltar para Kate. Deus, como eu queria estar ao seu lado agora, a abraçando, a beijando.

Foi pensando nela que levantei e sai correndo sem olhar para trás. No começo cambaleei umas vezes, mas depois de umas dez passadas, eu já me mantinha em pé muito bem e corri, corri muito, afinal minha vida dependia disso. Eu precisava ficar vivo, por mim, mas principalmente por eles, cada um deles.

Ouço passos atrás de mim e a risada maléfica da mulher, mas não viro para trás, apenas corro e começo a gritar por ajuda. No momento em que berro pela terceira vez, sinto uma pancada na cabeça, isso me faz cair, e então aquele objeto gélido toma conta dos meus pulsos novamente. Meio desnorteado percebi que não havia corrido nem cinco casas longe da onde eu estava. Sentia que meu fim estava ainda mais perto, cada vez que sentia meu corpo ser arrastado pelo asfalto, naquela noite escura e mal iluminada pela lua.

– Polícia de Nova Iorque, pare o que quer que esteja fazendo e saia com as mãos aonde eu possa ver – ouço uma voz masculina falar, um fio de esperança percorre todo meu corpo.

Fraco demais, esse fio de esperança se vai assim que sinto algo rasgar a pele de minha coxa. Eu já não conseguia me manter consciente, e desmaiei, pensando no que havia deixado para trás.


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Notas finais do capítulo

queriam conhecer nossa assassina, ai está...
percebi que no cap um eu nao comentei quem era o Ted Bundy, mas ele é conhecido né, alias o Edu, de dupla identidade, foi baseado nele... se estiverem interessados, tem um episodio dele no "Dementes" também ;D
vou ali me esconder nas montanhas...
nos vemos nos comentarios
beijos
C.



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