O legado dos Magos escrita por O esquecido


Capítulo 7
O Martírio


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, beleza? Primeiramente minhas singelas desculpas por não ter postado antes, não ter avisado nada... Simplesmente ter sumido. Sem mais delongas, quero dizer que dessa vez a história será postada muito mais rapidamente. Agora o ''enfim" final, vão a leitura, Draceins! (Nome dos meus leitores a partir desse momento haha :D )



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 “Ei! Acorde, saia desse pesadelo!” — Ecoou uma voz na consciência de Durac.

Em poucos segundos, o mago acordou extremamente assustado e aterrorizado com tudo aquilo que viu.

“Ora, acalme-se. Já esqueceu o que eu lhe disse? Ilusões! Fazem parte da provação de Céurin...”

Por um momento o feiticeiro ofegava, mas logo parou após ouvir as palavras do seu eu do futuro.

“Muito bem. Precisa se preparar, pelo visto. Vamos dar uma volta, conversar algo que você queira ou qualquer outra coisa. Sua vida, no caso a minha... Anda muito corrida. É necessário fazermos essa pausa.”

Sem proferir palavra alguma, Durac concordou e levantou-se com a ajuda do outro mago. Sem demora, começaram a andar pelo castelo.

Grandes colunas se estendiam a cada passo que davam. Uma enorme quantidade de estantes com livros existia dentro daquele lugar. Bibliotecas e mais bibliotecas, que até pareciam ser infinitas.

O ser do futuro então parou diante de uma das prateleiras e analisou com cuidado cada um dos livros, até que enfim puxou um deles.

“Este aqui será de grande ajuda para você. Pegue.”

Pegando o livro, notou um nome um tanto quanto diferente: “Lezurium — Navoc’h Anseour”, que em sua língua significava, “Infinito — Anciões em guerra”. Leu suas primeiras páginas, mesmo o livro sendo em outra linguagem, sua magia fazia com que lesse-o facilmente. O livro contava histórias sobre as devastadoras batalhas de eras antigas, e o que chamava atenção, era a riqueza de detalhes que nele existiam, pois, como pode algo tão antigo, ser escrito com tanta precisão sobre os fatos?

E então o assassino disse ao guerreiro ensanguentado, “que sua alma seja consumida pelos mais temerosos demônios, e que seus ancestrais tenham vergonha da tamanha covardia e fraqueza de sua pessoa”. O guerreiro, fraco e impossibilitado de realizar qualquer movimento, proferiu um nome de grande impacto. “Draaxou”. Tal nome ao ser escutado pelo algoz, o causou medo e sofrimento, como se fosse magia. O guerreiro riu e se ergueu em ódio, investindo e decapitando o mesmo.”

Após ler esse trecho, Durac sentiu um leve incomodo, devido ao nome de seu agora principal oponente.

— Ele tem tanto poder assim? Seu nome causa tanto pavor e dor a esse ponto? — Questionou Durac, preocupado.

“Oh sim. Muito poderoso. Porém, você é o último que deve teme-lo agora. Leve este livro para seu presente. Estude-o, pois será vital para sua vitória.”

— Por que não simplesmente me conta a história? Sabe que posso aprender com facilidade.

“Acontece que nunca li essa obra. Li um pouco enquanto esperava pelo momento de nosso encontro”

O feiticeiro riu ligeiramente. — Típico de mim. — Gargalhou para seu póstero.

“Seu momento está chegando, precisamos passar as provações, vamos agora.”

Voltando diante as salas, Durac observava o símbolo do Deus Céurin, como se alguma resposta fosse encontrada dentro do próprio.

“Está preparado? Independentemente de sua resposta, há de ir nesse momento.”

Então entraram novamente. Na sala de Céurin, Durac conjurou feitiços em si mesmo, protegendo sua mente, fazendo-o focar em sua missão final: finalizar o que quer que esteja o aguardando.

“Um digno ser encontra-se na minha presença. Terá chegado a hora de um juízo final? Onde encontra-se a maior batalha entre o bem e o mal?” Disse uma voz imponente e rígida. “O que procura?” — A resposta. O poder. O infinito e todo seu saber. “Por que procura?” — Para derrotar. Para lutar. Para construir e desmoronar. “Como procura?” — Com rispidez. Voracidade. Vontade do saber e toda sua moralidade”.

Com frieza e cautela em suas palavras, o mago respondeu as questões que perturbavam sua mente. Em um embaraço de instantes sentiu-se insanamente confuso e perturbado novamente, com inúmeras novas perguntas, que pareciam irresolvíveis.

“Sinto lhe dizer, poderoso mago, mas seu propósito não se encontra aqui. Seu ser de outro tempo não lhe diz a verdade. Diante de ti, mortal, lhe digo para retornar e matar aquele que o tem enganado.”

Durac, praticamente enlouquecido devido a tanta turbulência em sua mente, ainda mais agora após as palavras proferidas por Céurin, fechou seus olhos e disse algo que o Deus jamais esperava ouvir.

— Isento-me de suas palavras, peço que me permita continuar, independentemente do que me espera ao final disso.  

A divindade, incrédula com a resposta, ordenou o ser mortal novamente:

“Como ousa tomar tão egoísta decisão?! Enquanto ao povo lá fora? Se deixa-lo ir assim, todos morreram! Assim como o aquele rei que deixará morrer!

Durac estava atormentado e sua mente estava buscando o mínimo espaço de conforto dentro de si... o que não conseguiu. As palavras ditas por Céurin causaram mais angustia ainda no mago. Para ele, algo estava faltando ainda. Um incomodo, mesmo não sabendo o que o estava incomodando. Uma sensação de que estava esquecendo algo, perdendo algo.

Quando novamente isolou toda sua mente em seu foco dentro daquele local, ignorando o Deus de novo.

— Permita-me, ó onipotente, que continue minha busca.

“Admiro seu poder, mas a decisão final é e sempre será minha”

— Então temo que irei contra um Divino.

Um silencio pairou por muito tempo dentro do vazio templo, sem cor, sem vida, sem nada vindo do real.

De repente, o feiticeiro sente seu coração bater cada vez mais devagar, sua visão esmaecer a cada segundo. Uma dor insana, uma agonia interminável. Sua voz já não tinha som. O pavor consumia o seu interior. Tudo o que queria era a paz, que se aparentava inatingível.

“O infinito em que se esconde por de trás de meus mistérios, não é, e nunca foi feito para alguém como você. Agora sofrerá de uma dor eterna! Sinta a imortalidade mas dolorosa de sua inútil vida.” — Disse Céurin, com frieza.

***

“Ágil incógnita do futuro, você me surpreende!” — Gritou Zérin.

Ofegante, o mágico do além, esboçou um sorriso enigmático, no meio de um salão extremamente desconfortável, com suas paredes flamejantes e chão escuro e pegajoso.

Monstros e mais seres dos diversos e horrendos tipos apareciam sem parar. Uma luta insana de um homem contra infinitas feras.

“Está me fazendo perder para meu irmão, que nesse momento já deve ter matado ‘você’.”

— Um ser como você deveria ser o mais inteligente de todos, mas vejo que esbanja pouco disso! — Retrucou, — Se ele morre, eu morro! No entanto, se eu morro ele não morre...

“Basta! Morra, nas profundezas do que é mais profano!”

Diabólicas criaturas emergiram do solo, mostrando suas aparências hediondas e mortalmente medonhas.

Durac conjurava diversas magias elementais e arcanas, visando proteger-se e atacar ao mesmo tempo, mesmo que sujeito ao esgotamento total de sua pessoa. Qualquer dano recebido daquelas feras o feriria drasticamente, deixando-o exposto ao seu leito final.

— Que de meu poder, surja aliados feitos da pureza dos céus! — Foram as palavras pronunciadas pelo mago, para que então surgissem seres feito de magia para o ajudar, porém sumiram em questão de milésimos.

— Por que? ... — Indagou o mortal.

“Se acha que tem poder suficiente para fazer isso, repense! ‘Sábio homem’ ... Eu tenho indiscutivelmente mais poder do que você teria em milênios de busca! Poder mata-lo colocando um ser com um quinto do meu poder, que o tornaria pó! Mas... em uma batalha, como está, em que posso me controlar e ver suas intensas tentativas inúteis de sucesso neste desafio, prefiro assistir ao espetáculo, e matá-lo ao fim do próprio! Reveja suas palavras e agora questione minha inteligência, tolo!”

Durac retorquiu com calma e convicção:

— Poderia repetir-me suas palavras? Há algo mais importante em jogo, então preferi ignora-lo por hora. Sou todo ouvido agora.

De súbito, todos os monstros que ali estavam, jaziam mortos, do nada. Ou o que aparentava ser o “nada”.

“Como ousa... Desrespeitar-me... Irar-me! Você não sabe o que acabou de selar seu destino e até mesmo o do outro que não se encontra aqui! Não sabe com quem estás falando?!”

Muito bem sei, Deus. Pois bem, irá continuar dizendo palavras vagas, ou vai continuar me testando? Tenho uma missão, hei de finaliza-la.

E foi num acaso do momento em que ambos os magos, pronunciaram-se diante dos Deuses, numa sincronia surreal:

— Isso é tudo que tem, “Divindade”?


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Notas finais do capítulo

Confuso não? Hahaha! Logo tudo ficará tão claro que.. que vocês farão: "Aaaah por isso!'' Hehe! Durac responderá vocês, comentem o que quiserem!



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