O Melhor é ir Dormir escrita por João Pedro


Capítulo 8
Abra os olhos


Notas iniciais do capítulo

No proximo capítulo as coisas vão ficar tensas. Dá vontade de contar tudo de uma vez, mas aí estragaria a historia kk. Espero que gostem



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– Eu preciso falar com ela Harry! - Disse Jane em voz alta. - Ela não sabe o que está acontecendo aqui.
Harry fez uma cara séria, que chegava a dar medo.
– E você quer dizer isso tudo de uma vez para ela? Vai enlouquecê-la. Na melhor das hipoteses ela vira um deles.
Jane colocou a mão no queixo.
– Na pior das hipoteses o que acontece à ela? Ela morre?
Harry abaixou a cabeça.
– Não. Mas ele vem.
– Quem seria ele? - ela perguntou.
– Zalgo.
O nome fez os pelos de Jane se arrepiarem.
Zalgo era cruel, um verdadeiro monstro e o rival de Slenderman.
Zalgo buscava tudo o que era de ruim nas pessoas, as corrompia, transformava-as em assassinas.
– Acho que é por isso que me trouxeram aqui. O melhor caçador para o melhor dos monstros.
Jane fingiu tossidas.
– Dean Winchester mandou um beijo.
Harry fez um gesto com a mão.
– Jane, é sério. Isso não é um seriado de televisão. Aqui pessoas morrem.
Jane sentou se em uma cadeira qualquer.
– Acho que devíamos falar a verdade. Sobre a marca do Rake.
Harry sacou um revolver e encostou o cano frio na testa da garota de olhos negros.
– Se falar alguma coisa eu explodo seus miolos. Estou aqui por Mary, ela é a única que eu quero proteger, não me importa quem morra, até mesmo eu, mas ela deve viver. Entendeu garota?
Jane sorriu.
– Atira.
– Não me tente. - Ele entregou a arma para Jane. - Tome cuidado com um nome, Alice.
Ela se levantou e colocou a arma em cima da mesa.
– Filho da Puta! Como você deixa Mary andar com ela? Por que diz que quer protegê-la expondo a assim?
– Garota burra. Não entendeu o que eu disse? Mary Kate é importante demais e não só para mim. Alice a quer como aliada, não vai matá-la.
Jane piscou.
– Mas alguem vai tentar, posso sentir isso.
O caçador deu um sorriso.
– Eu sei, por isso eu contratei ele.
Ele entra na sala e uma raiva enorme cresceu dentro de Jane.
– Oi querida.
– Eu vou matar vocês! - E Jane pegou a arma e começou a atirar.
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Mary se jogou no chão do quarto e tampou os ouvidos.
Como Harry tinha coragem de dar uma arma à um assassino e à ela apenas um chicote? E o pior, por que ele escondia coisas dela?
À alguns segundos atrás Mary estava ouvindo a conversa deles, toda.
E ela reconheceu a voz de Jeff do outro lado.
Quem diabos era Zalgo e por que tinham tanto interesse nela?
Eram mil perguntas não respondidas que só a fazia querer explodir a qualquer hora.
Naquela noite ela não ouviu a voz de Grace de novo. Mary ja se acostumara com ela, quando sumia parecia sempre tão só.
Alice não era confiável, disso ela sempre soube. Perigosa? Não parecia. Se bem que ela era a mais provável assassina do cara gordo na frente da escola.
Mary se perguntou o porque mataram ele, ou arrancaram o cerebro do outro cara a alguns dias. O incêndio na casa de um garoto qu
Ia entrar na sua escola...
Tudo no ultimo mês.
Provavelmente fora Jeff ou Alice, mas não Slender.
Na verdade ela nunca viu nenhum crime relacionado à ele.
Ele era mesmo o demonio daquela historia?
Mary ainda não tinha a menor ideia do motivo e estava com medo de não terem nenhum.
Os tiros pararam.
Mary se levantou e abriu a porta cheia de buracos.
– O que diabos ele está fazendo aqui?
Harry estava segurando jane com força e Jane estava tentando socar Jeff.
– Sou seu novo guarda costas.
Se ele pudesse mostrar qualquer outra expressão, Mary teria certeza que ele sorriria desse mesmo jeito irritante.
– Você tentou me matar! Não ouse chegar perto de mim!
– Acalme se Mary. - Harry soltou Jane. - Você não precisa confiar nele, mas ele vai te proteger.
– E se eu não confiar em você?
Harry sorriu, mas aquilo doeu nele.
– Nesse caso você vai morrer. Tenho que sair, Jane vai comigo.
– Não me deixe sozinha com ele!
Ela estava totalmente assustada.
– Não esquente. O Rake ta no porão.
Ela franziu o cenho.
– ISSO ERA PRA ME ACALMAR?
– Não, na verdade era pra te lembrar de pegar o chicote e carregar isso.
Ele fincou a faca de Mary na mesa. - Até amanhã.
E saiu com Jane sob os protestos de Mary.
– Estã ficando tarde. - disse Jeff - Quer ir dormir?
– Cala a boca. - Mary pegou o celular e colocou no bolso.
Então ela se enfiou no quarto e trancou a porta.
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Clock se sentou na cama da garota e fechou o olho.
Ela praquejara um pouco e ja revistara toda a casa.
Não podia ser um trote, não é?
Afinal, como eles saberiam?
Clock ficou ali deitada por um tempo, até um carro estacionar na frente da casa.
Clock se escondeu embaixo da cama. Se não tivessem motivos para desconfiarem, não a procurariam ali.
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Mary saiu do carro junto com seus pais.
Ela não deveria ter saído da "casa" de Harry, e ela sabia disso, porém não confiava nem um pouco em Jeff e não ficaria perto dele sozinha.
Harry estava estranho, diferente.
Ele deve ter enlouquecido para pedir ajuda à um assassino.
Mary deu um beijo no rosto de seu pai e um abraço em sua mãe antes de subir a escada.
Ela estava pensando muito ultimamente.
" Confie nele " disse a voz de Grace que resolvera voltar.
– Desculpe - ela sussurrou - mas não confio em você.
" Confie nele " continuava dizendo.
– Cala a boca!
Mas a voz não se calou, continuou falando a mesma coisa repetidas vezes.
Os pais de Mary já estavam de saída quando ela ligou. Mary amava seus pais, eles passaram na " casa de sua amiga Jane", que foi a desculpa que Jane disse para seus pais.
Mary não gostou de ter sido enganada por Jane durante todo esse tempo e Grace estava morta.
Mary ligou para Alice, tipo foda se o que Harry pensava, Mary gostava dela.
Mary abriu a porta e foi recebida com uma pancada. ------------------------- ClockWork jogou a no chão. Mary reagira, mas não adiantou, já que o elemento supresa estava a favor de ClockWork. Ela sorria como louca ao ver a dor da garotinha indefesa nas suas mãos, ela a fazia se lembrar de si mesma antes do relógio. Sua barriga estava sangrando muito com os cortes de faca, mas a de Mary estava mais.

Quando finalmente a garota parou de se remexer pela falta de ar, ela se aproximou de sua orelha e disse: “Seu tempo acabou.”

Ela ergueu a faca para terminar logo com aquilo, mas parou ao sentir o metal frio em seu pescoço:

“Nesse caso, Vá dormir Natalie.”

Ela se virou para encarar o garoto. Ela pode sentir o seu demônio interno, assim como o dela, perigoso e louco. A boca era também cortada e encarar seus olhos doía, pois eram vermelhos, sem pálpebras e expressavam loucura.

“Natalie não está mais aqui.”

“Clockwork se preferir, mas você não pode colocar essa garota para dormir.”

Clokwork afastou a mão dele facilmente e o olhou. Rosto branco, fúria interna e parecia como se estivesse tomado vinte xicaras de café pela energia. Parecia que a muito tempo não dormia.

“ O tempo dela acabou! Ela não deve mais ficar aqui!”

Ele balançou o seu dedo indicador.

“ Você é ainda novata Clock. Meu nome é Jeff, venha comigo e eu lhe conto tudo.” Ele estendeu sua mão para a garota confusa, que agora sorria.

Ela segurou na mão do garoto e eles caminharam pelo quarto.

“Jeff!” disse Mary com dificuldade.

Ele parou e olhou para o corpo de sua protegida. Soltou uma risada gostosa.

“ Se seu amigo caçador não chegar a tempo, vá dormir querida.”

Sorrindo deixaram o quarto, que mais uma vez estava coberto de sangue.

–-------------------------

Alice abriu a porta do quarto e encontrou Mary ali caída. Ainda bem que chegara a tempo. Ela pegou o telefone da garota e ligou para Harry. Eles logo vieram busca-la. Talvez essa fosse a deixa para que Mary confiasse nela. Quem sabe assim poderia usá-la a seu favor? Alice só tinha certeza de uma coisa: “ Ele vem”


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Notas finais do capítulo

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