Fita de Seda escrita por moonrian


Capítulo 19
Capítulo 19 - A Vingança é Doce


Notas iniciais do capítulo

Voltei com novo capítulo...
Não vou dizer muita coisa porque já falei demais na nota anterior... Apenas que hoje tem uma ação logo mais que eu só vou comentar nas notas finais pra não dar spoiler hehe
Bem, meus capítulos tão ficando grandes, não acham? É um surto de criatividade esquisito que tô tendo... Espero que não seja problema hehe
*Boa Leitura*



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Quando Aidou saiu, o refeitório entrou em um caos de conversa e murmúrios, mas dessa vez nenhum assunto sobre baile. Alguns falavam sobre a cena “hilária” que Aidou (lê-se: idiota) fizera para me constranger, outros sobre o convite de Kaname Kuran, e havia as poucas malcomidas (falo mesmo!) que ficavam resmungando o veneno delas entre si.

Senti vários olhares atravessados direcionados a mim enquanto eu atravessava o refeitório em direção à mesa que meus amigos estavam. Mantive meu queixo ereto e meu olhar direcionado ao meu destino, embora a minha alma se contorcesse com o desconforto.

Seria terrível se eu viesse a tropeçar logo agora...

Quando sentei, voltando minha atenção para a comida mais para fingir estar alheia a situação do que por fome, senti o olhar dos meus amigos queimando em meu rosto.

Suspirei com impaciência, sabendo que deles eu não podia fugir, e ergui o olhar.

Mitsuo me olhava meio abobalhado e o rosto de Naomi estava duro, a expressão ininteligível.

“Mitsuo gosta do Aidou...”, lembrei, “Naomi gosta do Kaname”.

Oh, merda...

– Estão chateados, não é? – perguntei, hesitante.

Mitsuo balançou a cabeça negativamente, mas Naomi não respondeu, apenas pegou sua bandeja e se levantou da mesa.

Oh, merda...

– O que há com ela? – perguntou Mitsuo, confuso.

Retorci o lábio em uma linha frustrada enquanto observava os ombros tensos de minha colega enquanto ela se dirigia a saída.

– Ela gosta de Kaname e eu fiz a babaquice de aceitar o pedido dele de ir ao baile.

Fechei os olhos e esfreguei a testa por baixo da franja, sentindo-me a pior amiga da história do planeta.

– Uau, por essa eu não esperava... Ela sempre foi tão contra as fãs do Kaname.

Lancei-o um olhar no melhor estilo olha-quem-fala, que desmanchou seu sorriso surpreso para uma carranca nada feliz.

– O que importa – prossegui – é que eu garanti a Naomi que não acontecia nada entre eu e Kaname, e agora ela acredita que eu menti.

– E você gosta do Kaname?

– Romanticamente?

Ele acena.

– Não.

Mitsuo riu, brincalhão.

– É claro, você gosta romanticamente de Zero.

Só então descobrimos que nossa conversa era monitorada, pois houve outra comoção depois da brincadeira idiota de Mitsuo – aqueles xeretas arfaram em uníssono, e então começaram a cochichar. Olhei em volta, zangada, e percebi que alguns me direcionavam olhares piedosos; e eu não podia culpa-los completamente, afinal se apaixonar por Zero era a pior coisa que poderia acontecer a alguém.

Era claro que as garotas o achavam bonito, tinha que ser muito idiota para não perceber. Não ouvi qualquer rumor de garotas que haviam se apaixonado pelo desbotado, e a minha teoria era que todas as infelizes estavam fazendo terapia para tentar se recuperar do fora.

Fulminei Mitsuo com meu olhar, que sorriu culposamente e deu de ombros.

Dediquei-me a ignorar todos os outros e retornar ao sou-a-pior-amiga-do-mundo problema.

– Eu não sei o que está acontecendo comigo...

— Você estar dividida entre Zero e Kaname? Chamam-se hormônios.

Lancei um olhar feio para ele.

— Estou falando sério.

Ele abriu mais os olhos em uma falsa inocência.

— Eu também. – ele tombou a cabeça para mim — É algo biológico e científico. Talvez suas partes de mulher estejam cientificamente confusas – sugeriu.

Eu não sabia se era a intimidade porque estávamos nos tornando amigos ou o que, mas ultimamente as escolhas de palavras de Mitsuo estavam me assustando.

— Minhas partes de mulher? –praticamente cuspi a palavra, horrorizada.

— Ah, foi mal — Mitsuo colocou uma mão no peito fingindo estar ofendido —, prefere que eu use a terminologia anatômica adequada? Porque suas partes de mulher não me assustam…

— Oh, por favor, não! Você já me horrorizou o suficiente. E eu não estava falando sobre estar gostando de Zero e Kaname, o que por sinal eu não estou. Eu estava falando sobre...

– Aceitar ir ao baile com Kaname. – completou com um revirar de olhos – Ser ou não ser, blábláblá... Eu entendi. Como eu disse, chamam-se hormônios e você não pode simplesmente ignora-los.

Eu consegui rir um pouco, minha tentativa triste dissolvendo-se em um suspiro.

– Não estou sendo incomodada pelos meus hormônios, pare de ser tão nojento – reclamei, carrancuda. – Eu estou falando de outra coisa.

Mitsuo revirou os olhos novamente, embora parecesse estar se divertindo terrivelmente com aquela bobeira de me deixar desconfortável – e eu estava confusa para descobrir porque eu me tornara um alvo tão comum para provocações masculinas aquela tarde.

Então ele olhou para um ponto acima da minha cabeça e seus olhos escuros se iluminaram, parecendo prestes a entrar em uma crise de riso.

– Hime Kurosu, seus feromônios estão fortes esta tarde – brincou – Um dos seus amores está vindo para cá, e uma dica: é o seu bad boy.

Ele deu uma piscadela que eu retribuí com um olhar mordaz, e se levantou no instante que Zero se sentou a minha frente. Mitsuo acenou para o albino com a cabeça, mas ele ignorou o que deixou o meu amigo desconsertado. Ele saiu, deixando a mesa para eu e a criatura por quem eu ainda estava muito fula para vê-lo sem imaginar-me esganando-o até seus olhos revirarem.

Zero vagueou um olhar afiado por todo o refeitório; provavelmente para as pessoas que ainda se dedicavam a manter os ouvidos intrometidos atentos em minha mesa. Eu quase me senti grata por ele estar ali, afinal era intimidante demais para qualquer pessoa tentar contrariar.

Será que se eu pagar, ele vira meu guarda-costas?

Como eu era retardada, lembrei-me do filme “O Guarda-Costas” e senti meu estômago se agitar, nauseado com a ideia de eu e Zero… vocês sabem...

– Preciso conversar com você – murmurou, os olhos ainda atentos a todos ao redor – Mas não aqui.

Suspirei com irritação e joguei a fatia de pepino que eu segurava no prato com certa brutalidade.

– A gente discutiu da última vez… Na verdade, a gente sempre discute, percebeu? Será que você não pode me dar umas férias?

Ele voltou as orbes lilases para mim, curiosos, e eu tinha certeza que os alunos estavam cuidando da vida deles desta vez.

– Eu não te suporto e você não me suporta... Que seja! Não estou tentando me tornar o seu melhor amigo...

– Ah, não me diga! – interrompi-o.

Zero ignorou o que eu disse.

Ele apoiou os cotovelos sobre a mesa e se inclinou um pouco, tentando falar mais secretamente.

– Mas ainda assim, eu não guardo ódio por você.

– Finalmente uma revelação! – interrompi-o novamente, a voz carregada de sarcasmo.

Seu olhar ficou afiado.

– Cale-se por um instante, estou tentando dizer algo que eu provavelmente vou me arrepender.

Meu estômago se apertou com a possibilidade de ser sobre a “oferta de sangue”, o coração aumentando um pouco seu ritmo.

Oh, não... Por favor, não...

Embora meu interior estivesse ocorrendo uma batalha entre o medo, o dever e a curiosidade; forcei-me a abrir um sorriso irônico.

– Vai me chamar para o baile?

Seu olhar era algo como “não seja tão idiota”.

– É tão difícil assim manter a boca fechada por um instante?

Ergui as mãos como quem se rendia e fiz uma representação de trancar os lábios e jogar a chave fora.

– O que estou tentando dizer era que você estava certa – abri a boca para dizer algo, mas ele ergueu um longo dedo pálido, detendo-me, e acrescentou: – Parcialmente certa. Quando eu decair, não vou ter muito tempo para destruir vilas e matar milhares de pessoas, como você tão docemente me lembrou. Porém, eu vou ter minutos, e isso será o bastante para… – engoliu em seco – atacar os alunos.

Olhei em volta vagamente por reflexo, me dando conta pela primeira vez que a estada de Zero na Academia Cross era algo perigoso para aqueles adolescentes inocentes.

Era impossível não notar como era difícil para ele dizer aquilo, e não sentir um peso no coração. Instintivamente segurei sua mão por cima da mesa e a apertei gentilmente.

Ele observou minha mão sobre a dele com uma neutralidade cuidadosamente construída, mas não fez qualquer movimento para apertar minha mão de volta ou enxota-la.

– O que você quer, Zero? – perguntei suavemente.

Ele manteve seus olhos abaixados, olhando nossas mãos.

Estudei a estranheza daquela situação, eu segurando a mão para confortar a única pessoa que eu nunca me dera bem. Minha era muito branca, mas ele era um tom mais claro que eu.

– Eu quero que você crie uma distração, me atrase, diminua o número de vítimas desta maneira. Só alguns minutos até os caçadores da Associação chegarem e acabarem comigo.

Eu sacudi a cabeça para mostrar que entendia. Mas o que eu não entendia era porque ele estava dizendo isso pra mim, porque ele estava se abrindo comigo, apesar de tudo que havíamos passado.

Porque ele não tem mais ninguém...

– Você vai ter que treinar comigo – continuou – e levar a sério desta vez, Hime. Você tem que se tornar boa o bastante para não morrer tentando me adiar.

– Isso levaria meses ou até mais. Quanto tempo você acha que tem?

Sua mandíbula ficou tensa, o lilás de seus olhos endureceu e escureceu; as mãos cerrando em punhos.

– Com sorte, um mês.

Sobressaltei-me com o tão pouco tempo que ele tinha.

– E se você aceitasse a minha proposta, quanto tempo teria?

Ele me fitou intensamente, a expressão insondável.

Aquela era a primeira vez que eu tocava no assunto sem receber uma resposta e atitude completamente negativa.

– Algumas semanas a mais... Talvez mais um mês...

Arqueei uma sobrancelha sugestiva.

Zero soltou um suspiro pesado, parecendo não apreciar a compreensão de que na verdade eu estava completamente certa. Ele tirou sua mão de baixo da minha e deslizou-a pelos fios finos de seu cabelo prateado impecável.

– Eu não posso aceitar isso. Mas, se você está dizendo que precisa desse tempo para treinar, eu… aceito.

Meu rosto registrou a enormidade do meu choque, o que deixou a situação mais desconfortável para ele.

– Mas antes, o treino. – ele se levantou rápido demais – Venha, me siga.

...

Estávamos parados nos fundos da casa de Kaien, o nosso local de treinamento oficial – infelizmente, porque aquele chão de pedra ainda me deixava desanimada e temerosa.

Zero queria que retornássemos ao nosso exercício de reflexo e socos, e da última vez eu me saí mal em ambos.

Coloquei-me na posição de defesa que ele havia me ensinado, com os antebraços erguidos para servirem de escudo para o meu rosto.

– Fique atenta e plante os pés no chão para ficar equilibrada – aconselhou – Mas esteja pronta para se mover quando necessário, está bem?

Eu assenti, levando a sério aquele treino como nunca havia.

Zero, como sempre, não se colocou em posição, nem um pouco intimidado com a ideia de uma batalha contra mim, mas desta vez eu estava mais que determinada a dificultar.

Eu sentia algo diferente dentro de mim, uma confiança que nunca tivera nas outras aulas, como se pela primeira vez eu soubesse o que eu estava fazendo e como deveria fazer.

Endireitei minha postura, colocando meu pé de apoio pronto e sentindo-me firme em meu lugar, mas pronta para andar a qualquer movimentação da parte dele.

Estava tão confiante que até ousei baixar meus antebraços – só esperava que eu soubesse mesmo o que estava fazendo.

– Tem certeza que vai manter toda a sua frente aberta a ataque?

Eu sorri de maneira audaciosa.

– Não será problema pra você, certo?

Zero deu de ombros.

– Com certeza não terá problema para mim, só estou te achando confiante demais para uma magrela desengonçada.

Está me provocando para me desconcentrar.

Não mordi a isca, mantive-me minha atenção nele e esperei.

Quando a primeira investida veio em minha direção, meu braço se ergueu instintivamente para bater em seu mandar sua mão para longe de meu rosto.

Uma excitação e adrenalina cresceu dentro de mim, um enorme sorriso satisfeito dividindo meu rosto.

Foco, Hime! Pode ter sido mera sorte.

Outro de seus golpes foi lançado, mas eu me inclinei para o lado, afastando-me.

Fiquei ainda mais animada por aquela ser a confirmação de que não era sorte, eu realmente fizera aquilo, o mérito era meu.

Zero lançou uma série de golpes, mas eu desviei todos eles empurrando seus antebraços e conseguindo uma abertura breve em sua defesa, que eu aproveitei. Usei ambas as mãos em palmas para golpear seu peito, desequilibrando-o e fazendo-o dar dois passos para trás.

Ele me olhou impressionado, enquanto eu imitava a pose de luta do Jack Chan (por petulância) e movia um dedo para chama-lo a luta.

Os olhos dele lampejaram de excitação e pela primeira vez, Zero se colocara em uma pose de batalha.

– Certo, Hime, vamos para a fase dois. Você já conseguiu me acertar e não apanhar, agora tente fazer tudo isso e usar as pernas também.

Eu tive um breve instante de hesitação, afinal eu ainda usava o uniforme do colégio, ou seja, estava de saia. Mas foi breve, pois eu estava muito mais excitada com a possibilidade de conseguir vencer Zero desta vez, e a ideia me parecia maravilhosa demais para eu recuar; e de qualquer maneira, vai que isso me ajuda a tirar um pouco de sua atenção.

Ai meu Deus, eu estou virando uma sem-vergonha!

Ignorando aquele pensamento e empurrando para o fundo de minha mente, sorri de forma provocativa e me concentrei no agora.

– Vamos nessa!

Essa foi a melhor coisa que eu conseguir dizer? Oh, Senhor, eu sou uma retardada!

Zero olhou-me atentamente, seus olhos lilases perfurando os meus com tanta atenção que quase me desconcentrou. Quase.

Essa é a intenção dele, me distrair.

Mais rápido do que antes, Zero alvejou-me com diversos golpes e desta vez não eram tentativas de acertar tapinhas em minha bochecha. Sua mão estava fechada em punho, mas dava para notar que ele não estava usando tanta força. Eu desviei seus golpes e me abaixei para evitar o último. No instante que me ergui, um chute acertou a lateral de meu corpo e me mandou quatro passos para o lado.

O lilás de seus orbes lampejou com o fogo da batalha, e ele estreitou os olhos desafiando-me a fazer melhor.

Ignorando a dor, eu sorri, aceitando o desafio. Aproximei-me uns poucos passos e me coloquei em posição novamente.

– Quando você quiser, cabelo de vovô.

Ele arqueou uma sobrancelha desdenhosa e antes que eu pudesse fazer outra gracinha, atacou. Eu desviei cada tentativa dele de me acertar, optando pela defensiva até que o momento oportuno chegasse. Quando seu soco próximo soco veio, eu agarrei seu pulso e o puxei, e Zero desequilibrou em minha direção, mas antes que chegasse a trombar em mim, empurrei-o e chutei-o para o lado.

Ele cambaleou para a esquerda.

– Isso foi muito bom. – elogiou – Agora vamos para a fase três. Tente me imobilizar.

– Manda ver!

A velocidade com que Zero desferia seus golpes havia aumentado novamente, e minha posição unicamente defensiva já não era uma boa opção.

Meus braços doíam por tentar acompanhar seu ritmo, os antebraços e as palmas de minhas mãos latejavam por cada soco e chute que eu evitara. Eu sabia que iria ter alguns roxos no dia seguinte e provavelmente não conseguiria me mexer sem gemer, mas eu não conseguia me fazer parar.

Eu finalmente entendera porque Zero parecia se divertir apenas quando estávamos treinando, mesmo quando eu não era grande coisa e não conseguia evitar qualquer uma das tentativas dele. Era emocionante de uma maneira que eu poderia até viciar, mesmo sendo uma sedentária preguiçosa.

Eu nunca me sentira tão acesa, como se um fogo queimasse dentro de mim e revitalizasse cada célula.

E daí que eu estou com o coração tão acelerado que dói? Ou que meus pulmões estão ardendo por ar? Nunca me senti tão viva!

Zero tentou acertar um soco, mas eu segurei seu pulso e passei por baixo de seu braço, torcendo-o em suas costas.

Ri extasiada, mas o som soou mais como um cavalo sufocando.

Soltei-o e apoiei minhas mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego e amansar os batimentos cardíacos para rir de maneira mais decente.

Quando senti finalmente que não ia morrer por sufocação ou infarto, olhei para Zero através dos cílios. Ele parecia impressionado com meu desempenho – sinceramente até eu estava.

– Tem treinado? – inqueriu, confuso.

Como ainda estava muito desoxigenada para dizer qualquer coisa, apenas sacudi a cabeça para os lados, negando.

– Então como você se tornou tão habilidosa? – ele parecia confuso e incrédulo.

– Eu… não… sei... – consegui dizer – Estava… seguindo… o instinto...

Ele não pareceu se convencer com minha resposta, mas percebeu que eu estava dizendo a verdade.

– Tudo bem... Então vamos pular para a fase quatro, a última. Você vai ter que me incapacitar e terminar com um ataque mortal, entendeu?

Sacudi a cabeça, concordando, e me empertiguei para o round 4.

Zero se colocou a minha frente, e sem me dar tempo para respirar mais um pouco, se pôs a me atacar incansavelmente, seus braços movendo-se como um raio. Eu quase não conseguia detê-lo, meus braços pareciam pesar como chumbo; então alguns de seus golpes conseguiam me acertar e me machucar – e eu estava xingando mais do que uma peixeira.

Algumas das minhas tentativas também o acertavam, embora não tanto quanto os dele, e não pareciam fazê-lo sentir dor.

Eu precisava de um golpe de sorte, alguma oportunidade para vencê-lo e me vingar de todas as vezes que ele me chamou de mole, desengonçada, patética, etc.

Quando um de seus chutes veio para cima de mim, eu agarrei seu tornozelo (a dor reverberando de minha palma para todo o meu braço) e puxei com toda a força que me restava, fazendo-o cair de costas no chão. Em um surto de adrenalina por conseguir uma oportunidade, movi minha perna com uma velocidade que me surpreendeu; o pé pairando a menos de um centímetro da pálida garganta de Zero.

Um ataque mortal... Kami-sama, eu ganhei!

Zero me olhou completamente incrédulo com o que eu havia feito.

Como você fez isso?

Eu cambaleei para trás, aturdida e exausta em um nível que nunca estivera, e desabei no chão em um monte de membros dormentes e doloridos.

Eu não tinha ideia alguma de como eu havia conseguido habilidades e reflexos tão bons, e provavelmente deveria estar assustada, mas não conseguia pensar em nada além de ter feito Zero engolir cada uma das palavras dele.

Olhei para minhas mãos como se elas fossem me apresentar alguma resposta.

– Eu não sei – respondi aos arquejos.


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Notas finais do capítulo

Mas menha gente, de onde veio esse talento nas artes ninjas??? Alguém tem palpites???
Uuh, espero que vocês tenham hehehe e outra coisa... VAMOS SOLTAR FOGOOOSSSS
Zero finalmente aceitou a proposta!! ALELUUIAAA!!!
Quem tá doido pra ver a mordida levanta a mãããoooo o/
Mas não vai ser no próximo capítulo *aahhhhhh*
Eu sei, mas eu vou dizer o que tem no próximo: Início do mundo desabando... heuaheuaheua
Então, se segurem, babyysss
E até o próximo capítulo o/