O legado dos Magos escrita por O esquecido


Capítulo 4
O manto


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Estive em um bloqueio enorme e... Bom, a inspiração veio e para animar a sexta de vocês, ela trouxe um capítulo, revelando mais da história que esta muito, mas muito longe de seu fim. Espero que gostem desse capítulo, e prometo não demorar a postar o próximo. A todos que leram e comentaram, muito obrigado!!

Boa leitura :D



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– A antiga lenda da Grande Guerra Mágica? O que descobriram sobre tal? – Falou Clark.

– A antiga lenda que até então, nem os mais sábios elfos conhecem direito, retorna de maneira direta. Quando fiquei desmaiado durante a batalha de vocês, em minha mente, estive num cenário de guerra. No momento achei que fosse um sonho, mas era tudo muito real, eu era um espectro. Observava magos, guerreiros e arqueiros batalhando ferozmente, porém não sabia o porquê. Seres como, Trolls, Golens, Harpias e Minotauros também estavam no combate, no entanto, com uma aparência... Diferente das comuns. Não sei descrever ao certo, pois minha visão não era muito boa. Um fato que ocorreu nela me deixou um tanto quanto curioso, é que em certa parte, um poderoso mago surgiu, fazendo todos que se aproximavam dele, morrer ou enfraquecer. Até eu que era um espectro fiquei com medo do que podia acontecer. Sua face era incognoscível. – Afagando a barba, disse – A guerra foi parada, e um gigante dragão roxo, usou suas pesadas asas para causar uma enorme tempestade de caos no local. A partir desse momento, acordei, porém, com minha cabeça relaxada.

– Eu estive na guerra também, Durac; No entanto, de um outro ponto de vista. Estava numa sala, uma sala abafada, que mais parecia uma caverna. Tochas iluminavam o lugar, mesmo que sendo luzes fracas. O mais impactante, era que eu fazia parte do corpo de um feiticeiro. O corpo e mente foram controlados por ele, mas os olhos... Eu observava tudo o que ele fazia. No centro do lugar, uma chama escarlate e incandescente, mostrou a imagem de um grande dragão... Provavelmente, o mesmo que você viu. Um outro feiticeiro, de manto negro, apareceu vindo do além. Trocou olhares ‘’ comigo’’ e tentou, de certa forma, descobrir quem aquele mago carregava em seu olhar. Ainda bem que não notou nada. Ele falou palavras, que não eu ouvia, virou-se, e sumiu novamente. E então, você me curou. – Falou Snul, logo em que Durac acabou sua fala.

Clark coçou sua cabeça e proferiu algumas palavras:

– Que confusão... mas mesmo assim, não é necessário convocar todos os reis. Isso causaria uma euforia enorme. É melhor realizar uma pequena viagem até as cidades Élficas e Anãs, para avisa-los de perigos futuros. Eles sim saberão o que fazer, e não espalharão a notícia. Agarneth, a rainha do Elfos, e Diorin, o rei da legião de anões, são de reinos próximos. O único e terrível problema, é que não poderemos enviar muitos... Apenas um para cada domínio.

– Eu quero ir. – Pronunciou Durac.

– Eu fico com os Elfos. – Falou Lori

– Esperem, ainda não terminei. – Gargalhou o rei. – Em dois dias vamos anunciar meu reinado. Ou seja, vocês têm dois dias para se preparar. A partir de amanhã o prazo começa.

***

O mago levantou-se de sua cama, bocejou longamente e abriu as janelas de seu pequeno quarto.

A brisa quente não o agradava, pois todos os dias o clima do local era o mesmo.

Vestiu suas botas, vestiu seu manto negro, pegou um pedaço de pão velho em cima da mesa da entrada e saiu.

Quando se distanciou de sua casa, viu Lori o chamando para ver um acontecimento no centro da cidade.

Chegando lá, viu um manto azulado no chão e luvas de couro negras manchadas de sangue.

– O que aconteceu? – Pergunto o mago confuso.

– Um magico apareceu de repente dizendo coisa estranhas. Eu nunca ouvi falar sobre tal língua. O mais estranho era que a face dele era composta de sombras, como se fosse uma fumaça muito escura, no início fiquei até com medo. – Falou Lori.

– Como assim? Você enfrentou-o? – Questionou Durac.

– Sim. Fiquei frente a frente com ele. Como vemos, a vestimenta dele é grande, aquela coisa era enorme, horrível, tive que usar das melhores habilidades que tenho. No final, quando começou a desaparecer, percebi que ele falou seu nome, Durac, em diversas frases. – Continuou a mulher.

– Meu nome? Por que raios meu nome? – Indagou o mago.

– Não sei. E também deve estar se perguntando porque estou intacta... Bom, ele atacou minha mente ao invés de me ferir fisicamente. O povo daqui não viu a luta, até achei que estava alucinada ou em outro mundo, porém estava aqui mesmo em algum transe horripilante.

– Curioso. E onde está Clark? – Proferiu Durac.

– Pensando bem, não o vi hoje. Deve estar em seus aposentos no castelo.

Sentando em seu trono, Clark parecia incomodado com o fato de ter tanta responsabilidade, na pior situação em que a cidade estava.

Levantou-se, caminhou até o a porta para sair, quando Dourous o chamou para conversar.

– Meu senhor, já estamos reforçando os armamentos e armaduras. Sobre a convocação de magos, apenas Snul ou Durac poderão vaze-la.

– Por quê?

– Porque descobri que os magos precisam de contato com outro feiticeiro, para saber se a necessidade de convoca-los é realmente grande.

– Como soube disso? – Questionou Clark, muito confuso.

– Snul me informou.

– O que?! Por que comentou isso com ele?! Não lhe dei nenhuma ordem para isso! – Gritou o rei enfurecido.

– Clark, você virou rei, mas não é por isso que eu vou virar seu serviçal ou receber broncas desse jeito. Sim, eu respeito muito você, ainda mais agora que é rei, porém você tem que se controlar antes de falar o que vier a cabeça.

O rei se acalmou e respondeu:

– Me desculpe. No entanto, por que ele quis falar com você?

– Porque ele ouviu nossa conversa, e me explicou tudo. Assim que terminou de explicar, voltou a sua sala e ficou por lá.

Muito nervoso, Clark ordenou aos guardas para chamar Snul.

Chamando-o, o rei esperou impacientemente pelo conselheiro.

– Queria me ver, Clark? – Falou Snul.

– Por que quer interferir nos meus planos? – Questionou Clark.

– Interferir? Acha que sou algo ruim para seus planos? Quero ajudar, se não quer me ajuda, então vou cancelar a reunião de magos.

– De maneira alguma, só acho que você deveria vir falar comigo, ao invés de falar coisas importantes a outros.

– Bom, você ainda precisa aprender muito como rei. Me esqueci disso.

– Como assim? – Indagou Clark.

– Eu posso tomar decisões que ajudem na sua ideia, sem que eu precise informar. O conselheiro tem direito de tomar uma decisão e se ela for uma boa decisão, o rei aceita-a normalmente, mas se no final de toda a ocasião, o dito do conselheiro for em vão e estragar os planos do rei, o conselheiro deve ser decapitado sem piedade.

– Entendo, entretanto, você falou essas palavras com certa alegria... Por quê?

– Ora, pois sei que não tomei a atitude errada. – Respondeu Snul, com uma risada abafada.

Clark levantou uma sobrancelha e, enfurecido, disse:

– Não minta. Sei quando alguém está mentindo mais do que ninguém por aqui.

– Mentir? E tenho motivos para isso? Se quisesse mentir, falaria que sei de tudo o que acontece por trás do assassinato de Nulfrid. – Riu o mago ironicamente.

Clark olhou diretamente nos olhos de Snul, para depois abrir um leve sorriso.

– Ficarei de olho em você, meu amigo.

– Não se preocupe comigo, senhor, você tem muitos assuntos a tratar. – Comentou Snul.

– Falando nisso, Durac não deveria estar no conselho de magos? E quando o mesmo ocorrerá? – Questionou o rei.

– Não, não é necessário, pois tendo um mago, representando toda a cidade, já é suficiente no conselho. A data é indefinida, mas mandarei uma mensagem de magia aos magos mais próximos.

– Durac não pode fazer isso também? Digo, chamar os reinos Élficos e dos anões através de magia.

– A mensagem que Durac e Lori estão carregando, não é simplesmente uma convocação de ajuda e sim uma mensagem que é tão importante quanto uma guerra entre dois reinos. Melhor dizendo, a mensagem magica, traz o risco de serem interceptadas e recebidas por poderes ‘’ maléficos’’. Imagine se uma pequena magia cai em mãos erradas? – Explicou Snul.

– Entendi. – Respondeu Clark.

– Com toda licença, Clark, trago notícias. – Disse Durac, ao entrar no castelo carregando o manto do falecido mago que havia lutado com Lori, seguido da mesma.

Explicando tudo o que havia acontecido para o rei, o grande mago e a jovem arqueira retiram do manto manchado de sangue, um outro pergaminho, só que dessa vez, Durac já havia removido o selo de tal. E na mensagem dizia ‘’ Aqueles que não obedecerem o verdadeiro mestre, deverá morrer, deixando o rastro de seu sangue imundo, para que aqueles que vejam seu erro, não o sigam como exemplo.’’

Uma frase perturbadora, já que não sabemos nem do que ou de quem se trata. – Falou Lori.

– Aliás, estou muito frustrado, todos estamos, por não saber de nada que ocorre aqui. Essa situação chega a me dar medo. – Disse Durac.

– Você com medo? – Brincou Snul.

– Sim, com medo. E temo que o perigo que enfrentaremos é gigantesco.

– Por que tanta desconfiança? – Perguntou Clark.

– Porque em minha visão, o mesmo manto escuro e a mesma grandeza, tentava me atacar, mas não conseguia. Lori disse que o mago que ela enfrentou, dizia meu nome como lhe falei, ou seja, a guerra mágica está mais próxima do que imaginamos.

De súbito, um guarda entrou na sala e anunciou um terrível acontecimento.

– Dourous faleceu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, não se esqueçam. Sei que existem fantasmas perdidos por ai mas SEI QUE VÃO APARECER -q hauahuahhu Obrigado pela leitura, e até a próxima!



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